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N° 59 : “ALHURES”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 03 de Junho de 2012

   Por estes dias, recebi uma dica pela internet. Uma dica turística. Um conhecido meu mandou um email reproduzindo (acho que meio jocosamente) uma "dica" de viagem, para quem esteja planejando conhecer um ou outro dos mais belos lugares do mundo. Mas a dica poderia ser útil para outras épocas : a cada viagem, a cada semestre (quem sabe) um daqueles lugares paradisíacos.Vou até mencionar alguns desses lugares, caso vc esteja indeciso para as próximas férias… : A região toscana e a ilha de Capri na Itália, o parque nacional na ilha australiana da Tasmânia, o resort das "Quatro Estações", nas ilhas Bora-Bora, do Pacífico, o paraíso de Skaftafeli, na Islândia, as grutas azuis das ilhas Zakynthos, na Grécia, a ilha de Boracay, nas Filipinas, a Polinésia francesa e o arquipélago do Tahity, no Pacífico, as ilhas Seychelles, no Oceano Índico, o atraente circuito havaiano, e até Fernando de Noronha, no Brasil, entre outras várias opções. Notou a curiosidade? A impressão é que eu escolhi, nessa seleção, apenas os lugares com águas e ilhas, por meu mero diletantismo pessoal… De fato, não: de fato, a maioria dos lugares indicados trazia essa marca, como um testemunho da preferência geral pelo que os olhos, em geral, elegem. Ilhas e águas encantam, e sempre encantaram qualquer um.

   O suísso-canadense Bernard Weber liderou, recentemente, uma pesquisa mundial (internet e telefone), através da New7Wonders Foundation, indicando que houve mais de 100 milhões de manifestações. Na lista eleita por esses supostos 100 milhões de votos, estão a Ilha Jeju, na Coréia do Sul, a Baía de Halong, no Vietnam, o rio subterrâneo Puerto Princesa, nas Filipinas, a Ilha Komodo, na Indonésia, o Monte Mesa, na África do Sul, e as Cataratas do Iguaçú (Brasil e Argentina). A bacia amazônica concorre com outros "finalistas", como o Mar Morto (Israel e Jordânia), o Lago Masurian (Polônia) e a Grande Barreira de Corais na austrália, com possibilidades de ser a "sétima maravilha". 
É inegável que este nosso "planeta azul" contém inúmeras maravilhas, e todas são "rastros" da obra criadora do Eterno, são vestígios da "mão precisa do mais habilidoso escultor, do mais talentoso artista", Aquele que modelou o universo. É o que se encontra no Livro do Seu Testemunho: "Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som;no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo." (Salmo 19.1-4).

   Num desses países de maravilhas naturais retratadas, há um povo cujos antepassados pensavam diversamente. Havia uma diversidade enorme de comportamentos na sua compreensão da realidade visível e invisível. Eles se consideravam a "nata" mundial do saber e da ciência; construíam templos para suas divindades (que também eram "construídas"), e traziam-lhes oferendas, pensando que assim obteriam seu favor. Mas, ainda assim, grande número deles confessavam-se um tanto desconhecedores dessa área do conhecimento – o ser divino; alguns de seus mestres teimavam em ensinar que Deus é tão transcendente, que está longe de nós, inalcançável; outros dos seus mestres teimavam o contrário, confundindo inescrupulosamente a criação com o Criador. O embaixador da verdade que lá chegou, falando em nome do verdadeiro Deus, declarou-lhes solenemente, no mais famoso auditório do mundo de então: "O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais;de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós; pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração." (Paulo, em Atos dos Apóstolos 17.24-28).

   Conto-lhes algo interessante, que me fascina: Pesquisei os 150 salmos bíblicos, um por um, com um interesse focado. O interesse foi o de descobrir, nos Salmos, as múltiplas exaltações a Deus pelas maravilhas ostentadas em Sua criação, ou as demandas que Ele mesmo faz, para que Sua glória seja reconhecida nessa mesma Criação. As descobertas foram em grande número. Há salmos que demandam, figuradamente, que as próprias ilhas lhe deem louvor (como é o caso do Salmo 97). É estimulante cada leitura. Pudéssemos nós, no curso breve de uma vida, ter o privilégio de contemplar, com os próprios olhos, esses lugares paradisíacos, teríamos uma constatação pessoal daquilo que o Criador, com os olhos de "cima", contempla, para testemunho do Seu poder e glória. Alguns têm esse privilégio, em parte. Aos que não o têm, a internet facilita…

   De minha parte, eu sei que não preciso ir, pessoalmente, a uma parcela desses paraísos naturais, para reconhecer a gloriosa obra do meu Criador e Redentor. 
Se eu gostaria? É claro que sim! Mas não é indispensável. E mais: sei ainda que a maior de todas as maravilhas da criação divina ainda não foi vislumbrada pelo olho humano. E nem que avancem por milhares de múltiplos as expedições marítimas, sub-marítimas, ou as espaciais, ainda assim não terá sido vista por um olho sequer, dos nossos. 

"Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam" (I Co 2.9)
Trata-se de uma esplêndida ilha, a mais deslumbrante de todas, a mais áurea, onde o sol jamais deixa de fulgir, onde as águas são sempre cristalinas ! Aquela, com certeza, eu conhecerei, na minha última viagem. Sem bilhete de volta, graças a Deus! No ano de 1897, uma cristã, esposa de pastor, que desde o início da juventude enfrentava constantemente problemas de saúde, viu-se impedida de usufruir um dos seus maiores prazeres semanais : acompanhar a família à Escola Dominical.Compelida a repousar em casa, passou ela a refletir em algumas passagens da Bíblia que falam desse paraíso (que ela imaginou como a "belíssima ilha de alhures").

   Quando seu esposo chegou em casa, ela havia redigido uma poesia, para a qual o músico John Fearis logo acresceu a melodia. Compartilho letra e música aqui (se te incomodar, apenas ignore as manifestações finais), com você, ao final dessa singela meditação de hoje.

BEAUTIFUL ISLE OF SOMEWHERE (1897)
BELÍSSIMA ILHA DE ALHURES
Jessie Brown Pounds (1861-1921) & John S. Fearis (1867-1932)

Somewhere the sun is shining,
Em algum lugar, o sol brilha
Somewhere the songbirds dwell
Em algum lugar passarinhos cantantes habitam
Hush, then, thy sad repining,
Silencie-se, pois, teu infeliz murmurar
God lives, and all is well!
Deus vive, e tudo vai bem!

Somewhere the load is lifted,
Em algum lugar, a carga é retirada, 
Close by an open gate;
Junto a um portal aberto;
Somewhere the clouds are rifted,
Em algum lugar as nuvens são dispersas
Somewhere the angels wait. 
Em algum lugar os anjos aguardam. 

Somewhere, somewhere,
Alhures, alhures
Beautiful Isle of Somewhere!
Belíssima Ilha de Alhures
Land of the true, where we'll live anew,
Terra dos sinceros, onde reviveremos
Beautiful Isle of Somewhere!
Belíssima Ilha de Alhures!

Estrofe não cantada nessa execução:
Somewhere the day is longer,
Em algum lugar o dia é mais longo 
Somewhere the task is done;
Em algum lugar a tarefa está cumprida
Somewhere the heart is stronger,
Em algum lugar, o coração é mais forte
Somewhere the guerdon won.
Em algum lugar a recompensa é conquistada.

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Bom final de semana, boa semana a seguir!
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional