Agora no portal:

Tag Archives: N° 205 : “MEU TRIBUTO”

N° 337 : “ENGAJAMENTO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 25 de Março de 2018

“Se você for desfiado a levantar uma quantia de cem mil Reais para aplicar numa causa benemérita, pode ser que você coloque algum tempo nessa tarefa, e levante alguma quantia… Mas, se você estiver com seu filho com risco de vida, precisando de um tratamento médico e hospitalar não tão acessível, que vai custar cem mil Reais, você vai colocar todo o seu tempo e todas as suas energias nesse desafio… Qual diferença, de um caso pro outro? É o engajamento!”.

O que acabo de transcrever foi parte de uma mensagem que ontem ouvi, proferida por um dos líderes de um movimento interdenominacional, surgido e conduzido a partir de Belo Horizonte, em favor de mais intensa mobilização da igreja brasileira pela obra missionária. Esse líder foi o pastor Paulo Mazone.

Na sua mensagem, abordou ele o episódio de Jesus, a mulher samaritana e os discípulos, retratada em João 4. Seu foco foi nos seguintes versículos: E, entretanto, os seus discípulos lhe rogaram, dizendo: Rabi, come.  Porém ele lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis.  Então, os discípulos diziam uns aos outros: Trouxe-lhe, porventura, alguém de comer? Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra” (João 4.31-34, ARC).

Posso assim resumir o episódio: Jesus estava a retirar-se da Judéia, a caminho da Galiléia, ao norte. Precisava passar (como efetivamente passou), com seus discípulos, pelo território de Samaria. Junto ao poço de Sicar (a fonte de Jacó), enquanto seus discípulos entraram na cidade para comprar comida (era hora do almoço), encontrou Jesus uma mulher de Sicar que fora buscar água unto ao poço. Jesus evangelizou aquela mulher samaritana, que acabou sendo alcançada pela graça salvadora do Filho de Deus. Quando os discípulos voltaram com comida, além de se admirarem que Jesus conversava com a mulher, se incomodaram porque ele não mais queria comer. Os versículos acima transcritos completam o  resumo introdutório.   

Na sua exposição, disse o pastor que, ao que parece, Jesus perdeu a fome, e ficou triste com os discípulos, porque foco maior deles estava na comida, e não em trazer as vidas daquela cidade a Jesus… E Jesus entristeceu-se com os discípulos, por causa da sua falta de percepção de prioridades, de engajamento. Por fim, seu apelo por engajamento na prioridade da Grande Comissão foi muito eloqüente e marcante.

Com meus botões, pensei ainda: uma palavra muito interessante poderia ser adicionada àquela prédica: o que os discípulos, por tanto tempo andando ao lado de Jesus não fizeram, aquela mulher fez exatamente na primeira vez que o conheceu: ela deixou seu cântaro de apanhar água junto ao poço, correu dentro à cidade, e convocou os homens da cidade para virem conhecer Jesus. Eles a seguiram, conheceram Jesus, e conheceram o seu evangelho.

Qual a diferença entre o engajamento daquela mulher samaritana e o dos discípulos? Ela era da cidade; os discípulos eram forasteiros, mas foram à cidade. Ela tinha diversas circunstâncias contra si, para nada anunciar aos homens de sua própria cidade, que a conheciam, conheciam o seu passado. Contudo, o que veio à minha mente foi a advertência as cristãos efésios: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor” (Apocalipse 2.4, ARA).

Aquela mulher, que acabara de conhecer o Filho de Deus, o Messias prometido, esqueceu a incumbência que a levara até à fonte de água em pleno meio-dia, arriscou-se a si mesma para correr à cidade, e convocar os homens que a conheciam, que conheciam sua vida passada (não muito recomendável), para conclamá-los: será que porventura aquele homem é o Cristo?
Os resultados daquele inusitado empreendimento foram:
1) os homens de Sicar deram crédito à hipótese levantada pela mulher, e foram conferir…
2) animaram-se eles, num horário talvez inconveniente (após o meio-dia), a vir até fora da cidade para conferir…
3) vindo, verdadeiramente encontraram-se com o Salvador…
4) creram eles em Jesus, não só pelo testemunho da mulher, mas também pela palavra de Jesus…

A grande diferença entre a mulher samaritana e os discípulos de Jesus deve ter sido o engajamento. A atenção destes estava concentrada em comida, diferentemente de Jesus; a atenção daquela mulher, que precisava de água do poço fora da cidade, concentrou-se em Jesus. Os discípulos perderam a oportunidade de trazer uma cidade samaritana ao Salvador; aquela mulher, em que pese o descrédito natural de que fosse alvo, conseguiu trazer a Cristo muitos samaritanos que creram nele: “E disseram à mulher: ‘Agora cremos não somente por causa do que você disse, pois nós mesmos o ouvimos e sabemos que este é realmente o Salvador do mundo" (João 4.42, NVI).

De fato, engajamento faz toda a diferença nas nossas realizações pelo Reino de Deus; e, o “primeiro amor”, desde que mantido devidamente nutrido, faz toda a diferença em nosso engajamento.  

Andrae Crouch (1942-2015) foi especialmente feliz em compor My Tribute… Você ouvirá, através do nosso Player online, uma das versões em Português…

MY TRIBUTE [TO GOD BE THE GLORY]  (1971)
Meu Tributo [A Deus Seja a Glória)
Andrae Edwards Crouch (1942-2015) 

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

 

 

N° 205 : “MEU TRIBUTO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 24 de Maio de 2015

“Antes de tudo, queremos agradecer a Deus: foi um milagre o que aconteceu… Deus nos salvou! Nem sei como vou poder agradecer a Deus por salvar minha família; este é o dia do nosso renascimento”. Estas foram algumas das afirmações da apresentadora Angélica Ksyvickis (1973…), esposa do também apresentador Luciano Grostein Huck (1971…), após o acidente. Neste domingo, 24 de Maio, o avião em que viajavam no Mato Grosso do Sul, acompanhados dos três filhos e de duas babás, além do piloto e do co-piloto do vôo, esteve perto de esborrachar-se em solo.

O acidente parece ter sido, de fato, virtualmente um milagre: a cerca de 15 minutos da pista de Campo Grande, o comandante Osmar Frattini percebeu a pane em um dos motores; poucos minutos depois, dá-se a pane no segundo motor da aeronave. Aí, hora de decisão instantânea: a cerca de 4 mil metros de altitude, perdendo altura rapidamente, não dá muito tempo para escolher… O piloto teve que se servir do pasto de uma fazenda, próximo da rodovia MS-080. A proprietária disse que o gado tinha sido retirado daquele pasto 15 minutos antes; se ainda estivesse lá, a história seria outra… Evitando abrir os trens de pouso, para evitar maiores riscos, o hábil piloto conseguiu descer “de barriga”, ‘roçando’ o colonião. Foram segundos de terror, mas, pra quem está dentro, parece uma eternidade. Parada a aeronave, todos estavam vivos. Angélica ainda disse: “Falo que foi um milagre de Deus porque tudo quebrou, menos nós…”.

Num momento assim, não interessa se existe ou não simpatia pessoal por personagens famosos, vedetes da tevê: o sentimento comum humano nos carrega para a tentativa imaginária de estar na pele deles, e nos faz alegrar, também, pelo livramento… Significativa, aquela afirmação da Angélica: “Nem sei como vou poder agradecer a Deus por salvar minha família”.  Minha memória traz à tona outra pessoa que passou por dilema idêntico, embora em circunstâncias diferentes. Essa pessoa foi o rei Davi, conforme a letra de um dos seus salmos bíblicos: “Que darei eu em retribuição ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito? Tomarei o cálix da salvação, e invocarei o Nome do Senhor; cumprirei os meus votos ao Senhor, diante de todo o seu povo!” (Salmo 116.12-14, BCF, salmo numerado como 115 nesta tradução).   Davi também teve seu momento de angústia, ao lembrar-se:“Dores de morte me cercaram, perigos do inferno se apoderaram de mim. Eu me achei em tribulação e dor” (mesmo salmo, verso 3).  Sua interrogação, parecida com a da Angélica, e da família Huck, foi: que darei ao Senhor? Depois que laços de morte, angústias do inferno se apoderaram dele, vieram em seqüência os benefícios, o livramento, a benesse divina.

No entanto, Davi já tinha a resposta à sua própria indagação. Seria esta resposta útil também à Angélica, ao Huck, aos seus filhos, às babás, aos pilotos, os quais – todos – viveram o mesmo ‘filme de terror’?  Estou convencido que sim! Seria também útil a quem lê esta mensagem? Mais uma vez, estou convencido que sim, porque já tem sido útil (utilíssima) a quem a escreve.Tomarei o cálix da salvação… Aí está uma opção sábia, sapientíssima! Invocarei o Nome do Senhor… Aí está uma decisão nobre, nobilíssima! Cumprirei os meus votos ao Senhor… Aí está uma iniciativa prudente, prudentíssima!   

Infelizmente, há pessoas que dependem de um trauma de grande envergadura (pra não dizer vergadura) para que cheguem a tais atitudes. Não me refiro ao Luciano e à Angélica: refiro-me a Davi, e a muitos de nós outros (se não todos).  Melhor seria chegar à opção sábia, à decisão nobre, à iniciativa prudente sem precisar da vergadura. Mas, vindo ela, não raro ajuda. Tomar o cálice da salvação é algo que se faz, mesmo que metaforicamente, genuflexo, aos pés de Cristo; invocar o Nome do Senhor é algo que se faz quando se chega à inevitável conclusão de que “não há salvação em nenhum outro; porque, abaixo do céu, não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4.12, ARA). “Cumprir votos ao Senhor” é algo sério, mas, que vale a pena, desde que sejam votos legítimos, a Ele aceitáveis. Ah! Quem me dera alguém contasse essas importantes novidades do salmista ao Huck e sua esposa. Poderiam encontrar a resposta ao desconhecido: “Nem sei como vou agradecer a Deus…”; a Palavra de Deus tem a resposta! Só ela tem!…  Meu tributo a Ele, como disse o grande Calvino (1509-1564): “meu coração a ti ofereço, Senhor, pronto e sincero”.

Pra variar, a mensagem musical de hoje leva também esse nome. Foi escrita por um dedicado servo de Jesus Cristo, em cuja poesia procurou ele retratar a aplicação das palavras de Davi à sua própria vida.

MY TRIBUTE [TO GOD BE THE GLORY]  (1971)
Meu Tributo [A Deus Seja a Glória)
Andrae Edwards Crouch (1942-2015) 

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional