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N° 154 : “AMOR INIGUALÁVEL”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 11 de Maio de 2014

Não pergunto ‘por que’, mas ‘para que’… Qual o propósito de Deus nisto tudo”… Esta foi uma das frases de uma mãe, diante do quadro do seu filho. Outra, foi: “Não desistam, lutem com toda força mesmo que te digam o contrário. Coloquem seus filhos na mão de Deus que ele ampara ”. Quem disse foi Rosana Polisel, empresária paulista, mãe de Tomás (29), Maíra (28) e Vítor (27). O filho mais velho há muito vinha sendo amante de esportes radicais. Já efetuou dezenas de saltos de pára-quedas no Brasil. Em 26 de Outubro de 2012, de férias nos Estados Unidos, Tomás, resolveu fazer, por lá, um salto de pára-quedas; estava em Phoenix, no Arizona. Da empresa onde trabalhava como analista de sistemas tinha ganho, como prêmio, um carro. Nem chegou a tomar posse do prêmio. Seu salto, o primeiro (e único) fora do Brasil, deu errado. O pára-quedas principal não se abriu. Paraquedistas relatam a estatística de que um em cada 6.500 saltos resulta neste dramático imprevisto. Mas, há o pára-quedas reserva, de emergência. As chances estatísticas de um pára-quedas reserva falhar, depois de o principal já ter falhado, são extremamente raras.

Entretanto, no caso do Tomás, a raridade aconteceu. Falhou o principal, falhou também o reserva, logo em seguida. Este último enroscou-se no principal semi-aberto, causando uma queda praticamente livre: morte certa. Ocorre que Tomás não morreu. Os socorristas que o resgataram no deserto de Phoenix ficaram impressionados. “Era prá ter tido todos os ossos triturados”, disseram eles. Tomás foi levado inconsciente ao hospital. Rosana, sua mãe, viajou rapidamente do Brasil para lá. Ao chegar, os médicos já tinham um documento para doação de órgãos para ela assinar. “Seu filho gostaria de viver como um vegetal, ou gostaria que fossem desligados os aparelhos que o mantêm vivo? ” – perguntaram-lhe. Rosana questionou se ele já tinha morte cerebral, e os médicos não a confirmaram. Então, ela declarou que sua vontade é que lutassem como todos os meios para que seu filho vivesse. “Deus me deu meu filho e eu não assinei nenhum contrato dizendo que só iria ter ele comigo enquanto ele estivesse bem. Ele será sempre meu filho e digo que Deus me dá forças todos os dias, pois meu lado humano de mãe não suportaria tudo isso”.  Tomás sobreviveu de uma forma que dizem ter sido miraculosa. Dos Estados Unidos, foi removido para o Hospital das Clínicas em São Paulo, embora tenha ficado tetraplégico. Hoje, ele se comunica com os olhos, através de um código de piscadas.

Nesse meio tempo, o outro filho, o Vítor, estava de casamento marcado. E, como arranjar forças para casar um filho, com outro entre a vida e a morte, já tetraplégico? Só em Deus, foi o que disse Rosana. Em setembro de 2013, Tomás pôde ir para casa. Para o neurologista, a palavra “milagre”, uma espécie de providência divina com caráter não usual, talvez seja difícil de pronunciar. Rosana sabe que não deve alimentar a esperança de que seu filho volte a andar. Mas, o fato de ele poder, mesmo sob todas as limitações típicas, exercer pessoalmente várias de suas escolhas (vestir ou não tal roupa, ficar na cama ou na cadeira, ficar em casa ou passear, etc…), já constitui um conjunto de pequenos “milagres”, além do “milagre” de ter sobrevivido. E, ao pensar que ele poderia ter morrido ali mesmo, no solo, com dois pára-quedas enroscados em volta do corpo no deserto, torna-se um presente especial de “dia das mães” ter o filho junto de si. Por causa disto, Rosana deixou as atividades pessoais, e passou a dedicar-se tempo integral ao filho.

Persistência e confiança em Deus foram dois ingredientes essenciais para o coração arrojado daquela mãe. Persistência e confiança em Deus são ingredientes indispensáveis para qualquer mãe que se preze. Perder um filho sem lutar por ele? Jamais! Perder um filho para as más companhias, para os falsos amigos e amigas, que não serão capazes, jamais, de fazer o que faz uma mãe “leonina” por seu rebento? De jeito nenhum! Perder o filho para os vícios e os desmandos efêmeros deste mundo cruel? Nunca!  Faz lembrar Mônica (331-387), a mãe do jovem Agostinho de Hipona (354-430). Morreu com apenas 56 anos de idade. Orou a Deus anos a fio por seu filho, mesmo quando um tanto perdido na corrompida Roma. O marido lhe disse: “Continue a orar a Deus, não desanime; é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”!  Pouco antes de morrer, estando em sua companhia de volta para a África, pôde dizer ao filho, recém convertido: “Uma única coisa me movia a viver um pouco mais – ver-te com Cristo antes de encontrar-me, eu mesma, com Ele”. Agora, o filho que Deus mesmo recobrou para si, depois de vinte anos de intercessão materna, a vê expirar, pouco tempo depois do que disse.

Que espécie de força, que espécie de amor, que espécie de fibra, vemos em mães assim? Onde pode estar espelhado, de onde pode ser proveniente, senão de Deus mesmo? ”Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por ele.“ (I João 4.9, BCF).  Pode alguém apontar uma forma mais forte, mais sublime, mais altruísta, mais exemplar de amor do que esta forma – a sacrificial? Não é assim, nos casos mais típicos o amor de mãe? E não é muito mais sacrificial o amor de Deus? ”Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.“ (Efésios 2.4-9, ARC). 

Você seria capaz amar assim, como a Rosana, mãe do Tomás, ou como a Mônica, mãe do grande Agostinho de Hipona? Ah! Sim, certamente… Muitas mães seriam capazes, pois isto é próprio da figura de mãe. Aliás, mãe que é mãe, numa hora destas, não vê defeito no filho; só vê quanto precisa ele dela. E como Deus, você seria capaz? Deus, mesmo vendo todos os nossos defeitos, mesmo sabendo precisamente quanto somos maus e ingratos, mesmo profundamente entristecido (e até ofendido, por que não?) pela maneira como O tratamos, manifestou o Seu grande amor sacrificial em favor de quem não o merecia.  ”Mas Deus prova o Seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores“ (Romanos 5.8, ARA).  Maior que a expressão de mãe, só mesmo a expressão de Deus! Maior que o amor de mãe, só mesmo o amor de Deus! Maior que o sacrifício de mãe, só mesmo Deus, no sacrifício do Seu Filho encarnado! Entretanto, se muitas mães acabam recebendo certo nível de menosprezo da parte de seus filhos, é possível entender a razão pela qual também Deus recebe tal menosprezo dos homens. É a natureza humana, diferente da divina, cujo ‘espelho’ mais acessível a nós, por aqui, está nas mães! Se são elas insubstituíveis aqui na terra, quanto mais Deus e Seu Filho Amado, na eternidade!!!

Uma significativa mensagem musical, prá encerrar. Ministro da Palavra de Deus por quase 50 anos, foram mais de 500 os hinos por compostos pelo mesmo autor. Neste hino, ele coloca em poesia e em harmonia musical o atributo mais impressivo de Deus – “porque Deus é amor! ”. Mais de 30 cantores ou grupos sacros gravaram este tangente hino. Dando a impressão superficial de que o amor de Deus é incondicionalmente manifesto a todos os seres humanos, é preciso que se diga que somente os que Nele – Deus, em Cristo – são redimidos é que alcançam todo o benefício sacrificial desse amor imensurável. Com essa importante ressalva, ouça o belo hino, e acompanhe a letra abaixo, se precisar. A interpretação (inglês) é do The Gaither Vocal Band. 

 

THE LOVE OF GOD (1949)
O AMOR DE DEUS
Vesphew Benthon Ellis [Vep Ellis] (1917-1988)

The Love of God has been extended to a fallen race
O Amor de Deus tem sido estendido à raça caída
Through Christ, the Saviour of all men,
Por meio de Cristo, o Salvador de todo homem, 
There’s hope in saving Grace!
Há esperança na Graça salvadora!

The Love of God is greater far
O Amor de Deus é muito maior
Than gold or silver ever could afford
Que tudo quanto o ouro ou a prata possam comprar
It reaches past the highest star
Alcança bem mais longe que a mais distante estrela
And covers all the world!
E cobre todo o mundo!
Its power is eternal, its glory is supernal
Seu poder é eterno, sua glória é superna
When all this earth shall pass away
Quando passar toda esta terra
There’ll allways be the Love of God!
Permanecerá para sempre o Amor de Deus!

It goes beneath the deepest stain
Ele vai além da mais profunda nódoa 
That sin could ever leave
Que o pecado possa deixar
Redeeming souls to live again
Redimindo vidas para viver outra vez
Who will on Christ believe! (Will believe!)
Aqueles que vierem a crer em [Jesus] Cristo!

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Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

 

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'