Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 07 de Agosto de 2016
O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, fez o seu papel e declarou que o Rio é o melhor lugar do mundo. Já os britânicos, que elegeram Belo Horizonte como sua “capital” nessas Olimpíadas, se encantaram e disseram que esta cidade é o melhor lugar do mundo. O compositor baiano que participou da abertura dos jogos olímpicos diz, em sua canção: “O melhor lugar do mundo é aqui e agora!”. Já a cronista e poetisa Martha Medeiros propõe: “O melhor lugar do mundo é dentro de um abraço!”.
Afinal, qual é o melhor lugar do mundo? Eu, que não conheci tantos lugares no mundo (e, talvez, nunca venha a conhecer), também já tenho, não obstante, o meu palpite. Mas não vou me basear em impressões ou opiniões próprias. Vou me basear no Salmo 16. Se você quiser entender porque, confira o salmo inteiro, antes de mais nada. Dali, retiro que o melhor lugar do mundo não é um lugar paradisíaco, em algum dos cinco continentes (ainda que haja deslumbrantes lugares neles); não é, nem mesmo, o Brasil (ainda que haja lugares encantadores em nosso país); tampouco é um abraço caloroso (ainda que seja algo de sublime deleite). O melhor lugar do mundo é O ACONCHEGO DA MÃO DIVINA!
Do salmo, com o qual concordo na íntegra, tiro cinco boas razões para isto afirmar. Uma por uma:
1) Porque ali está o meu refúgio seguro: “Guarda-me, ó Deus, porque em ti me refugio!” (Salmo 116.1, ARA).
Refúgio é o abrigo seguro para a hora de tempestade, ou de fuga de animais ferozes, ou de seres humanos animais. Corrie Tem Boom (1892-1983) e sua família acolheram, no sótão de sua casa, na cidade holandesa de Haarlem, muitos judeus, por causa da fúria hitlerista. O local ficou conhecido como “Refúgio Secreto”. No aconchego da mão de Deus temos mais que um refúgio secreto. Como diz o poema: Abrigo eterno tenho no Salvador, ele esconde a minha vida em seu poder…”.
2) Porque é meu único bem legítimo e duradouro: “Tu és o meu Senhor; outro bem não possuo, senão a ti somente” (Salmo 16.2, ARA). A maioria das pessoas valoriza bens – casa, carro, móveis, sítio, jóias… Quem não tem, sofre por ver quem tem… Que tem, pensa que tem… Nenhum bem é legítimo, ou duradouro. Ou melhor, somente um, um único: o aconchego da mão divina. Outro bem não possuo, somente a ti, a tua boa mão, Senhor… É o melhor lugar do mundo!
3) Porque é a porção da minha herança e do meu cálice: “O SENHOR é a porção da minha herança e do meu cálice” (Salmo 16.5, ARA). Quando alguém vai a um cartório, registrar uma certidão de óbito, ouve, do oficial: Que bens o(a) finado(a) deixou? Se forem bens de herança, exige-se o inventário, a partilha… Mas, toda herança é passageira; nunca ficou nas mãos do herdeiro, porque sempre passa a outras mãos. No aconchego da mão divina, porém, eu tenho uma herança legítima e duradoura, que não se transmite a mais ninguém: é minha, somente minha. E cada um que estiver nesse aconchego terá a sua. Portanto, não há melhor lugar no mundo do que o aconchego da mão divina.
4) Porque é o arrimo da minha sorte: “tu és o arrimo da minha sorte” (Salmo 116.5, ARA). Arrimo é um muro bem fincado e estruturado para conter a terra na encosta. Se a chuva encharca a terra atrás do arrimo, maior o perigo de desmoronar; precisa ser bem firme. Qual é a minha sorte, que serão dos meus dias? Não sei… Mas o que sei é: se Deus é o arrimo da minha sorte, seguro estarei. Então, o aconchego da mão divina é o melhor e mais seguro lugar do mundo!
5) Porque ali há alegria e perenes delícias: “Na tua presença há plenitude de alegrias e na tua destra, delícias, perpetuamente” (Salmo 16.11, ARA). O “Shangri-la”, o “horizonte perdido” do filme baseado no romance (1933) de James Hilton (1900-1954) não existe. Mas o “Shangri-la” que existe, o melhor lugar do mundo, é o aconchego da mão divina. Ali há alegrias que se experimentam até em meio à dor, ao infortúnio e à adversidade. Ali há delícias de projeção eterna. Não há melhor lugar no mundo!
Por fim, o que é o aconchego da mão divina? A existência humana começa na via denominada Criação; todos provêm dessa estrada. Depois, chega-se a uma bifurcação, onde ambas as placas – direita e esquerda – indicam o mesmo nome para uma das vias a percorrer – via da Providência. A diferença é que uma desemboca na via da Redenção, a outra, não. Triste daquele que, na bifurcação, deixando a via da Criação, pega a via da Providência à “esquerda”; vai dar num abismo sem volta. Feliz aquele que, na bifurcação, pega a via da Providência à "direita"; ela é trilhada sobre o leito da via da Redenção. Andar ali é estar no melhor lugar do mundo: o aconchego da mão divina!
Em 1926, certa autora compôs um belo hino, que o Quarteto Templo interpreta aqui, em nosso idioma.
ROCK OF AGES, HIDE THOU ME (1926)
Rocha Eterna, Esconda-me em Ti
L. R. Tolbert (?-?)
Música de Thoro Harris (1874-1955)
Ouça, com nosso
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Bom Domingo, boa semana,
Ulisses
Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional