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Nº 018 – “ESPERANÇA”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Julho de 2015

“Tenho tido a necessidade de garimpar a Palavra de Deus na busca de respostas para questões difíceis sobre Deus, sobre como Ele opera, e percebo que meus leitores enfrentam as mesmas batalhas e questões… Para mim, a Palavra de Deus é um tesouro  a ser explorado; quanto mais garimpo, mais sabedoria vejo, mais autenticação dela própria, mais revelação do maravilhoso mistério divino. Ele me deu uma mente que aspira descortinar quem Ele é, e o que está fazendo com o nosso mundo”.  Quem afirma isso é Nancy Guthrie, que escreveu Um Fio de Esperança (Holding On to Hope), além de Hearing Jesus Speak Into Your Sorrows (Ouvindo Jesus Falar Em Meio aos Seus Sofrimentos).

Nancy, e seu esposo David são cristãos ativos em Nashville, Tennessee, nos EUA. Nancy diz que seu lar era como qualquer outro. Ela e esposo lecionavam na escola bíblica dominical; um dos temas que a encantou foi a vida de Jó, seu sofrimento, suas reações diante de todo o quadro de sua vida. Perguntava-se – será que eu reagiria da mesma forma?  Depois de terem Matt, seu filho mais velho, Nancy veio a ter Hope, em 1999. “Depois do parto, os médicos começaram a identificar certas anomalias em nossa filha; era uma síndrome rara [Síndrome de Zellweger, doença genética rara, pela qual ocorre certo déficit nas células de órgãos como rins, fígado e cérebro, com diversas conseqüências nefastas no organismo]; ficamos aturdidos e mal ouvimos as últimas afirmações – não há tratamento, não há cura, não há sobreviventes; a maioria das crianças não vive mais que seis meses”.

Nancy se lembrou de Jó, e de suas lições de Escola Dominical. Agora, era com ela, e com David, e até com Matt. A interrogação adicional que veio foi: “Será que nossa fé em Deus nos ajudará a sofrer menos?” Hope rompeu a barreira dos seis meses: viveu exatos 199 dias, durante os quais ela e sua família ‘garimparam’ profundas riquezas da Palavra de Deus, para enfrentar o quadro. Mas, o diagnóstico se confirmou, e Deus levou para si a pequena e amada Hope. A Síndrome de Zellweger decorre, segundo a ciência, de existência de um gene recessivo no código genético de ambos os pais, mas há meios de prevenir que tal existência, quando identificada e tratada, prejudique uma gravidez.

David e Nancy tomaram todas as precauções para nova tentativa. Veio a gravidez, e era um menino, desta vez: seu nome seria Gabriel, o pequeno Gabe. A previsão de nascimento, para 2001, se cumpriu. No entanto, antes mesmo, Nancy soube que, a despeito de todos os cuidados, Gabe tinha a mesma síndrome de Hope. Passar por tudo de novo, Senhor?  É, Deus quis assim… O pequeno Gabe viveu menos: 183 dias, com sintomas e conseqüências idênticos aos da irmã. Seria motivo suficiente para deixar Deus de lado… Mas, não para Nancy e David. Ao contrário, o que se viu foi um impressionante aprofundamento na fé, nas riquezas da graça de Deus, a ponto de poderem ajudar a inumeráveis pessoas em sofrimento.   

"Diante da calamidade que lhe sobreveio, Jó se prostrou diante de Deus em adoração… Somente uma pessoa que compreendia a grandeza de Deus poderia tê-lo adorado em meio a tanta dor”, reconheceu Nancy, seguindo a mesma fórmula. Seu testemunho de vida e de esperança tem chegado a milhões, em mais  de oito línguas, inclusive em língua portuguesa; até a mídia secular, como o jornal USA Today e a Time Magazine, retrataram seu drama. A publicação Sacred Melody registrou: “Os que observaram Nancy e David prosseguir, em meio às suas perdas, e os milhões no mundo que tomaram conhecimento de sua história, admiraram-se de sua habilidade de emergir de tal sofrimento com alegria no viver e paixão por Deus”.  Sobretudo, tem sido evidenciada a atitude típica de Jó: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que, no fim, se levantará sobre a terra. E depois que o meu corpo estiver destruído e sem carne, verei  a Deus. Eu o verei com os meus próprios olhos; eu mesmo, e não outro! Como anseia no meu peito o  coração”  (Jó 19.25-27, NVI). É a esperança de reencontro com Hope e Gabe… É a esperança de vida eterna com Deus… Isto nutre a vida de aqui!

A esperança de Jó, a esperança de Nancy, é a mesma esperança que usufruem milhares, milhões, ainda que não tão provados como eles. Mas, que podem usufruir tantos quantos forem provados como eles foram. Nancy Guthrie, por seu testemunho de vida e de esperança, não poderia ser aqui retratada, senão como outra “Arauto de Vida”…

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson, ouça a mensagem, com o nosso player online…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida  
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:
E Ele há de velar por ti! …

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

Nº 05 : “ESPERANÇA, HOPE, HOFFNUNG, ESPÉRER, ESPERANZA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 01 de Maio de 2011

Há uma quantidade imensa de gente que, neste final de semana, se colocou à volta de um caixão, onde os restos mortais de um homem, morto há cerca de 6 anos, jazem (cada ano mais decompostos). Uns, fizeram uma verdadeira peregrinação, para contemplá-lo pessoalmente; outros, em número muito maior, ao redor do mundo, acompanharam o rito pela tevê, ou pela internet, com ávido interesse pelo resultado.

O cerimonial feito em torno daquela urna funerária provem de uma expectativa, uma espécie de "esperança", de fundamento questionável: esperança num miraculoso poder para proporcionar graças. Há quem até testemunhe que foi o suposto poder daquele morto que lhe curou de algo incurável. E, a partir de agora, certamente milhões vão passar a implorar pela atuação de quem jaz, como diz a Bíblia, na inércia da morte. Que tipo de esperança é essa?

A esperança verdadeira não confunde, diz a Bíblia. Ela pertence ao trinômio FÉ-ESPERANÇA-AMOR (I Coríntios 13.13). Ela não está firmada em homens: nem em vivos, muito menos em quem jaz numa sepultura (não importando quão putrefatos estejam os seus restos), onde aguarda o dia do Juízo. Ela está firmada em Deus: o Inabalável, o Todo-Poderoso, o Imutável, o Soberano! Está firmada num único homem, que carregava consigo tanto esta nossa natureza quanto a natureza divina. Um homem que, morrendo, não permaneceu na sepultura emprestada onde fora depositado, a sepultura de José de Arimatéia.

É curioso, é significativo, é emblemático: enquanto, desde aquele tempo, pessoas e famílias já se preocupassem em prover sepulturas para seu futuro (próximo ou relativamente distante), ele, não! Não havia a mínima necessidade, porque seu corpo falecido não passaria, na tumba, mais do que três dias incompletos. Portanto, sepulcro emprestado era suficiente. Nem chegou a deixar vestígios de decomposição no sepulcro de Arimatéia…

Por isto, com Jesus, tudo funciona de um modo diferente, eficaz: a esperança nele é válida e autêntica, porque ele é o único, até hoje, que ressuscitou, vencendo a morte, tornando-se a si mesmo "primícias dos que dormem", havendo sido entronizado à destra de Deus, "até que haja posto todos os seus inimigos por estrado dos seus pés"!

"Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, por quem obtivemos também nosso acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e gloriemo-nos na esperança da glória de Deus. E não somente isso, mas também gloriemo-nos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a perseverança, e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança; ora, a esperança não confunde (ou desaponta), porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Romanos 5.1-5, ARA).

Assim sendo, não importa o idioma: hope, hoffnung, esperanza, elpida, espérer, ou, simplesmente, esperança, é o que nos move na direção dele. Não adianta procurar por sua tumba, para buscar, dEle, alguma graça: ele não ficou na tumba, tumba emprestada. A ‘hospedagem’ provisória do sepulcro alheio, para ele, foi rapidíssima: morreu numa sexta-feira, no Domingo já estava de pé, do lado de fora! Nossa esperança está nEle.

A poesia de hoje foi composta e publicado três anos após a Guerra Civil norte-americana (1776). Foi uma época dura, sofrida, naquela nação. Dividiu até cristãos. O poeta chegou a estar em prisão, por certo tempo. Fala, o antema, da Esperança, a verdadeira, a única com fundamentos eternos. Confesso que isto me renova encorajamento para a continuação da vida !

BRANDO, QUAL CORO CELESTE
Whispering Hope, (1868)
Septimus Winner (1827-1902)

 
1. Brando qual coro celeste, vem-nos de longe um rumor…
   Voz de suspiro e de alento, voz inefável de amor.
   Eia, que após tempestades, vem a bonança embalar
   O coração perturbado, dando-lhe calma sem par.
 
CORO: Oh! doce voz que me vem embalar!
      Meu coração vem, Senhor, confortar.
 
2. Se no crepúsculo da tarde, podes adiante enxergar,
   Lá no profundo das trevas, vais ver a estrela a brilhar.
   Se vindo as trevas da noite, tens porventura temor,
   Não desanimes que logo há de brilhar o alvor.
 
3. E se nas lutas da vida, sentes tristezas e dor,
   Há de raiar novo dia, cheio de luz e dulçor.
   Eternamente com Cristo, vamos a paz desfrutar,
   E alegria perene hemos de ter lá no lar.
 
(Tradutor ignorado)
 
O coro diz, originalmente, algo como :
"Esperança sussurrante, esperança sussurrante : oh! como benvinda é tua voz…
Compelindo meu coração, compelindo meu coração, a regozijar-se no seu desalento !"

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Abraços
Ulisses

NOTAS (versões bíblicas):
ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana
ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil
BCF – Versão Católica do Pe. Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional