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N° 171 : “ESCOLHER, SEM ELE?…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 28 de Setembro de 2014

“Ah! A musiquinha daquele candidato é tão simpática; é por isto que vou votar nele”. Esta frase não é ficção; é realidade. Foi dita recentemente, por uma pessoa do meu círculo de conhecimento. Revela o critério de escolha daquela pessoa pelo seu voto, que deverá ser efetivado dentro de uma semana. Mas, não é um caso único. Conheço eleitores que têm as mais variadas motivações para o seu voto. Um, diz que é preciso mudar; então, melhor votar em quem nunca foi votado antes, pois isto, no seu raciocínio, já significará mudança; pior, parece lhe assegurar que a mudança será positiva. Outro, demonstra que exercerá seu voto na base do reconhecimento; supondo que determinados benefícios pessoais que conquistou estão ligados ao que o candidato, quando no tempo do seu mandato, trouxe em seu favor, assim será seu voto. Uma jovem expressou que vai exercer seu voto na base da simpatia fisionômica. E, por aí vão indo muitas das manifestações de preferências.  

Pessoalmente falando, já fiz alguns testes… Tenho perguntado a muitos que me ouvem se, alguma vez ao menos, examinaram as diretrizes programáticas do partido político ao qual está ligado certo candidato de sua preferência. Não me lembro jamais de ter recebido uma resposta positiva. Pode até ser de o programa do partido de determinado candidato apresentar, implícita ou explicitamente, algo historicamente nocivo, mas isto parece não fazer a menor diferença. É estranho o ser humano mediano e genérico (talvez, em maior escala, entre os brasileiros): parece que privilegia muito critérios tais como: aparência, emoção, pragmatismo, novidade, etc… Vê-se pouca, talvez pouquíssima profundidade nas apresentações de razões.

Em matéria de opções de outras naturezas, parece que não mudam muito os critérios. De certa pessoa, a quem procurei mostrar valores mais elevados da fé cristã, fui imediatamente ouvindo a ressalva: ”Escuta, posso até te ouvir sobre isto, mas quero ir logo te avisando que nem considero a possibilidade de mudar de religião; eu nasci na minha religião, que era também a dos meus pais, e a dos pais deles, e quero morrer nela”. E eu nem havia falado (ou pensado em falar) sobre qualquer eventual mudança de religião.

Deus deu ao ser humano uma capacidade que demais espécies da criação divina não dispõem: a capacidade analítica. Com ela, esta espécie privilegiada por Deus pode receber informações e sensações, pode processá-las, avaliá-las, criticá-las, discerni-las. Mas, não: ao contrário, parece continuar preferindo os critérios menos nobres. Curiosamente, até um profeta de Deus poderia se enganar nos seus critérios – e aconteceu… Quando Samuel foi à casa de Jessé, a mando de Deus, para ungir um sucessor ao rei Saul, logo viu um dos filhos de Jessé, ao qual julgou ser o escolhido de Deus. E Deus lhe advertiu: "Não considere a sua aparência nem a sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração" (I Samuel 16:7, NVI). Um dia, Jesus ensinava no templo de Jerusalém, e as autoridades judaicas se admiraram de que pudesse ensinar, se não tinha ele os estudos que eles tiveram. Havendo-lhes um breve e constrangedor diálogo, a certa altura ouviram de Jesus – “não julgueis pela aparência, mas julgai conforme a justiça” (João 7:24, BCF).

É muito importante colocar sob autocrítica critérios e motivações para as nossas escolhas; o objetivo deve ser a averiguação se tais motivações são saudáveis. Se não forem, é muito provável que o resultado (a escolha, o voto, a decisão, o julgamento, seja lá o que for) também não seja saudável. Por tal razão, o ensino bíblico pelo Espírito, falando mediante o apóstolo Paulo, adverte contra motivações e atitudes insanas, “as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum, senão para a satisfação da carne  (Colossenses 2.23, ARC). Acima de tudo, é indispensável contar com o próprio discernimento divino para chegar a escolhas mais legítimas. Estende-se a tal campo a sentença de Jesus: “… sem mim nada podeis fazer” (João 15.5, ARA).

Nas próximas eleições, corre-se o risco de muitos votos serem oferecidas sem o critério mais adequado na escolha; na vida, corre-se o risco de serem tomadas muitas decisões sem a melhor motivação, sem sintonia com a vontade de Deus; no que tange à eternidade, que grandes e frequentes riscos há, de se moverem  decisões pessoais inadequadas, com as graves (e irreversíveis) conseqüências de tal insanidade; o mesmo ocorre se forem omitidas decisões necessárias. Por isto, quão certo estava o salmista quando expressou: “lâmpada para os meus pés é a tua Palavra, e luz para o meu caminho”(Salmo 119.105, ARA). Somente pelo Espírito de Deus, em verdade, tê-lo-ia dito, como disse. Na Palavra de Deus, encontramos todo o sortimento necessário para discernimento. 

Nossa mensagem musical de hoje tem significado todo especial para o seu compositor. Nascido em lar cristão, quando achou que chegara ao auge da fama, resolveu que tinha que "ser ele mesmo", andar seus próprios caminhos. Seus próprios caminhos incluíam lugares não aprovados por Deus, companhias não aprovadas por Deus e, pior, hábitos não aprovados por Deus. Como drogas, por exemplo. Um dia, em 1973, numa turnê pela França, uma overdose acarretou-lhe uma parada cárdio-respiratória. Sem ventilação pulmonar adequada, mesmo com o atendimento médico rápido, fizeram-no despertar, 28 horas depois, com sequelas sérias, tais como perdas cíclicas de memória. Depois de voltar à consciência, pediu que lhe arranjassem uma Bíblia; logo lhe veio uma, dos Gideões Internacionais. O choro foi incontido, pelas escolhas infelizes que tinha feito nos últimos anos. Mylon voltou a cantar, e cantou, como nunca antes, sua própria canção, que presenteia seus ouvidos, na interpretação de Ponder, Harp and Jennings. A canção chegou a ser gravada por artistas de renome, como George Harrison (dos Beatles) e Elvis Presley. 

WITHOUT HIM… (1961) 
SEM ELE… 
Mylon LeFevre (1944…) 

Without Him, I could do nothing 
Sem Ele, nada eu poderia fazer
Without Him, I’d surely fail
Sem Ele, certamente eu falharia
Without Him, I would be drifting
Sem Ele, eu estaria vagueando
Like a ship without a sail…
Como um barco sem vela…

Jesus, my Jesus – do you know Him, today?
Jesus, meu Jesus – você o conhece, hoje?
You can’t turn Him away
Você não pode descartá-lo
Oh! Jesus, my Jesus
Oh! Jesus, meu Jesus
Without Him, how lost I would be!
Sem Ele, quão perdido eu estaria!

Without Him, I would be dying
Sem Ele, eu estaria morrendo
Without Him, I’d be enslaved
Sem Ele, eu estaria escravizado
Without Him, I would be hopeless
Sem Ele, eu estaria sem esperança
But in Jesus, thank God, I’m saved!
Mas em Jesus, graças a Deus, sou salvo!

 

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Abraços, até à próxima
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, w w w . bibliacatolica . com . br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'