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N° 339 : “CONDENAÇÃO INJUSTA!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 08 de Abril de 2018

A condenação do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, num primeiro processo julgado pelo Juiz federal Sérgio Moro, chegou ao seu desfecho recente com a prisão ocorrida em São Bernardo do Campo, e seguida a Curitiba. Decretada na última Quinta-feira, 05 de Abril, deveria ter sido cumprida no dia subsequente. Uma sucessão de episódios, dentro e fora do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, adiou a prisão. Uma verdadeira procissão de apoiadores e seguidores encheu e cercou o sindicato, repetindo o refrão de que trata-se de uma condenação injusta.

“Condenação sem provas”, “prisão ilegal”, “motivada pela ânsia de encarcerar”, são algumas das palavras de ordem repetidas à exaustão. Impressiona a legião de adeptos que se expõe além do limite razoável para defender o Lula. Muitos queriam usar a força para impedir o aprisionamento de seu ícone. Esse nível de disposição chega a parecer devoção a um mártir…

Curiosamente, Lula chegou a se comparar a Jesus Cristo em algumas ocasiões. Recentemente, em Janeiro de 2018, cogitou ser ele – Lula – o alvo da maior injustiça na humanidade; mas, reconheceu que Jesus foi mais, e logo fez humorismo com a comparação. Em Março de 2017, em audiência judicial, disse que recomendou as pessoas a lerem a Bíblia, a fim de pararem de tomar seu nome (Lula) em vão… Deixou dúvidas: se ele realmente acredita que isto esteja na Bíblia, ou se acredita que ele (Lula) e Deus sejam a mesma pessoa. Em Setembro de 2016, afirmou que, em termos de inocência, aqui no Brasil, acima dele, “só Jesus Cristo”. Em 2010 disse: “Se eu pudesse destacar uma imagem das facadas que eu tomei, tirar a camisa, meu corpo estava mais estraçalhado do que o de Jesus Cristo”.

Realmente acho estas comparações curiosas (para não dizer blasfemas e grotescas). Em termos de comparação de valores, multidões se expõem por Lula; por Jesus Cristo, quando lemos os evangelhos, o que vemos é realidade cruel preconizada quase 600 anos antes pelo profeta Isaias, falando de Jesus Cristo:
“Quem creu em nossa pregação, e a quem foi revelado o braço do Senhor?” (v.1)
Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de tristeza e familiarizado com o sofrimento. Como alguém de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima” (v.3).
"Com julgamento opressivo ele foi levado” (v.8).

“…Ele foi contado entre os transgressores, pois carregou o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores” (v.12) Nota – citações da NVI.

Em suma, ficou ele só! Esta é a realidade, qualquer que seja o evangelista lido. Não houve multidões a clamar por sua inocência; pelo contrário: as multidões clamaram por cruz para ele. Não houve quem se oferecesse como escudo humano em seu favor; pelo contrário, ajudaram a bater nele… Não houve advogados se revezando, interminavelmente, por um habeas corpus em seu favor; pelo contrário, só acusadores… Nem sequer um juiz de qualquer tribunal a alçar a voz em favor dele (exceto a voz ignorada da mulher de Pilatos).  

Então, trata-se de uma estranha comparação. Como pôde acontecer que um homem verdadeiramente justo, verdadeiramente inocente, verdadeiramente santo – o próprio Filho de Deus – não contasse, no dia do seu julgamento e suplício, com, ao menos, dez por cento do número das hostes que se apresentam, hoje, em defesa do Lula? Mas, não é difícil compreender; o próprio Jesus ensina que há um julgamento de Deus sobre os homens, com as seguinte palavras: “E a causa desta condenação é: que a Luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras” (João 3.19,20, BCF). Neste caso, condenação injusta foi a de Jesus.  Aliás, nunca antes, na história deste planeta, jamais, houve condenação tão injusta quando a de Cristo. Ele, que era a verdadeira luz vinda ao mundo, foi desprezado e tratado como malfeitor…

Por outro lado, pela ótica divina, que precisa ser justa e boa ao mesmo tempo (ao contrário do que zombou John Stuart Mill, 1806-1873), sua condenação injusta foi inevitável. Inevitável porque um homem credenciado por Deus, substituto para a humanidade caída, precisava morrer naquela cruz… Deus, por sua justiça, não abriu mão disto. Mas aquela morte resolveu o meu problema diante de Deus! Talvez, até o seu: “O castigo que nos traz a paz estava sobre ele; e, pelas suas pisaduras, nós fomos sarados!” (Isaias 53.5, ARA).

Só tem uma coisa: a cena solitária do Filho de Deus, crucificado entre dois malfeitores, em completa solidão da parte de todos a quem fez tanto bem durante três anos, escandaliza… Dói… Choca… Ninguém o defendeu! Ninguém o acompanhou! Nem uma voz se levantou em favor do Justo! Preferiram, em seu lugar, para anistia popular, um fascínora, já conhecido pelo nome de Barrabás…

Lulistas, que consideram injusta a condenação e a prisão de seu líder, se amotinam, se expoõem, e correm até o risco de ser presos por ele… Os discípulos de Cristo, naquele dia, mesmo entendendo quão verdadeiramente injusta foi sua condenação, correram dele… E muitos, ainda hoje, correm… Que mundo!

Deixo, por fim, mensagem cantada de poucos anos atrás… 

"NINGUÉM O QUIS"  (Vencedores por Cristo)

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 100 :” הושענא “

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 24 de Março de 2013

Não estranhe: a palavra que dá título à mensagem de hoje não resultou de um defeito do meu teclado… Nem de vírus… 
São, simplesmente, caracteres hebraicos. Nas ignotas letras (para muitos de nós) daquele antiquíssimo idioma semita, esta palavra é "Hoshana", ou simplesmente "Hosana". Mas, se você quiser ler de novo, tem que ser da direita para a esquerda, como lhe é próprio (ao contrário das nossas línguas ocidentais). 
E o seu signifcado? "Hosana " significa "Oh! Salva-nos, Senhor!". 
Foi a expressão da saudação dos judeus, uma semana antes da Páscoa (como hoje se celebra), quando Jesus Cristo entrou na cidade de Jerusalém, na semana que seria crucificado e, depois, ressurreto. E entrou sobre o lombo de um humilde jumentinho. 
A palavra foi extraída de  um salmo, chamado messiânico:
"Oh! Salva-nos, Senhor!  [Hosana]; nós imploramos. Faze-nos prosperar, Senhor! Nós suplicamos. Bendito é o que vem em nome do Senhor. Da casa do Senhor nós os abençoamos. O Senhor é Deus, fez resplandecer sobre nós a sua luz. Juntem-se ao cortejo festivo, levando ramos até as pontas do altar." (Salmos 118:25-27, NVI; Salmo 117, na versão católica). 
Portanto, uma saudação própria para quem foi coroado pelo Todo-Poderoso, Criador de todas as coisas e Redentor de Seus amados, como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores (Apocalipse 19.16). 

Há um imperativo, um vocativo interessante na parte final deste trecho do salmo – vejamo-lo em diferentes versões :
– "Organizai uma festa com profusão de coroas. E cheguem até os ângulos do altar " (BCF – Bíblia Católica de Figueiredo)
– " Atai o sacrifício {da festa}) com cordas, até às pontas do altar " (ACRF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel)
– " Adornai a festa com ramos, até à ponta do altar  " (ARA – Almeida Revista e Atualizada) 
Que pode nos significar isto, hoje? E, pode?  Pode!
Quando os judeus celebravam o Sucot ( a Festa dos Tabernáculos, ou Festa das Colheitas), lembravam seus 40 anos de peregrinação no deserto. 
Colhiam ramos de diferentes espécies, estendiam pelo seu caminho rumo a Jerusalém; também usavam ramos maiores, e construíam pequenas cabanas provisórias para o trajeto. Aquele trajeto tinha ponto final no tabernáculo, ou então o próprio templo de Jerusalém, quando este suplantou o tabernáculo provisório da peregrinação. 

Isto tudo era um ritual rico de significado relacionado ao futuro. Havia promessas envolvidas; promessas com significado mais amplo e válido ainda hoje. Não há mais peregrinação no deserto, não há mais templo em Jerusalém, o exílio egípcio ficou para trás, 3500 anos atrás.Resta o significado futuro, e esse "futuro" teve um marco exponencial naquele dia, em que Jesus entrou em Jerusalém, enquanto cantava-se "Hosana" em variados coros. O imperativo diz – celebrem e festejem com ramos, trazendo uma profusão de coroas. Coroas para quem é Rei. E estendam os festejos até à quina do altar.  No altar, há sacrifício, há morte, há sangue. Cinco dias depois daquele primeiro "Domingo de Ramos", o altar recebeu o maior sacrifício; derramou-se o sangue do Rei, dias antes saudado com um "bendito o que vem em nome do Senhor!". Que contraste. Que mudança. Certamente muitos dos que clamaram com ramos e palmas pelo caminho a Jerusalém, estavam entre a multidão que, induzida pelos próprios sacerdotes do altar, gritava ante Pôncio Pilatos – "Crucifica-o! Crucifica-o!" (Marcos 15.13,14). 

Duas expressões diferentes, provavelmente pelas mesmas bocas, no espaço de apenas cinco dias:
Num primeiro momento – "Hosana – Oh! Salva-nos, Senhor!"; num segundo momento – "Crucifica-o! ". 

A segunda expressão ficou no passado. O Filho de Deus não morre mais – no próximo Domingo lembraremos que ele ressuscitou, de uma vez por todas – venceu a morte!
A primeira expressão permanece. O apóstolo anunciou que, após ressurreto, tendo subido ao céu, ele foi entronizado, momento em que derramou o Espírito no Pentecostes:
"De sorte que, exaltado à destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis. " (Atos 2.33, ACRF). 
A proclamação se relaciona ao Salmo 2 e ao Salmo 110, que apontam para Ele, exclusivamente para Ele, as prerrogativas da realeza universal que há de triunfar em breve, cabalmente. Naquele triunfo vindouro, Ele há de partilhar frutos da Sua coroação, dotes reais de fato, com todos aqueles que já são participantes da Promessa.  Neste caso, proclamar hoje (especialmente no dia de hoje) – "Hosana! Oh! Salva-nos, Senhor!" é um ato que adquire duas dimensões:
Recorrer a Ele, somente a Ele, para a salvação do Juízo vindouro…
Contar com Ele, somente com Ele, quando as adversidades do caminho parecem superar as nossas forças. 
Os antigos moravianos tinham um lema em latim, apontando para o Agnus Dei :  "Vicit Agnus Noster; Eum Sequamur!"
Traduzindo: "O Nosso Cordeiro triunfou;  sigâmo-lo!". 

É tempo de aumentar as fileiras daqueles que proclamam – Hosana!
É tempo de cultivar maior confiança diária no vitorioso Agnus Dei !
É tempo de acalentar a esperança na promessa de que a Sua vitória será a nossa vitória. 
É tempo de abandonar a atiutude de abandono em relação ao Cordeiro de Deus. 
Nosso "deserto de quarenta anos", metaforicamente falando, analogicamente falando, ainda está em curso.
O "cativeiro" já ficou para trás, também…
Estamos andando, peregrinando rumo ao santuário celeste… Eis as nossas 'cabanas de palha' pelo caminho… 
Palmas e ramos nas mãos, saímos ao encontro do Agnus Dei, o Cordeiro-que-foi-morto-mas-que-venceu-e-vencerá…  
Hosana!   (Pena que ainda haja muitos a andar com a multidão que o crucificou). 
VICIT AGNUS NOSTER ! EUM SEQUAMUR !!!

Pra terminar, deixo-te na particularidade de sua audição duas belas e tocantes mensagens dos dias iniciais da década de Setenta; vêm lá do fundo do baú. 
Canta o grupo Vencedores por Cristo ("Recordar é viver…"). 
Ouça na ordem que a mensagem de hoje sugere…

HOSANA + 
NOBODY CARED (1969)

Ninguém o Quis
Jack Hayford (1934… )

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Boa semana, Feliz e abençoada Páscoa, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional