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N° 338 : “O INFERNO NÃO EXISTE!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 01 de Abril de 2018

“O inferno não existe; as almas dos ímpios são extintas após a morte” (que dia é, mesmo hoje?). Essa foi a declaração atribuída ao assim denominado papa Francisco, o cardeal ‘romano’ Jorge Mario Bergoglio, de 81 anos. Quem a registrou foi um jornalista italiano, chamado Eugenio Scalfari, de 93 anos. Scalfari é um pioneiro do periódico La Repubblica, jornal diário de Roma, o segundo maior em tiragem na Itália.

De acordo com Scalfari, essa afirmação papal se deu numa espécie de entrevista, ocorrida sem testemunhas. O Vaticano reagiu, após a publicação, declarando que a afirmação não era a exata expressão das palavras do papa, senão a reconstrução da conversa pelo jornalista, de acordo com a memória dele; além do mais, retificou que não se tratou de uma entrevista, senão, uma conversa meramente informal. De fato, Scalfari já se tornou conhecido por não gravar nem tomar notas em suas entrevistas, preferindo reproduzi-las de memória.

Por outro lado, não é a primeira conversa ocorrida entre o pontífice do cristianismo romano e o jornalista, de conhecido ateísmo convicto: é a quinta conversa havida entre eles, depois da instalação de Bergoglio na cathedra romana. E, mesmo já tendo havido controvérsias quanto ao teor das conversações, anteriormente, o papa continuou se encontrando com o ateu, sustentando sua postura de que deve-se manter aberto o diálogo com não cristãos. O editor geral do La Repubblica, Mario Calabresi, retratou as conversas entre o papa e Scalfari como “um diálogo e intercâmbio pós-século XIX, entre um crente jesuíta e um homem do iluminismo fascinado pela religião”.

Conhecida como “aniquilacionismo”, a tese de que as almas dos ímpios não vai sofrer punições eternas volta à tona, com esta controvérsia, bem ao ensejo das comemorações da Páscoa cristã. Entretanto, não é nova, a tese. Já no início do 4º século, Arnóbio de Sica (255-330), um apologista cristão, famoso por sua defesa do cristianismo nos dias da perseguição do Imperador Diocleciano, foi defensor da tese. Nos tempos modernos, o Iluminismo foi grande reavivador de sua pregação. Os contingentes seguidores de Ellen G. White (1827-1915) e de Charles Taze Russell (1852-1916), também abraçaram a doutrina; o primeiro grupo, conhecido entre os adventistas; o segundo, entre os “Testemunhas de Jeová”. Contemporaneamente, teólogos evangélicos da América do Norte, como Clark Pinnock (1937-2010) e do Reino Unido, como John Stott (1921-2011) também se tornaram seus arautos.

Infelizmente, o espaço dedicado a esta mensagem não comporta uma extensa discussão para refutação da tese aniquilacionista, nem, tampouco, refutação do erro de interpretação bíblica em que incorrem, ao usar certas passagens em seu favor. Mas, comportará os necessários lembretes da Escritura sobre o tema. Esses lembretes, uma vez devidamente firmados e conformados com a clássica e milenar interpretação – de que o inferno existe, e que consiste de um tormento interminável e eterno para os que se mantêm fora das fileiras dos verdadeiros discípulos obedientes a Jesus Cristo – advertem por si só.

Em Lucas 16, Jesus fala de certo homem que amou suas riquezas, o qual, depois de morto, foi levado para um hades de tormentos e fogo. Na apresentação do didático episódio (que reputo por parábola), Jesus não deixa qualquer palavra de expectativa de que aquele tormento chegaria a um termo…

Em Mateus 8.12 Jesus fala de uma condenação denominada como trevas, onde haverá choro e ranger de dentes… A mesma expressão ele usou no tocante àquele intruso descredenciado para a festa, em Mateus 22.13; igualmente, em Mateus 24.51, onde fala do castigo do servo desqualificado… E em Mateus 25.30, o servo inútil também é lançado fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes.

Mais contundente ainda é a descrição metafórica de Jesus sobre o fogo do inferno: “…onde o bicho que os rói nunca morre e o fogo nunca se apaga…” (Marcos 9.43-47, BCF).

O apóstolo João descreve o inferno, em seu estado final e eterno, com palavras chocantes: O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos… Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo” (Apocalipse 20-10-15, ARA).

Afirmar que o inferno de sofrimento eterno não existe é brincar com fogo; até o ditado popular adverte: quem brinca com fogo, acaba queimado!

Mas, não poderia encerrar esta mensagem com este tom… Há um céu eterno também… Encerro com a mensagem cantada que tem letra de Dick Torranz, líder do Grupo Elo na década de Setenta. 

CÉU, LINDO CÉU (1979)
Richard Dennis Torrans
Ouça, com nosso

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 181 : “CADA DIA COMO SE FOSSE O ÚLTIMO!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 07 de Dezembro de 2014

A ‘fibrose cística’ é uma doença tida como genética. Ataca órgãos do aparelho digestivo (especialmente pâncreas), assim como do aparelho respiratório (especialmente pulmões), além das glândulas sudoríparas. Provoca efeitos que costumam, com pouco tempo, bloquear funções vitais, levando à morte. É considerada tipicamente uma doença de fundo genético; no entanto, as variações entre exemplares humanos sugerem que surgem por mutações circunstanciais, e não por mera estatística aleatória. Por exemplo, as ocorrências em brancos são assustadoramente maiores que nos demais; em determinados países, muito mais que outros; em determinados estados de um país, mais que em outros. Em média, atinge um a cada três mil (em regiões de maior densidade) ou a cada dez mil (ou acima disto, em regiões de menor densidade).

Seu diagnóstico costuma aterrorizar: em geral, aponta encurtamento drástico da expectativa de vida. Foi o que se deu com o britânico Tim Wotton, conforme noticiaram os periódicos The Guardian e BBC. Ainda novo, o diagnóstico médico para Wotton foi de que sua vida se limitaria a 17 anos de idade. No entanto, com os tratamentos recebidos, e com a surpreendente reação do seu organismo, Tim se encontra hoje com 43 anos de idade, casado, e pai de um menino de sete. “De fato, eu vivo cada dia de vida como se fosse meu último dia na terra”, disse Tim Wotton, quando estava para completar 40. Não obstante, a expectativa de 17 anos já dobrou, e caminha para triplicar…

Escute aqui (figuradamente falando, já que ninguém aqui está escutando – apenas lendo): e se, por alguma outra razão (ou mesmo por razão idêntica), fossem os seus ouvidos a ouvir o diagnóstico, apontando que sua expectativa de vida não é para juntar-se ao time no qual jogou Oscar Niemeyer? O famoso arquiteto brasileiro só não emplacou 105 anos de idade por ‘erro de cálculo’ correspondente a 10 dias… Sim, diga-me imaginariamente: e se fosse com você o diagnóstico – você tem “x” dias para viver… Será que também viveria tais dias como se fossem os últimos? Digamos, por exemplo, que não fosse um médico, ou uma junta médica a trazer tal veredicto. Sim, porque mesmo uma junta médica pode errar em seus prognósticos. Ao Tim deram vida apenas até 17, e ele está, hoje, com 43, trabalhando, criando o filho, praticando esporte, etc… Digamos que o diagnóstico viesse daquEle cuja boca nunca falha: Deus mesmo! Houve um rei em Israel que passou por isto; seu nome era Ezequias, e você pode conhecer sua história na Bíblia, no segundo livro de Reis, capítulo vinte. Sumariamente: Naqueles dias, Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; veio ter com ele o profeta Isaías, filho de Amós, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás. (II Rs 20.1, ARA) E Deus lhe dizendo algo parecido: Então: você estaria também disposto a viver cada novo dia como se fosse o último na terra?

Eu reconheço que a pergunta incomoda, e é nada simpática (nadinha, mesmo). Ela apenas põe a pensar: se a prática divina fosse assim, de avisar a cada um de nós, como fez com Ezequias, ou como os médicos britânicos fizeram com o Tim Wotton, talvez muita coisa fosse diferente. Talvez não tivéssemos “petrolão”, nem a sua CPMI; talvez não tivéssemos “estado islâmico”, nem guerras inter-raciais; talvez não tivéssemos tanta mentira, tanta hipocrisia, tanta desavença, tanta corrupção, tanta discórdia familiar, e discórdia até entre irmãos.

Mas não! Deus não está aí, a cada dia mandando um profeta, ou um email (com certificação digital celeste), ou um bilhetinho (em pergaminho recondicionado), para cada ser humano, revelando: Sabe qual a sua conta? Mais 80 anos… A outro – Sabe a sua? Mais 8 anos… A mais outro: E a sua conta, já sabe? Mais 8 dias (ou mais 8 horas…). Assim sendo, ele vai tolerando, por enquanto, a corrupção humana, a mentira, a trapaça, a sordidez, a hipocrisia, a falta de sinceridade, a discórdia, o homicídio, a difamação, e assim por diante. “Por enquanto”, disse eu. E a humanidade vai seguindo, como se a vida lhe fosse quase eterna. Sim, porque, se tivéssemos um aviso celeste, daquele tipo do Tim Wotton, certamente pensaríamos mais que duas vezes, antes de desprezar a chance de “viver a cada novo dia como se fosse o último na terra”.  

No entanto, sem a mesma precisão, Deus já tem mandado recado parecido, que vale para cada um. A vida aqui é passageira; a vida porvir é eterna. Preste atenção: Então lhes contou esta parábola: ‘A terra de certo homem rico produziu muito bem. Ele pensou consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho onde armazenar minha colheita’. Então disse: ‘Já sei o que vou fazer. Vou derrubar os meus celeiros e construir outros maiores, e ali guardarei toda a minha safra e todos os meus bens. E direi a mim mesmo: Você tem grande quantidade de bens, armazenados para muitos anos. Descanse, coma, beba e alegre-se’. Contudo, Deus lhe disse: ‘Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou? (Lucas 12:16-20, NVI).

Perceba, por favor: à luz do que ensinou Jesus Cristo, quanto a esse homem hipotético da parábola, a qualquer um pode suceder isto, na primeira noite que lhe vier à frente. Se ocorrer a nós o que ocorreu ao Tim Wotton, teremos, talvez, duas escolhas para viver cada dia como se fosse o último: aproveitar tudo que for possível da vida, já que vai acabar; ou, assumir o preparo pessoal para o encontro individual com Deus. Eu te sugiro: se você puder ir em busca de uma Bíblia, qualquer que seja, leia o capítulo 4 do profeta Amós, e use-o como uma instrutiva analogia. Note o tom insistente, reincidente: "Contudo, não vos convertestes a mim"A certa altura, assim declara o Altíssimo: "Por isso, ainda os castigarei, ó Israel, e, porque eu farei isto com você, prepare-se para encontrar-se com o seu Deus, ó Israel." (Amós 4:12, BCF).

Viver, cada dia, como se fosse o último, sob a certeira e inolvidável expectativa de que, o momento seguinte ao último dia é o do encontro diante de Deus, é um imperativo extremamente pertinente. Desprezá-lo é pura falta de juízo e bom-senso!

Prá encerrar, lembrança: Céu, Lindo Céu, de Dick Torranz, líder do Grupo Elo na década de Setenta. 

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional