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N° 218 : “SEM ABANDONO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 30 de Agosto de 2015

Na cidade de Margate, à frente do bar chamado O’Malley Sports, Florida, o casal Antonio Nieves (28) e Amy Schafer (27) protagonizou uma cena inusitada. Eles queriam entrar no bar carregando o pequeno filho de apenas três meses (aferido e conferido: “três meses”, mesmo), mas o gerente não lhes permitiu adentrar com a criança. Que fazer, então? Ir embora para casa com o filho, não seria isto? Mas, não: Antonio e Amy decidiram deixar a criança no carrinho, no passeio do lado de fora do bar, enquanto tomavam suas biritas dentro do mesmo.

 À polícia, depois de denunciados e presos por maus tratos a menor incapaz, alegaram que não haveria problema, porque “de cinco em cinco minutos um de nós dois ia lá fora ver a criança no carrinho”.  A polícia não pensou do mesmo modo, e encarregou o Serviço de Proteção à Criança norte-americano dos cuidados ao bebê, enquanto durou a custódia dos seus pais. Três meses de idade apenas… A própria mãe e o próprio pai… Alguém vai pensar: é possível isto? Sim, e está incurso nos registros oficiais da pequena cidade de Margate, lá na América nórdica. Não, é claro que não é comum pais abandonarem seus filhos, ou relegarem-nos a situações expostas a poucos cuidados. Mas, possível é…

 Quando lemos no livro dos registros do Pai Celestial palavras como as que registraram os salmos – “Ainda que me abandonem pai e mãe, o Senhor me acolherá!” (Salmo 27.10, NVI) – vislumbra-se um contraste radical entre a natureza humana e a natureza divina. Que tipo de carinho e atenção, neste mundo, pode ser apontado como maior do que pais dedicam aos filhos? Nenhum, decerto! Mas, falhas podem ocorrer; descuidos podem se manifestar. Pais cometem falhas… E alguns até extrapolam no suposto direito de cometer falhas, sob o aparente escudo dos seres falíveis, a ponto de escandalizar… Ou você, que está lendo até aqui, não se escandalizou com a atitude dos pais do pequeno anônimo de três meses de idade de Margate?

Mas Deus, não! Deus não escandaliza, Deus não abandona, Deus não relega ao relento… Favor não confundir com aquelas situações imperativas em que Deus parece (apenas parece) desamparar. Sim, Jesus, no auge de seu suplício, bradou na cruz:“Eli, Eli, lamma sabachthani? Isto é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27.46, BCF). Mas, Deus o ressuscitou dentre os mortos (Atos 13.30; Atos 17.31; I Pe 1.21), e o entronizou nos lugares celestiais, dando-lhe um nome que está acima de todo nome (Fp 2.9-11). Sim, alguns passaram e têm passado por crises em que parecem estar sós, como Elias no seu refúgio em Horebe (I Reis 19); mas, “Graças a Deus, porém, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância de Seu conhecimento” (II Coríntios 2.14, ARA). Assim, mesmo as momentâneas aparências de abandono são meticulosamente articuladas por Deus, para cumprimento de propósitos que ainda buscam o bem dos que Lhe temem, conforme Romanos 8.28.

A afirmação constante do salmo ostenta, portanto, uma distinção radical entre o tratamento no qual pode degradar-se o cuidado paterno humano, e o tratamento paterno do entre divino, que nunca se degrada. Aliás, o salmo 27 é muito significativo quanto a este cuidado paternal de Deus. Outro exemplo dele tirado é: “Pois, no dia da adversidade, Ele me ocultará no Seu pavilhão; no recôndito do Seu tabernáculo, me acolherá; elevar-me-á sobre uma rocha” (Salmo 27.5, ARA). Notou? Não diz a Bíblia que não haverá adversidade; pelo contrário, pode-se esperar por ela. Mas, há uma garantia: Deus estará lá, no dia da adversidade, para acolher quem se refugie na Sua poderosa mão, para abrigar no recôndito do Seu tabernáculo, e para elevar sobre a rocha.

Não é comum, mas é possível identificar falhas nos pais; nalguns casos, de modo até escandaloso… Com Deus, não: Deus não falha – Deus abriga no Seu recôndito; Deus não escandaliza – Deus consola e conforta; Deus não abandona – Deus acolhe no Seu pavilhão de amor e cuidado inigualável. Vale a pena tê-lo como Pai… A propósito: “Mas a todos os que O receberam [Jesus], deu Ele poder de se fazerem filhos de Deus, aos que crêem no Seu nome” (João 1.12, BCF).

A dupla de compositores que traz a mensagem musical hoje lembrada captou o legítimo sentimento de quem contempla a Deus do modo aqui proposto; o solista (Jake Hess, 1927-2004) que toma parte da interpretação dela mostra uma sensibilidade descomunal para transmitir a mensagem… Ouça-a, com o nosso AudioPlayer Online… 

 

SO MANY REASONS (1964)
TANTAS RAZÕES
David Reece (1928-1999) & Jimmie Davis (1899-2000)
Grupo:
So many reasons why I love the Lord,

Há tantas razões pelas quais eu amo ao Senhor
So many reasons I can't count them.
Há tantas razões, eu nem posso enumerá-las

So many reasons why I trust His word,
Há tantas razões pelas quais eu confio em Sua Palavra
So many reasons I can't count them.
Há tantas razões, que eu nem posso enumerá-las.

Jake Hess:
One is how He saved me at an old-time altar,
Uma [delas] é como Ele me salvou
Diante de um altar daqueles, dos antigos

He placed within my heart this joy I know
Ele pôs dentro em meu coração este gozo que [agora] eu conheço
He changed my life completely,
Ele mudou minha vida completamente 
Gave me hope for tomorrow,
Deu-me esperança face ao amanhã 
That's the reason why I love Him so !
Eis a razão porque eu tanto O amo !
(Lágrimas rolam da face daquele que canta)

So many reasons why I love the Lord,
Há tantas razões pelas quais eu amo ao Senhor
So many reasons I can't count them.
Há tantas razões, eu nem posso enumerá-las
So many reasons why I trust His word,
Há tantas razões pelas quais eu confio em Sua Palavra 
So many reasons I can't count them.
Há tantas razões, que eu nem posso enumerá-las;
There's just so many reasons I can't count them.
Simplesmente há tantas razões, que eu nem posso enumerá-las. 

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Boa semana,
Ulisses 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional