Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 26 de Março de 2015
826 bilhetes escritos em guardanapos do lanche escolar: este é o principal legado que Garth está deixando para sua filha, Emma. William Garth Callaghan (1970…), casado com Lissa, já foi diagnosticado com câncer quatro vezes, com afetação principalmente nos rins e na próstata. A primeira vez foi quando sua filha estava completando apenas doze anos de idade. Garth colocava bilhetinhos escritos no guardanapo do lanche para o almoço. Ele nem sabia se ela os lia, mas, um dia, gratamente, surpreendeu-se com a descoberta: na pressa em arrumar a lancheira, ele se esqueceu do bilhetinho; ela vasculhou, viu que não estava, e cobrou-o. Minha querida Emma lê meus bilhetinhos, foi o que percebeu. Garth chegou a considerar que os bilhetinhos de guardanapos seriam, dele para sua filha, “pequenas instruções para viver”…
O câncer alcançou primeiro o rim, com um tumor de doze centímetros; depois, ‘pulou’ para a próstata, depois voltou para os rins; depois, metástase. Um dia, o diagnóstico médico foi cruel: você tem 8 por cento de chances de sobreviver mais cinco anos. Mais cinco anos! Emma ainda não estaria com a high school (nível médio) concluída, talvez. Poucos meses antes do seu próprio diagnóstico, Garth havia perdido o pai, devido a câncer de pulmão. Antes de receber legado por ele manuscrito, por intermédio de sua mãe, Garth chegou a dizer: “Não há nada que eu não daria para ter uma mensagem ou uma carta do meu pai; mas, agora, é tarde demais!”
O primeiro bilhete de guardanapo de Garth para Emma foi em 06 de Janeiro de 2012. Como ele descobriu? Foi no dia em que sua filha lhe trouxe um livro, e abriu-o diante dele. Ali estavam, cuidadosamente colados, todos os bilhetes até então, devidamente identificados por data. Não é preciso dizer que o coração daquele pai desabou… Quando a perguntaram a Emma o que a fez organizar tudo, data por data, ela disse: “Bem, nós tínhamos acabado de enfrentar o primeiro diagnóstico de câncer e a primeira cirurgia… Não entendia bem o que estava acontecendo… Só sabia que gostaria de guardar um pedaço dele comigo”.
Dentre os bilhetes de Garth para Emma, selecionei um, com frase emprestada de Mark Twain (1835-1910); e Garth copiou, no guardanapo de almoço de Emma: “Os dois dias mais importantes de sua vida são o dia em que você nasceu, e depois, o dia em que descobriu porquê!” Tem amparo, sim, se juntarmos a esse segundo dia a atitude nele assumida. Se o dia dessa atitude decorrente for distinto, é preciso falar de três, e não de dois. Um dia, Garth Callaghan se deu conta de que poderia morrer antes de sua filha completar o nível médio de seus estudos. Então, o que fez? Antecipou-se! Começou a preparar 826 bilhetes de guardanapo, um para cada dia dos anos de estudos de Emma, até formar-se. Se ele faltasse, alguém saberia onde e como entregar os bilhetes à filha. E a história se transformou em livro, que hoje inspira muitos pais e filhos a se ligarem mais, enquanto o tempo lhes permite isto. Na sua apresentação, Garth diz: “Partilho este livro porque nenhum de nós sabe quanto tempo ainda nos resta. Sim, caminhamos num planeta com a esperança de sermos invencíveis, mas a vida nos pode ser tirada a qualquer momento. Casa, conta bancária, habilidades, profissão – nada disso importa. Tudo se resume aos relacionamento duradouros que construímos. É isso. É tudo isso!”
Então, vamos pensar juntos: depois do dia do nascimento, o outro dia mais importante da vida (Garth assumiu isso, de Mark Twain), é o dia em que você descobre porque nasceu. E eu acresço que, são dois, caso essa descoberta leve a uma atitude no mesmo dia; se a atitude ocorrer em outro dia, são três. Garth já preparou um suprimento de bilhetes para cada dia – 826 no total – até Emma formar-se na high school. Pulemos nós para um andar acima. Deus também considera que os dois dias mais importantes da vida de cada um de nós são o dia em que Ele nos trouxe à vida, e o dia em que descobrimos porque Ele a ela nos trouxe, desde que tomemos atitude, nesse dia. Se a atitude for noutro dia, são três! E mais: Deus já nos deixou muito mais que 826 bilhetes, para chegar até ao fim da existência, em plena sintonia com a verdadeira razão de viver. Há 1189 capítulos, contendo mais de 31 mil versículos, suficientes (e indispensáveis) para cada dia de vida, até que ela chegue ao seu final. Sabe o que te sugiro? à semelhança de Emma, com os bilhetes de seu pai, leia e releia cada um dos 1189 capítulos da Bíblia; guarde, não só como num livro, mas também na mente e no coração, cada ‘bilhete’ divino, como de um verdadeiro pai para um filho, até chegar o dia do reencontro com Ele.
E, lembre-se do que Paulo, pelo Espírito de Deus, disse ao seu ‘filho na fé’, (com validade bem mais ampla): “Porque desde criança você conhece as sagradas letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus.” (II Timóteo 3.15, NVI). Cristo é necessariamente presente e pertinente em tudo que se busque como resposta para a razão de viver; a Palavra de Deus é verdadeiro, suficiente e indispensável suprimento de instruções sobre o significado da vida, e a atitude necessária ante a sua descoberta. Sem reduzir minha admiração por Garth Callaghan, digo ainda: muito mais que 826 bilhetes! Se você ainda não sabia, assuma atitude logo; se você sabia, mas a tem desprezado, mude de atitude logo!
Nos anos Sessenta, um dos filhos de Urias e Eva Mae LeFevre compôs um belíssimo hino. Mal sabia ele que, quando de uma apresentação do hino em certo auditório, lá se encontrava Elvis Presley. Para sua surpresa, o famoso cantor o procurou e revelou sua intenção de gravar um disco só com hinos (veio a ser How Great Thou Art), e de incluir nele o hino que acabava de ouvir. E assim, o nosso hino de hoje entrou na coletânea de Elvis.
Voltando ao nosso compositor de hoje, seu testemunho é de que os dias da juventude lhe roubaram o calor espiritual em que foi criado; o caminho para a sequidão das drogas e da sedução existencial lhe estava escancarado. Trocou os hinos pelo rock. Em 1973, quase morreu de uma overdose de heroína; sobreviveu. Depois de um massivo ataque cardíaco em 1989, que quase levou a vida do nosso compositor, voltou-se ele inteiramente ao Seu Redentor. Hoje, é um pregador da Palavra de Deus.
Passou, então, a cantar o seu hino com um significado novo, mais brilhante. Por isto disse:
"Eu era um cristão que pouco testemunhava, pouco cultuava, mas muito me envolvia com o rock! "
A partir de então, intensificou sua agenda de pregação e testemunho, e seu hino adquiriu um novo contorno.
O sentimento pela sua vida resgatada em Cristo passou a exibir uma intensidade ainda maior que a dos dezesseis sobreviventes do "milagre dos Andes". Ouça aqui o hino, no belo arranjo de Ponder, Harp & Jennings…
WITHOUT HIM…
(SEM ELE…, 1962)
Mylon R. LeFevre (1944…)
Without Him I could do nothing…
Sem Ele eu nada poderia fazer…
Without Him I'd surely fail…
Sem Ele eu certamente falharia…
Without Him I would be drifting
Sem Ele eu vagaria
Like a ship without a sail!
Como um barco sem vela!
Jesus, my Jesus
Jesus, meu Jesus
Do you know Him today?
[Se] você o conhece hoje
You can't turn Him away!
Não há como descartá-lo!
Oh! Jesus, my Jesus
Jesus, meu Jesus
Without Him, how lost I would be!
Sem Ele, quão perdido eu estaria!
Without Him I would be dying
Sem Ele eu estaria em morte iminente
Without Him I'd be enslaved
Sem Ele eu estaria escravizado
Without Him I would be hopeless
Sem Ele não me haveria esperança
But with Jesus, thank God, I'm saved!
Mas com Jesus, graças a Deus, sou [estou] salvo!
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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses
Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional