Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 13 de Março de 2016
Esta é a pergunta: para quem iremos? Uma variante oportuna seria – para onde iremos? Não me refiro à grave crise que o país vive, crise esta tanto política, quanto econômica, quanto, principalmente, ética. Como se vê, essa crise é capaz de mobilizar milhares, milhões nas ruas. Refiro-me a situações vividas como a do casal que conheço… Que luta! É quando a enfermidade assola, quando os problemas se avultam, quando a esperança de que o dia seguinte trará alívio é suplantada pela constatação de que ficou pior…
Entreolharam-se e, um para outro, como que a se perguntarem mutuamente – quem nos socorrerá? No déficit de cada um, quanto a condições de enfrentar a luta que se mostrou, ainda há quem mais deles dependa… Como vai ser? Parece o cenário no qual nada falta para vir, de novo, a interrogação? Para quem iremos?
A ocasião mais marcante em que esta indagação foi lançada já conta milhares de anos. Estava o Mestre Jesus ensinando, um dia depois de efetuar um magnífico milagre: alimentar uma multidão de mais de cinco mil pessoas, tendo em mãos apenas cinco pães e dois peixes. No dia seguinte, de novo estava a multidão em volta dele. Jesus falou algumas verdades, sem dar-lhes pães ou peixes, de tal feita. Acusou-lhes o espírito interesseiro, novamente em busca de alimento, mas não do “pão da vida”; cobrou-lhes a fé nEle mesmo; comparou-os aos ancestrais incrédulos, dos dias de Moisés, que, mesmo tendo recebido diário maná do céu, foram duros de coração; ofereceu-se, Ele próprio, sob a metáfora de sua carne e seu sangue, para que eles dEle se alimentassem…
A esta altura, minguava o número de ouvintes em Sua presença. Jesus arrematou, dizendo que nenhum deles o procuraria de verdade e sinceridade, se não fosse compelido pelo Pai Celestial. Ao ver a quantidade de gente a retirar-se, Jesus ainda se vira aos seus discípulos mais próximos, e questiona: “Quereis vós outros também retirar-vos?” (João 6.67, BCF). E um deles, Pedro, diz: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna” (v. 68).
Para quem iremos, quando vem a enfermidade? Para quem iremos, quando falta o emprego? Para quem iremos, quando a luta é mais severa do que pensamos suportar? Para quem iremos, quando o desapontamento vem de onde jamais esperaríamos? Para quem iremos quando a língua alheia nos fere o coração, ou espalha setas envenenadas que nos atingem? Para quem iremos, quando o caos se instala no governo civil, a corrupção campeia, a desordem se avulta? Para quem iremos, quando a ingratidão dói profundamente?
Continua valendo a mesma verdade proferida por Pedro, o apóstolo: só há um que tem (e detém) as palavras de vida eterna, capazes de curar (ou, suprir consolo), dar vitória (ou, força para enfrentar), dissipar a decepção (ou, ajudar a superá-la), conter a difamação injusta (ou, ajudar a suportar), realimentar a esperança em dias melhores (ou, fortalecer para piores), fechar feridas insistentes (ou, unta-las com seu bálsamo)… É Jesus! Somente Jesus! Sempre Jesus!
Em 1940, um cristão do Mississipi, apaixonado pela pregação e pela música evangelísticos, se encontrou com um amigo e vizinho; este estava gravemente enfermo, próximo da partida para a jornada eterna. Procurando ser objetivo, mas sem perder o tato, VCoats perguntou a Joe Keyes se ele já tinha certeza de onde passaria a eternidade. Keyes a ele respondeu com uma pergunta: Onde poderia eu ir, se não fosse para o Senhor? Coats logo se lembrou de Pedro com Jesus, e compôs um belo hino. Elvis Presley o cantou, certa vez, com sua peculiar carga de emoção… Eis, para hoje, o hino. Após a transcrição da letra, nosso audio player online, para ouvir…
WHERE COULD I GO, BUT TO THE LORD? (1940)
PARA ONDE IRIA EU, SENÃO PARA O SENHOR?
James Buchanan Coats (1901-1961)
Living bellow, in this old sinful world
Vivendo cá embaixo, neste velho mundo pecaminoso
Hardly a comfort can afford
Quão difícil que nos proporcione consolo
Striving alone to face temptation sore
Lutando sozinho para enfrentar duras tentações
[Brother, let me tell you]
[Irmão, quero te dizer]
Where could I go, but to the Lord?
Para onde iria eu, senão para o Senhor?
Where could I go, oh where could I go?
Para onde iria eu, para onde iria eu?
Seeking the refuge for my soul
À procura de refúgio para minh’alma
Needing a friend to help me in the end
Carente de um amigo para, enfim, ajudar-me
[Brother, won’t you tell me]
[Irmão, você não vai me dizer]
Where could I go but to the Lord?
Para onde iria eu, senão para o Senhor?
Neighbors are kind, I love them everyone
Próximos são gentis, eu amo cada um
We get along in sweet accord
Nós encontramos terna concordância
But, when my soul needs manna from above
Mas, quando minha alma precisa do maná lá de cima
[Brother, won’t you tell me]
[Irmão, você não vai me dizer]
Where could I go but to the Lord?
Para onde iria eu, senão para o Senhor?
Life here is grand with friends I love so dear
A vida aqui é agradável com amigos que tanto amo
Comfort I get from God's own Word
Eu encontro consolo na própria Palavra de Deus
But, when I face this chilling hand of death
Mas, quando me defronto com a arrepiante mão da morte
[Brother, won’t you tell me]
[Irmão, você não vai me dizer]
Where could I go but to the Lord?
Para onde iria eu, senão para o Senhor?
AudioPlayer online (controle de volume à direita)
Até à próxima, se Deus quiser (Tg 4.15)
NOTAS (versões bíblicas):
ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana
ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil
BCF – Versão Católica do Pe. Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional