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N° 106 : “ALGO BELO – II”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 12 de Maio de 2013

Qual data anual é a "melhor" para o comércio, em geral?    É o Natal ! 

E, depois dela ? É o Dia das Mães !
Em 1865, para promover melhorias e esperança nos lares de milhares de viúvas e órfãos da Guerra da Secessão norte-americana (1861-1865), Ann Maria Reeves Jarvis, movida por espírito cristão, lançou a campanha do Mother's Friendship Days (Dias de Amizade/Fraternidade entre/para com Mães). Em Maio de 1907, dois anos depois da sua morte, sua própria filha – Anna Jarvis, junto com amigas, lançou o memorial em homenagem a todas as mães, o que se transformou no feriado de segundo domingo de Maio. 
Sua grande tristeza, porém, foi ver quanto a exploração comercial se sobrepôs ferrenhamente ao motivo do memorial. 

Anos atrás, ao ir à floricultura de minha predileção para adquirir dois ramalhetes (era ocasião de Dia das Mães), brinquei com uma das filhas do proprietário:
– Vocês estão tendo muito trabalho pelas mães dos outros; vai sobrar tempo para a mãe de vocês?  
É o tipo de pergunta que eu não deveria ter feito… Mas, pela minha ingênua ignorância, só descobri que não devia ter feito depois de tê-la feito… 
Descobri, pela gentil resposta dela, que as três meninas (hoje todas casadas, duas já mães, e ainda dividindo com o pai a floricultura) já não tinham sua mãe viva. 
De lá prá cá, cresceu minha admiração pela maneira, sempre gentil com todas as pessoas, que as três preparam seus belos ramalhetes para mães de todos que as procuram para homenagear suas mães… Ou mesmo, como desempenham com virtude o seu trabalho, qualquer ocasião do ano… 
Cresceu também minha admiração pela convivência harmoniosa e respeito que têm pelo seu pai, desde o início do negócio…
E cresceu também essa admiração pelo fato de que, já na fase da maternidade própria, mas não mais tendo sua mãe a homenagear, nunca as vi de atitude desagradável ou sem simpatia, para com quem quer que fosse… Mesmo no dia das mães… 
E assim, Andréa, Ana Paula e Flaviana me parecem ser um daqueles casos que a vocação e a dedicação estão acima do senso meramente comercial. 
Me parecem, também, ser um caso típico a mostrar como a superação está ao alcance… 
E, estou certo de que posso dizer em acréscimo, principalmente se Deus estiver presente! Marcantemente presente!!!

Porque, Deus é assim: Ele é quem dá, a uma mulher, o dom de ser mãe;  também é Ele, quando quer (invariavelmente por motivos sábios que escapam à nossa percepção e compreensão), quem veda a algumas esse dom (certamente dando-lhe outros dons raros, em substituição). Às vezes, pode custar tempo a estas a chegada da compreensão pelo fato; em alguns casos, concluo eu, será preciso adentrar as portas do céu, à presença do próprio Todo-Poderoso, para se alcançar essa compreensão… 
Até o mais autorizado porta-voz de Deus-Pai afirmou, aos discípulos, certa circunstância :
"O que eu faço agora não podeis compreender neste momento; compreendê-lo-eis depois"(João 13.7, em tradução livre). 

É Ele também quem, após haver dado o dom, pode propiciar os dividendos apropriados da maternidade;  por tais dividendos, filhos e filhas se tornam não poucos motivos de alegria para suas mães (e, por que não dizer, também aos pais?). 
Mas, também é Ele quem pode propiciar o dom da esperança por melhores dias, quando a maternidade traz consigo "dividendos" não previamente planejados, nem desejavelmente contabilizados. Com tal dom, Ele pode possibilitar ao coração de uma mãe (e, por que não, também ao de um pai?), a cada novo dia quando renovadamente surge o sol, a confiança de que sonhos tais quais castelos que pareciam de areia, pela fragilidade de se sustentarem, possam ser restabelecidos tais quais uma "fênix" que surge das cinzas…  
É Ele quem, no meio de uma neblina tal qual atravessa noturnamente uma embarcação no oceano, ou no meio de uma espessa nuvem tal qual atravessa uma aeronave nas alturas, permite vislumbrar à frente o que as funções da íris, da pupila e da retina não permitem ver… 
O "radar" mais poderoso que existe na terra (ou no espaço, da terra lançado) não consegue garantir "cem por cento" o que se imagina à frente; mas, o de Deus pode!
É precisamente Ele, e tão-somente Ele, quem pode proporcionar com êxito, e conduzir a bom termo, uma gestação, apesar de todos os riscos e ameaças; e é Ele, tão somente Ele, quem pode plantar no coração de uma mãe o profundo sentimento de que foi Ele quem "plantou", lá no seu interior, uma sementinha de vida, ou quem dá a impressão de que divide com ela a função de cuidar, até que, algum dia, alguém no altar  'diga' em 'voz' silente, tácita – "De agora em diante, cuido eu ! ". 
E, como é difícil para uma mãe reconhecer que chegou esse dia. Simplesmente porque – fenômeno quase inexplicável – é mãe! Nada mais que isso. 
No entanto, mãe com vero sentimento de mãe se conforta, sabendo que o Criador não está debaixo da imposição desse limite, mesmo que se quebre a promessa por quem a faz; simplesmente, sussurra Ele ao coração da mãe:
– "Não se preocupe; sua função de cuidar tem um limite aqui, mas Eu continuo!  A minha função, o meu cuidado, não termina por aqui  !!!"
"E agora, eis o que diz o Senhor, aquele que te criou, Jacó, e te formou, Israel: Nada temas, pois eu te resgato, eu te chamo pelo nome, és meu.
Se tiveres de atravessar a água, estarei contigo. E os rios não te submergirão; se caminhares pelo fogo, não te queimarás, e a chama não te consumirá. Pois eu sou o Senhor, teu Deus, o Santo de Israel, teu salvador
" (Isaías 43:1-3, BCF).
Acima da tentação de tomar estas palavras pelo seu senso estritamente literal, sobretudo prevalece seu senso espiritual; mas vale para a vida por inteiro.

Há muitas histórias de vida das quais eu gostaria de saber mais; como a da Andréa, Ana Paula e Flaviana. 
Procurar compreender como, em que extensão, com que grau de compreensão e sensibilidade, Deus transformou adversidades em superação; transformou tons cinzentos em leques multicores. Não há, aqui, ilusionismo do "tudo-cor-de-rosa". Estou ciente de que ninguém está livre das  limitações, obstáculos, dificuldades e lutas que, de modo comum, esta vida impõe. Afinal, enquanto por aqui estivermos, enquanto não vier Aquele que prometeu o ato brevemente futuro
"Eis que faço novas todas as coisas !" (Apocalipse 21.5, ARA), e enquanto não cumpre o que prometeu, há muita neblina; há muita cerração; há espessas nuvens a transpor; há excessos de tons cinzas na existência. Mas, mesmo no meio da neblina, da cerração, das opulentas nuvens e do cinzento que mostra o dia, mesmo no meio do denso vapor que resta de um dilúvio, há um arco-íris legítimo, não usurpado para fins ilegítimos, um arco-íris de esperança, de que o dilúvio tem dias contados, de que a neblina e as nuvens se dissiparão, de que o cinza será revestido, de novo, de todas as cores vivas da renovação da vida. 
A dádiva da maternidade, parece-me, comporta um 'que' de confirmação desta esperança, bíblica esperança, esperança divinal. 
Por um milagre divino, dádiva celeste, um "tudo novo", um "algo belo" vai se mostrar em breve… 
E pode começar já, por aqui mesmo…
"E, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas antigas já passaram, eis que se fizeram novas" (II Coríntios 5.17, ARA).

Com um feliz Dia das Mães que deixo a todos que se deram ao trabalho de chegar até estas linhas finais, e minha palavra de homenagem a cada mãe que delas vier a tomar conhecimento, deixo também a rica mensagem do hino que escolhi para a ocasião

SOMETHING BEAUTIFUL, 1971
ALGO BELO
Bill (1938… ) & Gloria Gaither (1942…)

Something beautiful, something good
Algo belo, algo bom

All my confusion He understood
Toda a minha confusão, Ele teve compreensão

All I had to offer Him was brokeness and strife
Tudo o que eu tinha a oferecer a Ele [de mim mesmo] era ruptura e demanda  

But He made something beautiful of my life!
Mas Ele fêz algo belo da minha vida!

If there ever were dreams
Se alguma vez houve sonhos
That were lofty and noble
Que fossem sublimes e nobres

They were my dreams at the start
Eles foram meus sonhos, no começo

And my hopes for life's best
E minhas expectativas pelo melhor da vida

Were the hopes that I harbored down deep in my heart
Foram expectativas que eu abriguei no fundo do meu coração

But my dreams turned to ashes, my castles all crumbled,
Mas meus sonhos se transformaram em cinzas, meus castelos todos desabaram

My fortune turned to loss
Minha sorte se tornou em perda 

So I wrapped it all, in the rags of my life
Então eu empacotei tudo nos trapos da minha vida

And I laid it at the cross…
E depositei tudo [aos pés] da cruz…

Oh! How I Love Jesus; oh! How I Love Jesus
Oh! Como eu amo a Jesus; oh! Como eu amo a Jesus 

Oh! How I Love Jesus, because He first loved me!
Oh! Como eu amo a Jesus, porque ele primeiro me amou!

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) ! 
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional