Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 09 de Outubro de 2016
“Será este alguém que queiramos para presidente? Acho que não. O que me importa é o rumo deste país, e estou muito, muito preocupado que esteja caminhando na direção errada com alguém como Donald Trump. Se você se importa com seu futuro, vote por seu futuro”… Quando o premiado ator de Hollywood, Robert De Niro (Robert Anthony De Niro, Jr, 1943-…), disse estas palavras recentemente, a imprensa havia acabado de noticiar um diálogo lastimável do candidato à presidência dos Estados Unidos, ao qual se refere. Nesse diálogo, com um apresentador de mídia, Trump faz comentários desclassificados sobre mulheres, usando até palavras de baixo calão.
Certamente que De Niro estava se referindo a um futuro próximo. Embora militante publicamente declarado do partido Democrata, em seu país, o vídeo de Trump que lhe provocou ira, decepção e vergonha, provocou sentimentos idênticos até mesmo em correligionários republicanos do candidato. Por conta do que Trump disse, De Niro chegou a declarar que gostaria de esmurrar-lhe a face.
Sua advertência final me chamou atenção: “Se você se importa com seu futuro, vote por seu futuro!” Isso mesmo, Robert. Até eu diria isto. Em duas dimensões, inclusive. Na primeira dimensão, diria isto em face do exercício cívico, como cidadãos deste mundo. Reconheço, deste modo, que é um grande desserviço, não só ao próprio eleitor, mas também à sua família, à sua comunidade (pense, por exemplo, na comunidade da fé), e ao seu povo (município, estado, nação) votar motivado por fatores tais como paixão (como se política fosse como futebol); ou por aparências (sem pesquisar e conhecer os pressupostos e compromissos ideológicos que movem os candidatos e seus “programas”, sem conhecer um mínimo do seu passado ainda presente).
A segunda dimensão me parece mais urgente e preocupante. Está num futuro além daquele que me parece estar no centro da preocupação do artista. Preste atenção na forma como o apóstolo se refere ao assunto: “Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno” (II Coríntios 4.18, NVI). A primeira dimensão de futuro, a que se refere ao dia de amanhã e o que vem depois, o que entendemos ser coisa certa, interessou mais ao Robert De Niro. A segunda dimensão, isto é, a que vem depois do depois, é ainda mais importante.
“Depois do depois”, para mim, significa depois que os dias a serem aqui vividos se acabarem. Eu preciso dizer que “votar nesse futuro” é muito mais importante do que qualquer outra maneira de votar. Pena que essa realidade, para a maioria das pessoas, parece não ser lá muito interessante; por isto, não ‘dão muita bola’ para o assunto. Mas, a revelação divina diz: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo” (1Pe 1.3-5, ARA).
O futuro que corresponde ao “depois do depois” está bem perto. Para alguns, bem mais perto do que imaginam. Ouvi um amigo dizer, recentemente, referindo-se à pessoa de sua família que partiu para a eternidade: um ano atrás, estava aqui, entre nós, conversando e brincando normalmente; quem diria, um ano depois, estaria debaixo de terra? É verdade: quem diria?… Vale a pena colocar uma atenção mais séria neste assunto. Eu até tomo emprestada a frase do cineasta: se você se importa com seu futuro, vote pelo seu futuro! Chego a pensar que, se você não fizer isso, é porque não se importa com seu futuro; pelo menos, por enquanto. Sei lá se, quando quiser se importar, quanto isso lhe adiantará…
Vote bem! Vote pelo seu futuro: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também” (João 14.1-3, ARC).
O autor das palavras originais do hino de hoje era cristão, compositor, poeta e militar. Acostumado à rotina diária do clarim no toque de alvorada, passou a associar, diariamente, àquele toque, a expectativa da chegada do “futuro depois do depois” a que me refiro. Ouça, na versão vernácula, cantada pelo Quarteto Templo.
CHRIST RETURNETH (1877)
Cristo Volta (Cristo Voltou, originalmente)
Henry Lathrop Turner (1845-1915)
Música de James McGranaham (1840-1907)
Ouça, com nosso
AudioPlayer online (controle de volume à direita)
Bom Domingo, boa semana,
Ulisses
Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional