Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 31 de Março de 2013
Será que algum de vocês, que lêem esta minha mensagem de hoje, já passou pela situação que vou contar?
Acho muito pouco provável… Mas eu verdadeiramente passei – e foi marcante ! Memorável !!!… :
Fui ao sepultamento de uma criança de apenas três anos de idade. Era 'xodó' de seus pais, de sua irmã, e de todos os demais familiares.
Antes de ela morrer, eu tinha, sob os pedidos da família, efetuado minhas intercessões a Deus, quanto ao grave quadro de súbita enfermidade pelo qual passara.
Mas, morreu – aos três de idade!
Quatro ministros da Palavra estavam ali no Moradas do Bosque, naquela tarde. Dos quatro, fui o último a receber franquia da palavra.
Falei sobre a ressurreição de Lázaro (João 11), milagre que Jesus realizou com Sua autoridade. E tinha que ter sido logo esse assunto? (Embora você não saiba o que falei, não é mesmo?…).
Logo após a minha palavra, o pastor que conduzia o ofício, orou.
Logo após essa oração, começou uma oração o próprio pai da criança, que ali estava, estendida e inerte.
Ele se debruçou sobre a pequena urna de madeira, e se debruçou em palavras entre soluços.
Mas, repentinamente, sua oração mudou de destinatário: de oração a Deus, logo começou ele a dirigir-se ao filho, 'ordenando-lhe' levantar-se daquele caixãozinho, e retomar a vida… Cena pungente; dolorosa! (Eu também já era pai, e de três, àquela altura).
Não preciso nem dizer que o pleiteado não se realizou.
Mas preciso dizer que, no dia seguinte, tive a difícil missão de conversar com aquele desapontado casal, sobre a esperança bíblica da ressurreição, e sobre a hipótese de certos 'desapontamentos' com Deus.
A Bíblia, livro da revelação de Deus aos homens, revelação essa corporalmente plenária na pessoa de Seu Filho Jesus Cristo, fala dessa esperança da ressurreição.
E em que ela está firmada?
Num fato único, supremo e supinamente significante.
Tal fato é o que reveste da maior amplitude de senso o dia que hoje boa parte do mundo observa em seu calendário.
A Páscoa carrega consigo vários elementos de tradução do seu significado:
Há o elemento histórico primário e pedagógico: foi a libertação do povo de Deus do seu cativeiro no Egito, por volta do décimo-quarto século antes de Cristo.
Há o elemento histórico cabal e salvífico: foi precisamente a miraculosa, a portentosa ressurreição de Jesus Cristo, ao terceiro dia após sua crucificação.
Há o elemento escatológico e esperável: aponta para a ressurreição final, quando Jesus Cristo voltar a este mundo, para consumar Seu Reino.
Eis o que diz a urgente comunicação divina aos homens, através da expressão de esperança de um homem que viveu (e sofreu – Ah! Como sofreu…) muitos séculos antes de Jesus vir ao mundo :
"Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra.
Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus.
Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração dentro de mim." (Jó 19.25-27, ARA).
Da sexta-feira ("paixão") ao sábado ("aleluia"), e ainda do sábado ao Domingo cedo (dia de Páscoa), todos aqueles que andaram alguns anos com o Sumo Mestre se desapontaram. Onde estava aquele que prometera, anos antes – "Destruí este santuário, e em três dias eu o reconstruirei " (Evangelho de João 2.19) ??
Mas, a esperança haveria de renascer… O Redivivo lhes restabeleceria a esperança.
Por conta dessa esperança, quem nela se firma (e afirma), não tem temor da morte.
Não teme o que ela acarreta, nem tampouco o momento em que ela pode chegar (porque chega, mesmo).
Quem pode explicar isso? Quem pode entender isso?
Que espécie de diferença radical no viver é esta, que deriva da confiança de que temos um Salvador, vivo, ressurreto, que não ficou na sepultura que lhe presentearam (presente post-mortem), mas que dela se levantou ao terceiro dia?
Que espécie de esperança é esta, que se produz em cima da confiança na promessa de que, havendo Ele ressuscitado, havendo Ele vencido a morte, também ressuscitaremos, e também venceremos a morte?
Que "loucura" (da expressão retórica de Paulo aos coríntios) é essa, que afeta alguns seres humanos, tidos por muitos dos demais como desvairados, por crerem que a vida não se limita ao presente?
Ou, ainda, por crerem que, um certo dia após a sua própria morte, Seu Redentor ressurreto virá pessoalmente ao encontro deles, todos ainda nas sepulturas, e lhes dirá como a Lázaro disse :
Ulisses, vem para fora! Fulano, vem para fora! Beltrano, vem para fora! Sicrano, vem para fora!
(Por "fulano", "beltrano" e "sicrano", é meu desejo sincero subentender o nome de cada um a quem chega esta singela mensagem…).
E, então, revestindo seus corpos putrefatos de uma nova substância corporal gloriosa, por meio da ressurreição restauradora, lhes chamará ao Seu bendito convívio eterno???
"Loucura"? "Desvario"? Pense assim, se quiser, quanto a ti.
Quanto a mim, direi como disse o apóstolo:
"… porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia." (2 Timóteo 1:12, ACRF)
"Loucura", nada! "Desvario", coisa nenhuma!
"Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus." (1 Coríntios 1:18, NVI).
"Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.
Mas não! Cristo ressuscitou dentre os mortos, como primícias dos que morreram! " (1 Coríntios 15:14, 20, BCF).
A verdadeira mensagem da Páscoa não pode ser descortinada no merchandise da Globo, nem da Band, nem do SBT, ou qualquer outra, nem nos atraentes clips da Garoto, da Nestlé, da Lacta, da Neugebauer, ou qualquer outra… Até que gosto de chocolate; mas, não é nada disso, a verdadeira Páscoa …
A verdadeira mensagem da Páscoa é: Cristo veio ao mundo, pregou mensagem de salvação, morreu na cruz para salvar, ressuscitou e venceu a morte para partilhar ressurreição e triunfo sobre a morte, deixando a promessa de que todo o que nEle crê também há de ressurgir para glorificação triunfal, no último dia.
Primeiro, Ele… Em breve, vários de nós outros (queira Deus, inclusos todos os que lêem estas toscas linhas pascais).
Ele morreu, é verdade! Mas, ressurgiu e venceu a morte.
Está vivo, sim, hoje (e sempre)! Vivo, vivo, inteiramente vivo, miraculosamente vivo, triunfantemente vivo!
Agora, a nossa mensagem musical de círculo reservado.
O compositor do nosso hino de hoje é também o de "No Serviço do Meu Rei Eu Sou Feliz", de "Não Ando Só", e muitas centenas de outros hinos.
O de hoje surgiu após um contundente desafio apologético:
Formado pelo Westminster Theological Seminary, na Pennsylvania, para ordenar-se pregador, foi ele uma certa ocasião desafiado frontalmente por um dos ouvintes de suas pregações; esse ouvinte era um jovem de família judaica…
Ante a conclamação do pregador para que os ouvintes se rendessem a Jesus Cristo, para servi-lo e adorá-lo, aquele jovem questionou-lhe ceticamente:
Por que haverei eu de adorar um judeu que está morto?
Ackley respondeu com ênfase de alma:
"Não, não : Ele vive! Te digo enfaticamente – Ele está vivo, aqui e agora. Jesus Cristo está mais vivo hoje do que nunca.
E o posso testificar, pela Bíblia, pela minha experiência, e pelo testemunho de milhares sem conta! "
Sentindo que poderia ter sido ainda mais contundente em sua resposta, permaneceu ainda certo tempo refletindo no assunto, até que compôs o hino, deixando um testemunho com música para gerações.
A qualidade da gravação não está lá muito boa – confesso… É mais um fruto de conversão de minha velha fita cassete, de quase trinta anos de idade.
Mas dá prá ouvir ainda com deleite e edificação.
HE LIVES! (1933)
Ele vive!
Alfred Henry Ackley (1887-1960)
I serve a risen Saviour,
Eu sirvo um Salvador ressurreto
He's in the world today;
Ele está hoje no mundo
I know that He is living,
Eu sei que Ele está vivo
Whatever men may say;
Não importa o que os homens possam dizer
I see His hand of mercy,
Eu percebo Sua mão de misericórdia
I hear His voice of cheer,
Eu ouço Sua voz de encorajamento,
And just the time I need Him
E logo que Dele eu preciso
He's always near.
Ele está sempre por perto.
He lives, He lives! Christ Jesus lives today!
Ele vive, Ele vive! Cristo Jesus vive hoje!
He walks with me and talks with me
Ele anda comigo, e fala comigo
Along life's 'narrow way'…
No percurso da 'estrata estreita' da vida…
He lives, He lives, salvation to impart!
Ele vive, Ele vive!, para dar a salvação
You ask me how I know He lives:
Você me pergunta como eu sei que Ele vive:
He lives within my heart.
Ele vive dentro do meu coração!
Rejoice, rejoice, O Christian,
Regozije-se, regozije-se, ó cristão
Lift up your voice and sing
Erga sua voz e cante
Eternal "hallelujahs"
Eternos "Aleluias"
To Jesus Christ, the King!
A Jesus Cristo, o Rei!
The hope of all who seek Him,
A esperança de todo aquele que por Ele busca
The help of all who find,
O socorro de todo aquele que encontra,
None other is so loving,
Nenhum outro é tão amável,
So good and kind…
Tão bom e tão gentil…
Verso não cantado :
In all the world around me
Em todo o mundo em volta de mim
I see His loving care,
Eu vejo o cuidado do Seu amor
And tho my heart grows weary
E ainda que meu coração avance fatigado
I never will despair:
Eu nunca desesperarei:
I know that He is leading
Eu sei que Ele está conduzindo
Thro' all the stormy blast,
Por meio de todos os estrondos da tempestade
The day of His appearing
O dia de sua manifestação
Will come at last…
Afinal há de chegar..
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Boa semana, Feliz e abençoada Páscoa, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses
Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional