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Nº 05 : “ESPERANÇA, HOPE, HOFFNUNG, ESPÉRER, ESPERANZA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 01 de Maio de 2011

Há uma quantidade imensa de gente que, neste final de semana, se colocou à volta de um caixão, onde os restos mortais de um homem, morto há cerca de 6 anos, jazem (cada ano mais decompostos). Uns, fizeram uma verdadeira peregrinação, para contemplá-lo pessoalmente; outros, em número muito maior, ao redor do mundo, acompanharam o rito pela tevê, ou pela internet, com ávido interesse pelo resultado.

O cerimonial feito em torno daquela urna funerária provem de uma expectativa, uma espécie de "esperança", de fundamento questionável: esperança num miraculoso poder para proporcionar graças. Há quem até testemunhe que foi o suposto poder daquele morto que lhe curou de algo incurável. E, a partir de agora, certamente milhões vão passar a implorar pela atuação de quem jaz, como diz a Bíblia, na inércia da morte. Que tipo de esperança é essa?

A esperança verdadeira não confunde, diz a Bíblia. Ela pertence ao trinômio FÉ-ESPERANÇA-AMOR (I Coríntios 13.13). Ela não está firmada em homens: nem em vivos, muito menos em quem jaz numa sepultura (não importando quão putrefatos estejam os seus restos), onde aguarda o dia do Juízo. Ela está firmada em Deus: o Inabalável, o Todo-Poderoso, o Imutável, o Soberano! Está firmada num único homem, que carregava consigo tanto esta nossa natureza quanto a natureza divina. Um homem que, morrendo, não permaneceu na sepultura emprestada onde fora depositado, a sepultura de José de Arimatéia.

É curioso, é significativo, é emblemático: enquanto, desde aquele tempo, pessoas e famílias já se preocupassem em prover sepulturas para seu futuro (próximo ou relativamente distante), ele, não! Não havia a mínima necessidade, porque seu corpo falecido não passaria, na tumba, mais do que três dias incompletos. Portanto, sepulcro emprestado era suficiente. Nem chegou a deixar vestígios de decomposição no sepulcro de Arimatéia…

Por isto, com Jesus, tudo funciona de um modo diferente, eficaz: a esperança nele é válida e autêntica, porque ele é o único, até hoje, que ressuscitou, vencendo a morte, tornando-se a si mesmo "primícias dos que dormem", havendo sido entronizado à destra de Deus, "até que haja posto todos os seus inimigos por estrado dos seus pés"!

"Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, por quem obtivemos também nosso acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e gloriemo-nos na esperança da glória de Deus. E não somente isso, mas também gloriemo-nos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a perseverança, e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança; ora, a esperança não confunde (ou desaponta), porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Romanos 5.1-5, ARA).

Assim sendo, não importa o idioma: hope, hoffnung, esperanza, elpida, espérer, ou, simplesmente, esperança, é o que nos move na direção dele. Não adianta procurar por sua tumba, para buscar, dEle, alguma graça: ele não ficou na tumba, tumba emprestada. A ‘hospedagem’ provisória do sepulcro alheio, para ele, foi rapidíssima: morreu numa sexta-feira, no Domingo já estava de pé, do lado de fora! Nossa esperança está nEle.

A poesia de hoje foi composta e publicado três anos após a Guerra Civil norte-americana (1776). Foi uma época dura, sofrida, naquela nação. Dividiu até cristãos. O poeta chegou a estar em prisão, por certo tempo. Fala, o antema, da Esperança, a verdadeira, a única com fundamentos eternos. Confesso que isto me renova encorajamento para a continuação da vida !

BRANDO, QUAL CORO CELESTE
Whispering Hope, (1868)
Septimus Winner (1827-1902)

 
1. Brando qual coro celeste, vem-nos de longe um rumor…
   Voz de suspiro e de alento, voz inefável de amor.
   Eia, que após tempestades, vem a bonança embalar
   O coração perturbado, dando-lhe calma sem par.
 
CORO: Oh! doce voz que me vem embalar!
      Meu coração vem, Senhor, confortar.
 
2. Se no crepúsculo da tarde, podes adiante enxergar,
   Lá no profundo das trevas, vais ver a estrela a brilhar.
   Se vindo as trevas da noite, tens porventura temor,
   Não desanimes que logo há de brilhar o alvor.
 
3. E se nas lutas da vida, sentes tristezas e dor,
   Há de raiar novo dia, cheio de luz e dulçor.
   Eternamente com Cristo, vamos a paz desfrutar,
   E alegria perene hemos de ter lá no lar.
 
(Tradutor ignorado)
 
O coro diz, originalmente, algo como :
"Esperança sussurrante, esperança sussurrante : oh! como benvinda é tua voz…
Compelindo meu coração, compelindo meu coração, a regozijar-se no seu desalento !"

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Abraços
Ulisses

NOTAS (versões bíblicas):
ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana
ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil
BCF – Versão Católica do Pe. Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional