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N° 81 : “QUEM ESTÁ NO LEME?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 11 de Novembro de 2012

A maior nação do mundo acaba de reeleger seu presidente. Barak Obama terá mais quatro anos para ir implementando, seja o que lhe vem da cabeça à cabeça, seja o que lhe sugerem seus 'conselheiros'. Não pretendo, com o recurso que uso para introduzir esta singela mensagem, manifestar inclinação a favor de um em detrimento de outro, entre os candidatos que concorreram à eleição norteamericana. Primeiro, porque não sou eleitor de lá; segundo, porque não é política a motivação da minha mensagem.

Mas, já que ele está eleito, vem à minha lembrança uma frase sua recente em campanha: "os americanos  estarão escolhendo, não um candidato, mas uma geração! ". 
Ora, esta frase da campanha de 2012 me faz lembrar um famoso discurso de Obama na campanha de 2008. 
Se vc quiser vê-lo numa razoável porção, clique (Aqui

Algumas de suas 'eloquentes' declarações ali são de deixar cristãos estupefactos. No entanto, aparentemente, cristãos da América de hoje (a terra a eles legada por herança pelos "Pilgrim Fathers", os "Pais Peregrinos" do passado)  tanto apreciam seu herói falastrão, que o reconduziram; e ele estava discursando numa igreja, onde parece ter pretendido dar uma aula de interpretação contemporânea da Bíblia. 

Embora chegando ele a algumas proposições aparentemente positivas, que afirmações impactantes destaco daquele discurso, em contraste?

Por exemplo, sua retórica que parece induzir a nação à ilusão de que seguir a Bíblia é um corredor sem portas de acesso; ou, para ser mais preciso na comparação, onde todas as portas de acesso são puro 'retro-acesso'. 

Por exemplo, a declaração de que escolher seguir o "Sermão da Montanha" (Mateus 5 a 7) é uma escolha inconveniente, porque, segundo julga Obama, a passagem é tão radical, "que é de se duvidar de que o nosso próprio Departamento de Defesa sobreviveria à sua aplicação". Se voce assistir ao vídeo, vai perceber que o artifício surtiu o efeito desejado por muitos oradores, quando o usam – arrancou risos dos ouvintes.

Por exemplo ainda, o desdém da inerrância da Escritura (sabe-se lá o que ele realmente entende sob esse conceito?), pelo qual aduz  – "numa sociedade pluralista, nós não temos escolha", para insinuar que fundamentação bíblica é inconsequente e nada moderno.  

Outro desdém, usado para insinuar a impossibilidade de aplicar princípios 'religiosos' à vida da nação: "Se Deus falou, então espera-se que seus seguidores vivam de acordo com os éditos, a despeito das consequências…".  Pelo que entendi, ele acha isto impossível, hoje.

Por conseguinte, se fôssemos cidadãos norteamericanos, diríamos, talvez com indiferença : 'Então, vamos para mais quatro anos, e seja o que Deus quiser! '. Ou, talvez, estivéssemos deplorando esta reeleição (conjecturando – 'cuidado, Obama está no leme!''); ou, talvez, celebrando… (e festejando – 'que bom! Obama está no leme! ').

Afinal, quem está no leme de uma nação? Será Barak Obama, nos Estados Unidos? Será a Dilma Roussef, no Brasil? Será Hugo Chaves, na Venezuela? Será Cristina, na Argentina? Será Evo Morales, na Bolívia? Ângela, na Alemanha? Quem, afinal?

Eu me arrisco dizer: podem estar esses personagens temporários no comando das nações, mas quem as governa, e governa seus destinos, desde muito antes de eles assumirem seus, digamos, 'mandatos', é Aquele que está por sobre todos. Aliás, a Ele mesmo devem seus mandatos, antes que a seus eleitores.

Veja, por exemplo, o que disse 'inerrantemente', o Deus de todo o Universo, pela pena do mais sábio de todos os governantes de todos os tempos:

"Por meu intermédio, reinam os reis e os príncipes decretam justiça. Por meu intermédio, governam os príncipes, os nobres e todos os juízes da terra " (Provérbios 8.15,16 – ARA).

E diz mais:

"Como ribeiros de águas, assim é o coração do rei [e do presidente, e do primeiro-ministro, e do cacique…] na mão do Senhor; este, segundo o Seu querer, o inclina" (Provérbios 21.1 – ARA).

Então, que não se enganem estes governantes, e que não se enganem os seus súditos: por uma maneira secretamente alheia à minha compreensão, ainda que as vontades e as determinações dos seres humanos participem do conselho de Deus no tocante às nações (e à própria vida), é Ele que tem o leme nas mãos.

Faço a você, que me lê, um convite (uma apelo, até): leia a porção bíblica de Jeremias 29, especialmente a porção dos versos 15 a 20. Ela fala sobre o que Deus fala a um rei que se assenta no trono. Há uma série de atos que Deus traz sobre aquela sua nação, por conduto de outra nação, de outro governante. Mas a chave está no verso 19:

"…porque não deram ouvidos às minhas Palavras, diz o Senhor, com as quais, começando de madrugada, lhes enviei os meus servos, os profetas; mas vós não os escutastes, diz o Senhor." (Jeremias 29.19 – ARA)

"Madrugada", nesta passagem, não me parece uma referência à fração do dia literal; antes, parece-me uma indicação simbólica do tempo de sua história, de sua existência.

Deus mandou, àquela nação, desde ainda muito, muito cedo em sua existência, a Sua Palavra, e eles não lhe deram ouvidos. E isso durou muito tempo assim.

Assim como Deus tem mandado, em nossa própria existência, desde ainda cedo (apara alguns de nós, muito cedo, como a madrugada) o conselho e a admoestação da Sua Palavra; mas cada um de nós sabe se tem a ela dado ouvidos, e quanto "por cento" tem dado, e por quanto tempo o tem …

Uma coisa me parece certa, duas, no mínimo: Deus é quem está no leme da grande nação norteamericana, assim como é Ele quem está no leme das demais nações; e, enquanto no leme, Sua voz profética ecoa, pelas páginas escritas da Sua rica Palavra. Penso que posso usar a seguinte figura: O rumo para o qual há de apontar o leme de alguma maneira (ainda que secreta, insondável, inescrutável, como diz Romanos 11.33), e em algum grau, há de interagir com a percepção que Ele tem, de quão receptível é a sua voz, enquanto no leme.  Também está Ele no leme da nossa vida: o rumo em que Ele a dirige (por meios que me são secretos e insondáveis) depende, em algum grau, de quanto Sua Palavra – 'nada inerrante, e talvez nada autoritativa', como desdenhou Obama – é prezada e atendida.   

Se você tem dúvidas, faça uma simples pesquisa: Verifique em quantas passagens bíblicas, a partir de quando Deus introduziu a descendência de Abraão em Canaã, Ele mesmo convoca os que lhe ouvem a voz a ouvirem e seguirem também seus ensinamentos e prescrições. Você vai gastar um bom tempo pesquisando, porque são muitas as passagens. Eles estão presentes em toda a Bíblia. Aparentemente, para Obama, há tanto de radical nisto, sendo arriscado governar pelo que o Conselho de Deus preceitua.  

Então, fica assim:
Enquanto muitos ficam (insensatamente) pensando que estão sozinhos com a mão no leme – seja no governo de uma nação, ou de uma cidade, ou de uma igreja, ou de uma instituição, ou de uma empresa, ou de uma família, ou da própria existência, achando que o destino daquilo que é dirigido pelo seu metafórico leme está singularmente em suas mãos, Aquele que de fato dirige e governa, continua conclamando: "Se quiserdes, e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra; mas, se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada; porque a boca do Senhor o disse" (Isaias 1.19,20 – ARA).

Eu não estou tentando afirmar que todas as adversidades pelas quais passamos são consequências da "espada do Senhor" (longe de mim esta teologia "cataclísmica").

Mas nem por isto é sensato olvidar a sua advertência – é Ele quem está no leme, e Ele fala enquanto timoneia! Fala pela Sua Palavra, enquanto governa.

Aliás, vem à minha mente aquela figura do briquedinho do parque: o carrinho que tem lugar para a criança, com um volante de ficção, enquanto que o volante verdadeiro está na mão do seu pai. A criança vira o seu 'volante' prá lá, vira prá cá, 'crente' que está dirigindo o rumo para onde vai. Mas, quem realmente o dirige, é seu pai.

Assim entre nós e o nosso Deus, com alguma distinção, por causa do relativo grau de verdadeira participação. Brincamos de dirigir o nosso planeta (viu, srs humanos?), a nossa nação (viu, srs e sras presidentes?), a nossa cidade (viu, srs e sras prefeitos?), a nossa igreja ou instituição (viu, srs pastores e líderes eclesiásticos?), a nossa  empresa e negócios (viu, srs empresários e empreendedores?), os nossos pacientes (viu, srs médicos), nossos patrocinados (viu, srs advogados?), a nossa família (viu, srs pais), a nossa própria vida (viu, srs leitores?)… 

Esquecendo-nos de quem realmente dirige cada um dos nossos empreendimentos e vidas, esquecemos-nos também com frequência de a Ele recorrer, com ouvido atento e submisso à Sua Palavra monárquica.  

Misericórdia, Senhor!  Misericórdia, sobre nosso planeta, sobre nossa nação, nossa cidade, nossa igreja, nosso negócio, nossos pacientes, nossos patrocinados, nossas famílias e… nossas vidas!

A mensagem musical de hoje foi composta sob o espírito do que a mensagem acima evoca.

Seu autor compôs sua poesia a partir de uma reverberação profunda e 'incômoda' que a reflexão sobre a Palavra de Deus produziu  sobre ele, certa noite do ano de 1974.

A passagem era a sequência de Isaias 52 e 53. Num capítulo, impressionou-lhe profundamente a proclamação de que são formosos os pés dos que anunciam as boas-novas; no outro, porém, impressionou-lhe o registro introdutório da profecia messiânica – "quem creu em nossa pregação? "

Assim, percebeu ele que, a despeito de ser formosa a mensagem, e serem "formosos os pés dos que a anunciam", o desdém e o descaso pela Palavra de Deus são tão notórios quanto o foram nos dias do cumprimento primário da profecia. A despeito disso, resolveu o autor ecoar repetidamente, no refrão, a declaração suprema – O nosso Deus está reinando! Em 1978, o autor acrescentou mais alguns versos, e o hino passou a ser incluído em vários hinários, inclusive o Psalter Hymnal, de Dale Grotenhuis.

A despeito das palmas do recinto domiciliar do grupo, aqui vai, na terna voz de Bob Cain (1939-2000).

Obs.: Falando em "incômoda", me lembrei do meu velho e falecido professor : "É função da Palavra de Deus confortar os incomodados, e incomodar os acomodados!".

OUR GOD REIGNS! (1974)
Nosso Deus Reina!
Leonard E. Smith, Jr (1942-   ) 

How lovely on the mountains are the feet
Quão formosos, sobre os montes, são os pés
Who bring news, good news…
Que trazem novas, boas-novas…
Announcing peace, proclaiming news of happiness:
Anunciando paz, proclamando novas de alegria:
Our God reigns, our God reigns! 
Nosso Deus reina, nosso Deus reina!

Our God reigns! (4x)
Nosso Deus reina!

Out from the tomb He came with grace and majesty;
Erguido de sua tumba, Ele veio com graça e majestade;
He is alive, Oh! Yeah, He is alive.

Ele está vivo, Oh, sim, Ele está vivo!
God loves us so, see here His hands, His feet, His side

Deus de tal forma nos ama, vê aqui Suas mãos, Seus pés, Seu lado [disse a Tomé] 
Yes, we know :  He is alive!

Sim, sabemos : Ele está vivo!

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional