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Author Archives: Priscila

N° 105 : “PROCURAS UM BOM PATRÃO?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 28 deAbril de 2013

No último dia Primeiro de Maio, o país parou para mais um feriado. Não só o Brasil: vários países do mundo guardam feriado no Primeiro de Maio – o Dia do Trabalhador. Curiosamente, nos Estados Unidos da América não se guarda este feriado. Provavelmente porque foi lá que ocorreram os primeiros conflitos que levaram à criação do dia. Foi no 1° de Maio de 1886 que trabalhadores de Chicago pararam e foram às ruas, para reivindicar redução da jornada de trabalho para oito horas por dia, ou quarenta e oito horas por semana. No Brasil imperial daqueles dias, algumas medidas restritivas da escravatura já vigiam; mas seriam necessários mais dois anos, até à abolição definitiva. A manifestação de Chicago levou a conflitos e mortes. Em apoio, socialistas da França promoveram novas manifestações, que levaram ao "Primeiro de Maio". Sendo seguidos por vários países, praticamente universalizou-se a data. 

A pergunta que dá título a esta reflexão de hoje é retórica, óbvio. Não há um trabalhador, empregado ou  prestador de serviços, que não queira encontrar um "bom patrão". Admito que haja uma exceção: aquele que já o tem! Felizardo, não precisa mais procurar. 
Não são muitos os exemplares que eu poderia apontar por conhecimento próprio, mas conheço um ou outro, de quem há testemunho do tipo:
–  Com aquele homem (poderia ser uma mulher) eu gostei de trabalhar;  e até gostaria de voltar a trabalhar com ele. 

A propósito, vou lhes apresentar o melhor "patrão" que já tive; na verdade, ainda lhe presto meus humildes e deficitários serviços, porque é do tipo que eu mesmo não quero (e nem posso) abandonar. 
Não vou dizer que Ele seja do tipo mais 'democrático', mas também não vou dizer que encontro qualquer outro patrão com Suas qualidades 'psicológicas': 
"Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma." (Mateus 11.29, ARA).
Não vou dizer que trabalhar para Ele seja "mamão com açúcar", "maré mansa"; mas também não posso dizer que seja fatigante, porque Ele mesmo faz questão de garantir o que promete: 
"Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve" (Mateus 11.29, ARA). 
Não vou dizer que trabalhar para Ele me proporcione conhecer todos os seus planos e metas, saber todos os Seus segredos; mas também não posso dizer que me seja tudo oculto, porque Ele mesmo tomou a iniciativa de partilhar,  e posso saber mais do que poderia merecer ou pretender: 
"Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor, mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer." (João 15.15, ARC). 
Pela mesma prova acima, não vou dizer que tenha a liberdade de tratá-lo de igual para igual; mas em hipótese nenhuma se coloca Ele naquele tipo de postura 'superior', 'arrogante', 'despótica'… Ao contrário, tenho tido o privilégio de ser tratado por ele como "amigo", e não meramente como "operário", porquanto constato que é verdade o que Ele declara: Ele não apenas declara, mas cumpre! 
  
Servi-lO (num certo sentido, te-lO como 'patrão') tem sido um privilégio, por várias razões:
Eu nem sabia que Ele poderia ser o melhor de todos os 'patrões', por causa da minha ignorância; mas Ele me convocou, apesar de toda a minha ignorância e inaptidão…
"Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda." (João 15:16, BCF).
Por este fato, logo acima retratado, percebo que ainda desfruto de privilégios da parte do Pai, com quem Ele tem uma comunhão singular, que nem estavam no 'contrato de trabalho'; são ricas bonificações imerecidas. 
Eu jamais preenchi os requisitos de admissão no serviço, mas Ele foi condescendente, e me deu 'a vaga' assim mesmo…
"Como ele diz em Oséias: 'Chamarei ‘meu povo’ a quem não é meu povo; e chamarei ‘minha amada’ a quem não é minha amada" (Romanos 9:25, NVI).
Posso dizer como um dos melhores 'trabalhadores da companhia' já disse, uma vez:
"Sei  que foi Deus quem me escolheu, porque por mim, eu não O escolheria; sei que foi antes de eu nascer, porque depois, não o faria;  e sei que foi por razões que desconheço, porque não conheço uma só razão em mim mesmo para que escolhesse a mim ". 
Eu jamais tenho cumprido, como deveria, as tarefas do serviço, mas Ele disse que não vai me despedir de jeito nenhum…
"Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora" (João 6:37, ARCF).
Eu não mereço o 'salário' que ganho desse 'patrão', mas Ele, todo mês, paga antecipadamente… 
"Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo" (Efésios 1.3, ARA)
Aliás, estou entre aqueles que trabalha menos tempo da jornada de cada dia no Seu serviço (os da "hora undécima"), mas Ele jamais reduziu o meu bônus… (tal como na parábola dos trabalhadores da vinha, Mateus 20.1-16). 
E posso dizer que há mais um tanto de outras boas razões! Por isto, sei que já tenho o melhor 'patrão'. 
É o dono de todas as coisas, é o dono da vida, é o dono do universo, das circunstâncias, do passado, do presente e do futuro; é o dono da Palavra Final, e é também o dono do porvir. 
E, autorizado por Ele, até digo: ainda há vagas na 'companhia'! 
Se você já tem uma dessas vagas, valorize mais o 'patrão'; produza mais, por Ele e pela 'companhia'!
Se você ainda não tem uma dessas vagas, afirmo que o PSHU ("processo seletivo da hora undécima"), conforme Mateus 20, ainda não está encerrado. 
Aproveite uma das vagas que ainda há… 

Fique com a mensagem musical que arremata esta singela reflexão de hoje, na voz  a capella   do Quarteto Templo. 
Bill Gaither compôs esse hino ainda na década de Sessenta. Mas, não sabia ele que, ao final da década de Noventa,
seu próprio irmão, em meio a uma severa terapia para tratamento de câncer na garganta, seria supreendidopublicamente para cantar a seguinte estrofe do hino :

Ev’ry need He is supplying, (Cada necessidade Ele está suprindo)
Plenteous grace He bestows; (Plena graça Ele proporciona)
Ev’ry day my way gets brighter, (Cada dia meu caminho se torna mais brilhante [Pv 4.18])
The longer I serve Him,(Quanto mais O sirvo)
The sweeter He grows. (Mais doce Ele se mostra).

THE LONGER I SERVE HIM (1965)
QUANTO MAIS O SIRVO 
William J. Gaither (1936…)

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 104 : “QUE AMOR É ESTE?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 21 deAbril de 2013

Deixe-me transcrever, para início desta mensagem, o depoimento de um médico pernambucano – Dr. Rogério Brandão, oncologista em Recife:
"Vivenciei  dramas dos meus pacientes, inclusive crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças. Até o dia em que um anjo passou por mim!  Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químicos e radioterapias. Mas nunca vi meu pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano!
Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu 'anjinho' sozinha no quarto. Perguntei pela sua mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.
— Tio, disse-me ela — às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido no corredor… Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade… 
Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!
Indaguei: — E o que a morte representa para você, minha querida?

 Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é? 
(Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu procedia exatamente assim.) 

 É isso mesmo, respondi.
 Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!
Fiquei "entupigaitado", não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança. 

 E minha mãe vai ficar com saudades – emendou ela.
Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei:

 E o que saudade significa para você, minha querida?
— Saudade… é o amor que fica!
  "   

Com certeza, este vero relato vai produzir em você, que se dá ao trabalho de me ler de vez em quando, emoções. Em mim, produziu (e não poucas). 
Sabe, eu também tenho um "anjinho". Tá com quase 30 anos, desde que nasceu na mesma cidade onde se deu a história acima. Interditado, seu diagnóstico oficial, hoje, é CID F84.0 (acho que você não sabe o que isto; então, deixa prá lá…). O detalhe é que ele, até hoje, quando é possível, ainda inventa de vir tentar a primeira soneca junto de mim, na minha cama. Só que hoje não é mais carregado para a própria cama; vai com as próprias pernas, não sem alguns protestos, quando a mãe vem dizer – "tá na hora de ir prá sua cama". 

Mas o que quero mencionar, de fato, é quanto chama-me atenção o que a Mariana Ribeiro, aquela pequena pernambucana de apenas 11 anos de idade, disse ao médico. 
Embora em circunstâncias bastante diferentes, compartilho o que ela disse. 
Também não nasci para esta vida… Estou nela, por enquanto!
Também me sinto dormindo em "cama" fugaz, por enquanto, até que o Pai lá de cima me leve para a a Casa das Mansões Eternas que Ele, junto com o Filho, preparou para mim e mais uma multidão de gente. É lá que vou acordar, um dia, depois de "dormir"… 
Tudo por causa do Amor do Pai, que foi direcionado a mim (assim como àquela "multidão de gente").  

Nesta semana, troquei  mensagens com um membro da minha família, em que as palavras "pai", "amor" e "PAI" se fizeram presentes. 
Ele disse uma coisa de suma importância: de acordo com suas reflexões, o legítimo processo de "educação" deve conduzir a amor pelo pai e pelo PAI, e isto condiz com o ensino do apóstolo, que apontou graça como fim da lei. 
No caso do PAI, o Criador, o celestial, há algumas máximas que devem ser lembradas, porque originadas e homologadas por Ele mesmo. 
Por exemplo:
"E a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado " (Romanos 5.5 – BCF). 
Outro exemplo : 
"Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor(Romanos 8:38-39  – NVI)

Por causa desse precioso, inigualável, insondável, interminável e infinito amor, que certamente 'segurou a onda' no coraçãozinho da Mariana, poucos anos atrás em Recife (ela já teve a sua transferência para a Casa Paterna efetuada há uns três anos), nossos corações e mentes podem, também, encontrar-se sob a garantia da apólice segura para quaisquer situações que enfrentarmos. E, se tivermos que enfrentar a "transferência", estando debaixo do amor do PAI, a transferência é prêmio, é recompensa. Foi isto mesmo que eu disse, poucos dias atrás, para dois filhos que se "despediam" de sua mãe no Moradas do Bosque. E todo mundo lá ouviu… 

Sabe o que é? Eu te conto, mas não com palavras minhas; usarei as palavras divinamente inspiradas no apóstolo Paulo: 
"Deus estava em Cristo, reconciliando consigo mesmo  o mundo, e não imputando aos homens as suas transgressões; e nos deu o ministério da reconciliação " (II Coríntios 5.18 – ARA), afirmação que torna compreensível uma palavra anterior, no verso 14 ("…o amor de Cristo nos constrange…"). 
Como assim, torna compreensível ? Simples: o amor de Cristo é o amor do PAI, pelo Filho derramado, via Seu sangue remidor.  
Por isto mesmo, outro apóstolo registra o que o Espírito diz, em arremate que escolho: 
"Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus " (I João 3.1 – ARA). 

Pena que há muito "desperdício". Há muitos que, não conhecendo o verdadeiro amor de Deus,  são como os fariseus. 
Fazem muitas coisas com o fim de serem vistos pelos homens, mas desprezam a justiça e o amor do PAI (cf Lucas 11.42). 
Não sou um hábil perscrutador de corações. Mas, tenho prá mim que a confiança que a pequena Mariana Ribeiro revelou, quanto ao Pai das alturas, nas palavras que pronunciou, são encorajadoras. Servem para ilustrar como fatos o que a Escritura declara. 
Que amor é esse – o amor divino? De que espécie? Que par encontra? 
Simplesmente, é único! Unicamente, é o Amor de Deus !!!

Falando nisto, deixo à discrição dos seus ouvidos o belíssimo hino a seguir… 

Perceba como a autora transmite sentimento parecido com o da pequena Mariana, ao falar do amor do Pai. 

HIS LOVE  (1953)
Seu Amor
Mary Carolyn Robbins (1925-2001) 

God's love reached out to me (O amor de Deus alcançou-me)
One day on Calvary (Um dia no calvário)
When I was lost in sin and shame (Quando eu era perdido em pecado e vergonha)
He pardoned all my sin (Ele perdoou todo o meu pecado)
And now He lives within (E agora Ele habita dentro em mim)
Oh! blessed love of God (Oh, bendito amor de Deus)
So rich and free! (Tão rico e líbero!)

His love is broader than any ocean (Seu Amor é mais amplo que qualquer oceano)
And it is deeper than any sea (E é mais profundo que qualquer mar)
The love of Jesus took Him to Calv'ry (O amor de Jesus levou-o ao Calvário)
To suffer there, for you and me (Para lá sofrer, por ti e por mim).
 

How sweet to walk each day (Quão doce [é] caminhar a cada dia)
And know He's there all way (E saber que Ele está comigo em toda a jornada)
Assured His love doth satisfy (Assegurado de que Seu amor de fato satisfaz)
O sinner, heed His call (Ó pecador, ouve Seu chamar)
Make Him your ALL in all (Faze-O teu TUDO em tudo)
No truer friend you'll find (Nenhum amigo mais verdadeiro você há de encontrar) 

Along life's way! (Em toda a trajetória da vida!)

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) ! 
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 103 : “GRAÇA, MAIOR QUE MEU PECADO…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 14 deAbril de 2013

Na semana anterior a esta, antes da viagem que até me privou de elaborar e mandar a mensagem dominical, recebi uma mensagem dessas de "auto-ajuda", das que chegam pela internet, remetendo-me a uma página de internet; a página contem diversas citações de pensadores sobre um assunto que tem trazido um certo incômodo às minhas reflexões pessoais, já desde algum tempo.

O assunto é – "sucesso". No seminário onde leciono, poucos anos atrás, foi suscitado o interesse pelo assunto, na busca de pastores com "ministério bem sucedido". 
Mais anos atrás (1996), no seio da denominação evangélica em que milito, já outro debate desta natureza havia sido suscitado. 
No mundo cotidiano há, igualmente, considerável interesse sobre o foco. 
Constato que a maioria das percepções, segundo minha percepção, aponta para um perfil pessoal em que as realizações são plenas e amplamente reconhecidas; há especialidade de interesse no "sucesso" retratado por êxito financeiro e material, além de profissional, etc…
Creio que, não somente eu, mas muitos dos que se dão ao trabalho de ler minhas toscas linhas, já tiveram (ou ainda têm) algum grau de preocupação em ser alguém 
de sucesso na vida, ou ter sucesso na vida.

Já ouvi várias afirmações sobre "sucesso pessoal", e elas têm expresso igualmente uma certa variedade de conceitos.
Obviamente que a variedade de conceitos retrata pontos de vista sobre o que é isto.
O tema é tão magnético que, tempos atrás, até mesmo para promover uma nefanda marca de cigarros, o publicitário explorou uma sequência emocionante de estupendas imagens da vida, até chegar à imagem da marca, com o pronunciamento enfático do bordão – "Ao sucesso!"
Da página à qual cheguei pela indicação, selecionei algumas das citações para aqui reproduzir. 
Se são verdadeiramente procedentes dos nomes mencionados, não estou em condições de garantir. Mas, vejamo-las:
Do sábio oriental Confúcio (551a.C-479 a.C) : "Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade" .
Do renomado físico Albert Einstein (1879-1955) : "O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário";  dele, ainda : "Procure ser um homem de valor, em vez de ser um homem de sucesso" .
Do fabuloso político e estrategista Winston Churchill (1874-1955) : "O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo."
Do fenômeno contemporâneo da informática Bill Gates (1955-…) :"O sucesso é um professor perverso; ele seduz as pessoas inteligentes e as faz pensar que jamais vão cair".
Até mesmo do nefasto pensador e filósofo Friedrich Nietzsche (1844-1900) : "O sucesso tem sido sempre um grande mentiroso".
São declarações interessantes, tenho que convir… Nem sempre favorecem os conceitos mais usuais…
Mais interesse ainda ocorreu-me de saber o que pensa o maior de todos os pensadores, e de todos os tempos, sobre este desafiador assunto. Há duas maneiras para mim viáveis, na busca desse conhecimento. 

Uma, recorrendo ao que diretamente dEle ficou registrado nos evangelhos. Outra, recorrendo ao que Ele falou por boca dos profetas bíblicos (conforme o ensino de I Pe 1.10, 11).

Então, vamos lá… 
Na primeira pesquisa, restrita aos evangelhos neo-testamentários, conforme a versão de língua portuguesa que eu adotar, é necessário recorrer a sinônimos da palavra. São correlatas, por exemplo: "feliz", ou "bem-aventurado", colocando o foco na forma adjetiva. Assim, encontro alguns exemplares:
Mt 13.16 : "Mas, quanto a vós, bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem! Ditosos os vossos ouvidos, porque ouvem! " (BCF). 
Observe o contexto da transcrição, se precisar: Jesus diz isto pondo em contraste os que recebem a dádiva de conhecer os valores do Reino eternal, em contraste com os valores do presente mundo, e a cegueira espiritual que campeia nele… É um bem-sucedido! 
Mt 24.46 : "Feliz o servo a quem seu senhor encontrar fazendo assim quando voltar. " (NVI)
Observe o contexto da transcrição, se precisar: Jesus diz isto apontando para o servo fiel, que cuida de tudo quanto chega às suas mãos como um mordomo de bens alheios… É avaliado pelo Mestre como um "bem-sucedido", na hora do encontro escatológico…
Lc 11.28 : "Mas ele disse: Antes, bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam. " (ARC).
Este, nem precisa do contexto: Jesus indica que ser "bem-sucedido", como um bem-aventurado, decorre a atitude explicitamente apontada.  
Lc 12.43 (em claro contraste com o verso 19) : "Bem-aventurado aquele servo a quem o senhor, quando vier, achar fazendo assim." (ARC). 
No verso 19 deste mesmo capítulo, Jesus retrata a figura de um homem rico sem o devido temor de Deus – ocorre-se-lhe uma pergunta didática: "… e o que tens entesourado, para quem será?". Isto se mostra em contraste com o restante do ensino no capítulo, máxime o verso 43 aqui transcrito, cujo "assim " aponta para o mesmo que Mt 24.46 acima aponta. Jo 13.17 : "Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes " (ARA).
Claramente, outra menção associada à atitude submissa para com a Palavra de Deus. 

E, ainda, talvez o mais áureo dos textos sobre o assunto – Mt 5.1-12 : 
"Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus.
Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados.
Bem-aventurados os humildes [de espírito], pois eles receberão a terra por herança.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos.
Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus.
Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus.
Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa os insultarem, perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês.
Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a recompensa de vocês nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês. 
" (BCF). 
A julgar pelo ensino de Lucas 16 –  a Parábola do rico e Lázaro – a bem-aventurança prometida  tem um caráter muito mais escatológico do que existencial.
("Filho [da minha criação], lembra-te de que tivestes em vida muitos bens, e Lázaro igualmente muitos males; eis que ele agora está, aqui, consolado, e tu, em graves aflições" – tradução livre minha). 
É o que a 'poesia" das beatitudes do Sermão do Monte reitera, embora seja inegável (e necessária) uma dimensão já presente dessa realidade escatológica. 

Na segunda pesquisa, usando critério idêntico, encontro alguns outros exemplares:
Dt 29.9 : "Observareis, pois, as palavras dessa aliança e as poreis em prática, para serdes bem-sucedidos em todas as vossas empresas " (BCF).
Js 1.8 : "Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido " (ACRF).
Sl 1.1-3 : "Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido " (ARA).
Sl 49.16-20 : "Não se aborreça quando alguém se enriquece e aumenta o luxo de sua casa; pois nada levará consigo quando morrer; não descerá com ele o seu esplendor. Embora em vida ele se parabenize: 'Todos o elogiam, pois você está prosperando', ele se juntará aos seus antepassados, que nunca mais verão a luz. O homem, mesmo que muito importante, não tem entendimento; é como os animais, que perecem " (NVI). 
Pv 22.1 : "Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a prata e o ouro " (ARC).
Será que Einstein andava lendo o Antigo Testamento, para pronunciar o que pronunciou? 

Se compararmos estes parâmetros de "sucesso", "bem-aventurança" ou "êxito na vida", com o que o Salmo 73 descreve (onde menciona-se um homem sem temor de Deus, mas cheio de riquezas temporais, e honrado com as venerações de sua geração), será impossível deixar de perceber que o conceito do Redentor e Mestre Maior a respeito da matéria retrata viéses diferentes do conceito mais popular. As principais diferenças são, via de regra:

  • A dimensão do "sucesso" sob a ótica de Deus é essencialmente espiritual, enquanto que a humana é essencialmente material e circunstancial…
  • A dimensão do primeiro é acentuadamente escatológica, enquanto que a do segundo é mais existencial…
  • A dimensão do primeiro é medida pelos olhos de Deus, enquanto que a do segundo é usualmente medido pelos olhos humanos (já disse o "sábio" grego Protágoras – "O homem é a medida de todas as coisas; você concorda com isto?)…
  • A dimensão do primeiro está intimamente relacionada com a conformidade com a Palavra de Deus, enquanto que a do segundo é usualmente aferida por elementos típicos da típica vaidade humana…
  • A dimensão do primeiro sobrevive exclusivamente dependente da Graça de Deus, enquanto que a do segundo parece (apenas "parece") estar ao alcance das mãos do próprio homem.

Falando nestes contrastes, é importante ressaltar que não sou adepto da filosofia do novo Papa "franciscano"; não faço apologia à pobreza, nem à singeleza extrema. Os bens, dotes divinos, não são maus por natureza, especialmente quando usufruídos sob o princípio da "mordomia" (palavra que tomo, aqui, no sentido primário de administração de bens alheios, porquanto pertencentes a Deus, antes de mais nada). Mas, medir sucesso com parâmetros do princípio filosófico de Protágoras é um grande engano. É a graça de Deus – e somente ela – sob a égide da soberania divina, que possibilita ao homem ter ou não ter…
Ou, parafraseando Shakespeare – "ser ou não ser". 
Permita-me trazer à lembrança a sábia prece de Moisés :  
"Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas mãos " (Sl 90.17, ARA). 
As obras de nossas mãos podem ser avaliadas pelos homens sob uma ótica, e por Deus sob outra. Para contar com a aprovação de Deus, dispor da Sua necessária confirmação para o êxito dessas obras, nada é tão imprescindível quanto a GRAÇA de Deus. Davi declarou a Deus que ela lhe bastava (Salmo 63.3). 

Falando nisto, deixo à discrição dos seus ouvidos o belíssimo hino de Daniel B. Towner… 
O coral que o canta efetua um 'crescente' envolvente na interpretação, que conta aqui apenas com a primeira e a última estrofes, além do refrão. 

GRACE, GREATER THAN OUR SIN  (1911)
Daniel Brink Towner (1850-1919)

Marvelous grace of our loving Lord
Maravilhosa graça de nosso amoroso Senhor 

Grace that exceeds our sin and our guilt!
Graça que excede nosso pecado e nossa culpa 

Yonder on Calvary's mount outpoured
Derramada lá no monte do calvário

There where the blood of the Lamb was spilt. 
Lá onde o sangue do Cordeiro foi vertido.
 
Grace, grace, God's grace, grace that will pardon and cleanse within; 
Graça, graça, graça de Deus, graça que perdoa e limpa por dentro 

Grace, grace, God's grace, grace that is greater than all our sin! 
Graça, graça, graça de Deus, graça que que é maior que todo o meu pecado!  

Sin and despair, like the sea waves cold
Threaten the soul with infinite loss; 
Grace that is greater, yes, grace untold, 
Points to the refuge, the mighty cross. 

Dark is the stain that we cannot hide 
What can avail to wash it away? 
Look! There is flowing a crimson tide, 
Brighter than snow you may be today. 

Marvelous, infinite, matchless grace
Maravilhosa, infinita, incomparável Graça 

Freely bestowed on all who believe! 
Livremente dada a todo aquele que crê

You that are longing to see his face
Vós, que estais ansiosos de ver Sua face 

Will you this moment his grace receive?
Recebereis neste momento Sua graça?

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 102 : “VOS HÁ DE ACHAR…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 07 deAbril de 2013

Impressionante fato foi divulgado na imprensa mundial por estes dias…
Em Agosto de 2007, a norte-americana Lindsay Crumbley Scallan passou uns dias de férias no Havaí. Num dos seus mergulhos, perdeu a câmera fotográfica. Era uma do tipo "à prova d'água". Neste mês de Março, quase seis anos depois, a câmera foi encontrada, voltou para as mãos dela e, com todas as fotos intactas no cartão de memória. Só que não foi encontrada no Havaí, e sim na China; mais precisamente, na China nacionalista, chamada Tai-Wan, a ilha Formosa. Quem a encontrou foi um funcionário da China Airlines, na praia da ilha. Pela revelação das fotos, descobriu-se que o último lugar onde funcionou foi o Havaí. Uma campanha de divulgação feita no Havaí foi vista por um amigo de Lindsay, que reside na Georgia (Estados Unidos), e… pronto! 
Alguns fatos tornam o acontecimento altamente impressionante:

  • O tempo, o mar, as altas pressões profundas, a salinidade não degeneraram as imagens armazenadas no equipamento
  • O "passeio" pelo fundo oceânico, ao sabor das correntes marítimas, foi de, no mínimo, 9600 quilômetros (considerados pela superfície e em linha reta, ou bem mais, considerando as correntes e o percurso pelo fundo)
  • A "viagem ao fundo do mar" passou pelas mais profundas fossas marítimas do planeta (perto do trajeto está a "fossa Mariana", simplesmente com 11 mil metros de profundidade).

É, verdadeiramente, impressionante!!!
O fato faz-me lembrar um outro, também impressionante (embora não sob os mesmos fenômenos de observação). 
O Livro-Que-Nunca-Falha, porquanto Palavra de Deus, registra um episódio ocorrido cerca de 3500 anos atrás de nós. 
Quando prestes a entrar na terra da promissão, vindos do cativeiro egípcio, Israel era uma nação mediante a descendência de doze famílias, dos doze patriarcas, filhos de Jacó. Os cabeças das tribos de Ruben e Gade contemplaram as extensões de terra daquém (pela ótica Oriente-Ocidente) do Rio Jordão, e solicitaram a Moisés (o líder por mandato divino) autorização para ocupar aquelas terras. Moisés lhes disse:
– Pode ser! Mas vocês vão conosco, ajudando seus irmãos a conquistar a terra dalém do Jordão. Depois, podem voltar e ocupar esta terra…
Em acréscimo transcrito:
"E se não fizerdes assim, eis que pecastes contra o SENHOR; e sabei que o vosso pecado vos há de achar. " (Números 32.23, NVI). 
"O vosso pecado vos há de achar."… Que espécie de figura de linguagem é essa? Será uma prosopopéia? Será que pode existir uma "prosopopéia metonímica"? 
Vou perguntar ao meu colega, ensinador de língua Portuguesa, hábil manobrista do vernáculo, o pastor Sebastião Guimarães (que já deve estar lendo estas linhas)… 

Foi disso que me lembrei, ao ler o relato do longo, profundo e demorado passeio da câmera da Lindsay. 
Os filhos de Ruben e Gade poderiam se esquivar, por certo tempo, de sua palavra empenhada. Mas, disse-lhes Moisés: 
"Se pecardes, o vosso pecado vos há de achar!". Será que essa realidade é repetível? 
Não cedo à tentação de pensar que Deus seja um ser Altíssimo, com olhar agudamente atento a qualquer das nossas mazelas, observando-nos sofregamente para impor-nos punições tão logo aconteçam. Penso que, assim como eu, há muitas pessoas que igualmente passam por este tipo de sugestionadora tentação, principalmente quando seguidamente coisas não dão certo (conforme nossos olhos). 
Domingo passado, após ter partilhado uma palavra bíblica numa igreja da cidade de Governador Valadares, fui abordado por um dos ouvintes, membro da igreja. 
Ele me requereu uma palavra que ajudasse a afastar, definitivamente, esse tipo de pensamento que vive procurando arrebatar sua mente e coração. 
Não! Deus não é assim! 
Por outro lado, nosso pecado não permanece sob suposta leniência divina, tratado com indiferença, como se não tivesse acontecido.  
Embora seja Ele (e eu tenho minhas próprias provas disso) um tanto benevolente (Romanos 2.4), um tanto condescendente (Salmo 103.10), um tanto longânimo (II Pe 3.15), não é com indiferença que trata Ele os nossos pecados. 
Ao contrário, tem Ele duas maneiras de tratá-lo: com reprovação e juízo, em se tratando daqueles aos quais Ele ainda não tem como dar um tratamento de "filhos" (João 8.21); ou com tristeza e disciplina, em se tratando daqueles aos quais Ele já concede tratamento de "filhos"  (I Coríntios 11.32; Apocalipse 3.19). 
Neste último versículo, é palavra do próprio Deus : "Eu repreendo e disciplino aqueles que amo; reanima, pois, o teu zelo e arrepende-te" (Versão católica, adaptada).

O oceano Pacífico gastou 5,5 anos, numa distância de uns 10 mil quilômetros, para "trazer à tona" a câmera da Lindsay, com todas as suas incólumes imagens. 
Deus pode usar de longanimidade para conosco durante tempo suficiente para nosso arrependimento, e nossa reconciliação com Ele. 
E isso é bom: é "saúde para nossos ossos", e para a nossa alma.  
Isto, porque "os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons" (Provérbios 15.3, ARA), mas também "os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia " (Salmo 33.18, ARA). 
A sua promessa, dada ao povo de Israel certa ocasião, porta um conteúdo válido para todas as ocasiões:
"Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra" (II Crônicas 7.14, ARA). 
Aliás, este é o antema de hoje, da autoria de Jimmy (James) Owens (1943…). 
Nome original : If My People Will Pray (1973). 
Nosso áudio está em Português, na interpretação de Vozes da Liberdade. 

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 101 : “VIVO, SIM, HOJE E SEMPRE!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 31 de Março de 2013

Será que algum de vocês, que lêem esta minha mensagem de hoje, já passou pela situação que vou contar? 
Acho muito pouco provável… Mas eu verdadeiramente passei – e foi marcante ! Memorável !!!… :
Fui ao sepultamento de uma criança de apenas três anos de idade. Era 'xodó' de seus pais, de sua irmã, e de todos os demais familiares. 
Antes de ela morrer, eu tinha, sob os pedidos da família, efetuado minhas intercessões a Deus, quanto ao grave quadro de súbita enfermidade pelo qual passara.
Mas, morreu – aos três de idade!
Quatro ministros da Palavra estavam ali no Moradas do Bosque, naquela tarde. Dos quatro, fui o último a receber franquia da palavra. 
Falei sobre a ressurreição de Lázaro (João 11), milagre que Jesus realizou com Sua autoridade. E tinha que ter sido logo esse assunto? (Embora você não saiba o que falei, não é mesmo?…). 
Logo após a minha palavra, o pastor que conduzia o ofício, orou. 
Logo após essa oração, começou uma oração o próprio pai da criança, que ali estava, estendida e inerte.
Ele se debruçou sobre a pequena urna de madeira, e se debruçou em palavras entre soluços. 
Mas, repentinamente, sua oração mudou de destinatário: de oração a Deus, logo começou ele a dirigir-se ao filho, 'ordenando-lhe' levantar-se daquele caixãozinho, e retomar a vida… Cena pungente; dolorosa! (Eu também já era pai, e de três, àquela altura). 
Não preciso nem dizer que o pleiteado não se realizou. 
Mas preciso dizer que, no dia seguinte, tive a difícil missão de conversar com aquele desapontado casal, sobre a esperança bíblica da ressurreição, e sobre a hipótese de certos 'desapontamentos' com Deus. 

A Bíblia, livro da revelação de Deus aos homens, revelação essa corporalmente plenária na pessoa de Seu Filho Jesus Cristo, fala dessa esperança da ressurreição. 
E em que ela está firmada? 
Num fato único, supremo e supinamente significante. 
Tal fato é o que reveste da maior amplitude de senso o dia que hoje boa parte do mundo observa em seu calendário. 
A Páscoa carrega consigo vários elementos de tradução do seu significado:
Há o elemento histórico primário e pedagógico: foi a libertação do povo de Deus do seu cativeiro no Egito, por volta do décimo-quarto século antes de Cristo. 
Há o elemento histórico cabal e salvífico: foi precisamente a miraculosa, a portentosa ressurreição de Jesus Cristo, ao terceiro dia após sua crucificação. 
Há o elemento escatológico e esperável: aponta para a ressurreição final, quando Jesus Cristo voltar a este mundo, para consumar Seu Reino. 
Eis o que diz a urgente comunicação divina aos homens, através da expressão de esperança de um homem que viveu (e sofreu – Ah! Como sofreu…) muitos séculos antes de Jesus vir ao mundo :
"Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra.
Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus.
Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração dentro de mim.
" (Jó 19.25-27, ARA). 
Da sexta-feira ("paixão") ao sábado ("aleluia"), e ainda do sábado ao Domingo cedo (dia de Páscoa), todos aqueles que andaram alguns anos com o Sumo Mestre se desapontaram. Onde estava aquele que prometera, anos antes – "Destruí este santuário, e em três dias eu o reconstruirei "  (Evangelho de João 2.19) ??
Mas, a esperança haveria de renascer… O Redivivo lhes restabeleceria a esperança. 

Por conta dessa esperança, quem nela se firma (e afirma), não tem temor da morte. 
Não teme o que ela acarreta, nem tampouco o momento em que ela pode chegar (porque chega, mesmo).  
Quem pode explicar isso?  Quem pode entender isso? 
Que espécie de diferença radical no viver é esta, que deriva da confiança de que temos um Salvador, vivo, ressurreto, que não ficou na sepultura que lhe presentearam (presente post-mortem), mas que dela se levantou ao terceiro dia? 
Que espécie de esperança é esta, que se produz em cima da confiança na promessa de que, havendo Ele ressuscitado, havendo Ele vencido a morte, também ressuscitaremos, e também venceremos a morte? 
Que "loucura" (da expressão retórica de Paulo aos coríntios) é essa, que afeta alguns seres humanos, tidos por muitos dos demais como desvairados, por crerem que a vida não se limita ao presente? 
Ou, ainda, por crerem que, um certo dia após a sua própria morte, Seu Redentor ressurreto virá pessoalmente ao encontro deles, todos ainda nas sepulturas, e lhes dirá como a Lázaro disse :
Ulisses, vem para fora! Fulano, vem para  fora! Beltrano, vem para fora! Sicrano, vem para fora!
(Por "fulano", "beltrano" e "sicrano", é meu desejo sincero subentender o nome de cada um a quem chega esta singela mensagem…).
E, então, revestindo seus corpos putrefatos de uma nova substância corporal gloriosa, por meio da ressurreição restauradora, lhes chamará ao Seu bendito convívio eterno???
"Loucura"?  "Desvario"? Pense assim, se quiser, quanto a ti.
Quanto a mim, direi como disse o apóstolo:
"… porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia." (2 Timóteo 1:12, ACRF)
"Loucura", nada! "Desvario", coisa nenhuma! 
"Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus." (1 Coríntios 1:18, NVI). 
"Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. 
Mas não!  Cristo ressuscitou dentre os mortos, como primícias dos que morreram!
 " (1 Coríntios 15:14, 20, BCF). 

A verdadeira mensagem da Páscoa não pode ser descortinada no merchandise da Globo, nem da Band, nem do SBT, ou qualquer outra, nem nos atraentes clips da Garoto, da Nestlé, da Lacta, da Neugebauer, ou qualquer outra… Até que gosto de chocolate; mas, não é nada disso, a verdadeira Páscoa … 
A verdadeira mensagem da Páscoa é: Cristo veio ao mundo, pregou mensagem de salvação, morreu na cruz para salvar, ressuscitou e venceu a morte para partilhar ressurreição e triunfo sobre a morte, deixando a promessa de que todo o que nEle crê também há de ressurgir para glorificação triunfal, no último dia. 
Primeiro, Ele… Em breve, vários de nós outros (queira Deus, inclusos todos os que lêem estas toscas linhas pascais). 
Ele morreu, é verdade! Mas, ressurgiu e venceu a morte. 
Está vivo, sim, hoje (e sempre)!  Vivo, vivo, inteiramente vivo, miraculosamente vivo, triunfantemente vivo!

Agora, a nossa mensagem musical de círculo reservado. 
O compositor do nosso hino de hoje é também o de "No Serviço do Meu Rei Eu Sou Feliz", de "Não Ando Só", e muitas centenas de outros hinos. 
O de hoje surgiu após um contundente desafio apologético: 
Formado pelo Westminster Theological Seminary, na Pennsylvania, para ordenar-se pregador, foi ele uma certa ocasião desafiado frontalmente por um dos ouvintes de suas pregações; esse ouvinte era um jovem de família judaica… 
Ante a conclamação do pregador para que os ouvintes se rendessem a Jesus Cristo, para servi-lo e adorá-lo, aquele jovem questionou-lhe ceticamente:
Por que haverei eu de adorar um judeu que está morto? 
Ackley respondeu com ênfase de alma:
"Não, não : Ele vive! Te digo enfaticamente – Ele está vivo, aqui e agora. Jesus Cristo está mais vivo hoje do que nunca. 
E o posso testificar, pela Bíblia, pela minha experiência, e pelo testemunho de milhares sem conta! 
"
Sentindo que poderia ter sido ainda mais contundente em sua resposta, permaneceu ainda certo tempo refletindo no assunto, até que compôs o hino, deixando um testemunho com música para gerações. 
A qualidade da gravação não está lá muito boa – confesso… É mais um fruto de conversão de minha velha fita cassete, de quase trinta anos de idade.  
Mas dá prá ouvir ainda com deleite e edificação. 

HE LIVES! (1933)
Ele vive!
Alfred Henry Ackley (1887-1960)

I serve a risen Saviour,
Eu sirvo um Salvador ressurreto
He's in the world today;
Ele está hoje no mundo
I know that He is living,
Eu sei que Ele está vivo
Whatever men may say;
Não importa o que os homens possam dizer
I see His hand of mercy,
Eu percebo Sua mão de misericórdia 
I hear His voice of cheer,
Eu ouço Sua voz de encorajamento,
And just the time I need Him
E logo que Dele eu preciso
He's always near.
Ele está sempre por perto. 

He lives, He lives! Christ Jesus lives today!
Ele vive, Ele vive! Cristo Jesus vive hoje! 
He walks with me and talks with me
Ele anda comigo, e fala comigo
Along life's 'narrow way'…
No percurso da 'estrata estreita' da vida…
He lives, He lives, salvation to impart!
Ele vive, Ele vive!, para dar a salvação
You ask me how I know He lives:
Você me pergunta como eu sei que Ele vive:
He lives within my heart.
Ele vive dentro do meu coração!

Rejoice, rejoice, O Christian,
Regozije-se, regozije-se, ó cristão
Lift up your voice and sing
Erga sua voz e cante
Eternal "hallelujahs"
Eternos "Aleluias"
To Jesus Christ, the King!
A Jesus Cristo, o Rei!
The hope of all who seek Him,
A esperança de todo aquele que por Ele busca
The help of all who find,
O socorro de todo aquele que encontra, 
None other is so loving,
Nenhum outro é tão amável,  
So good and kind…
Tão bom e tão gentil…

Verso não cantado :
In all the world around me
Em todo o mundo em volta de mim 
I see His loving care,
Eu vejo o cuidado do Seu amor 
And tho my heart grows weary
E ainda que meu coração avance fatigado  
I never will despair:
Eu nunca desesperarei: 
I know that He is leading
Eu sei que Ele está conduzindo
Thro' all the stormy blast,
Por meio de todos os estrondos da tempestade
The day of His appearing
O dia de sua manifestação
Will come at last…
Afinal há de chegar..

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Boa semana, Feliz e abençoada Páscoa, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 100 :” הושענא “

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 24 de Março de 2013

Não estranhe: a palavra que dá título à mensagem de hoje não resultou de um defeito do meu teclado… Nem de vírus… 
São, simplesmente, caracteres hebraicos. Nas ignotas letras (para muitos de nós) daquele antiquíssimo idioma semita, esta palavra é "Hoshana", ou simplesmente "Hosana". Mas, se você quiser ler de novo, tem que ser da direita para a esquerda, como lhe é próprio (ao contrário das nossas línguas ocidentais). 
E o seu signifcado? "Hosana " significa "Oh! Salva-nos, Senhor!". 
Foi a expressão da saudação dos judeus, uma semana antes da Páscoa (como hoje se celebra), quando Jesus Cristo entrou na cidade de Jerusalém, na semana que seria crucificado e, depois, ressurreto. E entrou sobre o lombo de um humilde jumentinho. 
A palavra foi extraída de  um salmo, chamado messiânico:
"Oh! Salva-nos, Senhor!  [Hosana]; nós imploramos. Faze-nos prosperar, Senhor! Nós suplicamos. Bendito é o que vem em nome do Senhor. Da casa do Senhor nós os abençoamos. O Senhor é Deus, fez resplandecer sobre nós a sua luz. Juntem-se ao cortejo festivo, levando ramos até as pontas do altar." (Salmos 118:25-27, NVI; Salmo 117, na versão católica). 
Portanto, uma saudação própria para quem foi coroado pelo Todo-Poderoso, Criador de todas as coisas e Redentor de Seus amados, como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores (Apocalipse 19.16). 

Há um imperativo, um vocativo interessante na parte final deste trecho do salmo – vejamo-lo em diferentes versões :
– "Organizai uma festa com profusão de coroas. E cheguem até os ângulos do altar " (BCF – Bíblia Católica de Figueiredo)
– " Atai o sacrifício {da festa}) com cordas, até às pontas do altar " (ACRF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel)
– " Adornai a festa com ramos, até à ponta do altar  " (ARA – Almeida Revista e Atualizada) 
Que pode nos significar isto, hoje? E, pode?  Pode!
Quando os judeus celebravam o Sucot ( a Festa dos Tabernáculos, ou Festa das Colheitas), lembravam seus 40 anos de peregrinação no deserto. 
Colhiam ramos de diferentes espécies, estendiam pelo seu caminho rumo a Jerusalém; também usavam ramos maiores, e construíam pequenas cabanas provisórias para o trajeto. Aquele trajeto tinha ponto final no tabernáculo, ou então o próprio templo de Jerusalém, quando este suplantou o tabernáculo provisório da peregrinação. 

Isto tudo era um ritual rico de significado relacionado ao futuro. Havia promessas envolvidas; promessas com significado mais amplo e válido ainda hoje. Não há mais peregrinação no deserto, não há mais templo em Jerusalém, o exílio egípcio ficou para trás, 3500 anos atrás.Resta o significado futuro, e esse "futuro" teve um marco exponencial naquele dia, em que Jesus entrou em Jerusalém, enquanto cantava-se "Hosana" em variados coros. O imperativo diz – celebrem e festejem com ramos, trazendo uma profusão de coroas. Coroas para quem é Rei. E estendam os festejos até à quina do altar.  No altar, há sacrifício, há morte, há sangue. Cinco dias depois daquele primeiro "Domingo de Ramos", o altar recebeu o maior sacrifício; derramou-se o sangue do Rei, dias antes saudado com um "bendito o que vem em nome do Senhor!". Que contraste. Que mudança. Certamente muitos dos que clamaram com ramos e palmas pelo caminho a Jerusalém, estavam entre a multidão que, induzida pelos próprios sacerdotes do altar, gritava ante Pôncio Pilatos – "Crucifica-o! Crucifica-o!" (Marcos 15.13,14). 

Duas expressões diferentes, provavelmente pelas mesmas bocas, no espaço de apenas cinco dias:
Num primeiro momento – "Hosana – Oh! Salva-nos, Senhor!"; num segundo momento – "Crucifica-o! ". 

A segunda expressão ficou no passado. O Filho de Deus não morre mais – no próximo Domingo lembraremos que ele ressuscitou, de uma vez por todas – venceu a morte!
A primeira expressão permanece. O apóstolo anunciou que, após ressurreto, tendo subido ao céu, ele foi entronizado, momento em que derramou o Espírito no Pentecostes:
"De sorte que, exaltado à destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis. " (Atos 2.33, ACRF). 
A proclamação se relaciona ao Salmo 2 e ao Salmo 110, que apontam para Ele, exclusivamente para Ele, as prerrogativas da realeza universal que há de triunfar em breve, cabalmente. Naquele triunfo vindouro, Ele há de partilhar frutos da Sua coroação, dotes reais de fato, com todos aqueles que já são participantes da Promessa.  Neste caso, proclamar hoje (especialmente no dia de hoje) – "Hosana! Oh! Salva-nos, Senhor!" é um ato que adquire duas dimensões:
Recorrer a Ele, somente a Ele, para a salvação do Juízo vindouro…
Contar com Ele, somente com Ele, quando as adversidades do caminho parecem superar as nossas forças. 
Os antigos moravianos tinham um lema em latim, apontando para o Agnus Dei :  "Vicit Agnus Noster; Eum Sequamur!"
Traduzindo: "O Nosso Cordeiro triunfou;  sigâmo-lo!". 

É tempo de aumentar as fileiras daqueles que proclamam – Hosana!
É tempo de cultivar maior confiança diária no vitorioso Agnus Dei !
É tempo de acalentar a esperança na promessa de que a Sua vitória será a nossa vitória. 
É tempo de abandonar a atiutude de abandono em relação ao Cordeiro de Deus. 
Nosso "deserto de quarenta anos", metaforicamente falando, analogicamente falando, ainda está em curso.
O "cativeiro" já ficou para trás, também…
Estamos andando, peregrinando rumo ao santuário celeste… Eis as nossas 'cabanas de palha' pelo caminho… 
Palmas e ramos nas mãos, saímos ao encontro do Agnus Dei, o Cordeiro-que-foi-morto-mas-que-venceu-e-vencerá…  
Hosana!   (Pena que ainda haja muitos a andar com a multidão que o crucificou). 
VICIT AGNUS NOSTER ! EUM SEQUAMUR !!!

Pra terminar, deixo-te na particularidade de sua audição duas belas e tocantes mensagens dos dias iniciais da década de Setenta; vêm lá do fundo do baú. 
Canta o grupo Vencedores por Cristo ("Recordar é viver…"). 
Ouça na ordem que a mensagem de hoje sugere…

HOSANA + 
NOBODY CARED (1969)

Ninguém o Quis
Jack Hayford (1934… )

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Boa semana, Feliz e abençoada Páscoa, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

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ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
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N° 99 : “NÃO QUERO MORRER…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 17 de Março de 2013

Ainda dá muito o que falar a recente morte do presidente venezuelano, Hugo Chavez, aos 58 anos de idade. 
Ex-militar, líder de um golpe de estado, Chavez se dizia líder da revolução bolivariana, movimento socialista tipicamente latinoamericano, inspirado no chamado "Socialismo do século XXI". O próprio Chavez se declarou adepto de conceitos  neo-marxistas, encontradas sob a influência do alemão radicado no México, Heinz Dieterich. Acometido de um câncer que o vitimou,  Chavez buscou assistência médica em Cuba. Depois de quatro cirurgias, rádio e quimioterapias, não resistiu. 
Afirma um de seus interlocutores mais próximos – o General José Ornella, chefe da guarda presidencial – que leu, nos lábios do presidente, em visita ocorrida no dia em que teve sua morte divulgada, o seguinte apelo, tangente apelo:
"Eu não quero morrer! Por favor, não me deixem morrer!"

Naquela Terça-feira, pela manhã, comentei com uma das pessoas que próximo de mim estava:
"Politicamente ou pessoalmente, não tenho razões de espécie alguma para nutrir algum tipo de simpatia por Hugo Chavez; 
entretanto, lembrando que quem conhece os corações é Deus, pensar que a qualquer momento a morte pode colhê-lo sem uma garantia da salvação, até onde se possa saber, levando-o para uma eternidade sem Deus, um tormento infernal sem fim, me faz ter um tipo de pesar por conta disso".  

No dia seguinte, aquela mesma pessoa se encontrou comigo, e recordou as palavras com "peso" do dia anterior. 

Penso eu que há diferentes motivações para um clamor desse tipo – "Não quero morrer, não me deixem morrer…", quando a morte parece iminente. 
A mais severa e pesarosa dessas modalidades, certamente, é quando se descortina um além sem a mínima certeza de desfrutar-se a bem-aventurança eterna; 
essa bem-aventurança eterna é aquela, identificada em palavras tais como :
"É dado que os homens morrem uma só vez e depois disso vem o julgamento" (Hebreus 9.27, BCF). 
"Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim. 
Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar.
E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver." (João 14:1-3, NVI).

Lembro-me de uma pessoa que acompanhei, tanto em UTI, quanto em companhia de quarto hospitalar, em quadro que o levou à morte. 
Lembro-me que a última noite de quarto, em que teve certo período de lucidez, foi a oportunidade que tive para retornar aos seus ouvidos com o vocativo do evangelho, e a mensagem da salvação em Cristo. Foi uma oportunidade, até onde pude perceber, aproveitada por aquele senhor no momento mais derradeiro: no dia seguinte, um novo colapso levou-o de volta à UTI, de onde não mais saiu vivo. A lembrança da conversa daquela noite, vendo-o confessar a Cristo em oração repetindo minhas palavras, encaminhou a um momento, em seguida, é altamente contrastante com a frase de Chavez… 
Aquele senhor parecia estar percebendo sua hora chegar; pareceu-me assumir isto com serenidade, pediu minha assistência por sua esposa, que deixaria viúva, e  nenhuma manifestação de desespero vi mais, de sua parte.  

Estou seguro de que é uma única, não duas, três, ou mais, a condição que pode conduzir alguém a encarar a hora da morte com serenidade e segurança. 
É somente a certeza de que sua vida esteja nas mãos daquEle que é poderoso para fazer um corpo fenecido ressurgir dentre os mortos, não importando por quanto tempo tenha se prolongado sua decomposição na terra, reintroduzir-lhe a alma, e carregar-lhe em Seus poderosos e amorosos braços para o Lar Celestial. 

Jó, o homem que muito sofreu, disse, sobre isto : 
"Quem me dera fossem agora escritas as minhas palavras! Quem me dera fossem gravadas em livro!
Que, com pena de ferro e com chumbo, para sempre fossem esculpidas na rocha!
Porque eu sei que o  meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. 
Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. 
Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração dentro em mim!"
 (Jó 19.23-27, ARA). 

É isto que nos afiança o Livro de Verdades Eternas, escrito sob a inspiração do Espírito daquEle que detém em Suas mãos as verdades eternas. 
A separação, provisória como é, não acarreta a incerteza da hipótese do desconhecido, não acomoda o desespero da hipótese do "nunca mais". 
Se Chavez e seus apaixonados seguidores sabiam (no primeiro caso) ou sabem (no segundo caso) disso, não sei eu. 
Sei eu outra coisa – ah! Isso sei: 
"…porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia" (2 Timóteo 1:12, ACRF). 

Em situação muito peculiar, o salmista nos encoraja com as palavras de sua experiência: 
"Senhor, da cova fizeste subir a minha alma; preservaste-me a vida para que não descesse à sepultura… 
Ao anoitecer, pode vir o choro; mas a alegria vem pela manhã
" (Salmo 30.3,5, ARA).
É até possível que alguém, tendo a certeza de sua vida eterna na bem-aventurança com o Senhor, também peça –
"Não me deixem morrer!". Mas isto nunca será acompanhado de um sentimento aterrorizado pela iminência da morte, pela proximidade da região da sombra da morte. Porque, para quem O conhece, a morte já não é mais região de sombra, muito menos lúgubre. 
É transição de encontro com aquEle que tem o poder para dizer:
"Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei. Entra no gozo do teu Senhor" (Mateus 25.23, ARA). 
 
Prá terminar, deixo na particularidade de sua audição mais um hino. 
O autor vem encorajando algumas gerações com a mensagem deste hino, derivado das palavras bíblicas acima. 
O grupo, como de vez em quando se percebe por reproduções que uso, entra com alguns aplausos, que não nos interessam aqui. 
Interessa-nos a mensagem aplicativa. Ouça-a…
 

JOY COMES IN THE MORNING (1974)
Alegria Vem Pela Manhã
William J Gaither (1936…) & Gloria Gaither (1942…)

If you've knelt beside the rubble of an aching broken heart
Se você já se ajoelhou sobre o entulho de um coração dolente e partido

When the things you gave your life to fell apart
Quando as coisas que você, em sua vida, precisou descartar    
You're not the first to be acquainted with sorrow, grief or pain
Você não é o primeiro a estar envolvido com tristeza, pesar ou dor
But the Master promised sunshine after rain!
Mas o Mestre prometeu o brilho do sol após a chuva!

Hold on my child: Joy comes in the morning…
Aguente, meu filho: A alegria vem pela manhã… 
Weeping only lasts for the night!
O choro dura somente pela noite!
Hold on my child: Joy comes in the morning…
Aguente, meu filho: A alegria vem pela manhã… 
The darkest hour means dawn is just in sight!
A hora mais negra significa que a alvorada está bem à vista [por vir]! 

To invest your seed of trust in God in mountains you can't move
Investir seu gérmen de confiança em Deus em montanhas que você não pode mover  
You have risked your life on things you cannot prove
É arriscar sua vida em coisas que não te é dado experimentar 
But to give the things you cannot keep for what you cannot lose
Mas dar coisas que você não pode conservar pelo que você não pode perder  
Now, that's the way to find the joy God has for you: 
Então, eis o caminho para encontrar a alegria que Deus tem para você: [chorus]

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 98 : “O RÉU E A BÍBLIA…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 10 de Março de 2013

Meu título para esta mensagem parece apontar para um cenário singular; é enganoso. Quero, na verdade, mostrar o contraste entre dois cenários com várias semelhanças, mas também distinções. Em ambas, há um prisioneiro, um réu, com a Bíblia na mão. 

O primeiro cenário: O julgamento do goleiro Bruno, aqui na vizinha Contagem, privatizou certa atenção não apenas em nosso país… 
Acaba ele de ser condenado a 22 anos de detenção, a partir das acusações de homicídio (triplamente  qualificado), sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. 
Durante todos os dias do transcurso do julgamento, mostrou uma cena insólita: cabeça baixa, ar de humildade, linguagem submissa e… constante manuseio de uma Bíblia. Isto mesmo: o réu, agora condenado, passava os dias (exceto quando depondo) folheando, dando a entender que lendo a Bíblia. 
Mas a juíza e o promotor, bem como boa parte da sociedade, não se deram por convencidos pela invulgar atitude: afirma-se que era mera fachada, teatro, para angariar atenuação de penalidade. Deus sabe a verdade!

O segundo cenário: lá na distante nação do Senegal, no extremo oeste da África, encontra-se preso um outro homem, que também passa os dias com uma Bíblia "na mão" e, principalmente, na boca. Seu nome é José Dilson e, tal como o goleiro Bruno, é também brasileiro. No caso do Bruno, há pelo menos uma criança envolvida no trama; no caso do brasileiro José Dilson, há várias crianças. Elas são senegalesas, não poucas de pais muçulmanos, que recebem assistência através de um projeto ligado à obra missionária que ele dirige naquele país. No entanto, José Dilson está preso, já há mais de 120 dias.  
E qual a acusação? Consiste da denúncia de "formação de quadrilha" e "aliciamento de crianças". José Dilson, a esposa Marli, e a missionária Zeneide, além de outros da equipe, dão assistência às crianças, como também a alguns adultos, e falam daquEle que entregou sua vida numa cruz, em favor de judeus, gregos, senegaleses, brasileiros, e muitos de cada nacionalidade. 

Não sei que tipo de testemunho sobre a vida do Bruno pderia ser montado a partir dos mais de dois anos que ele passou na penitenciária Nélson Hungria. 
Mas vou usar um espaço desta mensagem para partilhar parte de uma carta que José Dilson liberou, lá da prisão no Senegal, por estes dias. 
Prepare-se para algumas emoções "diferentes"; agora, se você não tiver tempo prá ler, então, não leia. Mas acho que não deveria  não ler… 

Thiés, 25 de fevereiro de 2013.

Queridos 

Deus é grande e misericordioso, Ele não muda ou deixa de ser o que é, por causa do problema ou as dificuldades que eu possa estar vivendo. As circunstâncias  da vida, por mais difíceis que sejam,  não diminuem a glória ou a bondade de Deus. Eu não posso, de forma alguma tirar os olhos e a confiança no meu Senhor – estou com meus olhos fixos, esperando Nele. Já são duas horas da madrugada, e não estou conseguindo dormir; todas as noites são assim quentes, sem espaço pra me virar, desconfortáveis ao extremo. Com tudo isso, sei que  Jesus está ao meu lado e isso me conforta. Vejo meus 'colegas' todos dormindo e fico imaginando que Jesus quer ter um tempo comigo pra gente conversar um pouco, são nesses momentos que  tenho liberdade de falar um pouco das minhas frustrações, das minhas angústias, dos meus temores – que amigo querido, como o amo!
Passo nessas noites batalhas que não podem imaginar. Sinto a presença também do inimigo muito perto, soprando em meus ouvidos, dizendo que Deus não se importa comigo.  Que luta eu travo contra a auto-piedade, contra o sentimento de desespero, de solidão, de injustiça, de raiva e tantos outros que tentam se apoderar de mim.  Essa batalha mental repreendo em nome de Jesus, no nome daquele que derramou até a última gota de sangue por minha causa. Ele é infinitamente bom e sua misericórdia dura para sempre !
As batalhas são travadas nao somente a noite, mas também durante o dia. É preciso ter muita coragem, ao mesmo tempo humildade  e sobretudo  graça do Senhor para resistir as afrontas, as humilhações, arrogância e desrespeito. Algum tempo atrás, um senhor, muçulmano veio até mim, e começou  a me humilhar dizendo : «Você não é nada, você não sabe nada, e tudo que você ensina não vale absolutamente nada, você é menos que o dedinho do pé de qualquer um aqui»…  E assim continuou a me humilhar , me humilhar e me humilhar. Falou muitas palavras  duras e terríveis. Eu só lhe dizia : 
«Sim, pode continuar. Sim, sim, estou ouvindo. Continue !« E ele se empolgou e falou mais um monte de coisas tentando me afundar em seu inferno de palavras. Após um breve silêncio, perguntei : «Acabou ? Não quer dizer mais nada? Posso falar agora ?»  Com voz dura falou : Fale ! – esperando também em troca exaltação e arrogância. Comecei então dizendo : «Você tem razão, eu não sou nada mesmo, sou menos que um grãozinho de areia suja, sou pó, sou verme, sou trapo de imundície, sou um cão morto, e quase chorando  acrescentei : mas eu quero te apresentar a alguém que era tudo, era o criador do Universo, cheio de glória, o Senhor soberano, que apesar de tudo isso me amou de tal maneira que entregou sua vida para ser escarnecido, rasgado e derramou seu sangue por minha causa.   Mas não foi somente por mim, foi por você também, você é importante pra ele e Ele te ama, ele morreu pelos teus pecados e ressuscitou  para que você passasse a viver a vida eterna.» 
Esse homem, ao me ouvir falar assim, foi como se tomasse um  choque de 50 mil volts. Ele não esperava esta reação. Esperava que eu reagisse a altura. No entanto, com voz baixa agora me disse : «Tenho te observado e acompanho teus movimentos  por mais de um mês.  Fui enviado para te testar, para ver se  você realmente é um homem de Deus. E posso dizer que você é este homem de Deus que todos falam, pois o homem de Deus , quando é humilhado,  Deus lhe exalta. A partir de hoje você tem o meu respeito !
»  Fiquei estarrecido ao ouvir este homem citar a Palavra de Deus ! Agora ele é um dos meus melhores amigos; não se tornou cristão, mas nunca mais  se opôs em nenhum momento quando compartilho a Palavra.  Meus queridos, irmãos e  irmãs, quero dizer que sua vida está escondida em Jesus, não importa onde você está e qual a circunstância pela qual você está passando. Você pode estar  sendo humilhado, incompreendido, triste, angustiado, enfermo, em necessidades diversas, eu quero te encorajar neste dia  «lance sobre ele a tua  ansiedade pois ele tem cuidado de ti » … 
Há alguns dias atrás um outro companheiro, a quem tenho ministrado palavras  desde que entrei na prisão,  me perguntou : «Como faço pra ser protestante ?» Eu respondi :  
«Bom, vou te responder a essa pergunta de maneira diferente, vou imaginar que você está me perguntando como faço pra receber Jesus em meu coração e me converter a ele ?»  Mostrei-lhe então alguns versos da Bíblia, especialmente Rom. 3 :23 -6 :23;10 :9-10, e falei-lhe da queda no paraíso, da condenação e morte eterna, como resultados. E o plano de redenção através de Jesus e seu sacrifício na cruz. Falei-lhe que  para ser cristão é preciso crer em Jesus e obedecê-lo, e dentre muitas outras coisas eu lhe  perguntei: Você quer entregar a Jesus a sua vida, e passar a ser um discípulo dele, crendo  e obedecendo-lhe ? E ele respondeu :« Quero, quero dar-lhe toda a minha vida, quero viver para Ele». Este senhor é um francês de 55 anos. O Senhor tem me dado oportunidade para compartilhar do Seu amor com um público diversificado : católicos, ateus, muçulmanos, cristãos. Aleluia ! …
Choro e lamento estar preso, pois gostaria de estar com minha família, minha esposa, meus filhos, a quem amo profundamente. A liberdade não tem preço. Meu Deus, como é preciosa ! Tive-a tantos anos de  minha vida, e não sabia o quanto era importante, como eu deveria ter aproveitado para gastar  mais tempo  com pessoas que eu amava. Mas ao mesmo tempo me regozijo pelo fato de estar preso por causa do Evangelho. Depois da acareação com o suposto advogado que havíamos contratado o juiz me disse : «Meu trabalho está concluído, somente está pendente o
fato de você ter convertido crianças(menores)». Todas as outras acusações caíram por terra, o próprio juiz disse que não somos formadores de quadrilha e nos inocentou de toda a acusação do inimigo. Falou pra Zeneide que estava presa injustamente. Isso vem confirmar o que  sempre digo, que sou prisioneiro de Cristo, e o meu juiz é Deus, quando chegar sua hora Ele nos tirará daqui, e
quero sair com o sentimento de que fui fiel ao Senhor enquanto aqui passei. As dores, necessidades, enfermidades, desconforto, nostalgia, lágrimas, enfim tudo isso será recompensado quando apertarmos a mão de centenas de pessoas lá na glória. Quando fui ajudar a fazer o enterro do Amadu(um liberiano cristão que faleceu aqui na prisão no dia do Natal) pensei : « Um dia irei abraçá-lo lá na glória, e juntos louvaremos ao Senhor pela Sua salvação ». Glórias sejam dadas ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, a quem temos o privilégio de servir !

O prisioneiro de Cristo,
 José Dilson.

      
Se você viu, em fotos ou vídeo, Bruno com a Bíblia na mão no tribunal de Contagem, acredito piamente que você deve ter suspeitado de  diferenças substanciais entre os dois réus, as duas cenas. Quem conhece, de fato, os corações, é Deus. Mas note bem as palavras e as circunstâncias em torno deste outro prisioneiro, o réu  José Dilson. Trata-se, convenhamos, de uma carta marcante, não?
Elas exibem marcas que são sui generis
Humildade, de quem se coloca debaixo da poderosa mão de Deus, para que Ele, em tempo oportuno, de novo exalte (I Pedro 5.6); 
consciência de sua missão e do valor de sua vida (II Timóteo 1.12); 
consciência acerca da realidade da vida humana à sua volta (I Coríntios 9.19-22); 
consciência acerca de quem, de fato, é dono de seu destino (Filemon 1)… e por aí vai. 
Tá certo: toda vez eu transcrevo as passagens. Desta vez, te convido a procurá-las, seja em sua Bíblia "protestante", seja em sua Bíblia "católica". 
Veja lá…  

Prá terminar, deixo na particularidade de sua audição um hino composto mais de um século atrás. 
O autor, que também teve um ministério pastoral muto envolvido com missões cristãs, o compôs quando perdeu duas queridas sobrinhas de difteria. 
O coral do Park College, em Parkville, Missouri, o cantou ao redor do hospital onde as sobrinhas do compositor estiveram internadas, por haver várias outras crianças infectadas.  

Near to The Heart of God (1903)
Junto ao Coração de Deus
Cleland B. McAfee (1866-1944)

There is a place of quiet rest, 
Há um lugar de suave descanso, 
Near to the heart of God; 
Junto ao coração de Deus;
A place where sin cannot molest, 
Um lugar onde o pecado não pode molestar,
Near to the heart of God!
Junto ao coração de Deus!

 O Jesus, blest Redeemer,
OH, Jesus, bendito Redentor, 
 Sent from the heart of God, 
Enviado da parte do coração de Deus,
Hold us who wait before Thee 
Sustém-nos, a nós que ante a Ti esperamos 
Near to the heart of God! 
Junto ao coração de Deus!There is a place of comfort sweet, 
Há um lugar de doce conforto, 
Near to the heart of God; 
Junto ao coração de Deus; 
A place where we our Savior meet, 
Um lugar onde nos encontramos com nosso Salvador
Near to the heart of God!
Junto ao coração de Deus!
There is a place of full release, 
Há um lugar de plena libertação, 
Near to the heart of God; 
Junto ao coração de Deus;
A place where all is joy and peace, 
Um lugar onde tudo é gozo e paz, 
Near to the heart of God! 
Junto ao coração de Deus!

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 97 : “MAIS QUE UM ASTERÓIDE…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 03 de Março de 2013

Você já ouviu falar de Chelyabinsk? É uma cidade russa que fica a 1800 quilômetros de Moscou, bem na fronteira geográfica da parte asiática com a parte européia do país, nas 'fraldas' dos montes Urais. Tem mais de um milhão de habitantes, e estes foram relativamente surpreendidos com um recente e preocupante incidente natural: 
Um asteróide, que perambulava descomprometidamente pelo espaço em sua órbita, resolveu de repente fazer uma 'visitinha' ao nosso planeta, e entrou na atmosfera. 
Segundo os cientistas, só de deixar o espaço 'etéreo' lá de fora, e entrar na nossa atmosfera, sua categoria de corpo celeste foi mudada de "asteróide" para "meteoro". 
Estima-se que tinha "apenas" dez toneladas de peso, e uns 18 metros de diâmetro médio, mas que sua velocidade de invasão era de 55 mil km/hora. 
Já pensou? No entanto, um cientista russo, Yuri Zaitsev,  falou: "se este asteróide tivesse explodido mais próximo da cidade, o desatre de Chernobyl não nos pareceria tão grave! "
Quando ele entrou na nossa atmosfera, o nosso ar lá de cima não gostou da invasão e resistiu ferozmente. Com isso, o asteróide transmudado em meteoro esquentou tanto (deve ter sido de irritação pela resistência), se avermelhou, e se partiu na explosão de um punhado de pedaços, numa altitude duas vezes mais alta que a maioria da altitude de cruzeiro dos maiores jatos. 
Logo que se partiu, já não havia mais um meteoro, e sim uma quantidade grande de meteoritos. Mesmo assim, cerca de 1500 pessoas ficaram feridas na cidade, por conta dos efeitos colaterais da explosão  lá nas alturas. 

Dizem alguns que tivemos sorte… Em 1908, por exemplo, um outro asteróide que veio à Terra, cinco vezes maior que o recente de Chelyabinsk, causou uma explosão equivalente a 1000 bombas de Hiroxima, destruindo 80 milhões de árvores em 2000 quilômetros quadrados, além dos danos às pessoas da região. Dizem ainda que a lua, Marte e Vênus têm sua superfícies recobertas por gigantescas crateras, devido aos múltiplos choques causadas por asteróides. 
Aqui mesmo, no nosso mundo, há crateras de até 300 quilômetros de diâmetro, como a da África do Sul, e dizem que surgiram do mesmo modo. 
Mas há astrônomos que causaram maior preocupação com seus prognósticos, dizendo que daqui prá frente a coisa tende a piorar. 
Não se sabe o que pode estar deixando estes bólidos 'estrangeiros' cada vez mais atraídos pelo nosso planeta. O mesmo cientista russo adverte que têm sido descobertos mais asteróides na última década do que nos dois séculos que a antecedeu. Disse ele que os choques serão inevitáveis, mas grande pergunta é: "Quando, de fato, ocorrerão? "
Li que a NASA estimou que, dos milhões de asteróides que vagueiam sem ter o que fazer pelo espaço, são 'apenas' cerca de cem mil os que têm órbita com algum risco para a terra. Mas, eles acham que 'apenas' uns quatro mil destes merecem ser vigiados por 'nós'… Não é confortador saber? 
Há cientistas, na Rússia e nos Estados Unidos, que começam até a sugerir medidas para impedir, no futuro, um impacto mais catastrófico. 
Bacana, não? É confortador mesmo!!! 

Bem, até que pensei em deixar de lado um pouco esse clima de reflexão preocupante (para alguns), mas me é inevitável pelo menos mais uma informação. 
Não sou cientista, muito menos da categoria de astrônomo, mas quero falar de um outro 'asteróide' que está sendo aguardado, cuja entrada na atmosfera do nosso planeta provocará efeitos de extensão literalmente global. Não sei se é prá daqui algumas décadas, ainda, ou daqui algumas semanas, apenas. Simplesmente não dá prá prever… Prá ninguém prever…  
Francamente falando, uso a designação de "asteróide" num sentido figurado. Na verdade, deveria denominar como uma grande rocha, em meio a uma esteira candente de destruição e juízo, que vai abalar todo o planeta. Li tudo que se pode saber a respeito dele num livro rigorosamente confiável em cada palavra que nele está escrito. Por um lado, é uma "rocha" que serve de amparo e proteção para os que nele se escudam. Por exemplo: 
"Só Ele [Deus] é a minha rocha e a minha salvação; a minha fortaleza: jamais serei abalado. 
Só em Deus, ó minh'alma, repouse, porque Dele vem a minha esperança. Ele é a minha rocha e a minha salvação, a minha fortaleza; jamais serei abalado" (Salmo 62:7-8, BCF).  
E mais: 
"… o Senhor é justo. Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça" (Salmo 92:14, NVI).  
Por outro lado, é "rocha" de esmagar, de destruir, de abrir crateras… Por exemplo:
"Portanto assim diz o Senhor Deus: Eis que assentei em Sião uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada; aquele que crer não foge. Farei do juízo a régua, e da justiça, o prumo. A saraiva varrerá o refúgio da mentira e as águas arrastarão o esconderijo. A vossa aliança com a morte será anulada, e o vosso acordo com o além não subsistirá; quando o dilúvio do açoite passar, sereis esmagados por" (Isaías 28:16-18, ARA).  
E mais, também:
"Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão; e a terra, e as obras que nela há, se queimarão." (II Pedro 3:10, ACRF). 
Deu prá perceber? Muito mais merecedor de atenção do que a órbita dos grandes e pequenos asteróides, de quão perto ou longe passam do nosso planeta, se o risco de choque é prá longe ou perto no tempo, se a extensão desse risco é somente local, ou amplo, ou mundial, é o evento vindouro da entrada da Rocha Eterna em nossa atmosfera, vindo recolher, dos quatro cantos da terra, os que lhe pertencem. 
Preste atenção, transcrevo aqui palavras daquele que é chamado Rocha Eterna, conforme foi traduzido pelo padre Antonio Figueiredo, e aprovado pelo texto da CNBB: "Logo depois da tribulação daqueles dias o sol vai ficar escuro, a lua não brilhará mais, e as estrelas cairão do céu, e os poderes do espaço ficarão abalados.
Então aparecerá o sinal do Filho do Homem no céu; todas as tribos da terra baterão no peito, e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e grande glória. Ele enviará seus anjos que tocarão bem alto a trombeta, e que reunirão os eleitos dele, desde os quatro cantos da terra, de um extremo do céu até o outro." ( Evangelho de Mateus, 24.29-31). 
A NASA, a Academia Russa de Ciências, e todos mais (inclusive nós), faríamos bem mais vantagem em manter nossa observação nesse auspicioso evento, mais que nos quatro mil, da população de cem mil, do universo de milhões de asteróides que vagueiam pelo espaço. Todos eles estão nas mãos do Criador. 
Quisera o Criador que cada uma de nossas vidas também o estivesse!

Já usei, uma vez, a clássica composição de Augustus M Toplady (1740-1778), Rock of Ages Cleft For Me (Rocha Eterna, Abre-te Para Mim). 
Ameaçado por uma tempestade sem precedentes numa viagem, foi na fenda de uma rocha nas montanhas de Mendip, Inglaterra, que ele encontrou refúgio. 
Essa fenda o fêz lembrar que refúgio seguro há na Rocha eterna que é Jesus; daí, veio a composição. 
Já no século vinte, outro compositor aborda o mesmo tema num hino que compôs. A circunstância era diferente, mas a motivação era a mesma.  
Poesias de esperança eram seu tema predileto. É a mensagem musical que fecha a palavra de hoje. 
A interpretação está em Português, cuja versão torna um pouco mais pobre a letra original. 
Canta o Quarteto Vox. 

HIDE THOU ME (1926) 
Esconda-me em Ti
Thoro Harris (1874-1955); Melodia de L. R. Tolbert (desconheço-lhe qualquer dado biográfico) 

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
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BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
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N° 96 : “GIRASSÓIS…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 24 de Fevereiro de 2013

Ontem, a aluna de um venerável professor de estudos em EAD – ela residente no Brasil, ele na Holanda – homenageou o aniversário dele (8,5 décadas) mandando, no fórum internético da escola, uns girassóis junto com sua mensagem. Segundo ela, a razão da homenagem com girassóis é porque esta flor, além de exuberante, carrega consigo um significativo símbolo, lá no país do professor: 
simboliza um cristão; assim como o girassol está sempre com a face em busca do sol, assim o cristão tem sua face em busca do "sol da justiça", o seu Mestre e Redentor Jesus. 
Eu, que fui, algumas décadas atrás, privilegiado por ter sido aluno presencial daquele mestre de raras qualidades, ainda acrescentei palavras derivadas do texto de Provérbios 4.18:
"Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito" (ARA).
Sugeri que estas palavras se aplicam bem à sua vida. 

É assim mesmo! Há vidas que conseguem ser inspiradoras e estimulantes a outrem. Algumas, são marcantes mesmo. 
Há somente um "sol da justiça" – "Mas para vocês que reverenciam o meu nome, o sol da justiça se levantará trazendo cura em suas asas. E vocês sairão e saltarão como bezerros soltos do curral." (Malaquias 4.2, NVI). Assim foi ele prometido, séculos antes de vir ao mundo. 
No entanto, esse sol da justiça se torna perceptível através da multidão de luzeiros secundários que refletem a sua luz no mundo. 
Neste caso, segundo a afirmativa salomônica, a luz vai brilhando mais e mais, até ser "dia perfeito"… Mesmo que a idade avance. 
Somente a presença e a companhia íntima do "sol da justiça" pode propiciar isto. Fora dele, é como diz ainda Salomão:
"A estrada dos iníquos é tenebrosa; nem percebem aquilo em que hão de tropeçar " (Provérbios 4:19, BCF). 
Mas, ante a face do "sol da Justiça", somos tais quais privilegiados e exuberantes girassóis. . . 
É como diz aquele belo hino de Alma Androzzo: "Se eu puder ajudar alguém, enquanto sigo, se puder encorajar alguém com uma palavra ou canção, se puder mostrar a alguém que seu caminho está errado, se eu cumprir meu dever cristão, se eu puder espalhar a mensagem que o Mestre ensinou, então, minha vida não terá sido em vão" (versão livre)… 

A propósito, há um personagem na Bíblia que não apenas chama atenção; ele conclama em alto e bom som pela atenção dos nossos olhos e ouvidos. 
É um verdadeiro girassol… 
Nasceu por milagre – nenhum médico afiançaria seu nascimento, o que veio a alegrar seu pai e sua mãe. 
Nascido, foi consagrado ao Senhor. 
Consagrado, foi de uma intimidade com Deus que se tornou invejável. 
Nessa intimidade, traçou os rumos da nação. 
Não é todo dia, não é com qualquer um de nós que Deus tenciona mudar os rumos de uma nação. 
Mas, mesmo que Deus não reserve aos demais de nós tão altos privilégios, a vida do profeta Samuel foi altamente inspiradora, sob vários aspectos. 
Eu creio que conseguiria enumerar vários destes aspectos…
No entanto, talvez um deles seria meu destaque, e ele poderia ser resumido numa frase, pronunciada pelo próprio profeta, quando ainda bem novo :
Na experiência relatada em I Samuel 3.1-14 (vale a pena ler o "antes" e o "depois" também…), toma-se conhecimento de que a Palavra de Deus andava meio rara nos dias do sacerdote Eli, dias dos últimos juízes de Israel, antes da instauração da monarquia. 
Mas a sabedoria divina conduziu Eli a orientar o noviço Samuel com uma resposta precisa, quando Deus chamasse pelo seu nome – 
"Fala, Senhor, porque o teu servo ouve!" (I Samuel 3.9,10, ACRF).
Não é isto mesmo que Deus quer dos seus justos, dos seus filhos, dos que afirmam temer o seu nome? 
Ouvidos prontos a ouvir-Lhe; boca pronta a expressar esta disposição; coração (ouvidos) inclinados em sua direção, como um girassol se inclina na direção do astro-rei… 

Vivemos um tempo em que a pressa para falar, a 'falta de tempo' para a Palavra de Deus, é tão grande, que não são muitos os justos e filhos de Deus que têm experimentado a ditosa experiência que Salomão diagnosticou. O açodamento da vida empana e ofusca tal realidade. 
Eu diria isto, sim. Só há um meio pelo qual a vereda dos justos pode se tornar como um alvorecer, como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais, até ser dia perfeito:
Se a atitude for como a de Samuel, retratada nas palavras : "Fala, Senhor, porque o teu servo ouve! ", então a garantia de que a nossa vida será como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito, está prontamente ao alcance. 
Que tal eu e você experimentarmos esta fantástica realidade? Que tal sermos como girassóis?

Reservei, para hoje, uma outra preciosa mensagem musical, convertida de minhas fitas cassete gravadas décadas atrás, do som da Keswiick Radio (Moody Bible Institute Broadcasting System). 
O hino é inspirado na vida do pequeno Samuel. 
O seu compositor, escocês de Edimburgo, não obstante haver composto mais de uma centena de hinos, viveu apenas 41 anos de idade. 
Foi também um "girassol". Foi ministro do evangelho na sua terra natal, na ilha da Madeira e ainda em Londres, Inglaterra, onde faleceu de uma severa pneumonia. 
Neste hino, ele expressa em voz de oração a profunda inspiração da vida e atitude do pequeno Samuel – aquele girassol – em sua própria vida. 
O coral masculino que canta preservou a mensagem segundo o costume do canto 'a capella'. 
Embora a gravação não esteja mais com grande qualidade, dá gosto perceber a harmonia das vozes, e a tangente oração. 
Note bem: trata-se de mais uma de minhas "pérolas", que aqui compartilho… Já foram muitas as ocasiões em que as emoções me arrebataram, ouvindo e cantando isto.

THE CHILD SAMUEL (1854)
O Menino Samuel
James Drummond Burns 
(1823-1864)
(Melodia de Arthur S. Sullivan : 1842-1900)

Oh, give me Samuel's ear…
Oh, dá-me os ouvidos de Samuel…
The open ear, O Lord,
O ouvido aberto, ó Senhor, 
Alive and quick to hear
Atento e lépido a ouvir 
Each whisper of Thy Word!
Cada sussurro da Tua Palavra!
Like him, to answer at Thy call,
Tal como ele, responder ao Teu chamado, 
And to obey Thee first of all.
E obedecer a Ti antes de tudo.  

Oh, give me Samuel's heart…
Oh, dá-me o coração de Samuel…
A lowly heart, that waits
Um coração humilde, que contempla
Where in Thy house Thou art,
Onde, em Tua casa, Tu estás, 
Or watches at Thy gates!
Ou vigia em Teus portais!
By day and night, a heart that still
Seja ao dia, seja à noite, um coração que, silente
Moves at the breathing of Thy will.
Move-se sob o resfolegar da Tua vontade.  

Oh, give me Samuel's mind…
Oh, dá-me a mente de Samuel…
A sweet, unmurmuring faith,
Uma doce fé, sem murmuração,  
Obedient and resigned
Obediente e resignada
To Thee in life and death!
A Ti, seja na vida ou na morte!
That I may read with childlike eyes
Que possa eu ler com olhos como de criança
Truths that are hidden from the wise!

Verdades que são ocultas aos sábios! 
 

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Abraços, até próximo Domingo (Tg 4.15) 
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional