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N° 332 : “SUPER-HIPER-PAZ”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 18 de Fevereiro de 2018

José de Souza Saramago (1922-2010) foi um aclamado escritor português. Em 1995 recebeu o maior prêmio literário da língua portuguesa no planeta – o Prêmio Camões. Em 1998, recebeu o mais cobiçado prêmio de toda a literatura mundial – o Nobel. Passou a ser considerado o maior responsável pelo reconhecimento internacional da prosa no nosso idioma.  

Saramago tinha suas paixões: uma delas era o marxismo comunista; ou, se alguém preferir, o comunismo marxista; outra paixão era o seu ateísmo. Com tal opção, um dos seus prazeres era o de tripudiar sobre os valores históricos das religiões; muito especialmente, o cristianismo. Como evidência, chegou a dizer que o mundo seria bem melhor e mais pacífico sem religiões.

Em 1991, publicou o romance O Evangelho Segundo Jesus Cristo. Trata-se de uma obra desafiante. Nela, Jesus Cristo é retratado como um personagem histórico, mas não divino; aliás, sua humanidade, no texto, escandaliza: Jesus teria tido uma relação com Maria Madalena… A narrativa da cruz é posta sob suspeita. Disse: “No fundo, o problema não é um Deus que não existe, mas a religião que o proclama”.  É como entende grande quantidade de fatos horrendos e cruéis, perpetrados em nome de Deus e da religião. “Denuncio as religiões, todas as religiões, por nocivas à humanidade”.

De fato, o histórico das religiões mundiais exibe alguns capítulos muito tristes. A perseguição que o império romano, nos primeiros séculos de nossa era, efetuou contra cristãos, em nome de suas divindades, é triste. Também é triste a campanha que o Islam promoveu, no século VII, para se afirmar na Arábia. É triste a campanha que o cristianismo medieval, nos séculos XI a XIII, lançou contra muçulmanos – as Cruzadas. É triste a história de perseguições lançadas em várias ocasiões contra o cristianismo, como nos recentes casos de chacinas na África e na Ásia.

Existe uma anedota ilustrativa contra a ideia de se acabar com os carrapatos de um boi: matando-se o boi… Saramago passa a impressão de que pretende, com sua doutrina, a mesma coisa: acabem-se com as religiões, e as guerras acabarão… Engano puro: o estado ateu soviético promoveu verdadeiro terror onde chegou. Lênin (1870-1924), que afirmou ser a religião o ópio do povo, fundou uma ditadura totalitarista que foi campeã de violação dos direitos humanos. Nietszche (1844-1900), um ateu-panteísta, crítico ácido de todas as religiões, especialmente o cristianismo, afirmou: “a paz perpétua retardará o processo evolutivo da humanidade”.

O personagem da história do planeta cuja biografia mais acarretou implicações entre guerras e paz, disse algo muito importante, e pouco entendido:

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá… Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14.27, ARC). Palavras de Jesus…  

Quando uma potência do mundo oferece paz, é mediante algum preço; Jesus, não. Quando há alguma paz no mundo, isto significa apenas ausência de guerra, e isto, condicional; com Jesus, nada disso: há paz incondicional e permanente.

Essa forma de paz é realmente única e especialíssima. Diz o Espírito de Deus, pelo Apóstolo Paulo, que ela está acima de toda capacidade de compreensão, porque excede todo entendimento (Fp. 4.7). Até mesmo para um cérebro que a Academia do Nobel, na Suécia, disse ser iluminado (no caso, Saramago). Eu não diria ser tão iluminado… Ele não entendeu coisa alguma sobre a verdadeira paz, porque ela excede todo entendimento.

Se seus algozes rodeavam a cruz de Jesus, na qual ele foi cravado – mãos e pés – e sobre a qual ele vertia sangue desde a cabeça, com aquela coroa de espinhos, orava ele:

– Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem…

Onde, em quem, em qual personagem da humanidade, já se viu tal coisa, ouvindo tal coisa? Excede todo entendimento… Super-hiper-paz! Por isto ele é o único que merece o título “Maravilhoso Conselheiro- Deus Forte-Pai da Eternidade-Príncipe da Paz (Isaias 9.6).

Preste atenção no que disse Jesus: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou… A minha paz! É a única forma de paz (para o coração, para a alma, para os nervos, para os casais, para as famílias, para as igrejas, para as sociedades, para as nações, para o mundo) que traz consigo a garantia de que nosso coração não precisa se turbar, se perturbar, se conturbar… Agora, pense nos discípulos de Jesus – Pedro, João, Tiago, Paulo, etc… Pense no que eles passaram, no que eles sofreram… Apesar de tudo, tinham paz? Se você não sabe, não conhece o Novo Testamento.

Certo, senhor Saramago: pode até ser que, sem religiões, algum tipo de paz, muito temporária e precária, pudesse ser desfrutada no planeta. Mas, nenhuma paz duradoura, completa, garantida, eficaz, altruísta, construtiva, preventiva, poderia ser cultivada neste mundo sem Jesus – aquele, de quem o senhor, infelizmente, em vida, tripudiou… A dele: Super-hiper-paz!

Em espanhol, Heritage Singers cantam-nos
PAZ MARAVILLOSA
Wonderful Peace (1899)
Warren D. Cornell (1858-1901)

Ouça, com nosso Player Online

BMCD Player Online

Até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)

NOTAS (versões bíblicas):

ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana
ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil
BCF – Versão Católica de Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional.

 

 

N° 331 : “SVALBARD”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 11 de Fevereiro de 2018

A calota terrestre delimitada pelo Círculo Polar Ártico, diferentemente de sua similar no sul do planeta, inclui terras de três dos cinco continentes do globo: o topo do Canadá (América), o topo da Sibéria (Ásia), a Groenlândia e a Lapônia (terras européias do norte da Escandinávia e Rússia). São regiões extremamente frias, sempre…

Foi numa dessas terras, do tipo “permafrost” (que nunca descongela), que foi implantada uma enorme instalação com o propósito de salvar o mundo; ou melhor, de reconstruí-lo, em caso de uma catástrofe global que o destrua. Estou falando do silo global de sementes de Svalbard (“costa gelada”), que é uma ilha montanhosa dentro do Círculo Polar Ártico, na Lapônia norueguesa.

Ali, celeiros enormes guardam milhares e milhares de sementes vegetais do mundo inteiro. É uma instalação cavada na rocha, para resistir aos efeitos de uma guerra nuclear; fica a mais de 130 metros acima do nível do mar, para resistir inundações ou tsunamis; tem a concepção de um bunker, para resistir a qualquer catástrofe. Se algo der errado no planeta, e a população que sobreviver precisar reconstituir a vegetação, Svalbard pretende ser o celeiro mundial.    

Não é fantástico? Quer dizer: se uma guerra nuclear mundial estourar, nossa descendência estará salva… Se um grande asteróide se chocar contra a terra, destruindo tudo, quem sobrar vivo poderá recompor a flora terrestre buscando lá as sementes… Se uma atividade vulcânica global inundar o planeta, e apenas alguns sobreviverem (e, talvez, alguns animais), os seres humanos de hoje já arranjaram um jeitinho para os que tiverem que repovoar a terra.

A guerra na Síria já destruiu completamente regiões e, com isto, espécies vegetais só ali existentes; mas, não tem problema: antes disso, algumas caixas com sementes de lá foram levadas para Svalbard.

Mas, pensando um pouco mais adiante: e se Deus não tiver em Seus planos reconstruir a história do planeta, como Ele fez na época de Noé e do Dilúvio, de que adiantará Svalbard? Imagine: o pessoal das organizações mundiais que patrocinaram o projeto de Svalbard parecem ter pensado em tudo; menos, na hipótese de que Deus, que é quem realmente controla os rumos d a nossa vida, do planeta e de todo universo, tenha planejado não deixar sobreviventes para reconstituir e repovoar o planeta. Sim, porque, neste caso, terá sido inútil todo o esforço.  Então, relembremos o que Ele nos diz, em Sua Palavra, endereçada à humanidade.

Primeiro: a destruição global que uma vez já atingiu o planeta, no dilúvio dos tempos de Noé, não mais se repetirá com água; após os dias todos em que as águas cobriram a terra, e só Noé com sua família (além dos pares de animais com ele) se salvaram, Deus os resgatou de dentro da arca, e disse:
"Farei o meu concerto convosco, e não tornará mais a perecer toda a carne nas águas do dilúvio; nem haverá, mais, dilúvio que assole toda a terra" (Gênesis 9.11, BCF).

Segundo, tampouco haverá chance de sobreviventes para repovoar a terra, quando Deus novamente interferir com juízo na história: “Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios…” (Judas 1.15, ACF). Quando o Filho do Homem vier em sua glória… todas as nações serão reunidas diante dele…” (Mateus 25.32, ARC).

Terceiro, a  catástrofe global que vem pela frente, e que porá fim à presente forma de existência na  terra, será destruidora como fogo; a Bíblia diz que a mesma palavra de Deus que ocasionou o Dilúvio universal, tem outra mensagem para o futuro próximo: "Pela mesma palavra os céus e a terra que agora existem estão reservados para o fogo, guardados para o dia do juízo e para a destruição dos ímpios" (II Pedro 3.7, NVI).

No entanto [quarto], há certas semelhanças com o Dilúvio que já ocorreu, porque aquele foi um sinal do próximo evento: "Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe… Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,  e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem" (Mateus 24.36-40, ARA).

Por último [quinto], a reconstrução está garantida. Deus se responsabiliza por fazer novos céus e nova terra, e colocar  os salvos no novo paraíso, onde tudo será perenemente perfeito, melhor do que o primeiro: “Eis que faço novas todas as coisas…” (Apocalipse 21.5, ARA). Leia, AQUI, todo o capítulo 21 de Apocalipse, onde se  descreve o novo paraíso, onde habitaremos com o Senhor…

Encerrando, o clássico hino que fala de Jerusalém, simbólico nome da cidade celestial, na voz de Edinha Hirle…

A CIDADE SANTA
The Holy City (1892)

Música: Frederick Edward Weatherly (1848-1929)
Letra: Michael Maybrick (1841-1913)

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Até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)

NOTAS (versões bíblicas):

ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana
ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil
BCF – Versão Católica de Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional.

 

 

N° 330 : “FELICIDADE”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 04 de Fevereiro de 2018

 

Algumas universidades norte-americanas rivalizam entre si, pela posição do mais elevado reconhecimento acadêmico: Harvard, Yale, Princeton, Cornell, Penn, Columbia…

Terceira mais antiga instituição de ensino superior nos Estados Unidos, Yale foi fundada em 1701, sob os ideais dos evangélicos congregacionais da antiga colônia inglesa. São mais de 2 mil professores, para cerca de 12.400 alunos; isto dá a invejável taxa de apenas 6 alunos para cada professor. Suas diversas bibliotecas contam com mais de – pasme-se – 11 milhões de volumes impressos.

Para se ter uma ideia do valor dessa escola, são cerca de 60 prêmios Nobel (o Brasil, contando todas as suas universidades, jamais teve um prêmio Nobel); sua escola do curso de Direito é a mais concorrida no país (talvez no mundo). Portanto, o que acontece em Yale, assim como em Harvard ou em alguma das outras top dos Estados Unidos se torna notícia rapidamente.

Preste atenção no curso que acaba de se tornar, neste início de 2018, recordista de inscrições em todos os tempos: mais de mil e duzentos alunos, de diversas graduações da universidade, se inscreveram num curso do departamento de Psicologia. O nome do Curso? “Felicidade” (ou, ainda, Psicologia e Vida Feliz)!  A proposta da Profª Laurie Santos é ensinar os alunos a serem felizes.

Laurie Santos é norte-americana, descendente de imigrantes de Cabo Verde, ex-colônia portuguesa emancipada em 1975. Sua classe vai reunir mais de um milhar de estudantes, interessados em como vencer o estresse, a ansiedade, a solidão, crises, drogas, e assim por diante. Se continuar na linha de sucesso que vem fazendo, dentro em pouco passará a ser requisitada para falar sobre o assunto em outros lugares do país e do mundo.

Será que a professora Laurie explora os fundamentos da psicologia moderna, ou explora os antigos fundamentos que esta suplantou? A psicologia moderna está tão intensamente interessada em felicidade, que criou uma área própria, a chamada Psicologia Positiva. Sob o ensino desta, o segredo da felicidade está em viver uma vida prazerosa, de bom padrão e com sentido. Para isto, é preciso cultivar emoções positivas, envolvimentos, relacionamentos sadios, propósitos e realizações. Pronto! Só isto? Tudo na horizontal? Nenhuma medida no plano vertical, na relação criatura x Criador?

Este é o problema mais sério das ciências contemporâneas: achar que todos os problemas podem ser resolvidos pelo homem autônomo; que a felicidade pode ser alcançada pelos esforços e pelos empreendimentos humanos. Típico das ciências que vendem a ideia de que somos animais evoluídos, e de que, caso Deus exista, não que interfere na nossa vida… Ele não se envolve conosco, e nós não envolvemos com Ele…

Curiosamente, algumas das recomendações da Psicologia Positiva, prescritas para exercício sem Deus, lembram fundamentos encontrados nas páginas da Escritura, que surgiu séculos antes. A diferença é que, reconhecendo-nos como criaturas de Deus, sob o governo soberano das Suas mãos, a eficiência do exercício dessas recomendações é garantida. 

Veja só o que diz o Manual do nosso Criador:

– Preservar sadiamente as emoções: “Sobretudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, pois dele procedem as fontes da vida” (Provérbios 4.23, ARA). Observando os versos em torno deste, fica claro que guardar o coração é guardar nele a Palavra de Deus!

– Cultivar bons envolvimentos e relacionamentos : “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo” (Gálatas 6.2, ACF); “não deixemos de congregar, como é costume de alguns; mas, encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia” (Hebreus 10.25, NVI). O maior benefício dos bons envolvimentos e relacionamentos está na comunhão sob o amor de Cristo.

– Manter vida com propósito: como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor para louvor e glória da sua graça” (Efésios 1. 4,6, ARC). Nenhum propósito há numa vida que não se posicione sob o propósito desenhado por Deus.

– Quanto ao senso de realização, diria que todo aquele que o homem possa angariar, sem que proceda do coração de Deus, é semelhante às obras de madeira, feno e palha de que Paulo fala em I Coríntios 3.10-15; por outro lado, realizações que procedem do coração de Deus são como as obras de ouro, prata e pedras preciosas do mesmo texto. O salmista nos ensina: “Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a tua lei” (Salmo 40.8, ARA).

A Profª Laurie Santos somaria imensa relevância ao seu curso sobre felicidade, se ensinasse estas verdades, e as bem-aventuranças do Sermão do Monte (Mateus 5.1-12). Ali, entendemos que a felicidade daqueles bem-aventurados é verdadeira e inigualável; parcial no presente, mas completa no porvir.   

 

Pra encerrar, Heritage Singers nos cantam Felicidad, em espanhol…

 

Felicidad

Felicidad hay en mi alma

Con mi Jesús yo tengo calma

Con él yo voy, pues él me ama

Felicidad es Dios!

 

Felicidad, cambió mi vida

Y yo espero su venida

Con mi Jesús yo tengo vida

Felicidad es Dios!

 

Señor, tu amor es mío y lo sé

Y el secreto es Cristo en mi ser…

 

Felicidad, es el perdón

Dale a Cristo hoy tu don

Juntos iremos hasta Sión

Felicidad es Dios!

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Até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)

NOTAS (versões bíblicas):

ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana
ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil
BCF – Versão Católica de Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional.

 

 

 

N° 329 : “PERISSOS”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 28 de Janeiro de 2018

“Olha, depois que eu passei vinte e cinco dias dentro daquele lugar, e saí, eu passei a ver a vida com outros olhos”. Foi o que me disse um amigo meu, poucos dias atrás, depois de tais dias na prisão.

Trata-se de um amigo que conheci onze anos atrás, numa cidade nordestina, a partir de relações iniciadas meramente por razões, digamos, comerciais. Por uma questão de preservação de identidade, vou ocultar a cidade, e vou atribuir a ele o pseudônimo de Ari. Pois bem! Ari é um nordestino sem curso superior; portanto, sua detenção não teve qualquer regalia. Não é político; portanto, não teve foro privilegiado. E, por que foi detido? Ari foi acusado, injustamente, de ter sido o homicida de um seu conterrâneo e colega de trabalho.

O colega de Ari foi assassinado a tiros num episódio inusitado, em seu próprio carro. Por ter tido uma pequena rusga com esse colega, o Ari foi logo apontado como possível autor do crime, quando a polícia começou a investigação. Com isso, foi detido preventivamente.

Uma prisão não é lugar agradável; com certeza, não! No nordeste brasileiro, pode ser ainda mais tenebroso do que aqui no sudeste. Se o cidadão sabe que não é culpado do crime de que se tornou suspeito, é angustiante. Pensar na família, lá fora, durante todo o tempo da detenção, é uma angústia ainda maior. Curiosamente, mesmo tendo provada sua inocência, e sendo liberto, Ari continuou sofrendo discriminações.

Sei de casos em que a pessoa passa anos e anos, até ser provada sua inocência. Nos Estados Unidos, David Ranta, novaiorquino, foi solto pela comprovação de sua inocência em 2013; mas já tinha passado 23 anos na prisão. Na Carolina do Sul, George Stinney, adolescente negro de 14 anos, teve cancelada, em 2014, sua condenação pela morte de duas meninas brancas; foi provada sua inocência. Entretanto, George já havia sido executado 70 anos atrás. Foi a tecnologia moderna que permitiu identificar o verdadeiro culpado; 70 anos depois de um inocente ser executado.

Quando ouvi a afirmação de Ari – a que abre esta mensagem – a primeira lembrança que veio à minha mente foi uma afirmação de Jesus: “O ladrão não vem senão para furtar, matar e perder; mas eu vim para terem vida, e a terem na maior abundância” (João 10.10, BCF).

É certo que Jesus contou esta pequena parábola para se referir aos religiosos de coração falso que enganavam o povo, e lhes extorquiam haveres. Eles reivindicavam que eram filhos de Abraão, filhos de Deus, portanto. Mas Jesus lhes refutou: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade…” João 8.44, ARA). Fica claro, portanto, que, ao se opor Jesus aos sacerdotes e líderes hipócritas de Israel, estava se opondo ao ‘pai” deles – o diabo!

Portanto, sei que o diabo se deleita na desgraça humana, no seu infortúnio, na sua angústia, no seu sofrimento. E toda vez que qualquer de nós se encontra numa dessas situações, o diabo fica feliz, como se antecipasse um pouco do inferno na nossa vida. Mas o inferno será muito pior… Se o homem que tem dúvidas quanto ao futuro de sua alma, quanto à eternidade, quanto a céu ou inferno, experimentasse um pouquinho do inferno antes de morrer, provavelmente valorizaria muito mais a contraproposta de Jesus: “eu vim para terem vida, e a terem na maior abundância” (fartura, profusão, sem bastança, sem limites).

A palavra “abundância” é a preferida pelos tradutores em Português, para traduzir a palavra grega perissos (ou perisson, no texto). Perissos é, literalmente, “além do limite”. “Abundância” vem do latim: Ab (além, ou proveniência) + undare (ondas); literalmente, representa o transbordamento incontrolável das águas em ondas. Em Efésios 3.20, os tradutores traduzem a mesma perissos como “infinitamente mais”.

É isto o que podemos ter em troca. Mas (sempre tem um “mas”), só com Jesus! Só Jesus tem vida em abundância (perissos) para dar… Pelas páginas da Bíblia, a vida na maior abundância que só Jesus tem para dar é perissos (além dos limites) porque ultrapassa esta vida, e adentra a eternidade. É uma troca e tanto: em vez do inferno, sem Jesus, céu! Com Jesus, o estado temporário de prisão nesta vida, já proporciona liberdade condicional por aqui, e definitiva na eternidade.

Eu nunca fui preso; nunca fiquei detento. Mas, hoje, sabendo o que poderia ser viver sem Cristo, sabendo o que poderia ser a eternidade sem Cristo, posso dizer algo parecido com o que disse o Ari: depois que Cristo me libertou da escravidão de uma vida inútil e sem sentido, em que o pecado seria responsável pela minha catástrofe, olho para a vida com outros olhos. Com olhos que contemplam a eternidade… Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Coríntios 5.17, ARC). Muito obrigado, Jesus!

 

Quanto à canção que encerra a nossa mensagem, conto uma história: certo missionário foi pregar numa prisão na Jamaica; falou ele para várias centenas de presos. O carcereiro perguntou se ele gostaria de falar a um grupo menor, noutro recinto – eram os que estavam condenados à pena de morte. Roy Gustatson foi e pregou; depois, cantou o hino abaixo.  Um dos presos gritou-lhe:
– Pregador, vou para a forca na próxima Terça;  há esperança de céu para mim?

O missionário, extremamente comovido, falou-lhe do ladrão da cruz, que obteve entrada no céu em seus últimos minutos com Jesus. O homem se derramou em lágrimas, e pediu ao pregador para cantar, de novo, o hino. No estribilho, aquele condenado, com 'um pé no cadafalso', pôs-se de pé, e passou a cantar junto as palavras:
“Now I belong to Jesus, Jesus belongs to me; not for the years of time alone, but for eternity!”
[Sou de Jesus agora, Cristo Jesus é meu; não só nos dias que se vão, apenas, mas por toda a eternidade – em tradução mais que livre].

SOU DE JESUS AGORA
Now I Belong to Jesus (1942/1943)

Norman John Clayton (1903-1992)

Ouça, na voz de harmoniosos cantores adventistas, com nosso

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Até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)

NOTAS (versões bíblicas):

ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana
ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil
BCF – Versão Católica de Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional.

 

 

 

N° 328 : “SOLIDÃO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 21 de Janeiro de 2018

Helen Joanne Cox (1974-2016) foi uma parlamentar britânica que lutou por pelo menos duas bandeiras sociais destacadas: maior apoio britânico aos refugiados da diáspora da Síria, e mais apoio aos solitários do país, em cujo meio aumenta muito o índice de suicídios. Morreu assassinada por um extremista, em 16 de junho de 2016. Em homenagem a ela, e em consequência de uma de suas campanhas, o governo britânico acaba de efetuar uma inusitada novidade no mundo político: a criação de um “Ministério da Solidão”. Para ocupar a pasta, nomeou uma colega de partido e amiga de Helen Cox: a ex-ministra dos esportes Tracey Crouch (1975-…).

Trata-se de um caso inusitado não só no Reino Unido: não se sabe de qualquer outra nação no mundo que tenha criado um ministério deste. Crouch já trabalha, observando que solidão é um problema grave que afeta 9 milhões de britânicos, pelo menos.  De fato, vários especialistas têm aumentado o tom da advertência, de que o ser humano é uma criatura com necessidade de cultivar relações sociais próximas. A tecnologia, que “encurta distâncias” no sentido metafórico, as aumenta no sentido social, relacional.

Uma visita pastoral feita não muito tempo atrás impressionou quem visitava. A destinatária era uma senhora de idade, que foi algumas vezes à igreja, e não voltou. Quando ela atendeu à porta, recebeu a visita pastoral com muita alegria, hospitalidade e calor humano:
– É a primeira visita que eu recebo alguém, além da minha filha, em várias semanas – disse ela. Às vezes eu fico tão sozinha, que eu ligo para o cinema, perguntando o que está passando, só para encontrar alguém com quem conversar. Naquele dia, aquela senhora aceitou ter Jesus como seu companheiro diário… e Salvador. Mas, marcou, a sua declaração…

Preliminarmente, há dois tipos de solidão: a exterior e a interior. A solidão exterior é a que se mostra realmente desacompanhada de outras pessoas. É o caso dos eremitas (eremita é uma palavra que vem do grego eremos, que significa deserto; donde vem “ermo”). O outro caso é o dos que são solitários acompanhados – a solidão no meio da multidão. É um sentimento, um estado de alma. Afeta um número maior de pessoas… Porque, varia em grau: há solidão de momentos, há solidão de horas, há solidão de dias, de meses e até mais…

Neste tipo de solidão, há dois figurantes: um ativo, outro passivo. O passivo é o ser humano que sofre a solidão; o ativo é o ser humano que a causa… Curiosamente, o substantivo “solitário” é muito parecido com o outro, “solidário”, em Português. Mas, as raízes latinas são diferentes: a primeira vem de solus (sozinho); a segunda vem de solidus (sólido, agregado, íntegro, saudável). A solidão faz vítimas, mas o ser ‘solidário’ é o melhor preventivo contra o ‘ser solitário’. 

O tempo em que estamos vivendo traz muitos riscos; esses riscos afetam de maneiras diferentes crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. A razão é que cada um pertence a uma geração diferente. Muito certamente, a maior parcela de responsabilidade em ser um ser ‘solidário’ (ajudando o solitário) está sobre jovens e adultos. Como disse um grande pensador brasileiro: em vez de jovens e adultos ficarem se digladiando em seus interesses e conflitos, que tal se unirem, em favor dos idosos e das crianças?

Pensando no jovem e no adulto cristão, eu estendo o desafio, convicto de que este é um dos mais urgentes apelos da modernidade à vocação de ser cristão. Está no ‘manual cristão’: “O Amigo ama em todo o tempo, e na angústia se faz irmão” (Provérbios 17.17, NVI). A Escritura diz que visitar órfãos e viúvas (protótipos dos solitários) é uma religião pura e sem defeito (Tiago 1.27).     

Por último, preciso lembrar que o maior especialista em solidariedade é, também o que mais sofreu solidão: Jesus! Quando assumiu a cruz, em nosso lugar, sozinho ficou. Até nisto ele é poderoso para socorrer todos os solitários, segundo a analogia do ensino de Hebreus 2.18. Lembre-se, se você tem a Cristo, você nunca está sozinho: “E eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos” (Mateus 28.20, ACF). Não existe quem tenha maior propriedade, confiabilidade e autoridade, em tomar para si a palavra profética: não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça” (Isaias 41.10, ARC).  Concluo com uma dupla mensagem musical, executada numa só peça pelos Heritage Singers (depois da letra, o Player online): 

WARM FAMILY FEELING / MAY GOD BE WITH YOU
Caloroso Sentimento de Família / Que Deus Esteja Contigo

O God’s people share a feeling
Ó, povo de Deus, compartilhem o sentimento
That this world can’t understand
Que este mundo não pode entender
When a brother’s heart is broken
Quando o coração de um irmão está partido
And he needs a help in hand
E ele precisa de um socorro a tempo
Right beside him is another
Bem ao seu lado, está um outro
Who will listen to his cares
Que há de ouvir suasnecessidades
Who can sense the way just sorrow
Que pode medir a tristeza
And can feel the pain he bears…
E pode partilhar a dor que ele sente…

There’s a warm family feeling
Há um caloroso sentimento de família
In the presence of the Lord
Na presence do Senhor
For we share each others burdens
Pelo que compartilhamos as cargas uns dos outros
All our hearts seem one accord
Todos os nossos corações parecem só um
There’s a bond that finds us kneeling
Há um elo que nos coloca de joelhos
Where we feel the Spirit’s healing
Em que sentimos a cura do Espírito
What a warm family feeling
Quão caloroso sentimento de família
In the presence of the Lord!
Na presence do Senhor!

There a folks who join this family
Há pessoas que se juntam a essa família
We don’t even know their names
Nem ao menos sabemos seus nomes
They might speak a different language
Até podem falar outro idioma
Oh! But we’re family, just the same
Oh! Mas somos a mesma família
We’ve been adopted by the Father,
Somos adotados pelo Pai
Been accepted by the Son
Somos aceitos pelo Filho
But the thrill still in knowing
Mas a emoção que ainda aprendemos
It’s His blood that makes us one!  
É o seu sangue que nos faz um!  

May God be with you
Que Deus esteja contigo
Until we meet again
Até que nos enconttremos de novo
May God be with you
Que Deus esteja contigo
And keep you safe till then
E que te guarde seguro até então
And may His blessings be in your heart
E que Suas bênçãos estejam no teu coração
May God be with you while we're apart
Que Deus esteja contigo enquanto estivermos separados
May God be with you
Que Deus esteja contigo
And watch you from above
Com os olhos em ti, desde o alto
May God protect you
Que Deus te proteja
With everlasting love
Com amor duradouro
And with the dawning of each new day
E ao raiar de cada novo dia
May God be with you to guide your way
Que Ele esteja contigo, para guiá-lo em teu caminho

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Até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)

 

NOTAS (versões bíblicas):

ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana
ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil
BCF – Versão Católica de Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional.

 

 

 

N° 327 : “JANEIRO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 14 de Janeiro de 2018

   Antes do calendário Juliano (46 a.C) e do calendário Gregoriano (século XVI), o ano era contado apenas com dez meses; mas, por conta da realidade do que se convencionou chamar de “ano solar”, a “conta nunca fechava”… Ainda no século VII antes de Cristo, já se notava uma defasagem entre a contagem do tempo e o próprio tempo, as estações, as luas…

   O Imperador Júlio César (100 a.C.~44 a.C.) resolveu por decreto, atendendo aos sábios do seu tempo, grande parte do problema: resolveu instituir mais dois meses para o ano oficial, elevando o número para doze. Como homenagem a ele e a um seu sucessor, esses meses receberam seus nomes (Julho vem de Júlio; Agosto vem de Augustus, imperador que viveu entre 63 a.C. e 14 d.C). Os demais meses do ano – quase todos – têm nomes que homenageiam divindades pagãs; excetuando os dois que homenageiam os imperadores, outros quatro apenas lembram o antigo calendário: Dezembro, o último mês, era o décimo (e último); Novembro era o nono; Outubro era o oitavo, e Setembro era o sétimo. Bem! Diz a norma culta que meses do ano são grafados com inicial minúscula; eu sou rebelde, e sigo, hors concours, a outra regra, que manda grafar nomes próprios com iniciais maiúsculas.

   Voltando aos meses, Junho homenageia Juno, a “deusa dos matrimônios e dos partos; Maio homenageia Maia, a deusa-mãe de Mercúrio e deusa da botânica; Abril homenageia Afrodite, a deusa do amor e da fertilidade (Abril é o mês da floração da Primavera no hemisfério norte); Março homenageia Marte, deusa da guerra e das conquistas; Fevereiro faz referência aos sacrifícios dedicados aos mortos, no festival da Februália. Chegamos a Janeiro…

   Janeiro homenageia a divindade Jano. Jano (Janus, Januarius) é um deus de duas faces – uma voltada para frente, outra voltada para trás… É considerado o guardião das entradas e das saídas, o patrono dos princípios e dos começos, o despenseiro do passado e mentor do futuro…  

   Não vou nutrir a cultura religiosa popular da antiguidade! Mas, que Janeiro é um mês extremamente oportuno para olhar para trás e para frente, é… Pensar no passado, para pensar no futuro… Reconsiderar o que se encerrou, para considerar o que começa…

   Que é, é, sim!…

   Vou usar uma comparação que costumo fazer: para mim, há um livro da Bíblia que é a melhor escola moral e ética no tocante às minhas relações pessoais: eu e Deus (meu criador e meu Soberano Senhor); eu e a criação inanimada (quais os meus deveres e os meus deleites a partir dos entres da criação, como o céu, o mar, a terra, as fontes?); eu e a criação animada irracional (o que o Criador espera de mim, quanto aos seres vegetais e animais?); eu e a criação animada racional (como devo me relacionar com meus semelhantes, com meus pais, com meus filhos, e assim por diante?); eu e os bens abstratos da humanidade (como devo cultivar dotes como tempo, talentos, atributos de qualidade, etc.?…); eu e eu mesmo, diante de Deus (o que o Criador, que me criou, e me emprestou os órgãos físicos, os aparelhos – respiratório, digestivo, circulatório, reprodutivo, etc…, a saúde, o espírito, etc…, prescreve quanto a cuidar desse empréstimo?). Esse livro é o de Provérbios.

   Pois bem! Janeiro, mês em que se têm a melhor oportunidade de olhar para trás e para frente, nos exige fazer essa dupla consideração, à luz de cada esfera das relações acima elencadas. Como foi meu ano passado, perante a face do meu Deus? O que isto me ensina (e demanda), quanto ao ano que entra? E quanto aos entes da criação? E quanto a meus dons, talentos? Foram bem usados? Foram consagrados ÀquEle que mos deu? E quanto ao meu uso do corpo, de suas propriedades? Honrei ao Criador, com esse uso? Como devo me portar, a partir agora, olhando para frente? Isto é próprio para Janeiro!…

   “Se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus, no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Efésios 4.21-24, ARA); “…agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, que pertencem a Deus” (I Coríntios 6.20). Muito apropriado, especialmente para Janeiro…

   Há um autor desconhecido, que o meio musical evangélico contemporâneo só pôde conhecer por suas iniciais. Mas, a sua poesia tem maestria. Certamente foi composta no terceiro quadrante do século XIX, mas lembra Maria, de Betânia. A música foi composta por seu contemporâneo, Asa Hull, nascido em New York em 1828, e falecido por volta da virada do século. Ouça através do nosso áudio player online a interpretação do grupo Bill Gaither and Homecoming Friends. Abaixo, sua letra, e uma pequena ajuda para os que não puderem discernir a língua original. Depis, o player, para ouvir…

SITTING AT THE FEET OF JESUS- 1970
PERMANECENDO AOS PÉS DE JESUS
J. H. T. &  Asa Hull (alguma data no terceiro quadrante do séc XIX)

Sitting at the feet of Jesus,
Sentado aos pés de Jesus
Oh, what words I hear Him say!
Oh, que palavras ouço-lhe dizer
Happy place! So near, so precious…
Que feliz lugar! Tão íntimo, tão precioso…
May it find me there each day;

Que possa eu ser lá achado, a cada dia;
Sitting at the feet of Jesus,
Sentado aos pés de Jesus,
I would look upon the past,
Olharia eu para o passado,
For His love has been so gracious;
[Reconhecendo que] seu amor tem sido tão gracioso;
It has won my heart at last.
Afinal, conquistou meu coração.

Wesley Pritchard + Joy Gardner + Stephen Hill
Sitting at the feet of Jesus,

Sentado aos pés de Jesus
Where can mortal be more blest?
Onde pode, um mortal, ser mais abençoado?
There I lay my sins and sorrows,
Ali deponho meus pecados e tristezas
And, when weary, find sweet rest;
E, quando fragilizado, [ali] encontro doce descanso;
Sitting at the feet of Jesus,
Permanecendo sentado aos pés de Jesus,
There I love to weep and pray
É onde eu amo colocar-me em contrição e oração
While I from His fullness gather
Enquanto eu obtenho, de Sua plenitude,  
Grace and comfort every day.

Graça e conforto a cada dia.

Bless me, O my Savior, bless me,
Abençoa-me, oh meu Salvador, abençoa-me
As I sit low at Thy feet
Ao assentar-me quedado aos teus pés
Oh, look down in love upon me,
Oh, deriva [dos céus] o teu olhar de amor sobre mim
Let me see Thy face so sweet;
Permita-me contemplar tua tão doce face 
Give me, Lord, the mind of Jesus,
Dá-me, Senhor, a mente de Jesus
Keep me holy as He is;
Guardando-me santo como Ele é;
May I prove I’ve been with Jesus,
Que eu possa estar convicto de estar com Jesus 
Who is all my righteousness!
O qual é toda a Justiça para mim!
(Repete-se)

Sitting at the feet of Jesus… !!!

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Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 303: “ANÁTEMA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 18 de Junho de 2017

Eu ouvi a seguinte declaração, e parei para pensar: “Quando eu vejo famílias procurando escolas que falam a mesma linguagem que eles, eu ficou um pouco assustada porque é colocar a criança sob a ditadura de um pensamento único”. Quem defendeu isto foi a psicóloga e consultora educacional Rosely Sayão (1955-…). Rosely tem uma coluna na Band News, e escreve semanalmente para a Folha de São Paulo. Grande revista nacional a considera a maior autoridade paulistana na educação de filhos, e uma das maiores do país.  

Foi Rosely a quem ouvi defender que os pais, em casa, podem exercer seu direito de monitorar e censurar o que os filhos lêem ou vêem; mas, para ela, esse direito inexiste no ambiente da escola. Ao ouvir, tocou a campainha e acendeu a luz amarela na minha consciência. Quando a percebo defendendo que a cosmovisão que se aprende na escola, que é livre, é maior do que a cosmovisão que se aprende com os pais, que é privada, preocupa-me. Quando a percebo defendendo que a “escola deveria oferecer, ao seu alunado, uma visão de mundo na perspectiva do conhecimento”, que é mais ampla, e que permite olhar criticamente para o que os pais ensinam, preocupa-me ainda da mais. A campainha tocou mais forte, e a luz dela ficou vermelha.

Pelo que ouvi na sua coluna no rádio, tive a percepção de que ela sustenta que o ensino paterno (mais limitado e censurado) está sujeito ao ensino da escola (mais amplo e livre), onde a criança, o adolescente, o jovem tem uma visão da realidade como ela é. Pareceu-me ouvir que, sem a escola, que amplia os horizontes de percepção de mundo e de vida, essa criança, ou adolescente, ou jovem, ficará bitolado. E o pior: pareceu-me que, colocando as duas matrizes de aprendizado na balança – a familiar e a escolar – esta última é muito mais rica e libertadora, para ela.

Pensar nisto, para alguns, já cria alguma resistência. Se for para mexer com as liberdades dos filhos, melhor não pensar. Ou, pior: se for para mexer com as comodidades dos pais, melhor não pensar. Muitos pais não estão se interessando, como deveriam, pelo que seus filhos estão aprendendo ou enfrentando na escola. Não raro, quando ‘acordam’, a catástrofe já se instalou. Mais cômodo lhes é, ao chegar em casa, espairecer à frente de uma tevê; ou, debruçar-se sobre a internet, facebook, etc.

Muitos só descobrem o mal que causa, a seus filhos, a submissão aos princípios construtivistas da escola moderna (leia-se “filosofia’ de Jean Piaget, 1896-1980), quando quase não há mais jeito. Quando os sentidos são lentos para perceber o dano, na mente da moçada, que o grau de politização da formação de opiniões vai produzindo, são lentos para perceber, também, os nefastos efeitos que essa estratégia acarreta. Quando os sentidos são lentos para descortinar a tática vil de minar os valores morais dos fundamentos cristãos, com suas ideologias de gênero, quando são lentos para notar a sedução ardilosa e diabólica das ‘indiscutíveis explicações’ evolucionistas, haverá choro (quem sabe, ranger de dentes) quando os efeitos já estiverem consolidados.

Pais, acordem! Há uma tirania mundana, ou melhor, infernal, infiltrada na gestão do saber, a que se tornam sujeitos nossos filhos. Profiro um ‘anátema’ para essa ideia infame, de que a escola deve ser livre para administrar o conhecimento, cujos efeitos até servem de instrumento crítico para o que se aprende em casa (ou, na própria Escola Bíblica Dominical). Pais, despertem!

Os parâmetros seguros ainda estão lá, naquele livro milenar do Criador. Ali, na Bíblia, aprendemos que, com todo o amor que se nos demanda a educação (Colossenses 3.21), não se pode subestimar a necessidade da legítima correção: “…criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor (Efésios 6.4, ARA). Com todo o interesse em que também nossos filhos alcancem a maturidade (Efésios 4.14,150, não se pode subestimar de que o alvo maior é levar cativo todo pensamento à obediência de Cristo (II Coríntios 10.5, ARA). Com todo o incentivo a prezar pela investigação de toda a ciência, e de todos os mistérios, próprio do mister escolar, não se pode olvidar que o fim maior é reconhecer a glória de Deus, o Criador: Deus fez isso [todas as coisas] para que os homens o buscassem e talvez, tateando, pudessem encontrá-lo, embora não esteja longe de cada um de nós. ‘Pois nele vivemos, nos movemos e existimos’, como disseram alguns dos poetas de vocês: ‘Também somos descendência dele(Atos 17:27,28, NVI).

Sim! Profiro um anátema a essas filosofites e psicologites modernas, doentias, humanistas, falsas, enganadoras, nocivas, tiranas, letais. Profiro um anátema a esses conceitos atraentes, que continuam pavimentando o pedestal do homem, quando, na realidade, estão armando seu cadafalso. Afirmo como o apóstolo João: “Não tenho maior gozo do que este: o de ouvir que os meus filhos andam na verdade” (III João 4, ARC).

Há um autor desconhecido, que o meio musical evangélico contemporâneo só pôde conhecer por suas iniciais. Mas, a sua poesia captura isto com maestria. Sua base foi esse relato do evangelista Lucas. Ela segue abaixo, certamente composta no terceiro quadrante do século XIX. A música foi composta por seu contemporâneo, Asa Hull, nascido em New York em 1828, e falecido por volta da virada do século. Ouça através do nosso áudio player online a interpretação do grupo Bill Gaither and Homecoming Friends. Abaixo, sua letra, e uma pequena ajuda para os que não puderem discernir a língua original. Após as letras, nosso Player online…

SITTING AT THE FEET OF JESUS- 1970
PERMANECENDO AOS PÉS DE JESUS
J. H. T. &  Asa Hull (alguma data no terceiro quadrante do séc XIX)

Sitting at the feet of Jesus,
Permanecendo sentado aos pés de Jesus
Oh, what words I hear Him say!
Oh, que palavras ouço-lhe dizer
Happy place! So near, so precious…
Que feliz lugar! Tão íntimo, tão precioso…
May it find me there each day;

Que possa eu ser lá achado, a cada dia;
Sitting at the feet of Jesus,
Permanecendo sentado aos pés de Jesus,
I would look upon the past,
Olharia eu para o passado,
For His love has been so gracious;
[Reconhecendo que] seu amor tem sido tão gracioso;
It has won my heart at last.
Afinal, conquistou meu coração.

Sitting at the feet of Jesus,
Permanecendo sentado aos pés de Jesus
Where can mortal be more blest?
Onde pode, um mortal, ser mais abençoado?
There I lay my sins and sorrows,
Ali deponho meus pecados e minhas tristezas
And, when weary, find sweet rest;
E, quando fragilizado, [ali] encontro doce descanso;
Sitting at the feet of Jesus,
Permanecendo sentado aos pés de Jesus,
There I love to weep and pray
É onde eu amo colocar-me em contrição e oração
While I from His fullness gather
Enquanto eu obtenho, de Sua plenitude,  
Grace and comfort every day.

Graça e conforto a cada dia.

Bless me, O my Savior, bless me,
Abençoa-me, oh meu Salvador, abençoa-me
As I sit low at Thy feet
Ao assentar-me quedado aos teus pés
Oh, look down in love upon me,
Oh, deriva [dos céus] o teu olhar de amor sobre mim
Let me see Thy face so sweet;
Permita-me contemplar tua tão doce face 
Give me, Lord, the mind of Jesus,
Dá-me, Senhor, a mente de Cristo
Keep me holy as He is;
Guardando-me santo como Ele é;
May I prove I’ve been with Jesus,
Que eu possa estar convicto de estar com Jesus 
Who is all my righteousness!
O qual é toda a Justiça para mim!
(Repete-se)

Sitting at the feet of Jesus  … !!!

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Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
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N° 271 : “VOTE PELO SEU FUTURO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 09 de Outubro de 2016

“Será este alguém que queiramos para presidente? Acho que não. O que me importa é o rumo deste país, e estou muito, muito preocupado que esteja caminhando na direção errada com alguém como Donald Trump. Se você se importa com seu futuro, vote por seu futuro”… Quando o premiado ator de Hollywood, Robert De Niro (Robert Anthony De Niro, Jr, 1943-…), disse estas palavras recentemente, a imprensa havia  acabado de noticiar um diálogo lastimável do candidato à presidência dos Estados Unidos, ao qual se refere. Nesse diálogo, com um apresentador de mídia, Trump faz comentários desclassificados sobre mulheres, usando até palavras de baixo calão.

Certamente que De Niro estava se referindo a um futuro próximo. Embora militante publicamente declarado do partido Democrata, em seu país, o vídeo de Trump que lhe provocou ira, decepção e vergonha, provocou sentimentos idênticos até mesmo em correligionários republicanos do candidato. Por conta do que Trump disse, De Niro chegou a declarar que gostaria de esmurrar-lhe a face.

Sua advertência final me chamou atenção: “Se você se importa com seu futuro, vote por seu futuro!” Isso mesmo, Robert. Até eu diria isto. Em duas dimensões, inclusive. Na primeira dimensão, diria isto em face do exercício cívico, como cidadãos deste mundo. Reconheço, deste modo, que é um grande desserviço, não só ao próprio eleitor, mas também à sua família, à sua comunidade (pense, por exemplo, na comunidade da fé), e ao seu povo (município, estado, nação) votar motivado por fatores tais como paixão (como se política fosse como futebol); ou por aparências (sem pesquisar e conhecer os pressupostos e compromissos ideológicos que movem os candidatos e seus “programas”, sem conhecer um mínimo do seu passado ainda presente).

A segunda dimensão me parece mais urgente e preocupante. Está num futuro além daquele que me parece estar no centro da preocupação do artista. Preste atenção na forma como o apóstolo se refere ao assunto: Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno” (II Coríntios 4.18, NVI). A primeira dimensão de futuro, a que se refere ao dia de amanhã e o que vem depois, o que entendemos ser coisa certa, interessou mais ao Robert De Niro. A segunda dimensão, isto é, a que vem depois do depois, é ainda mais importante.

“Depois do depois”, para mim, significa depois que os dias a serem aqui vividos se acabarem. Eu preciso dizer que “votar nesse futuro” é muito mais importante do que qualquer outra maneira de votar. Pena que essa realidade, para a maioria das pessoas, parece não ser lá muito interessante; por isto, não ‘dão muita bola’ para o assunto. Mas, a revelação divina diz: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácu­la, imarcescível, reservada nos céus para vós outros que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo” (1Pe 1.3-5, ARA).

O futuro que corresponde ao “depois do depois” está bem perto. Para alguns, bem mais perto do que imaginam. Ouvi um amigo dizer, recentemente, referindo-se à pessoa de sua família que partiu para a eternidade: um ano atrás, estava aqui, entre nós, conversando e brincando normalmente; quem diria, um ano depois, estaria debaixo de terra?  É verdade: quem diria?… Vale a pena colocar uma atenção mais séria neste assunto.  Eu até tomo emprestada a frase do cineasta: se você se importa com seu futuro, vote pelo seu futuro! Chego a pensar que, se você não fizer isso, é porque não se importa com seu futuro; pelo menos, por enquanto. Sei lá se, quando quiser se importar, quanto isso lhe adiantará…

Vote bem! Vote pelo seu futuro: Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.  Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar.  E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também(João 14.1-3, ARC).

O autor das palavras originais do hino de hoje era cristão, compositor, poeta e militar. Acostumado à rotina diária do clarim no toque de alvorada, passou a associar, diariamente, àquele toque, a expectativa da chegada do “futuro depois do depois” a que me refiro. Ouça, na versão vernácula, cantada pelo Quarteto Templo.

CHRIST RETURNETH (1877)
Cristo Volta (Cristo Voltou, originalmente)
Henry Lathrop Turner (1845-1915)
Música de James McGranaham (1840-1907)

Ouça, com nosso 

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Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 270 : “MINHA PESQUISA ELEITORAL”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 02 de Outubro de 2016

 

“Isso não dá IBOPE!”… “Este é um palestrante que dá IBOPE!”… Essas frases mostram a penetração social e cultural que o instituto de pesquisa brasileiro atingiu neste nosso país. “Dar IBOPE” se tornou sinônimo de alcançar repercussão de maioria entre a população. Não obstante estar envolto em muitas controvérsias, e sob várias acusações, Carlos Augusto Saade Montenegro (1954-…), que foi presidente daquele instituto fundado em 1942, disse, recentemente, pela aproximação destas eleições municipais, algumas coisas dignas de reflexão.

De acordo com um importante veículo de imprensa nacional, Montenegro (1954-…) “ainda é a cara do IBOPE, o mais importante instituto de pesquisas do Brasil”.  Eis o que ele disse, traduzindo com minhas palavras e sintaxe:

1.     A coisa mais rica no mundo, atualmente, chama-se informação.
2.   Na sua maioria, o eleitor brasileiro decide seu voto nas últimas 48 horas antes das eleições.
3.   Em decorrência disto, pesquisas devem ser vistas com muito cuidado: é em cima da hora que um candidato será ‘eleito’.

Embora eu mesmo não seja dono de um instituto de pesquisas, costumo fazer as minhas próprias. Com base nelas, posso dizer que tenho algumas concordâncias e algumas discordâncias do Carlos Augusto Montenegro.
Ok! Vamos, por partes:
Sob certo aspecto (ou discriminação), concordo que a coisa mais valiosa no mundo, hoje, seja a informação. Mas, acredito que não concorde com ele quanto ao tipo de informação a valorizar assim. O maior provedor de ricas informações para o mundo, hoje, chama-se “Deus”; e suas informações não provêm de pesquisas – provêm de revelação. Estão na Escritura, mas a maioria ignora, ou menospreza esse valioso acervo. Talvez, até você que me esteja lendo. Seja honesto para com Deus, se quiser discutir isso…

Pois bem! Eu digo que na Escritura Sagrada há valiosíssimas informações sobre nossas origens (mas imensuráveis fortunas são gastas para buscar “informações” que conflitam com a verdadeira). Ali há valiosíssimas informações sobre o nosso passado, nosso estado presente e nosso futuro (mas são consideradas fora de moda, irrelevantes). “Pois que eles aborreceram as instruções, e não abraçaram o temor do Senhor, nem se submeteram ao meu conselho, e desacreditaram toda a minha repreensão; comerão, pois, os frutos do seu caminho…” (Provérbios 1.29-31, BCF).  

Quanto ao eleitor, concordo que o brasileiro é, majoritariamente, assim: decide na última hora. Mas, tenho a assinalar que o mais importante eleitor de todos os tempos, aquEle que elege uma alma ao céu ou ao  inferno, nunca decide em cima da hora. Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença. Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade, para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado” (Efésios 1.4-6). Que coisa maravilhosa é quando o propósito prévio do Eleitor Celeste se encontra com a realidade das “urnas da nossa alma”! Quando a eterna escolha divina converge com a abertura do coração de um ser humano!

Concordo que é preciso ter muito cuidado com escolhas “em cima da hora”. No tocante à realidade eterna, olhando do prisma meramente horizontal, digo o mesmo: é muito arriscado. Pode não dar tempo; pode um fato novo fazer mudar de idéia. No tocante à realidade espiritual, mais séria ainda é a advertência: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” (Isaias 55.6, ARC).

Minha ‘pesquisa eleitoral’ mostra que há muita gente deixando coisas de suma importância para cima da hora. Deixando a decisão de andar com Deus… Deixando a escolha de seguir, de verdade, Jesus… Deixando a necessidade de ‘mergulhar’ na Sua Palavra, onde as palavras são de vida eterna… Perigoso. Está dito, e repetido! Ouve, quem tiver juízo acima do pescoço!   

Há um autor desconhecido, que o meio musical evangélico contemporâneo só pôde conhecer por suas iniciais. Sua poesia, porém, é magistral. Sua base foi esse relato do evangelista Lucas. Ela segue abaixo, certamente composta no terceiro quadrante do século XIX. A música foi composta por seu contemporâneo, Asa Hull, nascido em New York em 1828, e falecido por volta da virada do século. Ouça, com nosso AudioPlayer online, clicando logo após a transcrição da letra (com tradução "simultânea")

SITTING AT THE FEET OF JESUS- 1970
PERMANECENDO AOS PÉS DE JESUS
J. H. T. &  Asa Hull (alguma data no terceiro quadrante do séc XIX)

Sitting at the feet of Jesus,
Permanecendo sentado aos pés de Jesus
Oh, what words I hear Him say!
Oh, que palavras ouço-lhe dizer
Happy place! So near, so precious…
Que feliz lugar! Tão íntimo, tão precioso…
May it find me there each day;

Que possa eu ser lá achado, a cada dia;
Sitting at the feet of Jesus,
Permanecendo sentado aos pés de Jesus,
I would look upon the past,
Olharia eu para o passado,
For His love has been so gracious;
[Reconhecendo que] seu amor tem sido tão gracioso;
It has won my heart at last.
Afinal, conquistou meu coração.

Wesley Pritchard + Joy Gardner + Stephen Hill
Sitting at the feet of Jesus,

Permanecendo sentado aos pés de Jesus
Where can mortal be more blest?
Onde pode, um mortal, ser mais abençoado?
There I lay my sins and sorrows,
Ali deponho meus pecados e minhas tristezas
And, when weary, find sweet rest;
E, quando fragilizado, [ali] encontro doce descanso;
Sitting at the feet of Jesus,
Permanecendo sentado aos pés de Jesus,
There I love to weep and pray
É onde eu amo colocar-me em contrição e oração
While I from His fullness gather
Enquanto eu obtenho, de Sua plenitude,  
Grace and comfort every day.

Graça e conforto a cada dia.

Bless me, O my Savior, bless me,
Abençoa-me, oh meu Salvador, abençoa-me
As I sit low at Thy feet
Ao assentar-me quedado aos teus pés
Oh, look down in love upon me,
Oh, deriva [dos céus] o teu olhar de amor sobre mim
Let me see Thy face so sweet;
Permita-me contemplar tua tão doce face 
Give me, Lord, the mind of Jesus,
Dá-me, Senhor, a mente de Cristo
Take me holy as He is;
Faz-me santo como Ele é;
May I prove I’ve been with Jesus,
Que eu possa estar convicto de estar com Jesus 
Who is all my righteousness!
O qual é toda a Justiça para mim!
(Repete-se)

Sitting at the feet of Jesus  … !!!

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Bom Domingo, boa semana,
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Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
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ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
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N° 16 : “AOS PÉS DE QUEM?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 17 de Julho de 2011

O mundo está enchendo-se de "gurus". Cada dia surge um novo. A TV tem os seus… A internet também. A literatura está farta deles. A Ciência, nem se fala… Até a Política está recheada de gurus…

    Um "Richard Dawkins" para alguns, que se enchem de brio (letal) quando este se inflama a designar "Deus" como um "delírio humano", e a "religião", como a "raiz de todos os males". Um "Lula" para multidões que, sem muito norte na vida, se auto-glorificam na figura de apedeuta de suposto sucesso internacional (até Obama o decantou entre pares…). Um grande comunicador aqui, um outro ali, e o número de ídolos dos meios de comunicação é uma "questão de múltipla escolha" (ponha "múltipla" nisso…). Talvez o nome de Julian Assange não te seja tão familiar, logo à primeira vista; mas, se menciono junto o nome "Wikileaks", pronto: quem não se lembra do "homem-quase-deus" que desbancou segredos de estado trancados a sete chaves, apenas com os truques da internet (e uma ajudazinha de alguns seguidores)… Espanto: depois que foi preso, multiplicaram-se os seus grupos de apoio e de seguidores ao redor do mundo.  Parece que o ser humano se "desmama" para a sua emancipação cultural e intelectual através da infiltração de idéias, conceitos, e até trejeitos próprios de seus ícones. Mal nos surpreendemos a nós mesmos, e nos vemos imitando "gurus"; alguns, bons de serem imitados, outros – maioria – não! Quando a vaidade é exacerbada, a mente e o coração do homem são arrebatados a uma inversão das posições: "de agora em diante, quero deixar de imitar, e passar a ser copiado". Isto equivale à investida numa nova fase, tácita: "de agora em diante, 'guru' também serei!"

   Me lembro de um dos meus valorosos professores, quando quis ilustrar essa realidade humana. Se não me falha a memória, citou ele um dos netos (ou netas), acompanhando a ele próprio e sua esposa no supermercado. Enquanto a esposa olhava com atenção os produtos, pegando com as mãos e examinando com os olhos, ele, sem nada pegar, andava pelos corredores, com as mãos para trás, andar taciturno, olhando aleatoriamente as gôndolas. De repente, ficou admirado ao olhar para trás de si, e viu o neto (ou neta, não me lembro mais, já fazem tantos anos…) andando pelos corredores, poucos passos atrás dele, com o mesmo tipo de andar taciturno, mãos para trás, sem nada pegar (raridade, para crianças), olhando sabe-se lá o que em cada prateleira. Cena quase perfeitamente reprisada. É o jeito humano de ser: imitador por natureza. Talvez por tais tipos de coincidências alguns estejam ainda convencidos de que o homem veio do … … … macaco. 

    Me lembro de uma história que uma tia sempre contou: Certa vez minha mãe lhe cedeu o filho (eu) para passar com ela alguns dias, distante de casa… Na hora de pegar o ônibus, o pequeno "Ulisses", com seus 3 para 4 anos de idade (obviamente ainda analfabeto), fez o mesmo que o tio acabara de fazer: 5 passos à frente do ônibus, para olhar o rótulo do mesmo e conferir o destino. Dizia ela, sempre achando graça: "Como quem soubesse ler alguma coisa, foi lá à frente do ônibus, conferiu o letreiro e, como alguém decidido, seguiu atrás do tio e da tia, a entrar no ônibus, como se já convencido – é esse mesmo!" Penso que todos nós podemos nos recordar de modelos que nos moldaram em alguma medida. Até hoje me vejo, vez por outra, usando o modo peculiar que meu avô usava para endireitar calça e cinto, ao mesmo tempo, junto à cintura, sem usar as mãos – somente os carpos. Modelos: se forem bons, nada de mal (muito pelo contrário). Até Paulo disse : "Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo" (I Coríntios 11.1)

    Falando nisto, aí está a boa dica. Eis aí o melhor modelo. Certa vez, num discurso de paraninfo aos meus alunos "paraninfados", disse-lhes que a última aula iria começar depois da formatura. Disse-lhes também que o "plano de aulas" eu lhes daria naquele mesmo momento, sem mais demoras: "Esquadrinhem os evangelhos, escrafunchem os quatro do começo ao fim; detraiam deles todas as virtudes e todas as características pessoais do Mestre, do Senhor Jesus Cristo.Daí por diante, imitem-no. Será a última aula, mas sem hora para tocar a campainha de término." Sim, porque, neste mundo, podemos nos desapontar com nossos modelos, até aqueles que reputávamos "os bons" de se imitar. Mas, há um com quem jamais se desaponta – o Mestre por excelência. Policarpo de Esmirna, ante a fogueira que lhe esperava, ante os oficiais romanos que lhe prometeram libertação, se apenas exconjurasse de Jesus Cristo, respondeu corajosamente: "Há mais de 80 anos que O sirvo, e ele jamais me dasapontou; como o desapontaria eu a esta altura?" Foi o que faltou para ser lançado às chamas.

    O registro de Lucas 10.38-42 é, por demais, tangente. Enquanto Marta andava de um lado para outro, em torno de seus muitos afazeres, Maria quedava-se aos pés de Jesus, a ouvir-lhe os ensinamentos.

Para mim, nunca pareceu que este texto (as palavras de Jesus) incriminaram Marta por causa do grau de responsabilidade com que procurava desincumbir-se de seus muitos afazeres. Entretanto, levar uma repreensão ao Mestre, porque concordava este que Maria nada estivesse a fazer junto dela, senão apenas "quedar-se junto aos seus pés a ouvir-lhe os ensinamentos", já soava demais, além da conta. Daí, recebeu uma repreensão do Mestre! "… pouco é necessário, ou mesmo uma só coisa". Foi o que Jesus lhe demandou compreender. A melhor parte, escolhendo entre muitos afazeres e o "quedar-se aos pés" do Mestre, foi a escolha de Maria, não de Marta. Quem teria sido o modelo de Marta? O que Maria escolhera para si, já estava claro, evidente! Também nós precisamos nos aplicar no melhor juízo das melhores "coisas" ou "partes", para resultar nas melhores escolhas, para usufruir os melhores benefícios. A propósito, que tal fazermos, cada um de nós, uma séria avaliação das nossas escolhas de modelos, e das nossas escolhas de dedicação e devoção?

   Há um autor desconhecido, que o meio musical evangélico contemporâneo só pôde conhecer por suas iniciais. Mas, a sua poesia captura isto com maestria. Sua base foi esse relato do evangelista Lucas. Ela segue abaixo, certamente composta no terceiro quadrante do século XIX. A música foi composta por seu contemporâneo, Asa Hull, nascido em New York em 1828, e falecido por volta da virada do século. Ouça através do nosso áudio player online a interpretação do grupo Bill Gaither and Homecoming Friends. Abaixo, sua letra, e uma pequena ajuda para os que não puderem discernir a língua original.

SITTING AT THE FEET OF JESUS- 1970
PERMANECENDO AOS PÉS DE JESUS
J. H. T. &  Asa Hull (alguma data no terceiro quadrante do séc XIX)

Sitting at the feet of Jesus,
Permanecendo sentado aos pés de Jesus
Oh, what words I hear Him say!
Oh, que palavras ouço-lhe dizer
Happy place! So near, so precious…
Que feliz lugar! Tão íntimo, tão precioso…
May it find me there each day;

Que possa eu ser lá achado, a cada dia;
Sitting at the feet of Jesus,
Permanecendo sentado aos pés de Jesus,
I would look upon the past,
Olharia eu para o passado,
For His love has been so gracious;
[Reconhecendo que] seu amor tem sido tão gracioso;
It has won my heart at last.
Afinal, conquistou meu coração.

Wesley Pritchard + Joy Gardner + Stephen Hill
Sitting at the feet of Jesus,

Permanecendo sentado aos pés de Jesus
Where can mortal be more blest?
Onde pode, um mortal, ser mais abençoado?
There I lay my sins and sorrows,
Ali deponho meus pecados e minhas tristezas
And, when weary, find sweet rest;
E, quando fragilizado, [ali] encontro doce descanso;
Sitting at the feet of Jesus,
Permanecendo sentado aos pés de Jesus,
There I love to weep and pray
É onde eu amo colocar-me em contrição e oração
While I from His fullness gather
Enquanto eu obtenho, de Sua plenitude,  
Grace and comfort every day.

Graça e conforto a cada dia.

Bless me, O my Savior, bless me,
Abençoa-me, oh meu Salvador, abençoa-me
As I sit low at Thy feet
Ao assentar-me quedado aos teus pés
Oh, look down in love upon me,
Oh, deriva [dos céus] o teu olhar de amor sobre mim
Let me see Thy face so sweet;
Permita-me contemplar tua tão doce face 
Give me, Lord, the mind of Jesus,
Dá-me, Senhor, a mente de Cristo
Keep me holy as He is;
Guardando-me santo como Ele é;
May I prove I’ve been with Jesus,
Que eu possa estar convicto de estar com Jesus 
Who is all my righteousness!
O qual é toda a Justiça para mim!
(Repete-se)

Sitting at the feet of Jesus  … !!!

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional