Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 05 de Julho de 2015
O grupo musical britânico “The Beatles” foi formado em 1960; contudo, foi em 1962 que sua formação definitiva – John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr – começou a alcançar o sucesso que alcançou. Quatro anos depois, a aclamação do grupo já era mundial. Em agosto de
A parte que mais repercutiu da entrevista de Lennon diz respeito a um vaticínio e a uma auto-avaliação por ele feitos. Segue,ipsis litteris, numa pequena transcrição traduzida: “O Cristianismo vai passar; vai esvaecer e encolher. Não preciso argumentar a respeito disso; estou certo, e ficará provado que estou certo. Nós [os Beatles] somos, neste momento, mais populares do que Jesus Cristo”. Lennon estava bastante convencido de sua popularidade, junto com o grupo; até predisse o fim do cristianismo. Diz-se que ele se desculpou, depois; mas a diferença estratosférica entre a raquítica publicação das desculpas e a estrondosa repercussão da primeira declaração é inegável.
Em matéria de popularidade, dá pra se tentar uma pequena comparação entre Lennon e Jesus. Curiosamente, Jesus era avesso à auto-promoção e popularidade. Curou ele um leproso nas proximidades de Cafarnaum, e logo ordenou que este a ninguém dissesse do que se lhe tinha sucedido (Mateus 8.4); na casa de um chefe de sinagoga, ele ressuscitou sua filha morta, mas ordenou expressamente o sigilo sobre o fato (Marcos 5.43); curou ele um surdo-gago em Decápolis, sobre o que também solicitou reserva (Marcos 7.34); curou ele um cego em Betsaida, e logo o mandou para casa, evitando a população da aldeia (Marcos 8.26); também em Cafarnaum curou ele dois cegos, reclamando-lhes o silêncio a respeito de sua identidade (Mateus 9.30); multiplicou ele pães e peixes para uma multidão, e logo depois retirou-se a sós para um monte, a fim de orar; quando, pouco depois, os discípulos manifestaram seu entendimento de quem ele era (Pedro afirmou: “Tu és o Cristo de Deus” – Lucas 9.20, ARA), e ele ordenou que a ninguém dissessem tal coisa (pelo menos, até que ele morresse e ressuscitasse).
Ninguém que leia os evangelhos com isenção há de encontrar, ali, qualquer iniciativa de auto-promoção, de propaganda, de busca de popularidade, na pessoa de Jesus Cristo. Não é o que se pode dizer de John Lennon, enquanto viveu. Aliás, Jesus chegou a desafiar parte de seus ouvintes certa ocasião a abandoná-lo, como outros antes fizeram. Havia ele alimentado uma multidão, certo dia, com o milagre da multiplicação de pães e peixes; entretanto, no dia seguinte, convidava os ouvintes (figuradamente) a beber o seu sangue e a comer sua carne (nem todos entendem esse ‘convite’). E eles foram se retirando, um a um, dizendo: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (João 6.60, ACF). E Jesus, virando-se para eles, questionou: “Isto vos escandaliza?” Logo a seguir, virando-se para seus próprios discípulos próximos, isto é, os “doze”, indagou: “Vocês também não querem ir?” (João 6.67, NVI). Decididamente, estas não são maneiras de agir e falar para quem está atrás de popularidade.
Por outro lado, há uma diferença estupenda entre os propósitos de vida de Lennon e Jesus. O primeiro, ainda em 1966, conheceu Yoko Ono; esta acabou se colocando na posição entre John e sua esposa, Cynthia, levando-os ao divórcio. De
O fim do cristianismo, que Lennon ‘profetizou’, está longe de acontecer. É verdade que ocorre declínio na Europa e na América do Norte; o contrário ocorre nos demais continentes. O declínio tem relação com a secularização acomodada do Primeiro Mundo; já o crescimento nos demais continentes, mesmo sob forte perseguição a cristãos, como na África e na Ásia, indica que a fé cristã mantém sua vitalidade. Que me desculpasse John Lennon, se vivo estivesse: Jesus Cristo nunca procurou por fãs, nunca andou atrás de popularidade. O que ele proclamou, em nome do Deus Altíssimo, foi: “Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, e são esses adoradores que o Pai deseja” (João 4.23,24, BCF). Entendeu direitinho? Adoradores, não um ‘fan-clube’; adoradores, não de fantasia, de encenação, de cerimonial, de faz-de-conta, mas adoradores que o adorem em espírito e em verdade! Isso é tudo!
No ano anterior ao da declaração de Lennon, o poeta sacro compôs um hino tangente. Anos mais tarde, um dos seus maiores desafios foi tocar para que seu irmão cantasse frente ao público. O detalhe é que esse seu irmão, Danny Gaither, estava em pleno tratamento de câncer na garganta, do que viria a sucumbir pouco tempo depois. Ao ouvir a mensagem cantada, vertida para o nosso idioma (na interpretação do Quarteto Templo), você entenderá… As palavras desafiam também o prognóstico de John Lennon…
The Longer I Serve Him (1965)
QUANTO MAIS O SIRVO
William James Gaither (1936…)
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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses
Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional