Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 18 de Fevereiro de 2018
José de Souza Saramago (1922-2010) foi um aclamado escritor português. Em 1995 recebeu o maior prêmio literário da língua portuguesa no planeta – o Prêmio Camões. Em 1998, recebeu o mais cobiçado prêmio de toda a literatura mundial – o Nobel. Passou a ser considerado o maior responsável pelo reconhecimento internacional da prosa no nosso idioma.
Saramago tinha suas paixões: uma delas era o marxismo comunista; ou, se alguém preferir, o comunismo marxista; outra paixão era o seu ateísmo. Com tal opção, um dos seus prazeres era o de tripudiar sobre os valores históricos das religiões; muito especialmente, o cristianismo. Como evidência, chegou a dizer que o mundo seria bem melhor e mais pacífico sem religiões.
Em 1991, publicou o romance O Evangelho Segundo Jesus Cristo. Trata-se de uma obra desafiante. Nela, Jesus Cristo é retratado como um personagem histórico, mas não divino; aliás, sua humanidade, no texto, escandaliza: Jesus teria tido uma relação com Maria Madalena… A narrativa da cruz é posta sob suspeita. Disse: “No fundo, o problema não é um Deus que não existe, mas a religião que o proclama”. É como entende grande quantidade de fatos horrendos e cruéis, perpetrados em nome de Deus e da religião. “Denuncio as religiões, todas as religiões, por nocivas à humanidade”.
De fato, o histórico das religiões mundiais exibe alguns capítulos muito tristes. A perseguição que o império romano, nos primeiros séculos de nossa era, efetuou contra cristãos, em nome de suas divindades, é triste. Também é triste a campanha que o Islam promoveu, no século VII, para se afirmar na Arábia. É triste a campanha que o cristianismo medieval, nos séculos XI a XIII, lançou contra muçulmanos – as Cruzadas. É triste a história de perseguições lançadas em várias ocasiões contra o cristianismo, como nos recentes casos de chacinas na África e na Ásia.
Existe uma anedota ilustrativa contra a ideia de se acabar com os carrapatos de um boi: matando-se o boi… Saramago passa a impressão de que pretende, com sua doutrina, a mesma coisa: acabem-se com as religiões, e as guerras acabarão… Engano puro: o estado ateu soviético promoveu verdadeiro terror onde chegou. Lênin (1870-1924), que afirmou ser a religião o ópio do povo, fundou uma ditadura totalitarista que foi campeã de violação dos direitos humanos. Nietszche (1844-1900), um ateu-panteísta, crítico ácido de todas as religiões, especialmente o cristianismo, afirmou: “a paz perpétua retardará o processo evolutivo da humanidade”.
O personagem da história do planeta cuja biografia mais acarretou implicações entre guerras e paz, disse algo muito importante, e pouco entendido:
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá… Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14.27, ARC). Palavras de Jesus…
Quando uma potência do mundo oferece paz, é mediante algum preço; Jesus, não. Quando há alguma paz no mundo, isto significa apenas ausência de guerra, e isto, condicional; com Jesus, nada disso: há paz incondicional e permanente.
Essa forma de paz é realmente única e especialíssima. Diz o Espírito de Deus, pelo Apóstolo Paulo, que ela está acima de toda capacidade de compreensão, porque excede todo entendimento (Fp. 4.7). Até mesmo para um cérebro que a Academia do Nobel, na Suécia, disse ser iluminado (no caso, Saramago). Eu não diria ser tão iluminado… Ele não entendeu coisa alguma sobre a verdadeira paz, porque ela excede todo entendimento.
Se seus algozes rodeavam a cruz de Jesus, na qual ele foi cravado – mãos e pés – e sobre a qual ele vertia sangue desde a cabeça, com aquela coroa de espinhos, orava ele:
– Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem…
Onde, em quem, em qual personagem da humanidade, já se viu tal coisa, ouvindo tal coisa? Excede todo entendimento… Super-hiper-paz! Por isto ele é o único que merece o título “Maravilhoso Conselheiro- Deus Forte-Pai da Eternidade-Príncipe da Paz” (Isaias 9.6).
Preste atenção no que disse Jesus: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou… A minha paz! É a única forma de paz (para o coração, para a alma, para os nervos, para os casais, para as famílias, para as igrejas, para as sociedades, para as nações, para o mundo) que traz consigo a garantia de que nosso coração não precisa se turbar, se perturbar, se conturbar… Agora, pense nos discípulos de Jesus – Pedro, João, Tiago, Paulo, etc… Pense no que eles passaram, no que eles sofreram… Apesar de tudo, tinham paz? Se você não sabe, não conhece o Novo Testamento.
Certo, senhor Saramago: pode até ser que, sem religiões, algum tipo de paz, muito temporária e precária, pudesse ser desfrutada no planeta. Mas, nenhuma paz duradoura, completa, garantida, eficaz, altruísta, construtiva, preventiva, poderia ser cultivada neste mundo sem Jesus – aquele, de quem o senhor, infelizmente, em vida, tripudiou… A dele: Super-hiper-paz!
PAZ MARAVILLOSA
Wonderful Peace (1899)
Warren D. Cornell (1858-1901)
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Até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
NOTAS (versões bíblicas):
ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana
ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil
BCF – Versão Católica de Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional.