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N° 269 : “FESTA DO PIJAMA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 25 de Setembro de 2016

“Nunca cinco letras cortaram tão profundamente, e nem mesmo a mim foram elas dirigidas; foram, apenas, uma declaração simplista que pronunciou muitos volumes”. Com esta declaração, Bob Cornelius, um descendente de holandeses que mora no pequeno distrito de Rockaway, em New Jersey (Estados Unidos), se referiu a algo que seu filho escreveu.

Christopher Cornelius tem apenas 11 anos de idade. Frequenta uma escola do distrito. Ao fim de uma tarde, Bob foi buscar seu filho na escola. Viu que havia um painel com os trabalhinhos das crianças, tirou o celular do bolso rapidamente e fotografou o do seu filho; não deu muita atenção na hora, por causa da pressa. Só mais tarde foi ler o trabalhinho. Chocou-se! Em breve relance, perguntas da professora e respostas do aluno (fora da ordem original num detalhe):
– Idade? 11…     – Série? Sexta…      – Professor(a)? Miss Feid (sic). 
– Demais membros da família? Papai, mamãe, Michael, Ana e Stephen…
– Profissão que quer exercer, quando crescer? Professor.

Alguns dos seus amigos? Nenhum!

Em ingles, cinco letras: “NO ONE”. Antes de prosseguir, devo dizer que li o post completo do pai de Chris. Este, seu filho caçula, é destinatário de uma das formas do espectro autista. Agora, a resposta no trabalhinho é mais sonora, não? Cinco letras – NO ONE – foi a resposta que fez o corte profundo no coração do pai.

Bob logo se lembrou que seu filho, pouco tempo antes, perguntara se ele também poderia ter uma “festa do pijama”. Seus três irmãos, mais velhos, já tinham tido. Bob prontamente disse ao filho “é claro que sim”. E perguntou, de volta: “Com quem”? O menino ficou em silêncio, encruzou os braços, e depois abraçou o pescoço do pai. Como fazer uma “festa do pijama”? Com quais amigos? Chris tinha o pai como seu melhor amigo; os irmãos eram seus amigos. Mas, à semelhança dos seus irmãos, tinha que pensar em amigos de fora de casa. NO ONE! Por isto, Chris não tinha tido ainda, aos 11 de idade, sua própria festa do pijama. Sua vida, como a de muitos, especialmente os de quadro  idêntico, era solitária, de exclusão!

Bem! O restante desta história eu poderia contar… Poderia falar ainda, por exemplo, de um outro autista que conheço: ainda longe de chegar seu aniversário, pergunta quando vai ser… Pergunta se vai ter bolinho… E que mais vai ter… Se provocado, diz que seus convidados serão três ou quatro pessoas da igreja (um diácono, um presbítero em disponibilidade, e mais uma ou duas pessoas), como também o mecânico de automóvel do seu pai (igualmente por sempre lhe dar atenção). Mas vou mudar de rumo, sem desperdiçar a estrada por onde comecei. Vou mencionar que, ao vir ao mundo, o Filho de Deus também veio ao encontro de vários “excluídos”, vários “solitários”, vários “sem amigos”, aspirando por sua própria “festa do pijama”.

E Jesus lhes prometeu que nos daria uma “festa do pijama”, e que já começariam os ensaios. Bem, não foi realmente essa a expressão que ele usou, eu sei. Mas, tomo por metáfora, quase uma sinédoque. Certa feita, ao falar da festa prometida, Jesus viu os que gostavam de lugares privilegiados no banquete, e recomendou ao anfitrião: “Quando deres um jantar ou ceia, não chame amigos, parentes, vizinhos que forem ricos; para não suceder que eles também te convidem e te paguem, com isso. Chame os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos. E serás bem-aventurado, porque eles não têm com que te retribuir; mas, ser-te-á isso retribuído na ressurreição dos justos” (Lucas 14.12-14, BCF). Sugiro que você leia todo o relato do evangelho, clicando AQUI.

Aliás, foi isso mesmo que Ele veio aqui fazer. Deixe-me lembrar algumas de suas palavras:
“O Reino dos Céus é semelhante ao rei que celebrou as bodas do  seu filho…” (Mateus 22.2, ARA).
“Digo-vos que, assim, que haverá mais júbilo [festa] no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” (Lucas 15.7, ARA).
“Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19.10, ARA);

Sabe o que digo? Digo que, com licença literária da sinédoque, está prestes a chegar o dia em que haverá uma grande “festa do pijama” no céu; muito júbilo, alegria e celebração… Estamos, agora, em ensaios… E, naquele diz, todos os que são, hoje, solitários, excluídos, desvalidos, sem amigos, porém, que sejam portadores da esperança de vida eterna, portadores da senha de acesso do Redentor, vão se alegrar com Ele. Prá sempre! Você leu até aqui? Está convidado!

Ira Stanphill foi um dos mais prolíficos compositores sacros da América; e está entre os que muito aprecio. Suas composições, invariavelmente, recebiam títulos derivados de ideias que os próprios cristãos lhe sugeriam, sem querer; situações de vida, que levavam sua mente criativa às Escrituras. Uma delas, típica da época em que, no oeste americano, residia com a família em casa com grande quintal. Ouça o hino, na voz singular de George Younce (1930-2005), clicando nosso áudio player que está após a letra.

SUPPERTIME (1950)
Ceia (Jantar)
Ira Forest Stanphill (1914-1994) 

1ª estrofe:
When I  was but a boy in days of childhood
Quando eu era menino em minha infância
I used to play till evening shadows come
Tinha o hábito de brincar até o pôr do sol
Then winding down that old familiar pathway
Relembrando aquela trajetória familiar 
I “heard” my mother call at set of sun:
“Ouvi” minha mãe chamar, ao pôr do sol:

Coro:
Come home, come home, it’s suppertime
Vem prá casa, está na hora do jantar
The shadows lengthen fast
As sombras chegam depressa
Come home, come home, it’s suppertime
Vem prá casa, está na hora do jantar
We’re going home, at last!
Já vamos prá casa, afinal!

[Na elocução, George Younce repete o que, originalmente, Stanphill dizia: suas doces lembranças do tempo em que sua mãe chamava para o jantar, da saudade de ouvir, de novo, aquela voz chamando; da verdade que esta lembrança cristalizou, sobre o dia vindouro em que o Senhor se postaria junto aos portais da Glória, chamando para a Ceia do Cordeiro, a maior de todos os tempos:
– Vem já, filho: é chegado o tempo da Ceia aqui no céu!

2ª estrofe:
In visions now I see her standing yonder
Em visões de agora, vejo-a lá adiante 
And her familiar voice I hear once more.
E mais uma vez ouço sua voz familiar
The banquet table's ready up in heaven,
A mesa do banquete está pronta lá no céu
It's Supper time upon that golden shore!
É hora da Ceia lá naquela praia dourada!

Coro (segunda vez):
Come home, come home, it’s suppertime
Vem prá casa, está na hora do jantar
The shadows lengthen fast
As sombras chegam depressa
Come home, come home, it’s suppertime
Vem prá casa, está na hora do jantar
We’re going home, at last!
Já vamos prá casa, afinal!
We’re going home…
Já vamos prá casa…

[Noutra elocução, George, na altura de seus mais de oitenta de idade, diz aos seus ouvintes que tinha muitos dias de vida decorridos, e sabia não ter muitos dias de vida pela frente; mas afirma que, se o Senhor viesse naquela noite, ele estaria pronto para partir; tinha sua casa em ordem!]

I’m going home, someday!… 
Já vamos prá casa, um dia!…

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Bom Domingo, boa semana,
Ulisses 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

 

 

N° 268 : “HOJE”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 18 de Setembro de 2016

Alan Coren (1938-2007) foi um aclamado escritor britânico. Seu refinado estilo cômico, até satírico, o colocou em destaque na famosa BBC de Londres – tanto no rádio quanto na tevê. Foi também jornalista, colunista e editor de revista. Em 2008, o jornal The Daily Mail publicou, a seu respeito, que milhões de britânicos o consideravam o homem mais engraçado do Reino Unido. Mas, não só engraçado: também sábio, culto, versátil, amigo.

Coren deixou, como marcas suas, várias tiradas curiosas, que fizeram rir muita gente que o assistia. Houve, também, outras não tanto, porém muito reflexivas. Por exemplo, é dele o que segue (em inglês e em português): “Enjoy your life today: yesterday has gone, and tomorrow may never come!” – Aproveite sua vida hoje: o ontem já se foi, e o amanhã talvez nunca chegue!”. Em língua inglesa existe uma rima que a tradução literal não proporciona.

De fato: o tempo que nos pertence é o HOJE. Ou, pelo menos, parece que nos pertence. O ‘ontem’, se já pertenceu, muitas vezes escapou… O ‘amanhã’, ainda que a cada dia pensemos ser certo, ser nosso, é uma verdadeira incógnita; está fora do nosso domínio. Até a Palavra de Deus cuida bem de advertir quanto à administração correta do HOJE.

Por exemplo: “Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do  Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama HOJE, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado” (Hebreus 3.12,13, ARA). As gerações passadas deixaram muitos maus exemplos de coração de incredulidade. O tempo de cuidar do cuidar do coração é HOJE; o tempo de exortar contra incredulidade, contra o pecado é HOJE!

Outro exemplo: “…[Deus] determina, outra vez, um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito:  Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hebreus 4.7, ARC). Por que deixar para assumir a genuína fé no Senhor amanhã? O tempo oportuno é HOJE! Por que ajustar a verdadeira comunhão com Deus amanhã? O tempo que Ele almeja é HOJE!

Um último exemplo: “Venham! Adoremos prostrados e ajoelhemos diante do Senhor, o nosso Criador; pois Ele é o nosso Deus, e nós somos o povo do seu pastoreio, o rebanho que Ele conduz. Hoje, se vocês ouvirem a Sua voz,não endureçam o coração, como em Meribá, como aquele dia em Massá, no deserto, onde os seus antepassados me tentaram, pondo-me à prova, apesar de terem visto o que eu fiz” (Salmo 95.6-9, NVI). Fique atento: no passado, houve pessoas que ouviram a voz de Deus audivelmente, embora não muitos. Não espere isto acontecer de novo… Você só vai ouvir a Sua voz por meio do instrumento que é Palavra Sua: a Escritura. Portanto, isto significa: Ouça a voz de Deus, falando na Sua palavra. E faça isto HOJE! Não desperdice seu dia. O ontem já se foi, e o amanhã, quem pode garantir?

O tempo de cuidar do que importa mais é HOJE! O tempo de cultivar os melhores valores, as melhores amizades, assim como as mais belas flores, ou as mais promissoras esperanças, é HOJE! O tempo de valorizar quem merece ser valorizado é HOJE! O tempo de amar que é para ser amado, ou amada, é HOJE! O tempo de fazer faxina na alma, no espírito, no coração, é HOJE! O tempo de buscar o Criador, de adorar a Deus o mais próximo possível do que Ele merece, de ser grato pelo muito que ele tem feito, sem merecermos, É HOJE!

Quanto ao ‘ontem’, restam as lições do que deve ser evitado, ou do que deve ser cultivado. Quanto ao ‘amanhã’, bastam as sãs esperanças que desperta, as legítimas aspirações que enseja… Mas, pertencem ao amanhã, se ele vier. O que importa observar, administrar, nutrir, lapidar, é o HOJE. Parafraseando Alan Coren, eu diria: Aproveite a vida, diante dos olhos de Deus, no dia de HOJE! O ontem se foi, o amanhã pode nem vir. Aliás, além deste acréscimo, faria apenas mais um; e é de alguém mais culto e mais sábio, porque inspirado pelas palavras do Espírito de Deus – Salomão: “Em todo o tempo, seja alvas as tuas vestes [pureza, integridade, deixando de fora a contaminação do pecado], e jamais falte óleo sobre a tua cabeça [unção do Espírito, andando no Espírito]” (Eclesiastes 9.8, ARA).  

Fica, por fim, uma mensagem cantada de um casal crente, composta quando nasceu o seu primeiro neto, colocando-os a olhar e rever a vida…   Depois da transcrição da letra (com tradução), nosso player…  


WE HAVE THIS MOMENT TODAY (1975)
Nós Temos Hoje Este Momento
Poesia: Gloria Gaither; Música: Bill Gaither

Hold tight to the sounds of the music of living,
Segure-se firme ante os sons da música do viver

Happy songs from the laughter of children at play
Alegres canções que vêm da risada das crianças brincando

Hold my hand as we run through
Segure minha mão à medida que corremos

The sweet fragrant meadows,
Pelos prados de doces fragrâncias

Making memories of what was today.
Construindo memórias sobre o que foi o HOJE.

 

For we have this moment to hold in our hands
Pois temos este momento para segurar nas mãos

And to touch as it slips
E para tocar, enquanto desliza

Through our fingers like sand
Entre os dedos como areia

Yesterday's gone and tomorrow may never come
O ontem se foi, e o amanhã pode nunca vir

But we have this moment today!
Mas temos HOJE este momento!

 

Hear that tiny voice: that’s my little girl
Ouça aquela frágil voz: é minha garotinha

She’s calling for mommy
Ela chama por sua mamãe

Just listen what she has to say
Ouça o que ela tem a dizer

And my little son running there down the hillside
E meu filhinho correndo abaixo a encosta

May never be quite like today…
Talvez nunca mais veja tanto, como HOJE…   

 

Tender words
Ternas palavras

Gentle touch and a good cup of coffee
Toque gentil, e um bom copo de café

And someone who loves me
E alguém que me ama

And wants me to stay
E que deseja que eu fique

Hold them near while they're here
Segure-os por perto, enquanto estão por aqui

Don't wait for tomorrow
Não espere pelo amanhã

And look back and wish for today
Para olhar para trás e aspirer pelo HOJE

Take the blue of the skies
Contemple o azul dos céus

And the green of the forest
E o verde da floresta

And the gold and the browns
E o dourado e marrom

Of the freshly mown hay
Do feno recém-cortado

Add the pale shades of spring
E os tons pálidos da primavera

And the circus of autumn
E o circo do outono

And, my fiend, just go out and weave you a lovely today!
E, amigo, vá, e teça para ti um adorável HOJE!

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Bom Domingo, boa semana,
Ulisses 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

 

 

 

N° 267 : “11 DE SETEMBRO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 11 de Setembro de 2016

Quinze anos se passaram. Primeiro, foi a Torre Norte do imenso World Trade Center, em Nova Iorque; depois, foi a Torre Sul. Uma hora e quarenta e dois minutos depois, vieram ao chão, abalando diversos outros edifícios à volta. Depois que as duas aeronaves de grande porte, sob o controle de terroristas, foram atiradas às duas torres, outras duas foram ainda dirigidas a mais alvos estratégicos: uma atingiu o Pentágono, e outra tentou atingir o Capitólio, em Washington D.C. Resultado: 2996 seres humanos mortos; milhares de outros atingidos, e uma cultura de medo, terror e apreensão que mudou a vida no planeta.

No dia de hoje, a população do grande país da América do Norte vai vivendo um clima de assombro. A Al-Qaeda prometeu comemorar os 15 anos com outras investidas terroristas. Não só na América do Norte: a Europa também vive um clima de preocupação e apreensão, vinte e quatro horas por dia. Do outro lado do mundo, o ditador de um pequeno país insiste em ameaçar a estabilidade, não só à sua volta, mas até distante, com seus ensaios de poderio nuclear. A China, sua vizinha, já declarou que ele está provocando a desestabilização do continente asiático.

Há uma impressão que percorre o planeta, de que o homem chegou a um tal poder que pode ditar os rumos do mundo, espalhando medo e terror por todos os lados. A humanidade está agindo tal como filhos que vão testando até onde vai a paciência e a tolerância de um pai, fazendo todo tipo de arte à sua frente; se o pai tolerar, é só avançar um pouco mais na libertinagem. Às vezes, o pai se cansa, e acaba deixando os filhos ultrapassarem todos os limites. Assim o ser humano está fazendo, diante do Seu Criador.

Está Ele meramente tolerando? Está Ele descuidado? Está Ele cansado das traquinagens da humanidade? Que ninguém se iluda. Deus, não só  está atento, como está no pleno comando de todas as coisas que acontecem, ou que deixam de acontecer: “O caminho do Senhor é perfeito, a palavra do Senhor é provada; Ele é escudo para todos os que nele se refugiam. Pois, quem é Deus, senão o Senhor? E quem é rochedo, senão nosso Deus? (Salmo 18.30,31, ARA). E a confiança que a Sua Palavra ensina a cultivar a Seu respeito é esta: “O Senhor é a minha luz, e a minha salvação; de quem terei temor? O Senhor é o meu forte refúgio; de quem terei medo? (Salmo 27.1, NVI).

Os soberanos das nações podem esnobar seu poderio… Podem ameaçar seus vizinhos, ou os países mais distantes. Não darão um passo, sem o consentimento do Altíssimo: “O Senhor frustra os desígnios das nações, e anula os intentos dos povos” (Salmo 33.10, ARA). Quer saber como Deus vê o poderio das grandes potências do mundo, ou a ameaça dos mais despóticos governantes? Eis que as nações são consideradas por ele como a gota de um balde e como o pó miúdo das balanças; eis que lança por aí as ilhas como a uma coisa pequeníssima. Nem todo o Líbano basta para o fogo, nem os seus animais bastam para holocaustos. Todas as nações são como nada perante ele;  ele considera-as menos do que nada e como uma coisa vã.  A quem, pois, fareis semelhante a Deus ou com que o comparareis?” (Isaias 40.15-18, ARC).

Que era o Egito, nos dias dos grandes faraós, nos dias de Moisés? Simplesmente, era a grande potência mundial de então. E Deus livrou a Israel das mãos dos egípcios, envergonhando as tropas de faraó. Que era a Assíria, nos dias do profeta Isaías, nos dias de Ezequias? Era, simplesmente, a potência que colocou o mundo de joelhos, diante de si. E Deus humilhou os exércitos da Assíria de Senaqueribe, em favor do rei Ezequias. Babilônia era o terror de todas as nações, ao seu tempo. Mas Deus encurvou a espinha dorsal da Babilônia, perante Ciro, rei dos persas. Os persas, dominadores do mundo, caíram diante dos greco-macedônicos, forças de Filipe e Alexandre. Os greco-macedônicos caíram, diante dos romanos. E os romanos, que alcançaram pujança mundial, também já caíram.

O mundo parece estremecer, diante do terrorismo, diante das alucinações de certos governantes, que ameaçam a paz mundial. Mas, é outro a quem devemos temer… Reina o SENHOR; tremam os povos. Ele está entronizado acima dos querubins; abale-se a terra. O SENHOR é grande em Sião e sobremodo elevado acima de todos os povos. Celebrem eles o teu nome grande e tremendo, porque é santo” (Salmo 99.1-3, ARA). Os que a Deus celebram confiam na Sua justiça e no Seu poder. Portanto, O temem de um modo esperançoso e sereno. 

Nosso hino de hoje brota de uma profunda reflexão do compositor sobre o Salmo 23: 

HE LEADETH ME
JESUS ME GUIA (1862, Letra; 1864, Música)
Joseph Henry Gilmore (1834-1918) & William Batchelder Bradbury (1816-1868 )

Ouça, com nosso

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

 

Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

 

N° 25 : “QUEM ESTÁ CONDUZINDO?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 18 de Setembro de 2011

Quem há de contradizer que estamos vivendo mesmo num mundo turbulento, surpreendente, arriscado o tempo todo? Nesta semana, um acidente descomunal assustou todos os usuários da Rodovia Imigrantes, que liga a capital paulista à baixada santista (e vice-versa). Assustou até quem não é usuário… A serra, na subida/descida da baixada santista, é mesmo perigosa. Eu mesmo, certa feita que a descia pela Mogi-Bertioga, passei quase duas horas no breu da noite (cerca de 50 km) de pura tensão ao volante, devido à densidade da neblina, numa estrada em que as curvas que descem se multiplicam uma após outra, numa fila que parecia interminável. Desta vez, o número de veículos envolvidos quase bateu o recorde: foi a segunda maior ocorrência da história. Perda de vida, houve. Prejuízos, foram diversos. As notícias apresentaram um crescente de dados concernente à extensão: no início, 50 veículos; depois, 60, foi subindo à primeira centena, à segunda e, ao final, falou-se de 3 centenas de veículos envolvidos. No fim, 2 kilômetros de engavetamento. O motivo ?  Entre os principais, a forte neblina num dia chuvoso de final de inverno… Um dos motoristas de caminhão lamentava-se pela dupla perda… Disse ele: "As condições de visibilidade real não chegavam a 20 metros; com piso molhado, quando a gente dá pela coisa, mete o pé no freio, mas aí não dá mais tempo… só tem que segurar no volante e esperar o choque…" Perguntado se o seguro cobriria todo o prejuízo, ele respondeu com ar sem graça: – Eu não tenho seguro; sabe como é, né? A gente só põe a tranca na porta depois que entra o ladrão" !

   Fico a considerar a analogia com a nossa vida: Se ao menos pudéssemos "enxergar 20 metros à frente", então ainda estaria muito bom. O problema é que não enxergamos um metro sequer. Apenas conjecturamos. Mesmo que tivéssemos todo o equipamento eletrônico de precisão do Airbus 330 do Air France 447, ainda seria insuficiente para determinadas turbulências. Não nos é dado conhecer o futuro, suas circunstâncias, suas surpresas… Nem ao menos podemos efetuar a estatística do percentual entre as boas e as más surpresas que há pela frente. Apenas nos damos a insensata sensação de poder sobre esse curso, tencionando isso ou aquilo. Costumamos dizer: – Hoje vou fazer isso… – Amanhã vou fazer aquilo… – Na próxima semana terei aquiloutro… – Me casarei daqui a "x" tempo… – Formo-me no fim do ano… – Daqui a dois meses, quero estar numa praia, ou numa roça, ou num acampamento… – Construirei aqui a minha edificação… – Daqui um mês, estarei vendendo tanto… E assim vai, por diante… Nos esquecemos de que somos "migrantes", numa "Imigrantes" com espessa neblina à frente dos olhos.

   Os exemplos de advertência, sinais de placa "amarela" (às vezes até de "vermelha") se sucedem em nossa vida. Entretanto, por vezes estamos tão "atentos" à imaginação do que queremos que esteja na chegada, que não vemos as "placas" no caminho. Algumas delas assinalam assim, por exemplo:  "Qual de vós, por mais ansioso que esteja, que pode acrescentar um côvado ao curso de sua vida? (Lucas 12.25) Ou então: "Atendei, agora, vós que dizeis – Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois apenas como neblina que aparece por um instante, e logo se dissipa.Em vez disso, devíeis dizer: Se o  Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo. Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões.Toda jactância semelhante a essa é maligna" (Tiago 4.13-16). 

   Nossos planos, nossos projetos, são tão falíveis, tão sujeitos à frustração, quanto aos daquele pai de família que, na manhã de uma Quinta-feira, sai com a família inteira dentro do carro, partindo da cidade de Santos, e diz prá turma, com um sorriso triunfal entre lábios : – Hoje, enquanto eu cuido de meus negócios lá em São Paulo, vocês podem passar a tarde no shopping. Depois me encontro lá com vocês. Mas, eis que, a certa altura da serra, seu carro vira um pequeno caixote, engavetado entre um ônibus (parado, porque já bateu à sua frente) e uma caminhonete carregada (que bate em sua traseira, sem ter conseguido se segurar). Certamente o salmo mais lembrado, o mais cantado e decantado, o mais usado para pregações e palavras de conforto, seja o Salmo 23. É uma metáfora pastoral, didática, davídca. "O Senhor é o meu pastor, e nada me faltará… Ele me faz repousar em pastos verdejantes…  Leva-me (conduz-me) às águas de descanso…" Que fartura de riqueza nessa analogia, nessa metáfora. Pode alguém, em tempos como os que estamos vivendo, com tantos riscos, com tanta turbulência, com tanta "neblina", querer mais algo além? É ele quem nos conduz às águas tranquilas… Só Ele o pode !!! Essas águas tranquilas são o "oásis" que podemos desfrutar a cada dia, no consolo da Sua presença, ao buscá-la… … No conforto da Sua Palavra, ao recorrer a ela… … No recôndito da Sua poderosa mão, ao tomar nela o refúgio, porque é o único… … Na segurança da Sua provisão, a Sua Providência sábia, porque é a única alternativa para enfrentar a "serra" e a "neblina". Mas, por que às vezes este oásis, este conforto, este recôndito, esta segurança, nos parece falhar? É preciso fazer uma anamnese. Buscar, na história pregressa, as causas, a etiologia. Pronto: Encontramos!

   A resposta do motorista do caminhão ajuda, por analogia, a diagnosticar a grande maioria dos casos : "A gente só põe a tranca na porta depois que entra o ladrão" – foi o que ele disse. Nessa maioria, o problema está conosco mesmo: estamos pensando tanto no shopping das crianças e no dia de promissores negócios, que nos esquecemos da neblina. Pensamos que o nosso futuro (ou mesmo os passos próximos) estão sob o controle das nossas mãos – e não estão! Quanto à minoria que sobra, deixo para os casos da sabedoria soberana do Eterno, que sabe o que faz, mesmo quando não o entendemos. Refiro-me aos casos de minoria em que não falta a devida confiança por deposição dos passos de vida nas mãos do Eterno…

Assim é a vida. Precisamos urgentemente de um GPS mais poderoso. Um que mostre bem mais do que 20 metros à frente. Ou então, que nos controle com precisão a posição, o tráfego, a velocidade, a proximidade com os outros na pista, a visibilidade trôpega sob a neblina. Eis o GPS (poderoso): "O Senhor é o meu pastor, e nada me faltará… Ele me faz repousar em pastos verdejantes…  Leva-me (conduz-me) às águas de descanso…" Não podemos nos esquecer : nessa vida de neblina espessa todo dia, onde a estrada é sempre perigosa, e o tráfego cada vez mais intenso e pesado, só Ele nos conduz às águas tranquilas!

    Agora, um pouco acerca do nosso hino de hoje: Era o começo da Guerra Civil norte-americana (1861-1865).  No templo da Primeira Igreja Batista em Phil­a­del­phia [Penn­syl­van­ia], um jovem recém-formado no seminário estava ao púlpito, convidado para suprir-lhe por dois domingos. Ele já havia pregado sobre o Salmo 23 mais de uma vez antes, ao tempo do seminário. Mas, naquela manhã, os irmãos estavam todos impressionados com o rumo da guerra; ele próprio estava – como não? Havia tanto que dizer sobre o salmo… Rico que é… Mas, naquela manhã, Joseph Henry Gilmore se deteve apenas na frase – "he leadeth me beside the still waters". Nossa tradução Almeida Revista e Atualizada diz – "Leva-me para junto das águas de descanso". A Corrigida diz – "guia-me mansamente às águas tranquilas". A turbulência externa atingia as famílias, as igrejas, o país inteiro. Mas Gilmore acentuou – "ele me guia junto às águas tranquilas, conduz-me para junto delas". As palavras não saíram da mente de muitos que lhe ouviram, no restante daquele Domingo. E não saíram da mente dele próprio. Depois do culto, passou a mão num lápis, e começou a escrever; riscou, re-escreveu, e o poema que disto resultou, extraído do salmo, está transcrito abaixo. Este autor foi, depois professor de seminário, professor universitário, e autor de várias obras literárias. Mas, até onde consta, este poema é a única obra sua que se transformou em hino. Dois anos depois, um dos maiores compositores musicais daquele tempo – William Bradbury – pôs-lhe a música. É o mesmo que compôs a música de "Just As I Am", "Sweet Hour of Prayer", por exemplo. A seguir, uma das versões cantadas, em nossa língua.

HE LEADETH ME
JESUS ME GUIA (1862, Letra; 1864, Música)
Joseph Henry Gilmore (1834-1918) & William Batchelder Bradbury (1816-1868 )

1. He leadeth me, O blessed thought!
O words with heav’nly comfort fraught!
Whate’er I do, where’er I be
Still ’tis God’s hand that leadeth me.

Refrão:
He leadeth me, He leadeth me,
By His own hand He leadeth me;
His faithful follower I would be,
For by His hand He leadeth me.

2. Sometimes mid scenes of deepest gloom,
Sometimes where Eden’s bowers bloom,
By waters still, over troubled sea,
Still ’tis His hand that leadeth me.

3. Lord, I would place my hand in Thine,
Nor ever murmur nor repine;
Content, whatever lot I see,
Since ’tis my God that leadeth me.

4. And when my task on earth is done,
When by Thy grace the vict’ry’s won,
E’en [even] death’s cold wave I will not flee,
Since God through Jordan leadeth me.

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Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional