Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 17 de Dezembro de 2017
Minha infância, como a de praticamente toda criança, foi evoluindo, da primeira fase (a dos encantos) para as seguintes (rumo à realidade) com aquela aura sobre “Papai Noel”. É bem verdade que o personagem mais comum, nas famílias, para bancar a figura frequentemente estava em falta, até que se foi em definitivo, em 1973. Mas, na fase de encanto, a diferença que isto fazia era relativa… O efeito é que o avanço para a fase de realismo chegou mais rapidamente.
Essa lendária figura tem uma história de origem cristã. Ou, será que estou confundindo história com estória? Vejamos… Lá pelos idos tempos do início do século IV, havia um presbítero cristão na Ásia Menor (hoje Turquia) que tinha coração muito bondoso. Compadecido dos pobres, especialmente de crianças e órfãos, costumava ele presenteá-los, ao final de cada ano. De presbítero passou a pastor (ou bispo). Nos dias do imperador romano Diocleciano (244-305), foi ele perseguido e aprisionado (303), como muitos outros cristãos. Mas, permaneceu vivo, e foi solto depois que Constantino (272-337) assumiu. Daí, foi designado bispo para a região de Myra. Participou do grande Concílio de Nicéia (325). Seu nome era Nicholas (ou Nicolau). Costumava referir-se a si mesmo como “Nicolau, um pecador, servo de Jesus Cristo”.
Com o passar dos séculos, o cristianismo se degenerou e adotou o costume de canonizar figuras da igreja; no caso dele, ocorreu no século XI. Outro costume medieval da igreja decadente foi o de designar figuras dos supostos santos como patronos de países. No caso dele, da Grécia e da Rússia. Por ter, ele, falecido em 06 de Dezembro de 350, essa data passou a ser usada, simbolicamente, como dia de benevolência aos pobres e às crianças.
Foi no século XIX que, na Alemanha e na Holanda, o chamado dia de “São Nicolau” começou a ser usada mais iconicamente. Logo foi adotado pela Inglaterra e pelo resto da Europa; origem do “Santa Claus”, identificado como o “Pai Natal”. Na língua francesa, “Natal” é “Noël”. O círculo polar Ártico separa, na Escandinávia, as terras altas da Lapônia, região que engloba o extremo norte da Rússia, da Finlândia, da Suécia e da Noruega. Foi aquela região, constantemente coberta por neve, a escolhida para simbolizar, nos países europeus, o “domicílio” do mítico “Santa Claus”. Renas, trenó, operários, todo um cenário para ir compondo a lenda. Os Estados Unidos preferiram estabelecer o “domicílio” do “Papai Noel” no Pólo Norte, por ser menos europeu. O comércio se apropriou avidamente da figura, para alavancar vendas. O dia 06 de Dezembro foi transferido para 25. E assim, vemos o que vemos, nos nossos dias. E eu, depois de tantos anos, preciso confessar (talvez, com certo rubor): não me desapeguei totalmente daquele encanto da primeira infância…
No entanto, mesmo sem ‘total libertação’ daquele encanto infantil, posso dizer que meu “papai Noel” infantil já há muito foi substituído. No lugar dele, vive e sobrevive o verdadeiro personagem do Natal. Foi esse verdadeiro personagem quem motivou Nicholas (chamado “São Nicolau”) a ser quem foi, a fazer o que fez: Jesus Cristo!
No Natal, fala-se de amor e paz; pois Ele é a única fonte verdadeira de amor e paz! “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo” (João 14.27, ARA). “Ninguém tem maior amor do que este: de dar a sua própria vida pelos seus amigos” (João 15.13, ARA).
No Natal, fala-se de esperança; pois Ele é a única esperança legítima e eficaz! “Cristo Jesus, a nossa esperança” (I Timóteo 1.1, NVI).
No Natal, fala-se de alegria e contentamento! Pois, aí está: em quem mais pode haver verdadeira alegria e contentamento? “Tenho-lhes dito estas coisas para que a minha alegria esteja em vocês, e a alegria de vocês seja completa” (João 15.11, NVI).
A canção popular, de bela harmonia musical, tem uma letra melancólica: Eu pensei que todo mundo fosse filho de Papai Noel… Já faz tempo que eu pedi, mas o meu Papai Noel não vem… Com certeza já morreu, ou então felicidade é brinquedo que não tem…
O meu “Papai Noel” da infância ficou por lá, desde que a verdade me trouxe do encanto para a realidade. Mas, meu atual personagem natalino não me causa desencanto; nunca me causou, e sei que jamais me causará. Jesus é o único que tem o estoque inesgotável de felicidade! Jesus, o Filho de Deus, é o único que pode nos tornar filhos de Deus: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no Seu Nome” (João 1.12, ARC). Comigo, isto já se deu… Meu Natal, no presente, tem dois pontos de referência: um, no passado, outro no futuro: um, no berço em Belém, daquele que ressurgiu da morte, depois de ser levado à cruz; outro, no futuro, no qual, com Ele, tudo será eterna alegria, amor, paz, felicidade…
Finalizo com uma das mais belas canções de Natal de todos os tempos, na voz de Celine Dion… Note-se que “Noel”, que ela canta no final, não se refere ao personagem lendário; como a letra original é francesa, usa apalavra francesa para “natal” (noël).
O HOLY NIGHT
Ó, Noite Santa
Letra: Placide Cappeau (1808-1877)
Música: Adolphe Adam (1803-1856)
O holy night the stars are brightly shining
Ó santa noite, as estrelas brilham refulgentes
It is the night of our dear Savior's birth
É a noite do nascimento do nosso Salvador
Long lay the world in sin and error pining
Há muito o mundo definhava em pecado e erro
Till He appeared and the soul felt its worth
Até que surgiu, e a alma viu seu valor
A thrill of hope the weary world rejoices
O frágil mundo se regozija na emoção da esperança
For yonder breaks a new glorious morn
Pois rompe adiante uma nova manhã gloriosa
Fall on your knees
Quedai em vossos joelhos
O hear the angels' voices
Oh! Ouvi as vozes angelicais
O night divine!
Oh! Noite divina!
O night, when Christ was born
Oh! Noite, quando Cristo nasceu
O night divine! Oh night,
Oh! Noite divina! Oh noite,
O night divine!
Oh! Noite divina!
Truly He taught us to love one another
Ele nos ensinou a verdadeiramente amar um ao outro
His law is love and His gospel is peace
Sua lei é amor e seu evangelho é paz
Chains shall He break, for the slave is our brother
Ele quebrará as cadeias, pois o servo é nosso irmão
And in His Name, all oppression shall cease
E em Seu Nome toda opressão cessará
Sweet hymns of joy in grateful chorus raise we
Erguemos grato coro de doces cantos de alegria
Let all within us praise His Holy Name
Que tudo dentro de nós bendiga Seu Santo Nome
Christ is the Lord!
Cristo é o Senhor!
Then ever, ever praise we
Então, sempre e prá sempre louvamos
Noël, Noël
Natal, natal
O night, O night divine!
Oh! Noite, Oh! Noite divina!
Noël, Noël
Natal, natal
O night, O night divine!
Oh! Noite, Oh! Noite divina!
Noël, Noël
Natal, natal
O night, holy night!
Oh! Noite, oh! santa noite!
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Bom Domingo, boa semana,
Ulisses
Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional