Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 14 de Janeiro de 2018
Antes do calendário Juliano (46 a.C) e do calendário Gregoriano (século XVI), o ano era contado apenas com dez meses; mas, por conta da realidade do que se convencionou chamar de “ano solar”, a “conta nunca fechava”… Ainda no século VII antes de Cristo, já se notava uma defasagem entre a contagem do tempo e o próprio tempo, as estações, as luas…
O Imperador Júlio César (100 a.C.~44 a.C.) resolveu por decreto, atendendo aos sábios do seu tempo, grande parte do problema: resolveu instituir mais dois meses para o ano oficial, elevando o número para doze. Como homenagem a ele e a um seu sucessor, esses meses receberam seus nomes (Julho vem de Júlio; Agosto vem de Augustus, imperador que viveu entre 63 a.C. e 14 d.C). Os demais meses do ano – quase todos – têm nomes que homenageiam divindades pagãs; excetuando os dois que homenageiam os imperadores, outros quatro apenas lembram o antigo calendário: Dezembro, o último mês, era o décimo (e último); Novembro era o nono; Outubro era o oitavo, e Setembro era o sétimo. Bem! Diz a norma culta que meses do ano são grafados com inicial minúscula; eu sou rebelde, e sigo, hors concours, a outra regra, que manda grafar nomes próprios com iniciais maiúsculas.
Voltando aos meses, Junho homenageia Juno, a “deusa dos matrimônios e dos partos; Maio homenageia Maia, a deusa-mãe de Mercúrio e deusa da botânica; Abril homenageia Afrodite, a deusa do amor e da fertilidade (Abril é o mês da floração da Primavera no hemisfério norte); Março homenageia Marte, deusa da guerra e das conquistas; Fevereiro faz referência aos sacrifícios dedicados aos mortos, no festival da Februália. Chegamos a Janeiro…
Janeiro homenageia a divindade Jano. Jano (Janus, Januarius) é um deus de duas faces – uma voltada para frente, outra voltada para trás… É considerado o guardião das entradas e das saídas, o patrono dos princípios e dos começos, o despenseiro do passado e mentor do futuro…
Não vou nutrir a cultura religiosa popular da antiguidade! Mas, que Janeiro é um mês extremamente oportuno para olhar para trás e para frente, é… Pensar no passado, para pensar no futuro… Reconsiderar o que se encerrou, para considerar o que começa…
Que é, é, sim!…
Vou usar uma comparação que costumo fazer: para mim, há um livro da Bíblia que é a melhor escola moral e ética no tocante às minhas relações pessoais: eu e Deus (meu criador e meu Soberano Senhor); eu e a criação inanimada (quais os meus deveres e os meus deleites a partir dos entres da criação, como o céu, o mar, a terra, as fontes?); eu e a criação animada irracional (o que o Criador espera de mim, quanto aos seres vegetais e animais?); eu e a criação animada racional (como devo me relacionar com meus semelhantes, com meus pais, com meus filhos, e assim por diante?); eu e os bens abstratos da humanidade (como devo cultivar dotes como tempo, talentos, atributos de qualidade, etc.?…); eu e eu mesmo, diante de Deus (o que o Criador, que me criou, e me emprestou os órgãos físicos, os aparelhos – respiratório, digestivo, circulatório, reprodutivo, etc…, a saúde, o espírito, etc…, prescreve quanto a cuidar desse empréstimo?). Esse livro é o de Provérbios.
Pois bem! Janeiro, mês em que se têm a melhor oportunidade de olhar para trás e para frente, nos exige fazer essa dupla consideração, à luz de cada esfera das relações acima elencadas. Como foi meu ano passado, perante a face do meu Deus? O que isto me ensina (e demanda), quanto ao ano que entra? E quanto aos entes da criação? E quanto a meus dons, talentos? Foram bem usados? Foram consagrados ÀquEle que mos deu? E quanto ao meu uso do corpo, de suas propriedades? Honrei ao Criador, com esse uso? Como devo me portar, a partir agora, olhando para frente? Isto é próprio para Janeiro!…
“Se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus, no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Efésios 4.21-24, ARA); “…agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, que pertencem a Deus” (I Coríntios 6.20). Muito apropriado, especialmente para Janeiro…
Há um autor desconhecido, que o meio musical evangélico contemporâneo só pôde conhecer por suas iniciais. Mas, a sua poesia tem maestria. Certamente foi composta no terceiro quadrante do século XIX, mas lembra Maria, de Betânia. A música foi composta por seu contemporâneo, Asa Hull, nascido em New York em 1828, e falecido por volta da virada do século. Ouça através do nosso áudio player online a interpretação do grupo Bill Gaither and Homecoming Friends. Abaixo, sua letra, e uma pequena ajuda para os que não puderem discernir a língua original. Depis, o player, para ouvir…
SITTING AT THE FEET OF JESUS- 1970
PERMANECENDO AOS PÉS DE JESUS
J. H. T. & Asa Hull (alguma data no terceiro quadrante do séc XIX)
Sitting at the feet of Jesus,
Sentado aos pés de Jesus
Oh, what words I hear Him say!
Oh, que palavras ouço-lhe dizer
Happy place! So near, so precious…
Que feliz lugar! Tão íntimo, tão precioso…
May it find me there each day;
Que possa eu ser lá achado, a cada dia;
Sitting at the feet of Jesus,
Sentado aos pés de Jesus,
I would look upon the past,
Olharia eu para o passado,
For His love has been so gracious;
[Reconhecendo que] seu amor tem sido tão gracioso;
It has won my heart at last.
Afinal, conquistou meu coração.
Wesley Pritchard + Joy Gardner + Stephen Hill
Sitting at the feet of Jesus,
Sentado aos pés de Jesus
Where can mortal be more blest?
Onde pode, um mortal, ser mais abençoado?
There I lay my sins and sorrows,
Ali deponho meus pecados e tristezas
And, when weary, find sweet rest;
E, quando fragilizado, [ali] encontro doce descanso;
Sitting at the feet of Jesus,
Permanecendo sentado aos pés de Jesus,
There I love to weep and pray
É onde eu amo colocar-me em contrição e oração
While I from His fullness gather
Enquanto eu obtenho, de Sua plenitude,
Grace and comfort every day.
Graça e conforto a cada dia.
Bless me, O my Savior, bless me,
Abençoa-me, oh meu Salvador, abençoa-me
As I sit low at Thy feet
Ao assentar-me quedado aos teus pés
Oh, look down in love upon me,
Oh, deriva [dos céus] o teu olhar de amor sobre mim
Let me see Thy face so sweet;
Permita-me contemplar tua tão doce face
Give me, Lord, the mind of Jesus,
Dá-me, Senhor, a mente de Jesus
Keep me holy as He is;
Guardando-me santo como Ele é;
May I prove I’ve been with Jesus,
Que eu possa estar convicto de estar com Jesus
Who is all my righteousness!
O qual é toda a Justiça para mim!
(Repete-se)
Sitting at the feet of Jesus… !!!
AudioPlayer online (controle de volume à direita)
Bom Domingo, boa semana,
Ulisses
Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional