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Author Archives: Priscila

N° 95 : “VERDADEIRO AMIGO…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 17 de Fevereiro de 2013

Uma conversa até certo ponto nostálgica nesta semana me fez lembrar de amigos do passado. Quando os verei de novo? Eu bem que gostaria…
Alguns até estão nas listas de remessas destas singelas mensagens, mas em lugares distantes… 
Amigos! ? Sim, mas, o que realmente é isto – um amigo? 
Sem desprezar qualquer dos meus amigos de anos variados, vale a pena pensar:
Que força consegue, em termos práticos, transformar esse tipo de adjetivo num autêntico substantivo? 
Quero dizer, uma transformação de mera qualidade em vera essência! 
Quem cultiva amigos do tipo que façam jus a todas as letras graúdas na palavra? Hoje em dia isto não é mais tão frequente, convenhamos… 

Diz o poema da Martha :
"Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo contruído. 
São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos. 
Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos. 
Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta. 
Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado. 
Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador. 
Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém!
"
E o grego de saber enciclopédico filosofou :
"O que é uma verdadeira amizade? É uma única alma habitando dois corpos!"
E eu ainda acrescentaria: Uma boca que fala, quando deve falar, e que se cala, quando deve calar…

Mais profundidade ainda tem a revelação do Livro de conteúdo eterno, nas palavras daquele que foi insuperável em sabedoria, quando diz :
"Em todo tempo ama o amigo; e na angústia se faz o irmão…  O homem que tem muitos amigos sai perdendo; mas há amigo mais chegado que irmão " (Provérbios 17.17 + 18.24, ARA). 
Não quer dizer o texto que não haja irmão que não seja amigo de verdade – pois há! 
Quer dizer, antes, que a verdadeira amizade é aquela, que pode razoavelmente ser interpretada na frase de Aristóteles. É aquela que até pode superar as relações de sangue. Em tais circunstâncias as condições de "amigo" e de "irmão" podem mesmo se confundir… 
Bem, talvez eu devesse ser um pouco mais consistente e pertinente; e vou tentar, adiante…

Nesta vida já tive oportunidade de perguntar a algumas pessoas, em conversas bastante particulares, dando uma de… 'psicólogo'  – Você tem amigos?  
É claro que não pretendia perceber-lhes a existência de uma amizade frugal, corriqueira, comum. Se necessário, eu estava pronto a destrinchar melhor minha pergunta, conforme o alvo por ela perseguido. Doutro ângulo, jamais me lembro de haver alguém ter feito essa mesma pergunta a mim. Pelo menos, não com a intenção com que, em casos vários, eu a fiz… 

Como se pode ver pela voz dos sábios e poetas, uma amizade autêntica pode parecer, a muitos, uma raridade. Serão eles desmentidos ?
Idealmente, é aquela que jamais decepciona, e nem corre o risco, jamais… 
Assim,como não poderia deixar de ser, penso que há caso único, singular mesmo, que deva ser meu paradigma : 
"Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; chamei-vos de amigos, porque vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai" (João 15.15, BCF). Quem disse isto foi aquele que, sendo Deus e sendo rei sobre toda a criação, resolveu também fazer-se amigo daqueles que carregou para junto de si.  
Ele mesmo – o Senhor, Jesus Cristo!

Isto faz-me lembrar o cântico infantil que aprendi, naquela fase:
"Jesus é o amigo leal, Jesus é o amigo leal! Jesus é o nosso salvador, Jesus é o amigo leal!"
É um amigo um tanto diferente :
Nós não o vemos ao lado (ainda não);  mas, surpreendentemente, é quem mais próximo podemos sentir…
Não podemos tocá-lo, apertar-lhe a mão, dar-lhe um abraço (ainda não); admiravelmente, porém, não há alguém com uma presença mais tangível… 
Não precisamos do seu número de celular, do seu 'fixo', mas podemos, a qualquer momento, levar a ele nossas inquietações, nossos queixumes, nossas aspirações, nossas decepções; a única pessoa a quem ele revela nossos segredos é a pessoa do Pai… 
Não o encontramos no Facebook, nem em qualquer outra rede de relacionamento; mas ele é bem mais fácil de ser encontrado, até por quem não tem internet… 
Fora desse círculo de confiança – nós, na individualidade de cada um, ele e o Pai – ninguém mais vai conhecer os segredos que lhe endereçamos. 
Ele é solidário, pois sabe colocar-se em nosso lugar. 
"Por essa razão era necessário que ele se tornasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos, para se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel com relação a Deus e fazer propiciação pelos pecados do povo. Porque, tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados." (Hebreus 2. 17,18, NVI).

Não há amigo melhor, mais verdadeiro. E tem outra: se queremos cultivar com nossos amigos uma verdadeira amizade, não há outra escola onde treinar – é a escola do "amigo Jesus".  Podemos até fazer prova, ele permite. Ele permite ser testado.  
Ele não decepciona ninguém. Não há tão grande, tão fiel  amigo. 
Você tem amigos? De verdade? Que tal este, que também para mim é o mais chegado? 

O hino de hoje, que desfecha a nossa singela mensagem, é uma preciosa mensagem. Considero eu que sua letra original é bem mais expressiva do que a versão. 
É mais fiel à circunstância que levou o autor a escrevê-la. Se alguém se interessar pela letra original, pode pedir que mando. 
Seu autor era um evangelista itinerante. Assim como qualquer de nós, também fez coisas de que se arrependeu. Experimentou distanciamento de pessoas (amigos?), por causa do evangelho. Não tendo conseguido administrar, ao mesmo tempo, o ministério e as coisas do lar e as necessidades da esposa, teve a desventura de vê-la abandonando-o, para "usufruir melhor desta vida", conforme declarou ao esposo. Segundo suas palavras, naquele dia o mundo desabou debaixo dos seus pés.  Chegou a pensar que não valia mais a pena viver : vivo ou morto, quem se interessa por mim? – pensou. Mas logo pediu perdão a Deus, por abrigar momentaneamente tal tipo de pensamento insano. Procurou a reconciliação com sua esposa por um bom tempo, mas o tempo foi, digamos, insuficiente. Ela, por seu turno, acabou não tendo muito tempo para "usufruir a vida": morreu pouco tempo depois de um ataque cardíaco fulminante. Sobre o assunto, Charles declarou: "Eu sempre a amei, e ela me faz muita falta. Contudo, como vou desvendar os mistérios de Deus? Ao contrário, sei que Ele sempre faz o melhor e mais sábio, e um dia, se quiser, poderá me dizer porque tudo isto aconteceu. Até lá, quero apenas dizer ao mundo que ' Ninguém jamais se interessou por mim como Jesus” (No One Ever Cared For Me Like Jesus). Em Jesus encontrou ele um verdadeiro amigo – o consolo e o cuidado definitivos, pelo resto de sua vida.

NO ONE EVER CARED FOR ME LIKE JESUS (1932)
(Ninguém Jamais Se Interessou Por Mim Como Jesus)
Charles Frederick Weigle (1871-1966)

Você vai poder ouvir uma versão em nosso idioma. 

Enquanto o coro da versão diz … 
Sempre cuidará de mim, meu Mestre,
Com desvelo e compaixão sem fim!
Nenhum outro tira a culpa do pecado.
Oh! como Ele ama a mim!

A letra original diz :
No one ever cared for me like Jesus
Nenhum outro jamais se importou comigo como Jesus
There's no other friend so kind as He
Não existe outro amigo tão gentil  quanto Ele
No one else could take the sin and darkness from me
Ninguém além dele poderia livrar-me do pecado e da escuridão
Oh! How much He cared for me!
Oh! Quanto se importou Ele comigo!

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 94 : “PEDRA ANGULAR…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 10 de Fevereiro de 2013

Faz uma semana que o estádio do Mineirão foi reaberto ao público. Fica relativamente perto de onde moro. 
Está chegando o 'espetáculo' da copa das confederações, depois vem o da copa do mundo, depois vem o da olimpíada. 
Belo Horizonte está entre as capitais a receber espetáculos daqueles futuros eventos (se Jesus não voltar antes, causando aquele 'espetáculo universal' final)…  
Dando uma passada por lá, no trajeto para levar meu 'caçulinha' ao Parque Guanabara, deu prá ver o "gigante da Pampulha" todo restaurado, bem como as novas construções. Ficou, realmente, imponente. Muitas modificações de vulto. Comentei com minha esposa: parece que agora não é mais possível um cidadão comum vir com seus filhos para andar de bicicleta nos páteos, como antes – está todo cercado, portões de bilheteria mais avançados… É! Deve ser necessário arrecadar muito dinheiro para se pagar o investimento… 
Mas o povo corresponde: no Domingo em que foi reinaugurado, ainda várias horas antes do primeiro jogo da nova fase, os torcedores já acorriam ao seu "templo". 

Fez-me lembrar Jesus, estando com seus discípulos no templo em Jerusalém, erigido por Herodes. 
Um deles exclamou, extasiado : "Que pedras, que construções ! " (Evangelho de Marcos, 13.2, ARA).
Mas Jesus logo acudiu, aproveitando 'a deixa' : "Vês estas grandes construções? Nâo ficará pedra sobre pedra, que não seja derribada!" (Marcos 13.2, também). 
Sua predição tinha um sentido histórico e um didático: o histórico se referia ao começo do procedimento judicial divino, cujo ponto de partida foi a "casa de Israel", a nação constituída sob a descendência física de Abraão; o didático, repousa sobre o caráter tipológico, ainda futuro hoje: O juízo que começou pela "casa de Israel" há de se consumar sobre o mundo inteiro, em sua volta. 
E aí, pensei, numa apropriação 'quase indébita', com a imagem do novo e imponente Mineirão na cabeça : "não ficará pedra sobre pedra" ali também… 

Naquele mesmo episódio do evangelho (talvez com uma separação de horas, ou minutos), Jesus pronunciou um acréscimo significativo à profecia que acabo de lembrar. Por conta do orgulho judaico acerca de seu majestoso templo, Jesus advertiu seus ouvintes, :
"Nunca lestes nas Escrituras: A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se a pedra [principal], angular; isto é obra do Senhor, e é admirável aos nossos olhos" (Evangelho de Mateus, 21.42, BCF). Isto foi citado do Salmo 117.22. Humanamente falando, diria : "Que pena!". 
Um apóstolo designou os "apóstolos e profetas" da Escritura como "fundamento" (Efésios 2.20); outro apóstolo deixou um eminente apelo. 
"Livrem-se, pois, de toda maldade e de todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência. Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação, agora que provaram que o Senhor é bom".
À medida que se aproximam dele, a pedra viva — rejeitada pelos homens, mas escolhida por Deus e preciosa para ele — vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo.  Pois assim é dito na Escritura: "Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa, e aquele que nela confia jamais será envergonhado"Portanto, para vocês, os que crêem, esta pedra é preciosa; mas para os que não crêem, 'a pedra que os construtores rejeitaram se tornou pedra angular 
" (I Pedro 2.1-7, NVI).

Que tipo de construção poderia sair de um alicerce em que a pedra de ângulo, a que proporcionava o esquadro, a ortogonia para toda a obra, fosse desprezada? 
Ela é o gabarito para todo o alicerce e, de resto, para toda a construção. 
Isto aponta para uma dupla funcionalidade desta "pedra": referência para todo o alicerce, ou obstáculo de tropeço para os que a desprezam… 
Esse é Jesus: o gabarito, o referencial de todo alicerce seguro. 
Se os judeus quizessem preservar uma religião ajustada com Deus, até uma vida ajustada com Deus, jamais poderiam ter desprezado a "pedra angular".  
Se católicos romanos quizerem ter uma religião ajustada com os propósitos divinos, isto começa do mesmo jeito: com a "pedra angular" – Jesus!
Se evangélicos, igualmente, quizerem ter uma religião ajustada com os propósitos divinos, isto começa também do mesmo jeito: com a "pedra angular" – Jesus!
Posso trocar a palavra "religião" por "filosofia de vida", por "sentido de existir", por "projetos pessoais", por "empreendimentos" de toda natureza, que nada mudará na diretiva. 
Sem o referencial basilar, o alicerce será irregular; por conseguinte, a edificação será irregular e insegura. 
Não há filosofia de vida, não há sentido de existir, nem projetos pessoais ou empreendimentos de toda natureza que garantam significação genuína, se não forem instalados, assentados e firmados sobre a rocha, o fundamento verdadeiro, a "pedra angular" – é Jesus! E só Jesus, sem nenhuma outra 'concorrência'!

Pergunto: se vc fosse convidado a efetuar uma lista de seus projetos pessoais ou seus empreendimentos (futuros ou presentes), separando-os em duas colunas: a primeira, dos que nasceram (ou são gestados) de sua própria mente e coração;  a segunda, que nasceram (ou são gestados) com uma reflexão verdadeira sobre como assentar tais projetos "sobre a pedra angular", a "rocha eterna", o "alicerce referencial", quantos e quais teria listados na segunda coluna?
Entre os projetos presentes, quero me referir a todos, sem exceção, desta vida; entre os projetos futuros, quero me referir aos que ainda estão por vir mas, especialmente, ao projeto para a vida vindoura, no "porvir"…
Se Jesus não é "pedra angular" para referência na vida de qualquer de nós, só restará uma possibilidade: será ele "pedra de tropeço", isto é, de juízo, de cobrança pelo desprezo. 

O hino de hoje, que desfecha a nossa singela mensagem, é mais um das minhas recuperações de antigas gravações de rádio.
O compositor do mesmo, membro de uma igreja batista nos Estados Unidos, ainda é vivo. 
Ele compôs o hino depois de pelo menos duas "bordoadas" severas da vida que o abalaram (embora "todas as coisas concorram para o bem dos que amam a Deus"): 
a perda do irmão mais velho, em 1980, que com ele e outro irmão compunham o trio Goss Brothers, e o acometimento de um câncer, contra o qual ainda luta. 
A mensagem assentada sobre a melodia é derivada do texto de Salmo 117.22, Mateus 21.42,Efésios 2.20 I Pedro 2.6,7
Quis ele deixar, em verso e arranjo musical, a mensagem de que, mesmo que o mundo se abale, a "pedra angular" jamais será abalada, nem aqueles que 'nela' se firmam.

Ouça, em voz coral masculina mui harmoniosa…   

 

JESUS IS THE CORNERSTONE (1986) 
Jesus é a Pedra Angular
Lari Goss (1945-     )

Jesus is the Cornerstone,
Jesus é a Pedra Angular
Came for sinners to atone; 
Veio para propiciar os pecados de pecadores
Though rejected by His own, 
Ainda que rejeitado pelos 'Seus' [João 1.11]
He became the Cornerstone!
Ele se tornou a Pedra Angular 
Jesus is the Cornerstone!
Jesus é a Pedra Angular!

When I am by sin oppressed,
Quando estou oprimido pelo pecado 
On the Stone I am at rest;
Sobre esta Pedra eu encontro descanso
When the seeds of truth are sown,
Quando as semestes da verdade são semeadas 
He remains my Cornerstone!
Ele permanece minha Pedra Angular
Jesus is my Cornerstone!
Jesus é a Pedra Angular!

Rock of Ages, cleft for me,
Rocha Eterna, fende-te para me proteger 
Let me hide myself in Thee…
Deixa-me ocultar em Ti… 
Rock of Ages, so secure,
Rocha Eterna, tão segura, 
For all time it shall endure;
Há de prevalecer para todos os tempos;
Till His children reach 'their home',
Até que Seus filhos cheguem ao 'seu lar',
He remains the Cornerstone!
Ele permanece a Pedra Angular!

Till the breaking of the dawn,
Até que venha o rompimento da alvorada,   
Till all footsteps have ceased to roam;
Até que todos os passos vagueantes cessem;  
Ever let this truth be known,
Para sempre ecoe esta verdade, 
Jesus is the Cornerstone!
Jesus é a Pedra Angular!
Jesus is the Cornerstone!
Jesus é a Pedra Angular!

Jesus is the Cornerstone!!!
Jesus é a Pedra Angular!!!

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 93 : “ME LEVA PRA CASA…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 03 de Fevereiro de 2013

O lastimável episódio da boate Kiss, na cidade de "Santa Maria", Rio Grande do Sul, instigou a sensibilidade de muita gente, não só em nosso país. Estando fora de Belo Horizonte, não tenho dados atualizados; no entanto, é de conhecimento amplo que o número de vítimas ultrapassou duas centenas. Algumas pessoas dentre os que me lêem pediram:

– Que tal uma mensagem sobre o assunto?

 Bem! Cheguei a pensar em dois ou três ângulos diferentes de abordagem, ao ensejo. Isto, até que li uma matéria a propósito de históricos incêndios no Brasil. Foi retratado o caso da cidade gaúcha, também o dos edifícios Joelma e Andraus, em São Paulo (década de Setenta), e ainda o do Gran-Circo Americano, em Niterói, início da década de Sessenta. Desta última ocorrência, vi e ouvi um depoimento que se avolumou em minha atenção – resolvi elege-lo na minha preferência. Foi o caso de um oficial militar do estado do Rio de Janeiro, sobrevivente desta última tragédia. Ele contou que quando o pânico tomou conta de todos sob a lona que incendiava, seu pai, puxou a ele e sua irmã pelas mãos e arrastou-os para fora do circo. Foi o suficiente para salvar os dois filhos, ainda crianças. 

Foram mais de 500 as vítimas naquele episódio (mioria crianças), mas o ato seguinte que as duas crianças procederam, vendo-se salvas pela mão do pai, foi pedir-lhe :

– Pai, leva a gente prá casa ? …  

Talvez a grande diferença entre o lastimável incêndio do circo, anos Sessenta, e o lastimável incêndio da boate Kiss, nesta semana, é que no primeiro caso grande parte dos espectadores do espetáculo estava acompanhada dos próprios pais; no caso recente, provavelmente todos os pais estavam a dormir, enquanto seus filhos perdiam a vida na madrugada.

O detalhe daquele militar que chamou minha atenção foi este: no meio de muitos que perderam tragicamente a vida, as mãos do seu pai foram, para ele e sua irmã, socorro, salvação, e condução segura para casa; ele estava junto.

 Não tenho como não associar este fato real, ilustrativo, com dois outros eventos reais – um passado, outro futuro. Quando, cerca de quatro mil anos atrás, Deus decidiu exercer juízo de destruição sobre as cidades de Sodoma e Gomorra, por amor a Abraão Ele ordenou a Ló e sua família que deixassem rapidamente a primeira cidade, sem olhar para trás. Como Ló e os seus amavam a perversa cidade, sua hesitação em cumprir a determinação divina foi superada – mercê divina – com intervenção de graça: anjos tomaram a Ló e sua família pelas mãos, conduzindo-os para fora do antro de destruição.

"Como, porém, estivesse Ló a se demorar para sair, pegaram-lhes os anjos pela mão, a ele, sua mulher e suas duas filhas, sendo-lhes misericordioso o Senhor, e o tiraram, e os puseram fora da cidade" (Gênesis 19.16, versão livre minha).

 Aquele fato antigo foi registrado na Bíblia por razões pedagógicas. Aparentemente, Ló e sua casa não estavam muito convencidos de que a saraivada de pedras e fogo destruiria sua cidade. Se lá ficassem, morreriam junto com todos; foi a mão de Deus, por meio dos anjos enviados, que lhes trouxe livramento e vida. Mas, a mulher de Ló, talvez dos quatro a que mais amava a cidade pervertida, resolveu olhar para trás, e morreu salinizada (Gênesis 19. 26). Para enriquecer o caráter didático do significado de tudo o que se pode acrescer, Jesus Cristo disse: "Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás, é apto para o Reino de Deus " (Lucas 9.62, ARA).

 Posso dizer que a vida é, para muitos, como o espetáculo do Circo Americano, ou como a balada da boate Kiss: até certa altura do tempo, tudo parece pura diversão, até que o inesperado incêndio faz tamanha destruição. E aí vejo oportuna a inserção do outro fato real, o que é futuro. Como diz o Livro Santo: "Assim como foi nos tempos de Noé, assim acontecerá na vinda do Filho do Homem; nos dias que precederam o dilúvio, comiam, bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. E os homens ignoraram, até que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim também será na volta do Filho do Homem " (Mateus 24.37-39, BCF). Tal como no episódio do circo, haverá muitos que hão de perecer sem salvação; mas, haverá também socorro do Pai Amoroso, por meio do Anjo que é Seu Filho, conduzindo pela Sua própria mão vidas, para fora do cenário de destruição vindouro. A verdade é que está anunciado, para breve: "Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidos" (II Pedro 3.10, ARA)". A Mão que conduzirá para fora do fogo é a Mão que hoje chama a Si, por meio do Seu Filho – Jesus Cristo. Sem essa Mão, não haverá escapatória, como ocorreu a centenas em "Santa Maria" e no circo.  A Mão que trará o escape é a mesma Mão que faz (e fará) deitar-me faz em pastos verdejantes e que; guia-me mansamente a águas tranqüilas. (Salmo 23.2, ARC).

Uma pergunta para  este momento oportuno: quando vier o Filho do homem, o Rei dos Reis, com seu séquito celestial, pronto para estabelecer aquele cenário final, e sua Mão salvadora estiver estendida para conduzir "para casa" os que Lhe pertencem, estará a sua mão unida à Dele? Se há um componente didático importante a ser extraído do episódio recente na boate Kiss, assim como do circo Americano, é este: o Dia Final está perto, a hora é inesperada, o "incêndio" é inevitável. Mas há uma boa Mão que pode conduzir "para fora", para o "lar celeste", para o Abrigo do Pai. Por que correr riscos fatais? 

Nossa mensagem musical de hoje é extremamente significativa, a propósito.

Trata-se do mesmo compositor do hino "Manso e Suave, eis Jesus nos chamando", que foi um pedido especial de Dwight Lyman Moody, perto da morte, ao autor. Dentre os seus muitos belíssimos hinos, recuperei mais este das minhas gravações de rádio.

O autor compôs o hino de hoje ainda relativamente jovem – 32 anos de idade.

Mas, também ele viveu o grande incêndio de Chicago de 1872, que tantas vidas ceifou (mais de trezentas, fora os mutilados).

A expectativa do encontro com seu Mestre falava sempre forte ao seu coração, desde então.

LEAD ME GENTLY HOME, FATHER (1879) 
Leva-me Ternamente Prá Casa, Pai 
Will Lamartine Thompson (1847-1909)

Lead me gently home, Father, lead me gently home, Father !
Leva-me ternamente prá casa, Pai, leva-me ternamente prá casa, Pai! 

Lest I fall upon Your wayside, lead me gently home!
Para que eu não caia andando ao teu lado, Pai, leva-me ternamente prá casa!

1. Lead me gently home, Father, lead me gently home!
Leva-me ternamente prá casa, Pai, leva-me ternamente prá casa!
When life's toils are ended, and parting days have come,
Quando as labutas da vida terminarem, e os dias da partida chegarem,
Sin no more shall tempt me, ne'er from You  I'll roam,
Pecado já não mais tentar-me-á, nunca me apartarei de Ti
If You'll only lead me, Father, lead me gently home.
Se apenas me conduzires, Pai, leva-me ternamente prá casa.

2.Lead me gently home, Father, lead me gently home !
Leva-me ternamente prá casa, Pai, leva-me ternamente prá casa!
In temptations hour, Father, when so trials come…
Na hora das tentações, Pai, quando tantas provações chegarem… 
Oh! Beneath You keep me, take me as Your own
Oh! Sob Ti guarda-me, toma-me como um dos teus 
For I cannot live without You, leave me gently home!
Pois eu não posso viver sem Ti, leva-me ternamente prá casa! 

3.[Verso não cantado] Lead me gently home, Father, lead me gently home !
Leva-me ternamente prá casa, Pai, leva-me ternamente prá casa!
In life's darkest hours, Father, when life's troubles come,
Nas horas mais escuras da vida, Pai, quando os apertos da vida chegarem 
Keep my feet from wand'ring, lest from You I roam,
Guarda meus pés de vaguearem, para que não me aparte de Ti
Lest I fall upon the wayside, lead me gently home!
Para que eu não caia andando ao teu lado, Pai, leva-me ternamente prá casa!

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 92 : “SUPERAÇÃO? OPTO POR JESUS…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 27 de Janeiro de 2013
 

Considerando a variedade de perfis pessoais dos que podem estar-se dando ao trabalho de ler estas toscas linhas dominicais, segue uma pergunta genérica (ou mais de uma, até): 
O que você estava fazendo no início de 1976? Já tinha nascido? Se já, quais eram seus ideais, naquele ano ?

Eu me lembro relativamente bem do que eu acalentava naquele janeiro de 1976, precisamente trinta e sete anos atrás ('coincidência': estamos em outro Janeiro)… 

A Eliana de quem vou lhes falar, brevemente, não tinha ainda seus sonhos: estava com um ano e nove meses de idade, apenas.

Lá na cidade de Guariba, estado de São Paulo, seus pais tentavam identificar a causa de uma febre que não passava… De lá, para Ribeirão Preto, e a causa foi identificada : poliomielite. Foi o ano do último grande surto de pólio no Brasil. A enfermeira Josefina, mesmo já bem além do seu turno de trabalho, se esforçou quanto pôde em atenções, até convencer alguém a levar, com urgência, Eliana e os pais até São Paulo (raridade, hoje em dia).

O Hospital das Clínicas tinha criado uma UTI especial para os casos. De 10 de Janeiro de 1976 até hoje, Eliana passou a ser uma residente da unidade, porque o atendimento foi suficiente para "salvar-lhe" a vida, mas não impediu de lhe tirar os movimentos do pescoço para baixo, além de lhe prejudiciar substancialmente a respiração e a deglutição. Eliana se tornou dependente da respiração assistida, e tem poucas horas diárias de autonomia. Ela se lembra bem do tempo em que a "família" era de sete, nos leitos da unidade. 'Cresceram' juntos… Pouco a pouco, porém, a "família" foi se reduzindo, até que ficaram apenas ela e o Paulo, que dividem o quarto da unidade. O último "membro da família " que Deus levou, diz ela, foi há 17 anos… E, por mais de 36 anos, o "mundo" que ela conhece com os próprios olhos é o que está à sua volta, no quarto, excetuando-se as visitas que recebe, a TV, a internet, e algumas poucas saídas breves.

Ela conta que foram muitos dias de angústia de alma, de revolta, de vontade de acometer contra si própria (afinal, 37 anos equivalem a cerca de 13.514 dias, incluindo os anos bissextos). Mas Deus lhe deu superação…

O amigo Paulo é, como diz, "o maior amigo, para sempre"… Aprendeu a ler, a escrever, estudou outras línguas, além da nossa… Pinta (exclusivamente com a boca) telas com destreza magistral… Conduz seu próprio site na internet… Escreveu seu próprio livro, que lançou em 2012… Nesse livro, diz ela, pretende "encorajar pessoas que não querem nada com a vida ". E chega a agradecer a Deus por quem ela é… (acredita nisto? Pois eu acho que pode acreditar !). Eu fico pensando… Passado o Domingo que é hoje, começa amanhã mais uma semana de trabalhos e lutas que parecem nunca se acabar…

Eu, que não estou preso a uma cama, que não dependo exclusivamente da boca para fazer meu, digamos, 'trabalho'… Que não tenho uma vida na dimensão "xis" (quer dizer, na horizontal)… Não sou (ainda, sabe lá Deus) alguém que tenha dependência quase absoluta de outras pessoas para realizar os meus ideais diários…  Reconheço, então, que a "vida é luta renhida, viver é lutar; a vida é combate, que aos fracos abate, que os fortes, os bravos só pode exaltar", como disse o maranhense Gonçalves Dias, na Canção do Tamoio… E que, a cada dia, precisamos de força renovada para encará-la… Não é assim, não…?  (Ou meu mundo é diferente do seu?).

Mas, não tendo todas as limitações da Eliana, às vezes me 'pego' pensando que é dura, esta vida…  É? …

Então, ao ler uma história como a dela, reconheço que Deus tem sido extremamente generoso comigo… Não me tenho dado conta…

Há Alguém que, de 'lá de cima' (e também 'aqui embaixo') governa e controla meus dias, assim como controla os dias de cada um…

Mas, de uma tal maneira (escapa à minha compreensão) que não seja eu um mero fantoche nas Suas mãos… Ele me permite (e até demanda) interação…

Quantos há que lidam com a vida sob verdadeira privação, e talvez lidem até melhor…  

Destarte, preciso, diariamente, 'ordenar' à minha lembrança e consciência, de que há de durar pouco, de que há uma eternidade diferente pela frente, brevemente… ELE a garante !  E, ainda, que Ele disse "eis que estou convosco, até à consumação do século" (Mateus 28.20). Um dia 'atrás' do outro…

Seu Livro de Revelações Divinas registra histórias de superações, de transformações de crises em desafios, e de desafios em ensinos de vida, que são de grande riqueza. O problema é que nossa geração está se acostumando a relegar a segundo plano estes pedagógicos registros de Deus…

('Escuta' aqui, fraternalmente: Será que, para você, o 'plano' já nem é mais segundo? Será 'terceiro'? 'Quarto'? Ou será que, na sua vida, o plano de aprendizado, conhecimento e familiaridade com estes eternos ensinos do Livro de Deus –  a Bíblia – já foi para o 'fim da fila'? ). 

Um desses registros preciosos é o do livro de Neemias.

Foi ele um líder escolhido por Deus, para conduzir o 'renascimento' da nação. O tempo era de adversidade. Os inimigos que ele defrontaria na terra prometida tentaram de tudo para impedir a reconstrução. Muitos compatriotas desistiram, outros desanimaram… Mas Neemias se dispôs, diante de Deus, a enxergar a crise como desafio a ser encarado de frente, e a enxergar o desafio como rota de superação. E isto, com Deus! Porque o desafio não era seu; antes, de Deus!

Quer uma sugestão? Num desses Domingos, te bastarão cerca de 50 a 60 minutos para ler todo o livro de Neemias na Bíblia, que tem apenas 13 capítulos.

Eis alguns destaques notáveis:

  • Neemias chorou ( e jejuou), na cidade babilônica de Susã (residência de inverno dos reis babilônicos), reconhecendo que ele e seu povo estavam em pecado diante de Deus, em face da "miséria e desprezo" sob a qual estavam vivendo (Ne 1.3-10). Isto, antes de ser liberado pelo rei a voltar a Jerusalém, com gente para reconstruir a cidade…
  • A tristeza de Neemias não foi fruto de mera decepção pessoal, ou de desilusão por ideais humanos fracassados – foi por causa da própria honra do Nome de Deus (Ne 1.11; 5.13, 15).
  • A ação de Neemias era amparada em oração ao Deus vivo; assim ele encorajava os que estava com ele! (Ne 4.9; 6.9).
  • Neemias era focado em seu compromisso com Deus e diante de Deus (Ne 6.2-4).
  • Sua maneira de lidar com a adversidade e oposição era a de 'depositar' todos os seus temores, suas lutas e seus anseios na mão do Todo-Poderoso (Ne 4.20; 5.9, 19; 6.14; 8.10).
  • Neemias usou, como instrumento de 'psicoterapia',  a Palavra de Deus (Ne 8.1-12, 18).
  • Sua condução de liderança encaminhou a um modelo de oração histórica, que contrasta com (lamentáveis) modelos típicos contemporâneos (Ne 9.1-38).
  • O novo modelo de vida deflagrado pela liderança de Neemias priorizou a precedência e a primazia de Deus (Ne 10.28-39; 12.27-47; 13.10-31).
  • A superação, pessoal e coletiva, que resultou de sua atitude, enaltece o que pode fazer a boa mão de Deus…

Há muitos registros interessantes de superação que a mídia nos permite, hoje, conhecer. Mas nenhum deles fará verdadeiro sentido, se não descortinar a dimensão da eternidade, ultrapassando a dimensão meramente existencial. Nenhum deles trará encorajamento perene, significado genuíno, se não for revestido do encorajamento que deriva da obra de Cristo.

"Tende, em cada um de vocês, aquele típico sentimento que houve também em Cristo Jesus, o qual, subsistindo como subsistência do próprio Deus, não considerou que abrir mão [temporariamente] de suas prerrogativas divinas fosse menosprezo; antes, esvaziou-se, assumindo forma de servo, fazendo-se obediente, até que lhe sobreveio a morte – e morte de cruz. Por conta disso, também Deus o exaltou com supremacia, e lhe concedeu o Nome que está acima de todo nome, para que, sob o Nome de Jesus, se dobre todo joelho, de todos que estão acima nos céus, na terra, e até debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é 'o Senhor', para a glória de Deus Pai" (Filipenses 2.5-11, versão livre minha). 

Este fato, retratado por Paulo, o apóstolo, é a mais elevada expressão de superação. Deus, o Pai, lha concedeu…

Há uma coisa, ainda: chegará o dia em que a superação de que Jesus Cristo foi alvo, pela obra do Deus-Pai, será apropriada por todos os que Nele se encontrarem…

Será a fantástica vitória final da "luta renhida"!

Até lá, vamos experimentando, dia após dia, o que Ele pode fazer por nós, nessa "luta renhida".

Que tal atender o que recomenda o apóstolo? – "Tende em vós o mesmo sentimento…"

A mensagem musical de hoje provém de um dos compositores sacros por quem tenho grande admiração.

Vive hoje em Tampa, Florida, com 91 anos, tendo-se dedicado ao Mestre aos dezessete. Afetado por uma efermidade auditiva, que lhe impediu de reconhecer as variações de tonalidades acústicas, 'superou' a dificuldade compondo hinos que enterneceram gerações: Till the Storm Passes By, How Long Has It Been?, Then I Met The Master, He Knows Just What I Need, Where No One Stands Alone, e outras mais…

No hino de hoje, fala ele do Mestre, de seu sacrifício por nós, sua superação, e o caminho para o regozijo e a perfeita vitória que Nele temos. 

Pessoalmente, escutei-a umas vinte vezes, no mínimo, nesta semana que passou.

Interpreto a mensagem do hino, não no sentido salvífico estrito, pois sei que eu não poderia ter escolhido a Cristo, para mim, se Ele, antes, não tivesse, por graça, escolhido a mim, para Si… Interpreto no sentido de escolher segui-lo, em seu exemplo e Palavra, sob a emulação que Dele mesmo provém.  

Sei que a musicalidade não é o essencial na mensagem musical (a mensagem se sobrepõe); mas, se puder, use um bom fone de ouvidos para ouvir com mais riqueza de detalhes. Canta o grupo "Mosie Lister Singers".

I CHOOSE JESUS (1974)
EU OPTO POR JESUS 
Thomas Mosie Lister (1921-  )

My Lord chose death one day at Calvary
Meu Senhor escolheu a morte um dia, no Calvário  
He chose the pain and guilt to make me free
Ele escolheu o sofrimento e a culpa para fazer-me livre
Upon Himself He placed my sin and shame
Sobre si próprio Ele levou meu pecado e minha vergonha

He chose to die that I might live again…
Ele escolheu morrer, para que eu pudesse 'renascer'…
And I choose Jesus, I choose life
E eu opto por Jesus, opto pela vida
The life He freely gave
A vida que Ele livremente concedeu
That lasts beyond the grave
E que perdura além da tumba
I choose His own to be
Opto por ser Sua propriedade
Throughout eternity
Por toda a eternidade
I choose Jesus, my Lord!
Opto por Jesus, meu Senhor!

He chose to leave His Father's heav'nly throne
Ele escolheu deixar o trono celestial do [Seu] Pai
He chose a cross and earthly crown of thorns
Ele escolheu uma cruz e a terrenal coroa de espinhos
The path of tears He chose that I might see
O caminho das lágrimas Ele escolheu, de tal modo que eu pudesse ver
The way to joy and perfect victory!
O caminho do regozijo e da perfeita vitória!

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 91 : “SE O MEU POVO…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 20 de Janeiro de 2013

Outro dia, escutando rádio no carro, em meu trajeto para o trabalho, ouvi uma das entrevistas do jornalista Heródoto Barbeiro.

Naquele dia, o entrevistado era "Antonio Augusto Queiroz", diretor do Departamento Intersindical da Assessoria Parlamentar do Congresso Nacional brasileiro.

Na entrevista, foi passada à parcela da população brasileira que o ouvia uma declaração seríssima, baseada em pesquisa de opinião pública de largo espectro: computando-se todas as espécies de instituições jurídicas públicas da nação – de igrejas a sindicatos, de autarquias oficiais a associações de classe – o legislativo brasileiro é a  instituição pública mais desacreditada ante a população. O Heródoto se imiscuiu em explorar, daquele diretor, a razão de dal descrédito. As razões apontadas, insinuadas pela pesquisa, foram: corporativismo, corrupção, quebra sistemática (e sintomática) de promessas, fisiologismo, entre outros…

Não posso dizer que não haja tais sintomas nos quadros legislativos de outras nações, mesmo aquelas que foram, em suas origens, impregnadas de valores éticos derivados de ideais de alto nível. Entre as nações Ocidente, destacaram-se os legislativos surgidos pelo impulso  da Reforma do século XVI; entre as do Oriente, legislativos de alguns países de tradições milenares estáveis… Como a inclinação natural para a corrupção é um 'gérmen' universal – ninguém neste mundo, que nasce de mulher, escapa de sua sina (só Jesus Cristo escapou), não poderia ser diferente.

Mas o que entristece é o fato de que o nosso legislativo foi colocado, por opinião pública estatística, como a instituição pública menos confiável do país. E é, exatamente, a que delibera pelas leis; lei é o código ético de uma sociedade. Em suma: quem diz a ética da sociedade é a corporação pública mais desacreditada dessa mesma sociedade.

O grande brasileiro soteropolitano Rui Barbosa (1849-1923) pronunciou, quase um século atrás, em pleno senado federal, um histórico discurso, onde gravaram-se as lapidares palavras: "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto." (Rio de Janeiro, 1914).

Há doenças que são resultado de déficit de vitaminas; outras, de sais minerais; mas a maioria dos médicos afirma que há, também, doenças de fundo genético (eu, que não sou médico, até que gostaria de explorar isto, mas não me é lícito). Com tais deficiências, o organismo fica vulnerável aos micro organismos deletérios que infestam o corpo humano (e o deterioram)…

No caso do desapontamento geral com o nosso legislativo, ninguém pode dizer que seja falta de 'vitamina'; isto, parece haver de sobra. Também não deve ser deficiência dos preciosos 'minerais'; parece que isto não falta às nossas nobres "excelências", aqui no Brasil. Mas, ressalvadas as exceções que possam haver, acho que pode ser, mesmo, um caso de patente deformidade 'genética'.  

É típico da natureza humana, e não só de parlamentares, militar por ideais não muito dignos (mesmo que só ocasionalmente, em alguns casos, por conta de pequenos lapsos). Trata-se da notória constatação da 'deformidade cromossômica' do gene original da 'integridade' e do gene da 'retidão'.

Tal 'deformidade genética' adveio com a entrada do pecado no mundo (Romanos 5.12-18).

Desafortunadamente, entre os denominados cristãos também cresce o contingente de exemplares que leva a sociedade a olhar este segmento com desconfiança também crescente. Líderes de denominações evangélicas populistas ocuparam o noticiário, nestes dias, pelo fato de haverem pleiteado (e obtido, sei lá a troco de que) passaportes diplomáticos, por concessão do ministério de relações exteriores do atual governo. De outra banda, ressurgem as notícias das grandes riquezas (dinheiro e patrimônio) amealhadas por vários deles (dentro e fora do país).

Muito provavelmente por isto, encontramos no 'Sublime Manual de Existência' um livro profético muito interessante. Trata-se do livro do profeta Miquéias. Ali, há 7 mensagens, contendo 20 profecias duras contra a natureza humana corrompida (com especial interesse nos que lideram gente). Há duras condenações contra os desvios de caráter, a exploração indevida dos semelhantes, o manejo sistemático de 'balança com dois pesos e duas medidas'.

Exemplos de observações de carência, que exemplificam o caso:

  • O julgamento das minhas próprias causas com critérios deliberadamente diferentes do que uso no julgamento das causas dos meus semelhantes
  • O tratamento de pessoas mais simples com menos condescendência do que uso no tratamento das pessoas mais 'graúdas'
  • O tratamento de pessoas mais 'graúdas' com menos rigor do que uso no tratamento das pessoas mais simples
  • O tratamento para com as instituições financeiramente mais 'poderosas' (isto inclui até igrejas, e seus líderes) com uma veneração aparentemente endeusante
  • O tratamento de quem nos faz o bem com o mal, e mesmo de quem nos faz o mal, com ainda mais pujança de mal

É triste, a nossa natureza humana decaída; infelizmente. Não o é a redimida; gloriosamente!

O Mestre Supremo até admoestou:

"Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus." (Mateus 5.48 – ARC).

O grande legislador e governante Salomão deixou a preciosa lição:

"Dois pesos e duas medidas, uns e outras são abomináveis ao SENHOR… Nada vale, nada vale, diz o comprador, mas, indo-se, então, se gaba… 

Dois pesos são coisa abominável ao SENHOR, e balança enganosa não é boa." (Provérbios 20. 10, 14, 23 – ARA).

O próprio pai dele, por ordem divina, também prelecionou:

"Porque o Senhor é justo, Ele ama a justiça; os retos Lhe contemplarão a face… Observa o homem íntegro e atenta no que é reto." (Salmo 11.7; 37.37 – ARA). Isto é tão sério para Deus, que três vezes inspirou o mesmo assunto, no mesmo capítulo, do mesmo autor bíblico. Aliás, esta é um dos notáveis contrastes que nos faz deleitar em nosso Deus. Ele é íntegro! Ele é autêntico! Ele é reto! Os próprios preceitos do Senhor são retos (Salmo 19.8). Seus juízos são verdadeiros ! (Salmo 19.9).

Seus pensamentos são corretos e ajustados, mesmo com Sua sabedoria, com Seu conhecimento e com Seu conselho (Romanos 11.33-36)!

Deus não tem duas palavras sobre o mesmo assunto; não tem dois pesos para o mesmo objeto.

Deus não faz acepção de pessoas (Romanos 2.11).

Deus não alimenta (nem admite) hipocrisia.

Por isto, avultam-se diante de nós, os que desejamos levar a sério a prescrição divina, dois desafios :

Que procuremos, cada vez com mais intensidade, ser dEle imitadores…

E que nos empenhemos, com esforço cada vez mais intenso, em ser reconhecidos como os que fazem diferença no meio da desafiante sociedade de hoje. 

São dois desafios extremamente imperiosos para os nossos dias…

A mensagem musical de hoje foi 'inspirada' no texto de II Crônicas 7.14.

Foi uma palavra do próprio Deus, dirigida ao povo sob a liderança de Salomão, num momento singular da sua história.

Por ela, Deus afiançou bênçãos e redenção quando, ao afastar-se o povo do Seu reto caminho, buscasse a face de Deus, retomando a atitude de integridade e temor ante Seus olhos.

Canta o quarteto Vozes da Liberdade.

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N° 90 : “DIGNO É O CORDEIRO…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 13 de Janeiro de 2013

Foi uma semana fora de BH. Por isto, só agora à noitinha vai minha mensagem de hoje. Na mensagem de 1° de Janeiro, mencionei a perda do bebê pela minha filha, no início do terceiro mês de gestação. Em decorrência, passamos a semana com eles, em São Paulo.  Acompanhando por lá as notícias, inclusive as locais, foi uma semana de muitas notícias desagradáveis. Talvez, uma das mais marcantes, que repercutiu em todo o país, foi a da Daniela Nogueira. Aos vinte e cinco anos, no nono mês de gravidez, foi vítima de tentativa de assalto no bairro Campo Limpo, zona sul de SP, por dois homens numa moto. Chegando do trabalho por volta de nove da noite da última Terça, foi baleada na cabeça. Socorrida e levada ao hospital, conseguiram, mediante uma cesariana de emergência, salvar a criança – Gabriela – mas a mãe não resistiu. Sob morte cerebral, seis pessoas ainda foram beneficiadas pelos transplantes de órgãos de Daniela. Este é apenas um 'retrato' em forma de notícia, deste mundo que parece estar ficando cada vez mais violento. Fiz um trabalho de observação em duas noites de jornal pela tevê, nesta semana. Foi impressionante: até o penúltimo bloco de cada noticiário, a grande maioria das notícias falava de alguma forma de violência. E mal começamos o ano.

Jesus Cristo uma vez lançou a interrogação :  
"Quando, porém, vier o filho do Homem, porventura achará fé na terra? " (Lucas 18.8, ARC)
Um cenário como o que estamos vivendo, parece mostrar um terreno onde cada vez é mais improvável fertilizar-se a fé ("parece").
Mas, de repente, minha lembrança se volta para um quadro singular do registro bíblico: a crucificação de Jesus entre dois ladrões.
Os quatro evangelistas falam do caso, mas João é o mais sumário entre os quatro, neste tocante. 
Harmonizando os outros três narradores do advento do evangelho, temos algumas particularidades curiosas a notar.

Primeira – A crucificação começou à 'hora terceira' do modo judeu de assinalar horas, e estendeu-se até à "hora nona"; isto quer dizer, das nove da manhã às três da tarde.
Foi, portanto, um horrendo 'espetáculo' dado às multidões, com duração de seis horas. Um 'espetáculo' que nem Nova Jerusalém (em Pernambuco), ou a Paixão de Cristo (de Mel Gibson) conseguem retratar à altura.

Segunda – Dois dos evangelistas narram que todos vilipendiavam a Jesus; dos sacerdotes aos soldados romanos, dos ladrões às pessoas no solo. 
Notou o detalhe? Pouca gente nota: Ambos os ladrões blasfemavam e insultavam a Jesus; não apenas um.  
Mas, como o 'espetáculo' durou seis horas, para um daqueles ladrões algo mudou o quadro dentro daquelas seis horas, próximo à metade do período.

Esta é a terceira particularidade interessante. Em outras palavras, os dois ladrões acompanhavam a multidão, os soldados e as autoridades, que insultavam e zombavam de Jesus crucificado, mas um deles teve a atitude mudada, a certa altura. Não nos é dado saber que circunstância lhe fez mudar; mas sabemos que mudou.
Para um deles, surgiu um rasgo de luz, nasceu a fé. Brotou, germinou e floresceu, até de modo visível (e audível), esse dom divino inefável.

Quarta – Se eram simples ladrões, não deveriam estar condenados à morte de cruz. Se estavam sendo crucificados, com toda a certeza era porque, junto com os crimes de assalto e roubo, havia crimes hediondos também (quem sabe, eram em algum grau semelhantes aos dois que causaram toda aquela dor à família da Daniela, deixando sem mãe a Gabriela).  

Quinta – Ao passar por aquela indescritível mudança, recebendo o dote da fé, tendo os olhos espirituais abertos (conforme o registro efetuado por Lucas), um daqueles ladrões conseguiu perceber quem estava ao seu lado, entre os dois. Ele se encontrou, não apenas com um companheiro de sentença, mas encontrou-se com o próprio Filho de Deus, o autor e consumador da fé. Ele até teve a honestidade (própria dos verdadeiros regenerados) de reconhecer "Nós, na verdade, [recebemos a sentença] com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez." (Lucas 23.41, ARA).

E, dirigindo ao Filho de Deus o seu pedido de coração, ouviu dEle o que há de melhor para se ouvir entre o nascimento e a morte, neste mundo (especialmente na hora da morte):
"Eu te garanto: hoje mesmo estarás comigo no paraíso" (Lucas 23.43, BCF).
Isto é fé que nasce no meio das trevas, da podridão; é fé que brota no auge do quadro de mais profunda dor, até dor física.
Então, há esperança, até para o ferido, até para o mais vil pecador.
Há esperança, porque o Autor e Consumador da fé se faz presente, e a palavra que Ele dirige aos homens é "mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes; ela penetra até ao ponto onde a alma e o espírito se encontram, e até onde as juntas e medulas se tocam; ela sonda os sentimentos e pensamentos mais íntimos." (Hebreus 4.12, BCF) E isto ocorre porque "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões…" (II Coríntios 5.19, ARA) Há cristãos que começaram a se acomodar, achando que pra esse não tem mais jeito, pra aquele não tem mais jeito… 

Já ouvi isso, lamentavelmente.
Pois o fato é: quando o Cordeiro de Deus assumiu a cruz, pagou pelos pecados de qualquer que a Ele tenha o seu coração e os seus olhos voltados. E Deus, o Pai, o honrou e o honra. O seu sangue, dado na cruz, cobre o mais vil pecado. Com Ele, jeito tem!…

Fico pensando: aquele ladrão… Ele não andou com Jesus; não viu os seus milagres; não comeu dos pães e dos peixes que Jesus multiplicou; não viu a cura do homem da mão ressequida, a cura do cego Bartimeu, a cura dos dez leprosos… Quero dizer: Provavelmente não viu coisa alguma. Mas, viu o Cordeiro de Deus na última hora (ou quase última). Encontrou-se com aquele que tira o pecado e salva. E foi salvo.
Um fascínora, transformado no momento derradeiro, porque "DIGNO É O CORDEIRO QUE FOI MORTO!" Ele é o único jeito eficaz para este mundo perdido!

O hino de hoje, eu o gravei de uma rádio há mais de 26 anos atrás. Era a WKES, do sistema Moody de rádio. Da minha velha fita cassete, veio para um CD em formato WAV mediante gravação especial, e agora convertido em MP3. Por isto, a qualidade não será lá tão boa; mas o coral que cantou é muito bom.
Eu confesso: essa gravaçãozinha já me tem feito suscitar emoções por todos esses anos.
Já tenho ouvido um coral aqui em Belo Horizonte cantá-lo de uma maneira muito tocante, em nosso idioma (qualquer hora dessas, vou pedir prá gravar…).
A letra do hino é integralmente tirada de Apocalipse 5.12 (confira em Português na sua Bíblia).
O autor o compôs durante uma cruzada evangelística na América do Sul, a partir de uma impressão fortíssima que o texto joanino exerceu sobre ele.

WORTHY IS THE LAMB THAT WAS SLAIN (1970)
Don Wyrtzen (1942…).

Worthy is the Lamb that was slain (3x)
To receive power, and riches, and wisdom, and strength, honour, and glory, and blessing.
Worthy is the Lamb (3x) that was slain…
Worthy is the Lamb!

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N° 89 : “QUE TAL?…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 06 de Janeiro de 2013

Outro dia, penúltimo mês de 2012, quando estava efetuando o corte de  uma carne para preparar uns bifes, veio-me novamente à memória uma cena pela qual passei, tempo atrás, no açougue. Ainda tínhamos um cachorro em casa. De vez em quando, para reforçar sua alimentação (e também variar um pouco) preparava-lhe uma suculenta refeição de polenta de fubá recheada com alguns retalhos de carne. Por "retalhos" estou me referindo àqueles refugos da carne, quando ela é limpa pelo açougueiro,para nos servir com a parte 'boa'. Aquelas sobras, frequentemente agregadas de pelancas e gorduras, são normalmente colocadas à parte, porque muita gente faz com eu fazia. Tem gente que ainda faz mais que isso: por exemplo, conheço uma senhora que trata um gato com boas porções de carne e de fígado bovino, semanalmente. Os açougueiros já descobriram isso, e fizeram desses rejeitos um meio de recuperar mais alguns reaiszinhos.

Então, naquele dia eu pedi ao açougueiro uma certa quantidade daqueles rejeitos, e pagaria algo entre um ou dois Reais ao quilo, por eles. Entra, em seguida, um senhor, e pede o mesmo que eu. Ele aparentava ter uns sessenta anos de idade, tinha uma compleição física que poderíamos chamar de 'enxuta' (nem magricela, nem gordo), uma pele bem morena, e uma roupa que me indicava simplicidade (sabe como é, parece que todos nós aprendemos alguma coisa de avaliar as pessoas pelas roupas!). 

Meu atendimento já estava se encerrando, e ele chegou perto do balcão para dizer ao açougueiro :

– Ô Márcio, tira mais um quilo e meio aí desses retalhos para mim.  

Na hora que eu escutei isso, tive alguns pensamentos de 'curioso' assaltando minha mente. Primeiro, pensei que aquele senhor já era familiar ali, porque sabia o nome do açougueiro; segundo, que já era seu costume comprar daqueles retalhos para cães; terceiro, que provavelmente tinha mais de um (ou então, tinha um que era grande, por causa da quantidade que pediu). Então, como às vezes faço, exercitei meu pobre lado de "relações públicas" e tentei satisfazer minha curiosidade:

– O senhor tem muitos cães, ou um que é grande também?

– Por que da pergunta?  – retrucou-me ele…

– Esses retalhos, o senhor também compra para dar prá cachorro, não?

E aí me veio a resposta, do tipo 'cruzado no queixo':

– "Pra cachorro"? Não, meu filho, isso não é prá cachorro. Eu levo prá casa, minha mulher dá uma limpezinha, pica no meio de uma sopa, e a turma toda devora – disse, sorrindo.

Eu, nem bem me recuperei do 'cruzado no queixo', e ainda tinha que encarar o sorriso que veio acompanhando…

Contei isso pra minha mãe, naquele momento que lhe cortava a chã de dentro na sua pia, e ela ainda mencionou:

– É porque você já esqueceu; mas  já fiz isso algumas vezes também, quando vocês eram menores.

E logo ela se lembrou de uma irmã, que ainda fez o mesmo com mais frequência, até por mais tempo…

Na verdade, não tinha esquecido…

Bem, eu não pretendo transformar esta reflexão em um palco de discussão sobre o cuidado humano com os animais.

Antes, pretendo citar lições que tirei, no cuidado de Deus com a minha vida.

Neste primeiro Domingo de 2013, lembro-me disto, e lembro-me também de todo o 2012 que passou.

Sei que não recebi, das concessões divinas, tudo quanto desejei; mas reconheço que recebi mais que precisei, e muito mais que mereci. Deus não me deixou sem Seu precioso amparo, como sempre manteve em Suas promessas.

É só lembrar de algumas delas :

"O SENHOR, teu Deus, não te desamparará, porquanto é Deus misericordioso, nem te destruirá, nem se esquecerá da aliança que jurou a teus pais " (Deuteronômio 4.31, ARA), foi o que Ele endereçou ao Seu povo, sob a liderança de Moisés. Considerando que Jesus Cristo assumiu, em definitivo, o papel provisório dado a Moisés à frente do povo da Promessa, em vários aspectos essa promessa se estende a nós.

"Pois o SENHOR, por causa do seu grande nome, não desamparará o seu povo, porque aprouve ao SENHOR fazer-vos o seu povo" (I Samuel 12.22, ACRF), é uma das formas como a promessa se repete, mesmo  na circunstância evidente do pecado confessado pelo povo de Deus.

É especialmente consolador como Deus reitera ao seu povo, pela voz profética, a mesma natureza de promessa : "O pobre e o necessitado buscam água, e não encontram! Suas línguas estão ressequidas de sede. Mas eu, o Senhor, lhes responderei; eu, o Deus de Israel, não os abandonarei…. Conduzirei os cegos por caminhos que eles não conheceram, por veredas desconhecidas eu os guiarei; transformarei as trevas em luz diante deles e tornarei retos os lugares acidentados. Essas são as coisas que farei; não os abandonarei." (Isaias 41.17 e 42.16, NVI).

Como Deus  tem sido bondoso! Tenho que reconhecer !!!

Como é inesgotável Sua misericórdia, e Sua providência, a despeito de todas as impressões.

Por outro lado, quero transformar esta reflexão numa oração, uma espécie de extensão da expectativa iniciada na mensagem de semana passada. Quero que meu ano de 2013 seja um ano de mais senso de gratidão a Deus, mais reconhecimento por Sua preciosa graça, da qual tenho sido alvo contínuo (apesar de mim), mais espírito de constatação de que, não fosse a Sua boa mão, onde estaria eu agora? Onde andariam, hoje, os meus pés? De que estaria eu vivendo? 

A oração de Davi, à época da consagração das contribuições para a construção do templo, me é particularmente inspiradora:

"Bendito és tu, SENHOR, Deus de nosso pai Israel, de eternidade em eternidade. Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste sobre todos como chefe. Riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e dar força a tudo. Agora, pois, ó Deus nosso, graças te damos e louvamos o nome da tua glória. … Porque tudo vem de ti … Porque somos estranhos diante de ti e peregrinos como todos os nossos pais; como a sombra são os nossos dias sobre a terra, e não há outra esperança. SENHOR, Deus nosso, toda esta abundância que preparamos, para te edificar uma casa ao teu santo nome, vem da tua mão e é toda tua. E bem sei eu, Deus meu, que tu provas os corações e que da sinceridade te agradas…" (I Crônicas 29.10-17, ARA)

Assim, reconhecido, vejo também quanto preciso ser mais grato. Preciso ter mais dependência da graça, mas também mais constatação de que essa graça já tem sido tão farta e rica, que nada me resta a fazer senão procurar, por todos os esforços possíveis, retribuir a Ele, que ma tem dado, com tanta liberalidade.

Hoje, pela manhã, na igreja aqui em São Paulo, o pregador lembrou I Pedro 2.9:

"Vós sois… povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquEle que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz" (ARA). É verdade: preciso demonstrar minha gratidão, meu reconhecimento, proclamando mais as virtudes daquEle que também a mim (apesar de mim) resgatou das trevas para a Sua maravilhosa luz !!!

Se você pensa como eu, que Deus tem sido generoso além do que poderíamos esperar ou merecer, e se pensa que Ele merece mais dedicação e reconhecimento, neste ano que se inicia, que tal enaltecê-lO e e retribuir mais, com a própria vida, em dedicação a Ele?

Que tal?

O hino de hoje é a expressão de um coração ardente de um compositor

 

I`VE NEVER LOVED HIM BETTER THAN TODAY, 1971
JAMAIS O AMEI TANTO COMO HOJE
Henry Slaughter … (1927…)

Since Jesus came and found me
Desde que Jesus veio e achou-me
And put His arms around me
E envolveu-me em Seus braços
And all my binding fetters took away

E desfez todas as correntes que me aprisionavam
Although I've loved Him dearly
Ainda que eu O tenha afetuosamente amado
And trusted Him sincerelly
E nEle sinceramente confiado
I've never loved Him better than today
Jamais O amei tanto como hoje

I've never loved Him better than today
Jamais O amei tanto como hoje
I've never felt Him closer on the way
Jamais O percebi tão próximo na jornada
And, oh, how sweet the feeling
E, oh, que doce sentimento
When in His presence kneeling
Quando genuflexo em Sua presença
I've never loved Him better than today
Jamais O amei tanto como hoje

Jesus, Jesus, Jesus
Sweetest name I know
O nome mais doce que conheço
Feels my ev'ry longing
Compartilha cada um dos meus anseios
Keeps me singing as I go!
Faz-me cantar à medida que avanço!

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 88 : “FELIZ ANO NOVO, CONTANDO OS DIAS!…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 01 de Janeiro de 2013

No último Domingo estava fora de BH, sem acesso e meios para mandar minha mensagenzinha.  
Acabo de chegar, mas a Terça convida: é o primeiro dia do ano – salve 2013 !!!
No mundo inteiro foi festa. Fogos pelos céus de cada cidade, de cada recanto do mundo, foram vistos pelos olhos que estavam abertos.
Até na pequena cidade de Teófilo Otoni, onde eu estava ontem à noite, foram lançados ao céu vários fogos multicoloridos.
Fico imaginando quem estava lá no espaço, num voou a 12 mil metros de altura; se desse pra ver, imagina que cena pra se ver…
Num satélite, acima de uma aeronave, provavelmente não daria pra ver (a olho nú), mas se desse, que cena seria vista, em vários lugares ao mesmo tempo.
Mais acima do satélite, os olhos de Deus puderam ver tudo.
Viram os fogos em Samoa, no Pacífico, depois os fogos no Japão, na Coréia, nas Filipinas, depois na Rússia, na Índia, depois na África oriental, e logo na Europa…
Os olhos de Deus assistiram tudo. Seria Ele privilegiado, vendo ao vivo e in totum  aquilo que nós só pudemos ver (se vimos) em partes, de alguns dos lugares no globo, através de imagens transmitidas?
Mas não acabou: logo Deus viu celebrações até dos dinamarqueses da Groenlândia, e chegou a vez das Américas.

Foram muitos fogos, do Ártico quase à Antártica; muita celebração, muitos votos, muitas lembranças enterradas, outras celebradas, muitas aspirações suspiradas.
Daria Ele conta de anotar e lembrar de tudo quando foi pedido para este novo ano, por tantos bilhões de pessoas neste planeta?
Daria Ele conta de guardar o que nós também pedimos, e colocamos diante dEle?
Seria Ele capaz de transformar em realidade tudo quanto foi, por muitas pessoas, reciprocamente anelado, em meio a abraços, beijos e afagos?
Minha imaginação se liberta…
Fico pensando no que Deus estaria pensando, vendo tantas luzes, fogos, estouros de garrafas, copos brindando, preces, oferendas (nas praias, nos locais religiosos, nas montanhas, nas beiras de rios). Deus certamente percebeu o que (e quanto) todos querem para esse 2013 que começou…
Todos querem muita paz, muita saúde…
Alguns até cantarolam de novo o antigo mote de campanha publicitária, nem sei mais de quem – "muito dinheiro  no bolso, saúde pra dar e vender… "
Deus assistiu tudo!    E, sim, Ele foi capaz, porque é capaz !    Afinal, Deus é 'Deus' !     Só Ele o é !!!
É assim que a cena se desenrola na minha imaginação:
Cá embaixo, ao redor de todo o mundo, só celebrações, a tradicional contagem regressiva de cada lugar em cada fuso horário: "10, 9, 8, 7… … Zero!" (Chegou 2013!).
Talvez Deus tenha pensado: Se cada um soubesse o que esse período inteiro de 365 dias lhe reserva…
Quantas alegrias, umas esperadas, outras inesperadas; quantos desapontamentos, talvez todos inesperados…
Ele sabe, e sabe de cada um! (Não é de impressionar, isso?)
Ele sabe que, para alguns, ocorrerá um pouco mais de progresso, o alcance de um pouco mais de 'sucesso'…
Sabe também que para alguns outros ocorrerá, provavelmente, o contrário.
Sabe Ele também que, neste ano, algumas famílias vão prometer (ou mesmo ver) crescimento; quase foi o que aconteceu com a minha, não fosse uma 'inesperada' interrupção natural da gravidez de minha filha, na semana que passou (inesperada, para nós – para Deus, não! Deus sabe o que faz!!).
Mas, Ele sabe também que algumas famílias vão decrescer, pois sabe quem deixará, neste 2013, o convívio dos seus … (Deus sabe o que faz!!).
Enfim, porque Ele é Deus, Ele sabe quantos dos sonhos e aspirações eleitos neste 31 para 1° vão se cumprir (pois Ele é gracioso e bondoso) e quantos não vão se cumprir (pois Ele é sábio e soberano).
"… no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda." (Salmo 139.16, ARA).
"Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons." (Provérbios 15.3, ARA).
Por isto, é mais que oportuno, mais que pertinente, em nossos dias, imitar a petição do filho de Anrão e Joquebede: "Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio." (Salmo 90.12, ARA).
Não só imitar a petição… exercitar o coração que alcança, paulatinamente, o que pede.
Desejo a cada um dos que andaram lendo algumas das linhas que ando escrevendo, desde Abril de 2011, dias felizes em 2013, ano que hoje começa.
Tenho cá minhas razões para pensar que será um ano ainda mais desafiador do que foi 2012.
Mas não quero fazer dessa anotação algo que tenha tom pessimista.
Quero apenas que todos aprendamos a alcançar corações sábios, aprendendo a 'contar os dias', isto é, a considerá-los e ponderá-los, cada um deles, na presença e ante os olhos do Senhor. AquEle, o mesmo que viu todas as luzes dos fogos de artifício que fizeram florescer à noite os céus, na virada de ano.
Quem sabe, no meio de tantas aspirações para 2013, coubesse mais uma, muito pertinente:Andar com Deus, mais perto Dele, mais nos passos Dele…
Um dos meus votos para 2013 é esse: quero andar mais perto do meu Deus; quero andar mais nos passos do Seu Filho!
E que, ante os olhos do Senhor, sejamos felizes cada dia, sem importar que circunstâncias cada qual trará sobre nós!
Como sempre, fique com a mensagem musical final.
Trata-se do Quarteto Templo, de Londrina, cantando numa 'roupagem' nova o clássico hino que ouviremos.
O seu compositor sofreu uma pesada ruína financeira com o grande incêndio de Chicago, em Outubro de 1871.
Ainda não recuperado da ruína, recebe um telegrama da esposa Anna, dois anos depois, quando esta conseguiu, a muito custo, atravessar o Atlântico, rumo à Inglaterra.
Com ela viajavam as quatro filhas do casal; Spafford seguiria depois, noutra embarcação.
O telegrama dizia apenas "saved alone !" ("salva sozinha"). O navio Ville de Havre, onde Anna e as quatro filhas viajavam ao 'Velho Mundo', chocou-se com outra embarcação, e só Anna sobreviveu. Passando pelo local, pouco tempo depois, na embarcação em que mais tarde viajou, Spafford compôs o hino.

Segue a letra original, para os que quiserem (e puderem) lê-la.

IT IS WELL WITH MY SOUL
Horatio Gates Spafford (1828-1888)
Música de Philip Paul Bliss (1838-1876)

When peace, like a river, attendeth my way,
When sorrows like sea billows roll;
Whatever my lot, Thou has taught me to say,
It is well, it is well, with my soul.

    It is well, with my soul,
    It is well, with my soul,
    It is well, it is well, with my soul.

Though Satan should buffet, though trials should come,
Let this blest assurance control,
That Christ has regarded my helpless estate,
And hath shed His own blood for my soul.

My sin, oh, the bliss of this glorious thought!
My sin, not in part but the whole,
Is nailed to the cross, and I bear it no more,
Praise the Lord, praise the Lord, O my soul!

For me, be it Christ, be it Christ hence to live:
If Jordan above me shall roll,
No pang shall be mine, for in death as in life
Thou wilt whisper Thy peace to my soul.

But, Lord, ‘tis for Thee, for Thy coming we wait,
The sky, not the grave, is our goal;
Oh trump of the angel! Oh voice of the Lord!
Blessèd hope, blessèd rest of my soul!

And Lord, haste the day when my faith shall be sight,
The clouds be rolled back as a scroll;
The trump shall resound, and the Lord shall descend,
Even so, it is well with my soul.

Abraços, Feliz Ano Novo, "contando os dias" !

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
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NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 87 : “NATAL. PARADOXO E ADVERTÊNCIA…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 23 de Dezembro de 2012

E acabou que o mundo não acabou… Então, aqui estou eu, de novo…  
Não me iludo com esses casos de contorcionismo profético, mas também não resvalo para o ceticismo, pois conheço a verdadeira profecia, que está na Escritura.
Bem, mas posso deixar para voltar a falar de "fim de mundo" noutra oportunidade. Estamos em vésperas de Natal.
Como já avisei no ano passado,  não me vejo com veias artísticas, muito menos poéticas. 
Mas, de novo sucumbi  à inclinação de fazer mais um esforço…
Confesso que também não mais sou muito inclinado às imposições convencionais dos calendários humanos, principalmente no que tange às datas de significação cristã; tantas são tão deturpadas, por motivações mercantilistas!…
Mas aquele certo encanto quanto ao Natal, dos meus tempos de criança, no qual não vejo mal, ainda trazem suas sadias lembranças.
Assim, arrisco-me de novo, e partilho uns singelos versos que me vieram à mente e coração, por ocasião de mais essa data.  

NATAL, PARADOXO E ADVERTÊNCIA  (Dezembro de 2012)

"Porque um menino vos nasceu
Do céu o Filho se nos deu !"
Assim falou a voz da profecia
E séculos adiante se passaram…
Até que um dia o fato aconteceu,
Fulgente nova em ato sucedeu
Foi contemplado numa estrebaria,
Tal qual os anjos proclamaram.

Deus-homem, no mundo, encarnado,
Sem glória, ou fausto tão justo a merecer;
Que paradoxo – que quadro inusitado:
Não teve berço, nenhum lugar onde nascer…
Nasceu humilde, o Rei da Criação!
O Criador supremo, 'sujeito'  à criatura! 
O que mantém o universo em sua mão
Que ao homem, um novo futuro augura!   

E quem, de sua linhagem, cogitou?
Quem ele é, que fez ou o que ensinou?
Com quantos foi – e ainda é – confundido?
Ainda que não poucos tenham pretendido…
Não se comparam – nem antes, nem após!
Para manifestar-se semelhante a nós
Trocou o céu por uma vida frugal
Assim é a história do lídimo Natal!

E hoje, o que é tanto mais valorizado?
Passeios, festa, banquete, presente?
Por que o próprio 'aniversariante' ausente?
Jesus – Como se fora um renegado?
Para que luzes, árvore, regalo ou cartão?
Se aquele que é a razão maior da data
Da predição que se cumpriu de forma exata 
Não for o mais honrado, em toda a criação?     

Humilde veio… Mas portentoso voltará! 
Se, p'rá nascer, não se encontrou lugar
Quando voltar, o inverso presto ocorrerá
Ante seu trono, a todos há de convocar
E a quantos queiram de seus olhos se esvair
Na derradeira hora, que o mundo há de encarar
Será impossível de seu justo trono se evadir
Menino-Deus, então um Deus-Juiz a regressar!
(Ulisses Horta Simões)

Que Deus faça feliz, significativa e abençoada a sua vida, o seu lar, neste final de ano, expressiva ocasião de Natal !

Hoje vai um hino natalino, apenas instrumental.
Sugiro que vc acione o botão de repetição de seu player, para ouvir mais vezes (enquanto desejar, como se fosse a repetição de estrofes), pois trata-se de um hino sem refrão, cuja estrofe neste arquivo é executada uma única vez, em menos de um minuto.
Trata-se de um lindo hino …
O Little Town of Bethlehem   (Pequena Vila de Belém)
A poesia foi composta por Phillips Brooks (1835-1893) no ano de 1868 (Brooks estava com 33 anos de idade). Era ele um pregador da Igreja Episcopal, primeiramente em Philadelphia, e depois em Boston. Ficou conhecido como um dos maiores pregadores do século XIX. Empenhou grande esforço pela libertação de escravos, o que, em sua pátria, ocorreu antes do que na nossa. Teve ele a oportunidade, em pleno século XIX, de conhecer a região onde Jesus andou, de viajar a cavalo de Belém a Jerusalém. A enorme sensação da experiência levou-o à composição. O compositor da melodia era organista de sua igreja em Philadelphia – Lewis Henry Redner (1830-1908). Redner, além de exímio músico, dedicado à causa cristã, era também um grande entusiasta do valor da Escola Bíblica Dominical.

O hino se tornou, na América do norte, tão apreciado, que levou Elvis Presley a incluí-lo em sua gravação especial de hinos, no ano de 1957.  

 

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87 –

Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
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N° 86 : “SERÁ?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 16 deDezembro de 2012

"Precisamos de mais educação e informação científica – só assim idéias como a do fim do mundo não ganharão força". Assinado… , Ulisses.

Bem, não foi o "Ulisses" (mais rélis e mais 'mortal') que vos escreve agora o autor dessa "palavra profética". Foi o meu xará de sobrenome "Capozzoli", doutor em história da ciência pela Universidade de São Paulo (USP) e editor-chefe da revista 'Scientific American Brasil'. Segundo ele, ainda, "no dia 22, deveriam as pessoas morrer de vergonha, por acreditarem numa coisa tão tola quanto o fim do mundo". Um 'sábio', um mestre, um doutor, portanto.

Segundo a notícia que alvoroça o mundo, faltam apenas 5 dias (porque será na próxima Sexta-feira, dia 21, de acordo com interpretações do calendário maia), para o fim do mundo como hoje existe. Alguns arqueólogos revisitaram o monumento maia de Tortuguero, e concluíram que ele não prevê o fim do mundo, mas sim a volta de uma divindade. Achei curioso…

Basta uma pequena pesquisa na internet, para se constatar como predições do tipo "fim do mundo", "apocalipse", são ridicularizadas, especialmente nos ambientes acadêmicos, 'científicos'. Os filmes que se têm produzido sensacionalizam o tópico de uma tal maneira, que fica relegado ao campo da diversão ficcionista.

Stephen Hawking, talvez o físico e cosmólogo mais renomado do mundo vivo, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, declarou que é uma tolice pensar que o mundo vai acabar dentro de alguns dias. Mas é bom, disse ele, que o homem desenvolva tecnologia para viver em outros planetas, porque o futuro do nosso não é lá muito promissor (a não ser que o homem mude suas práticas, lidando com o planeta). Para Hawking, que acaba de 'vencer' 70 anos de idade (considerando sua condição física), criar colônias de sobrevivência fora da terra seria uma excelente opção, e Marte seria a mais interessante, por ora.

Então, ficamos assim: no próximo Domingo, se o mundo não acabar até lá, quem sabe escrevo-lhes uma outra mensagem, anunciando o adiamento da data (e do evento).

E, se de fato acabar, ficarei devendo-lhes a mensagem de número 87 desta série (sem ter como, depois disso, jamais pagar a dívida).

Mas, vou logo arranjar um jeito de acertar as contas com meu xará da USP, e com Hawking de Cambridge, por terem procurado me desenganar tão candidamente, tão cientificamente. Ave Scientia !

Saindo do campo das especulações insanas, céticas e irresponsáveis, proponho a você, que me lê até hoje, dirigir as perguntas sobre este assunto a quem realmente entende do assunto – se é que o assunto te interessa de alguma maneira. E, nesse assunto de origem e fim do mundo, ninguém é mais autoridade do que o próprio Criador. Tudo o que precisamos (e até podemos) saber com segurança está inscrito no 'Manual da Criação' (que também chamo de 'Manual do Criador').  

Diz-nos esse manual, por exemplo, tentando colocar uma certa ordem na visão de sequência:
1. O 'cosmos', assunto da predileção e especialidade de Stephen Hawking (mas de maior predileção e especialidade ainda do próprio Criador), é uma criação ex-nihilo  (expressão latina que significa "do nada") de Deus, segundo o poder singular e divino da Sua palavra de ordem: "Pela fé entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus [o Logos de Deus], de modo que o visível veio a existir das coisas que não aparecem" (Hebreus 11.3, ARA). A NASA até pode gastar os bilhões (ou trilhões) de dólares que gasta para as explorações espaciais; mas, se o alvo máximo for mesmo (como dizem) tentar achar respostas para a origem do universo, e descobrir nossos parentes mais próximos fora da terra, bastariam menos de dez dólares, investidos num dos exemplares menos luxuosos de uma Bíblia – porque ela tem as respostas seguras para essas indagações.

2. O pecado no qual o homem incorreu, através do primeiro casal (especialmente Adão), trouxe ruína e maldição sobre toda a humanidade. "Eis o que tão somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias " (Eclesiastes 7.29); "Portanto, assim como, por um só homem, entrou o pecado no mundo e, pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram " (Romanos 5.12, ARA). Uma outra hora posso tentar explicar, se você tem dúvidas na questão, como pôde o pecado de um só – conquanto progenitor de toda a raça humana – ter produzido efeitos colaterais inevitáveis e idênticos para toda a sua prole. Mas a momentânea falta de explicação não diminui a verdade disto.

3. A redenção da humanidade, paralelamente, foi trazida por um só também:  "Porei inimizade entre ti e a mulher; entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar " (Gênesis 3.15, ARA). Estas palavras o próprio Deus as disse, no jardim do Éden, o paraíso da Criação, dirigindo-se a Satanás. Deus se referia à 'descendência amaldiçoada' ("tua descendência ") e também ao descendente, sob Promessa, da mulher – Jesus Cristo ("seu  descendente "). A vitória sobre Satanás (a "serpente" do Éden) pertence a  Cristo. "Porque, se pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos "(Romanos 5.15, ARA). "Não existe salvação em nenhum outro; pois debaixo do céu não existe outro nome dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos " (Atos 4.12, Versão católica oficial da CNBB, baseada na versão de Antonio Figueiredo).

4. Quando veio pela primeira vez, Jesus conquistou a vitória sobre o pecado e sobre a 'serpente' : "Mas Deus prova o Seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores " (Romanos 5.8, ARA); "Deus nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a Sua própria determinação e graça, que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos, e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho " (II Timóteo 1.10 ARA).

5. Quando ele vier, pela segunda (e última) vez, ocorrerá, sim, o 'fim deste mundo', como hoje o conhecemos, e surgirá o 'novo mundo', do qual conhecemos apenas em parte e em promessa; e isto pode acontecer em momento totalmente inesperado : "O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor [fogo], e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada. Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus e apressando a sua vinda. Naquele dia os céus serão desfeitos pelo fogo, e os elementos se derreterão pelo calor. Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça." (II Pedro 3.10-13, NVI).

Portanto, ainda que as predições do calendário maia sejam desdenhadas, não é de bom siso (conhece esta expressão, do tempo dos avós?) desdenhar dessas palavras do Manual do Criador. A Bíblia aponta para um cenário que não deixa margem de dúvida. O 'dia' está chegando… E se o meu xará da USP, o cosmologista de Cambridge, você e eu formos surpreendidos com a vinda daquele dia ANTES da próxima Sexta-feira, antes de 21 de Dezembro próximo?  Quem, doutor, vai morrer de vergonha ? Quem, vai se encontrar de pé ante o tribunal do Criador, sem ter onde esconder a cara ? Melhor não brincar com a Sua verdade.  

Então, fique com minha mensagem musical de hoje. 

Como já disse uma vez, a poesia foi 'inspirada" nas palavras do próprio Ressurreto-Que-Vem:
"Vigiai, portanto, porque não sabeis quando o dono da casa vai voltar; pode ser à tarde, à meia-noite, de madrugada ou ao amanhecer. Se ele vier de repente, não deve encontrá-los a dormir. O que vos digo a vós, digo-o a todos: Vigiai !  " (Marcos 13.35-37, Versão católica de Antonio Figueiredo).

O 'grande' Ira Sankey (1840-1908) incluiu o hino na sua série Gospel Hymns.

O autor, militar que fora na Guerra Civil norte-americana, associou a lembrança do toque da trombeta de anúncio de prontidão nos quartéis, com o 'toque de prontidão' que exige a expectativa sempre constante da vinda de Cristo Jesus.

É o paranaense Quarteto Templo que  interpreta o hino.

Abaixo, para os que apreciarem, a poesia original.

WILL IT BE AT MORN? (1878)
SERÁ DE MANHÃ ?
Henry Lathrop Turner (1845-1915) & James McGranaham (1840-1907)

It may be at morn, when the day is awaking,
When sunlight through darkness and shadow is breaking
That Jesus will come in the fullness of glory
To receive from the world His own.

    O Lord Jesus, how long, how long,
    When we shout the glad song?
    Christ returneth! Hallelujah!
    Hallelujah! Amen. Hallelujah! Amen.

It may be at midday, it may be at twilight,
It may be, perchance, that the blackness of midnight
Will burst into light in the blaze of His glory,
When Jesus receives His own.

While hosts cry Hosanna, from heaven descending,
With glorified saints and the angels attending,
With grace on His brow, like a halo of glory,
Will Jesus receive His own.

Oh, joy! oh, delight! Should we go without dying,
No sickness, no sadness, no dread and no crying;
Caught up through the clouds with our Lord into glory,
When Jesus receives His own.

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Bom Domingo, boa semana, e até próximo Domingo (se não voltar antes o Senhor Jesus)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
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