Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 06 de Novembro de 2016
“HIV”, um dos terrores contemporâneos da medicina, é sigla para “Human Immunodeficiency Vírus” (ou, Vírus da Imunodeficiência Humano); popularmente, é o vírus da AIDS. Na história que envolve o franco-canadense Gaétan Dugas (1953-1984), a ciência diz ter dado um passo à frente, absolvendo-o da culpa. Dugas, que era homossexual, era comissário de bordo da empresa aérea Air Canadá, e acusou o vírus da HIV. Em 1984, ano em que morreu, apenas aos 31 de idade, foi denominado “Paciente O” (“Paciente zero”) pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças” da Califórnia. Isto foi publicado em 1987 pelo renomado American Journal of Medicine. Com isso, por décadas ele foi tido como aquele que introduziu o vírus na América do Norte, depois de uma viagem vindo da África. O vírus se transformou em epidemia.
Recentemente, novos estudos científicos demonstraram que o vírus já havia entrado nos Estados Unidos através de cidadãos vindos do Caribe. A prestigiada revista Nature publicou a ‘descoberta’ de que a nomenclatura não significava, na verdade, “paciente zero”, e sim, “paciente O”, com a letra inicial da palavra “Outside” (ou seja, vindo de fora da Califórnia). Um pequeno engano, não? Dugas foi, depois de trinta anos de sua morte, livrado da culpa de ser o agente de inserção do terrível HIV na América. Na verdade, segundo os cientistas, ele foi um dos que inseriram, mas não o primeiro.
Enganozinho à toa! Quem não é capaz de confundir “O” com “O”? Isto é, o algarismo da nulidade com a décima-quinta letra do alfabeto? Se alguém nunca se enganou assim, que atire a primeira pedra. Em quem? Em quem confundiu, lá atrás, ora. Não estou, aqui, ‘canonizando’ a vítima; segundo ele próprio, superou a marca de 2500 parceiros sexuais na América do Norte, até a doença manifestar-se mortalmente.
Estou apenas dando mais um exemplo de como uma simples aparência enganosa pode levar a um julgamento equivocado, e esse julgamento equivocado prolongar-se por muito tempo, com danos irreparáveis. O novo estudo reivindica que o vírus HIV ‘pulou’ de primatas para humanos na África antes de 1967, quando veio a se manifestar no Caribe, chegando aos Estados Unidos na década de Setenta. Mas, somente uma letrinha, confundida com algarismo, iludiu o mundo, e demonizou uma pessoa.
Por isto, há sabedoria na sábia palavra do maior sábio: “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça” (João 7.24, ACF). No episódio em questão, a vítima de julgamento equivocado era ele mesmo, porque diziam que era enganador. Deus advertiu a Samuel que não olhasse para a aparência do primeiro rei escolhido em Israel; apesar da boa aparência, Deus o havia recusado. E acrescenta: “Porque o Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (I Samuel 16.7, ARC).
Às mulheres, o Senhor determina que se preocupem menos com a aparência exterior, e mais com a beleza interior – o que não lhes parece ser fácil (I Pedro 3.3-4). O pior é que, à medida que os tempos avançam, homens também vão caindo, cada vez mais, no mesmo erro. Assim, o “espírito de fariseu” continua se alastrando: “Ai de vós, que são como sepulcros revestidos de mármore e granito: bonitos por fora; por dentro, decomposição, mau cheiro e imundície” (Mateus 23. 27,28, em minha versão parafraseada).
Não há dúvidas: as aparências continuam enganando, como sempre enganaram. Pode ser por uma letrinha, ou por um discurso ou texto inteiro. Por elas, os julgamentos temerários, injustos, improcedentes também continuam sendo praticados. E, tal como a ocorrência acima ilustrada, podem provocar anos, décadas de estragos entre pessoas amigas, pessoas fraternas, familiares, casais, pais e filhos, etc… Talvez, estragos que se prolongam para além de uma vida, buscando reparos somente depois que ela se vai. Melhor é seguir a sabedoria divina, e combater essa tendência arrasadora, típica da natureza humana deteriorada pelo pecado que entrou no mundo. Quem o introduziu foi o “pecador zero” – Adão, juntamente com sua esposa, Eva. Mas, de lá pra cá, alastrou-se por todos os seus descendentes. Podemos tentar combater a sina… Devemos tentar!…
Minha oração: “Senhor, tu és o nosso Pai, nós somos o barro, e tu, o nosso oleiro” (Isaias 64.8, ARA); molda-me conforme tua imagem, tua justiça e tua integridade, ó Deus!
Rusty Goodman compôs, não muito tempo antes de ser levado por um câncer, com apenas aos 57 anos de idade, um hino-oração. É a oração cantada para desfecho desta mensagem. A execução pode ser acionada pelo player, após a transcrição da letra.
THE POTTER (1980)
O OLEIRO
Rusty Goodman(1933-1990)
When the Potter gathers up broken pieces
Quando o oleiro ajunta pedaços quebrados
Of a vessel He wishes to mend (thank God !)
De um pote que Ele pretende colar (graças a Deus)
He doesn’t put it back together like a puzzle, Oh, No!
Ele não os ajunta um-a-um como um quebra-cabeças, não, não
But on the Potters wheel He molds it again.
Mas ele os molda de novo na roda do Oleiro.
Lord, don’t let me see the way I used to be
Senhor, não me permita ver a trajetória que trilhei
Remove the scars that follow the pain
Remove as escaras que se seguem à dor
Wounds of my shame, bind them up in Your great Name
Feridas que são minha vergonha, domina-as em teu Excelso Nome
Cast them all into your forgetting sea !
Lança-as todas adentro em teu mar de esquecimento
Take away all the strife, all that followed a wasted life
Expurga toda discussão, todas as que procedem de uma vida desolada
Tried to build on the dust of a foolish dream
Que [apenas] tentou se construir na poeira de um sonho tolo
Just an empty space of time
Tão somente um espaço vazio no tempo
Somewhere in the corner of my mind
Em algum lugar, num dos cantos da minha mente
If all the world should recall, don’t let me see !
Se o mundo inteiro me reclamar, não me permita ver.
If I should sit among the ashes of the bridges (lembra de Jó ?)
Se eu me sentar em meio às cinzas das 'pontes'
That I’ve burned, O Lord, on my way back home to Thee
Que já foram jogadas abaixo, ó Senhor, em meu caminho de reconciliação contigo (o compositor lembra a estratégia de guerra, que dinamita pontes que ficam para trás, no caminho, impedindo o acovardado caminho de retorno – Lucas 9.62)
Don’t let me find one single thing among the ruins
Não me permita encontrar um só objeto em meio aos escombros
That could bring to my mind one memory!
Que pudesse trazer à minha lembranças [nocivas] memórias(Lamentações 3.21)
Lord, don’t let me see the way I used to be
Senhor, não me permita ver a trajetória que trilhei
Remove the scars that follow all my pain
Remove as escaras que se seguem à dor
And wounds of my shame, bind them up in Your great Name
E feridas que são minha vergonha, domina-as em teu Excelso Nome
Cast them all into your forgetting sea !
Lança-as todas adentro em teu mar de esquecimento !
Take away all the strife, all that followed a wasted life
Expurga toda discussão, todas as que procedem de uma vida desolada
Tried to build on the dust of a foolish dream
Que [apenas] tentou se construir na poeira de um sonho tolo
Down that corridor of time don't ever let them come to mind
No curso do corredor do tempo, não permita que venham à mente
And if all the world should recall, don’t let me remember them at all
E se o mundo inteiro me reclamar, não me permita trazer tudo isto à lembrança
And if all the world should recall, don’t let me see!
E se o mundo inteiro me reclamar, não me permita ver.
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Bom Domingo, boa semana,
Ulisses
Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional