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N° 204 : “IMITADORES”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 17 de Maio de 2015

Nos anos Setenta, um grande comunicador ocupava seu espaço cativo no rádio brasileiro: Hélio Ribeiro (1935-2000, cujo pseudônimo artístico escondia o verdadeiro nome: José Magnoli). Sua influência foi tão forte, que inspirou Chico Anísio na criação de um dos seus personagens – o Roberval Taylor. Seu programa, O Poder da Mensagem, era um misto de mensagens faladas e musicadas, recheadas com tiradas inteligentes do protagonista. Uma delas foi:“Quantas cópias ainda serão necessárias, até que surja um bom original?”. Fantástica; mas, para tentar interpretar o espírito do artista, uma audição fortuita era irremediavelmente insuficiente…

Essa frase que escolhi chama atenção para uma das sinas desta vida: o dualismo entre as ‘cópias’ e os ‘originais’… Não me refiro, aqui, àquelas máquinas maravilhosas que a tecnologia nos proporcionou; refiro-me à arte de ser, que oscila entre a originalidade e a imitação. A imitação pode ser ruim, mas pode também ser boa. Eu mesmo, nesta série de mensagens, tento quase em vão ser ‘algo por cento’ original, sem escapar de ser imitador. Não raro, aqui, faço-me imitador de dois Hélio’s: esse, o Ribeiro (de O Poder da Mensagem), e outro, o Schwartz Lima. Este último, hoje ainda nobre pastor na Penha, em São Paulo, décadas atrás cativava ouvintes com seu programa radiofônico em Governador Valadares – “O Bem & o Mal de Cada Dia”. Mas, confesso, sem constrangimento, que já me vi ensaiante de imitador de não raros bons exemplares, outros tantos.

Confesso mais: não teria como não sentir um certo  orgulho, caso algum dos meus ex-pupilos de muitos anos chegasse pra mim, ou  mandasse um email, ou um telefonema, dizendo de alguma boa influência imaginária que eu lhe tivesse causado… Mais do que meus pupilos, se meus próprios filhos assim dissessem… Certa feita, um dos mestres que mais profunda influência imprimiu sobre meu espírito ilustrou o fato (se é que eu venha a lembrar-me corretamente): andando ele por entre as gôndolas do supermercado, enquanto sua esposa levava as necessidades ao carrinho, inclinava-se ele, mãos para trás, olhando atentamente rótulos entre os produtos; ao virar-se para ver um dos netos que os acompanhava, que surpresa: mãos para trás, quase a mesma inclinação corporal e atitude, a olhar os rótulos das prateleiras mais baixas. Se alguém, que nasce neste mundo, disser que nunca se faz imitador, em momento algum, estará mentindo…

Por esta razão a Palavra  de Deus dá tanta importância à verificação dos modelos a imitar (ou a serem imitados). Veja, por  exemplo, esta  pequena amostra:

“Sede meus imitadores, bem como eu também o sou de Cristo” (I Coríntios 11.1, BCF).
“Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados” (Efésios 5.1, NVI).
“Irmãos, sede meus imitadores, e olhai atentamente para os que vivem segundo o exemplo que nós vos damos”  (Filipenses 3.17, ACF).

Imitar é bom, quando se imita o que é bom. Imitar a Deus, em sua plenitude, é coisa impossível; mas não existe outro referencial menor a imitar. “Sede, pois, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai Celeste” (Mateus 4.48, ARA), foi o que disse Jesus.  Coisa boa e gratificante é ouvir de alguém: você teve uma influência importante em minha vida…  A vida já está tão repleta de maus exemplos!… Que tal contribuir um pouco mais intensamente para diminuir o déficit? Que tal escolher melhor os modelos a imitar?  Que tal esforçar um pouco mais para deixar melhores legados a serem imitados, ainda que subsconscientemente?   

Na mensagem musical de hoje, trago a expressão de alma de uma cristã afro-descendente que já expressava “alma” até no nome. Sua motivação partiu dos trabalhos em favor de uma instituição de tratamento de tuberculose, tão mais temível, naquela época. A Segunda Grande Guerra Mundial estava perto de acabar. Lá em Chicago, surge a composição, que talvez passasse despercebida, não fosse um britânico ouvi-la e leva-la para Londres. Ao cantá-la, ouvia-a um grande produtor musical, que se responsabilizou por adquirir seus direitos. Depois disso, afamou-se em vozes como Martin Luther King, Jr., Doris Day, George Beverly Shea, Tennessee Ernie Ford, Mahalia Jackson e o casal Roy Rogers e Dale Evans. Aqui, vai interpretada pelo  sensível Glen Payne (1926-1999).   

IF I CAN HELP SOMEBODY (1945)
SE EU PUDER AJUDAR ALGUÉM
Alma Irene Bazel Androzzo (1912-2001) 

If I can help somebody, as I pass along
Se eu puder ajudar a alguém, à medida que vou passando  
If I can cheer somebody, with a word or song
Se eu puder alegrar a alguém, com uma palavra ou com uma canção 

If I can show somebody, as he’s travelling wrong,
Se eu puder mostrar a alguém, que esteja num caminho equivocado   

Then my living shall not be in vain!
Então meu viver não terá sido em vão!

Then my living shall not be in vain,
Então meu viver não terá sido em vão!
Then, my living shall not be in vain
Então meu viver não terá sido em vão!
If I can help somebody, as I pass along,
Se eu puder ajudar alguém, à medida que vou passando
Then my living shall not be in vain!
Então meu viver não terá sido em vão!
If I can do my duty, as a good man ought
Se eu puder cumprir o meu dever, como convém a um bom homem
If I can bring back beauty to a world that’s so wrought
Se eu puder trazer beleza a um mundo que é tão forjado
If I can spread love's message, as the Master taught
Se eu puder espalhar a mensagem de amor, tal como ensinou o  Mestre 
Then my living shall not be in vain!
Então, meu viver não terá  sido em vão

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

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