Agora no portal:

Nº 317 : “ESSA GENTE INCÔMODA”

O BEM & O MAL, A CADA DIA – Nº 317
Domingo, 08 de Outubro de 2017

Nesta semana que se encerra, um cidadão rotulado de jornalista (J. R. Guzzo), há muito pertencente aos quadros de uma revista de circulação nacional (Veja), publicou nela um artigo vespeiro: Essa Gente Incômoda”. Ele se referiu, no artigo, ao contingente evangélico brasileiro, tido por um terço da população nacional.

Em suas palavras há inocultável cizânia. Por exemplo, entre suas ‘pérolas”:
– “…as nossas classes mais altas, que também se consideram as mais civilizadas, sentem tanto desprezo, irritação e antipatia pela religião que mais cresce no país”.
– “Esse povo, em grande parte do “tipo moreno”, ou “brasileiro”, vem sendo visto com horror crescente pela gente bem do Brasil. Sabe-se quem são: os mais ricos, mais instruídos, mais viajados, mais capacitados a discutir política, cultura e temas nacionais”.

Esse escritor assume um discurso impessoal, com uso da voz passiva, aparentemente para defender ideias suas sem dizer que são suas. Isto é perceptível, ao atribuir todas as críticas contra evangélicos a esse sujeito oculto, porém identificado com “esclarecidos, liberais, intelectuais, modernos, politizados, sofisticados e portadores de diversas outras virtudes”.

Segundo ele, o “Brasil de ‘primeiro mundo” deplora as posições dos evangélicos “em matéria de família, sexo, crime, polícia, drogas, educação, moral, propriedade privada e mais umas trezentas outras coisas”… porque “são ali vistos como retrógrados, reacionários, repressores, fascistas e inimigos da democracia. Já foram condenados como machistas, homofóbicos e fanáticos. Defendem a “cura gay”. São a ‘extrema direita’. Estão definitivamente fora do “campo progressista”.

Convenhamos: J. R. Guzzo só não compartilha dessas opiniões se não for – ele mesmo – pretenso portador dos adjetivos que usou: de “primeiro mundo”, intelectual, progressista, etc… Destarte, é bastante previsível que ele próprio esteja entre os que lamentam o crescimento da bancada evangélica no Congresso Nacional, em decorrência de aumentar a população evangélica.

Como evangélico, não sei se “moreno”, certamente brasileiro, eu teria tudo para sentir constrangimento de ser evangélico no meio dos outros dois terços do povo desta nação, ao qual J. R. Guzzo escreve. Sei que, de fato, há muitos evangélicos (inclusive pastores, entre eles os falsos pastores e falsos cristãos) que envergonham o  cristianismo (e ao próprio Cristo). No entanto, se esses ‘evangélicos’ que envergonham a Cristo forem “progressistas” no que tange à família, ao sexo, à educação, à nova cultura de gênero, se forem interessados em ajudar os que querem abandonar as práticas homossexuais, provavelmente não estarão debaixo da crítica de Guzzo.

Mas, confesso: constrangimento “zero”! Nenhum! Pelo contrário: nos tempos em que estamos vivendo, glória seria tornar-me alvo, por razões semelhantes, daqueles cristãos que, na companhia do Apóstolo Paulo, foram alvo de crítica parecida. Paulo e Silas chegaram a Tessalônica, cidade da Macedônia, e alguns judeus pouco nobres alvoroçaram a cidade e as autoridades, atiçando ira contra os cristãos, exclamando: “Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui!” (Atos 17.6, ARA).

Imagina! Paulo, Silas, e outros cristãos, foram considerados “gente incômoda” em Tessalônica, porque estavam transtornando o mundo, no bom sentido. Sua mensagem, sua conduta, seu ministério transformador de vidas, retirando corpos da sarjeta e da escravidão, retirando almas do inferno e das garras de Satanás, incomodava. Se for assim, bom será “incomodar”…

Que gente incômoda: se preocupa com a integridade da família, se preocupa com o crescimento moralmente saudável das crianças, repudia a imoralidade, socorre infelizes e desvalidos sem esperar subsídios do governo, paga com honestidade seus impostos e ainda entrega seus dízimos e ofertas, porque seu líder maior ordenou –dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Marcos 12.17, ARC).

E mais – para você, que é “gente incômoda” como eu: é bom lembrar a admoestação consoladora do Apóstolo Pedro: “Se vocês são insultados por causa do nome de Cristo, felizes são vocês, pois o Espírito da glória, o Espírito de Deus, repousa sobre vocês. Se algum de vocês sofre, que não seja como assassino, ladrão, criminoso ou como quem se intromete em negócios alheios.
Contudo, se sofre como cristão, não se envergonhe, mas glorifique a Deus por meio desse nome”
 (I Pedro 4.17, NVI).

Assim, exclamo também: Ah! Essa gente incômoda!…

A mensagem musical de hoje é da família Wyrtzen. Como toda a família, foi fortíssima a influência de uma vida apaixonada pelo evangelho que recebeu. Também é "gente incômoda". Abaixo da transcrição da letra (traduzida), nosso  AudioPlayer Online…

TO BE WHAT YOU WANT ME TO BE, DEAR LORD (2003)
PARA SER O QUE QUERES QUE EU SEJA, QUERIDO SENHOR
Christine Wyrtzen (1954-…)

To be what you want me to be, dear Lord
Para ser o que queres que eu seja, querido Senhor
I'll live for eternity
Viverei pela eternidade
To be more like your Son, dear Lord
Para ser mais como Teu Filho, querido Senhor
I've only just begun
Eu apenas tenho começado
To be what you want me to be, dear Lord
Para ser o que queres que eu seja, querido Senhor
I'll live for eternity
Viverei pela eternidade
To be more like your Son, dear Lord
Para ser mais como Teu Filho, querido Senhor
Until the race is won…
Até que a jornada seja vencida…

Have your own way, Lord, have your own way
Faça-se a Tua vontade, Senhor, faça-se…
You are the potter, I am the clay
Tu és o oleiro, eu sou o barro
Mold me and make me after your will
Molda-me e faze-me conforme Tua vontade
While I am waiting, yielded and still.
Enquanto espero, rendido e submisso.

To be what you want me to be, dear Lord
Para ser o que queres que eu seja, querido Senhor
I'll live so the world can see
Viverei de modo que o mundo possa ver
The image of your Son, dear Lord
A imagem do Teu Filho, querido Senhor

Unite our hearts as one
Una nossos corações, com um só
To be what you want me to be, dear Lord
Para ser o que queres que eu seja, querido Senhor
I'll live for eternity
Viverei pela eternidade
To be more like your Son, dear Lord
Para ser mais como Teu Filho, querido Senhor
Until the race is won…
Até que a jornada seja vencida…

Lord, have your own way!
Senhor, faça-se a Tua vontade!

AUDIO PLAYER ONLINE (Controle de Volume à direita)

Até à próxima… (Tg 4.15)
Ulisses
 

NOTAS (versões bíblicas):
ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel
ARA – Almeida Revista e Atualizada
ARC – Almeida Revista e Corrigida
BCF – Verão do Padre Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional