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N° 352 : “MISSÃO MISERICORDIOSA DE RESGATE”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 29 de Julho de 2018

Imagine você com uma tarefa: encontrar uma das seis patinhas de uma formiga num campo de golfe, procurando a olho nu… Já desistiria antes mesmo de começar, não?

A história que vou descrever agora se parece com isso, nas proporções. Jay Prochnow era um piloto nos Estados Unidos, trabalhando com aeronaves de defensivos agrícolas. Às vésperas do Natal de 1978, estando grávida sua esposa, perdeu ele o emprego. Que drama! Surgiu a oportunidade de uma tarefa extremamente arriscada, mas que lhe renderia algum dinheiro: entregar um pequeno avião monomotor, modelo Cessna 188, a um produtor rural na Austrália. Ele deveria partir de São Francisco, na Califórnia; são mais de 12 mil quilômetros, voando sobre a imensidão das águas do Oceano Pacífico. Não seria possível, se não fosse por uma escala em Honolulu, no Hawai, outra na ilha de Pago-Pago e, por último, na ilha Norfolk; ao todo, quatro etapas. Muitos disseram: só um louco faria uma viagem dessa num teco-teco…  Jay era um louco desses, por pura necessidade.

O primeiro trecho – quase 4 mil quilômetros de São Francisco a Honolulu, foi sem problemas; o  segundo  trecho – pouco mais de 4 mil quilômetros de Honolulu até Pago-Pago, também foi sem problemas, embora ambos muito cansativos. Mas, no terceiro trecho – de Pago-Pago à ilha de Norfolk, que cobriria ‘apenas’ 2800 quilômetros (aproximadamente) sobre o mar, Jay não esperava a surpresa…

De repente, a certa altura da tarde (ele tinha saído bem cedo) percebeu que o instrumento que lhe estava direcionando tinha dado problemas a certa altura, e ele não havia percebido. E agora? Para onde ele estava indo? No meio do imenso oceano, perdido de tudo. Lembra da procura da patinha da formiga? Um Cessna 188 tem uma área aproximada de 60 metros quadrados; o Pacífico tem uma área de 162 trilhões de metros quadrados. Alguém poderia lhe ouvir pelo rádio, mas, como localiza-lo? E o pior: até quando o combustível aguentaria? E mais: até quanto o corpo, a consciência, os reflexos de Jay o manteriam?

Foi aí que entrou em cena o heróico comandante de jato DC-10 da companhia Air New Zealand, que estava levando quase 90 passageiros das Ilhas Fiji para Auckland, na Nova Zelândia – o vôo 771. Seu jato estava no Pacífico também, mas sem saber a que distância do Cessna de Jay. Com um trabalho engenhoso, persistente, heróico e extremamente arriscado, o comandante Gordon Vette conseguiu localizar o Cessninha de Jay, e conduzi-lo a salvo até Norfolk. Há muitos outros detalhes impressionantes da história, que nem dá para contar aqui…

Provavelmente, se não fosse resgatado, continuaria voando rumo ao pólo Sul, até cair no mar sem combustível… Mas, foi resgatado! Isto, depois de 8 horas perdido (e apavorado) sobre o oceano, e 23 horas voando espremido naquela cabine. Lembra da patinha da formiga na imensidão do campo de golfe? Foi muito mais complicado, mas o perdido foi encontrado e salvo, para alívio da sua assombrada esposa, lá em São Francisco, e de todos a bordo do DC-10.

A história é verídica, e deu um emocionante filme, que eu assisti. Outro caso da vida real, esse muito mais complexo e impossível do que o resgate de Jay Prochnow, eu tenho ainda para contar: aquele caso de quem desceu da imensidão das alturas celestes, e veio resgatar um verme mais insignificante do que a patinha de uma formiga – eu! Estava perdido num oceano de trevas muito mais vasto do que o Pacífico. Falo de Jesus, falo de mim, falo do meu resgate…

Cristo Jesus, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!” (Fp 2.5-8).
Por que? Para que? Para cumprir a missão misericordiosa de resgate, em meu benefício, e de muitos e muitos outros… Considero minha história, na esfera espiritual, muito pior e mais trágica do que a de Jay no Cessna perdido… Mas, ele veio, e me resgatou… “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19.10). Minha jornada de vida, tal como a de qualquer outro (inclusive de quem me lê aqui) era mais assustadora do que a rota perdida do Cessna do Jay… Mas, Jesus Cristo veio, me achou, me redimiu. Como disse o salmista: Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro. Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos” (Salmo 40.1,2, ARA). Que resgate feliz e abençoado! Não há o que pague! Nunca! 

Mylon LeFevre quase morreu, em 1973, de uma overdose de heroína. Depois de um massivo ataque cardíaco em 1989, que quase levou, pela segunda vez, a vida do nosso compositor, viu ele seu completo resgate em Cristo Jesus, e compôs nosso hino de hoje.  Ouça aqui o hino, no belo arranjo de Ponder, Harp & Jennings…  

WITHOUT HIM…
(SEM ELE…, 1962)
Mylon R. LeFevre (1944…)

Without Him I could do nothing… 
Sem Ele eu nada poderia fazer… 
Without Him I'd surely fail…
Sem Ele eu certamente falharia…

Without Him I would be drifting
Sem Ele eu vagaria

Like a ship without a sail!
Como um barco sem vela! 

Jesus, my Jesus
Jesus, meu Jesus

Do you know Him today?
[Se] você o conhece hoje

You can't turn Him away!
Não há como descartá-lo!

Oh! Jesus, my Jesus
Jesus, meu Jesus

Without Him, how lost I would be!
Sem Ele, quão perdido eu estaria! 

Without Him I would be dying
Sem Ele eu estaria em morte iminente

Without Him I'd be enslaved
Sem Ele eu estaria escravizado

Without Him I would be hopeless
Sem Ele não me haveria esperança 

But with Jesus, thank God, I'm saved!
Mas com Jesus, graças a Deus, sou [estou] salvo! 

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 196 : “MAIS QUE 826…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 26 de Março de 2015

826 bilhetes escritos em guardanapos do lanche escolar: este é o principal legado que Garth está deixando para sua filha, Emma. William Garth Callaghan (1970…), casado com Lissa, já foi diagnosticado com câncer quatro vezes, com afetação principalmente nos rins e na próstata. A primeira vez foi quando sua filha estava completando apenas doze anos de idade. Garth colocava bilhetinhos escritos no guardanapo do lanche para o almoço. Ele nem sabia se ela os lia, mas, um dia, gratamente, surpreendeu-se com a descoberta: na pressa em arrumar a lancheira, ele se esqueceu do bilhetinho; ela vasculhou, viu que não estava, e cobrou-o. Minha querida Emma lê meus bilhetinhos, foi o que percebeu. Garth chegou a considerar que os bilhetinhos de guardanapos seriam, dele para sua filha, “pequenas instruções para viver”

O câncer alcançou primeiro o rim, com um tumor de doze centímetros; depois, ‘pulou’ para a próstata, depois voltou para os rins; depois, metástase. Um dia, o diagnóstico médico foi cruel: você tem 8 por cento de chances de sobreviver mais cinco anos. Mais cinco anos! Emma ainda não estaria com a high school (nível médio) concluída, talvez. Poucos meses antes do seu próprio diagnóstico, Garth havia perdido o pai, devido a câncer de pulmão. Antes de receber legado por ele manuscrito, por intermédio de sua mãe, Garth chegou a dizer: “Não há nada que eu não daria para ter uma mensagem ou uma carta do meu pai; mas, agora, é tarde demais!”

O primeiro bilhete de guardanapo de Garth para Emma foi em 06 de Janeiro de 2012. Como ele descobriu? Foi no dia em que sua filha lhe trouxe um livro, e abriu-o diante dele. Ali estavam, cuidadosamente colados, todos os bilhetes até então, devidamente identificados por data. Não é preciso dizer que o coração daquele pai desabou… Quando a perguntaram a Emma o que a fez organizar tudo, data por data, ela disse: “Bem, nós tínhamos acabado de enfrentar o primeiro diagnóstico de câncer e a primeira cirurgia… Não entendia bem o que estava acontecendo… Só sabia que gostaria de guardar um pedaço dele comigo”.

Dentre os bilhetes de Garth para Emma, selecionei um, com frase emprestada de Mark Twain (1835-1910); e Garth copiou, no guardanapo de almoço de Emma: “Os dois dias mais importantes de sua vida são o dia em que você nasceu, e depois, o dia em que descobriu porquê!” Tem amparo, sim, se juntarmos a esse segundo dia a atitude nele assumida. Se o dia dessa atitude decorrente for distinto, é preciso falar de três, e não de dois. Um dia, Garth Callaghan se deu conta de que poderia morrer antes de sua filha completar o nível médio de seus estudos. Então, o que fez? Antecipou-se! Começou a preparar 826 bilhetes de guardanapo, um para cada dia dos anos de estudos de Emma, até formar-se. Se ele faltasse, alguém saberia onde e como entregar os bilhetes à filha. E a história se transformou em livro, que hoje inspira muitos pais e filhos a se ligarem mais, enquanto o tempo lhes permite isto. Na sua apresentação, Garth diz: “Partilho este livro porque nenhum de nós sabe quanto tempo ainda nos resta. Sim, caminhamos num planeta com a esperança de sermos invencíveis, mas a vida nos pode ser tirada a qualquer momento. Casa, conta bancária, habilidades, profissão – nada disso importa. Tudo se resume aos relacionamento duradouros que construímos. É isso. É tudo isso!”

Então, vamos pensar juntos: depois do dia do nascimento, o outro dia mais importante da vida (Garth assumiu isso, de Mark Twain), é o dia em que você descobre porque nasceu. E eu acresço que, são dois, caso essa descoberta leve a uma atitude no mesmo dia; se a atitude ocorrer em outro dia, são três. Garth já preparou um suprimento de bilhetes para cada dia – 826 no total – até Emma formar-se na high school. Pulemos nós para um andar acima. Deus também considera que os dois dias mais importantes da vida de cada um de nós são o dia em que Ele nos trouxe à vida, e o dia em que descobrimos porque Ele a ela nos trouxe, desde que tomemos atitude, nesse dia. Se a atitude for noutro dia, são três! E mais: Deus já nos deixou muito mais que 826 bilhetes, para chegar até ao fim da existência, em plena sintonia com a verdadeira razão de viver. Há 1189 capítulos, contendo mais de 31 mil versículos, suficientes (e indispensáveis) para cada dia de vida, até que ela chegue ao seu final. Sabe o que te sugiro? à semelhança de Emma, com os bilhetes de seu pai, leia e releia cada um dos 1189 capítulos da Bíblia; guarde, não só como num livro, mas também na mente e no coração, cada ‘bilhete’ divino, como de um verdadeiro pai para um filho, até chegar o dia do reencontro com Ele.

E, lembre-se do que Paulo, pelo Espírito de Deus, disse ao seu ‘filho na fé’, (com validade bem mais ampla): “Porque desde criança você conhece as sagradas letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus.” (II Timóteo 3.15, NVI). Cristo é necessariamente presente e pertinente em tudo que se busque como resposta para a razão de viver; a Palavra de Deus é verdadeiro, suficiente e indispensável suprimento de instruções sobre o significado da vida, e a atitude necessária ante a sua descoberta. Sem reduzir minha admiração por Garth Callaghan, digo ainda: muito mais que 826 bilhetes! Se você ainda não sabia, assuma atitude logo; se você sabia, mas a tem desprezado, mude de atitude logo!

Nos anos Sessenta, um dos filhos de Urias e Eva Mae LeFevre compôs um belíssimo hino. Mal sabia ele que, quando de uma apresentação do hino em certo auditório, lá se encontrava Elvis Presley. Para sua surpresa, o famoso cantor o procurou e revelou sua intenção de gravar um disco só com hinos (veio a ser How Great Thou Art), e de incluir nele o hino que acabava de ouvir. E assim, o nosso hino de hoje entrou na coletânea de Elvis.

Voltando ao nosso compositor de hoje, seu testemunho é de que os dias da juventude lhe roubaram o calor espiritual em que foi criado; o caminho para a sequidão das drogas e da sedução existencial lhe estava escancarado. Trocou os hinos pelo rock. Em 1973, quase morreu de uma overdose de heroína; sobreviveu. Depois de um massivo ataque cardíaco em 1989, que quase levou a vida do nosso compositor, voltou-se ele inteiramente ao Seu Redentor. Hoje, é um pregador da Palavra de Deus.

Passou, então, a cantar o seu hino com um significado novo, mais brilhante. Por isto disse: 
"Eu era um cristão que pouco testemunhava, pouco cultuava, mas muito me envolvia com o rock! "
A partir de então, intensificou sua agenda de pregação e testemunho, e seu hino adquiriu um novo contorno. 

O sentimento pela sua vida resgatada em Cristo passou a exibir uma intensidade ainda maior que a dos dezesseis sobreviventes do "milagre dos Andes".  Ouça aqui o hino, no belo arranjo de Ponder, Harp & Jennings…  

WITHOUT HIM…
(SEM ELE…, 1962)
Mylon R. LeFevre (1944…)

Without Him I could do nothing… 
Sem Ele eu nada poderia fazer… 
Without Him I'd surely fail…
Sem Ele eu certamente falharia…

Without Him I would be drifting
Sem Ele eu vagaria

Like a ship without a sail!
Como um barco sem vela! 

Jesus, my Jesus
Jesus, meu Jesus

Do you know Him today?
[Se] você o conhece hoje

You can't turn Him away!
Não há como descartá-lo!

Oh! Jesus, my Jesus
Jesus, meu Jesus

Without Him, how lost I would be!
Sem Ele, quão perdido eu estaria! 

Without Him I would be dying
Sem Ele eu estaria em morte iminente

Without Him I'd be enslaved
Sem Ele eu estaria escravizado

Without Him I would be hopeless
Sem Ele não me haveria esperança 

But with Jesus, thank God, I'm saved!
Mas com Jesus, graças a Deus, sou [estou] salvo! 

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional