Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 28 de Junho de 2015
Segundo publicações da mídia, 2015 é o segundo ano consecutivo em que a cidade de São Paulo apresenta a maior parada LGBT do mundo, superando mega-eventos, como em São Francisco (EUA), Toronto (Canadá) e Amsterdam (Holanda). A décima nona parada anual paulista, que ocorreu no primeiro Domingo deste mês de Junho, ficou marcado por um acontecimento ímpar: a transexual “Viviany Beleboni”, 26 anos, trafegou na avenida Paulista sobre um veículo praticamente desnuda e ‘crucificada’, encenando a paixão de Cristo. Mostrando-se toda ensangüentada, sua cruz ostentava uma tabuleta onde se lia: “Basta de homofobia”.
A imagem chocou não só no Brasil, mas repercutiu também em todo o mundo. Protestos de toda a parte ocorreram, incluindo personagens de diversos matizes do cristianismo. De acordo com “Viviany”, não houve a intenção de afrontar ou de debochar da religião, ou de Cristo, como muitos acusaram; apenas “usei as marcas do Jesus humilhado, agredido, morto; justamente o que tem acontecido com muita gente no meio GLS. Representei a dor que sentimos”. É até possível admitir que não tenha havido intenção prévia de afrontar ou de debochar da religião, ou de Cristo. É até possível admitir que a “Viviany” (ou quem lhe supriu com a idéia) tencionasse basicamente uma analogia, uma metáfora dramatizada. No entanto, foi extremamente infeliz e inoportuna a sua forma de tentar. E, mesmo não querendo, afrontou, sim, a Deus, e ao Seu Filho Amado. Vamos a algumas comparações pertinentes…
Em primeiro lugar, Jesus foi levado à cruz por uma causa determinada, ensejada e requerida por Deus – pagar, com o preço de sua morte, os vis pecados de todos os homens, de todos os tempos, aos quais tivesse Deus deliberado destinar o favor de Sua graça salvadora… Mas, em lugar algum da Palavra de Deus há de se encontrar respaldo divino à conduta homossexual; não há amparo, na conhecida vontade de Deus, para tal tipo de conduta. Aliás, muito pelo contrário, a Palavra de Deus a condena contundentemente. Não estamos falando de repúdio às pessoas, o que se tem denominado de homofobia; estamos falando da conduta. A genuína fé cristã aprende, de Seu Mestre, discernir entre a condenável conduta e a pessoa: não se deve praticar a discriminação irresponsável, mas tampouco se acolhe a conduta homossexual como se fosse aceitável a Deus. Os pecados pelos quais Jesus morreu incluem tanto os meus (que escrevo), quanto os dos atores do cenário LGBT. Entretanto, não é automática a aplicação do benefício de sua morte remidora e substitutiva: é imprescindível reconhecimento de pecado, recorrendo-se a Deus por meio de Jesus, para busca da graça reparadora e da reconciliação com o Todo-Poderoso.
Em segundo lugar, quando Jesus foi à sua cruz, não foi fazer reivindicações, ainda que tivesse a causa jurídica mais justa do mundo. Ao contrário, foi ele cumprir uma sentença de morte que, em verdade, deveria ser cumprida por cada um de nós, humanos. De sua boca não se ouviu um só discurso ou auto-defesa: “Foi maltratado e resignou-se; não abriu a boca, como um cordeiro que se conduz ao matadouro, e uma ovelha muda nas mãos do tosquiador; Ele não abriu a boca"(Isaías 53:7, BCF). O que foi pregado no alto de sua cruz o foi pelos romanos, que o crucificaram.
Em terceiro lugar, pensar que Jesus sofreu e foi humilhado por mera imposição judaica ou romana (“da sociedade”, trocando as palavras) é evidente desconhecimento da verdade: ELE SE DEU… Ninguém lhe impôs nada! Jesus se deu, espontaneamente, para resgate de pecadores – praticantes, ou não, da homossexualidade: “Ninguém a tira [a minha vida] de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai” (João 10.18, ARA). Pense nisto: Jesus deliberou, por si mesmo, em comum acordo com o Pai, ser crucificado, para cumprir o propósito da salvação dos perdidos.
Há outros contrastes possíveis entre a encenação da “Viviany” e a realidade cruel da morte de Cristo na cruz do Gólgota. A amostra acima já é suficiente para mostrar a impertinência da tentativa de mostrar semelhanças. Ninguém há que, entendendo corretamente, minimamente, a paixão de Cristo, consiga admitir alguma pertinência na apropriação indébita. É fato que qualquer forma desumana e ilegal de discriminação – seja contra o gay, seja contra o homem de cor, seja contra o pobre ou contra o mendigo, seja contra o cidadão de outra nacionalidade, seja contra a mulher, seja contra a criança, seja contra o idoso, seja contra o praticante desta ou daquela fé (inclusive a cristã) é deplorável. No entanto, não há o que se compare nas discriminações sofridas por estes exemplares da humanidade, e o que sofreu Jesus: “…sendo [Jesus] em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz” (Filipenses 2.6-8, ACF).
Tomando emprestado o slogan da “Viviany”, também direi “BASTA”! Basta de ignorância quanto ao verdadeiro propósito da vinda do Filho de Deus ao mundo, e de sua morte na sangrenta cruz; basta de acomodação quanto ao pecado, que afronta o caráter de Deus, porque a acomodação quanto ao pecado leva ao inferno; basta de discriminação, seja contra quem for; mas, também, basta de insensatez e de subestimação quanto ao Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, que veio para ser humilhado uma vez, mas voltará em glória e exaltação, para assumir o trono de juízo sobre a terra!
Lá pelos idos de 1956, passados os dias de horrores da guerra, certo cristão (músico) da Flórida, nos Estados Unidos compôs um hino desafiador. Ouça a mensagem, com nosso player online…
HOW LONG HAS IT BEEN? (1956)
QUE TEMPO JÁ FAZ?
Mosie Lister (1921-2015)
1. Que tempo já faz que falaste com Deus.
Contando os segredos da alma?
Que tempo já faz que oraste ao Senhor
E de joelhos ouviste-Lhe a voz?
Que tempo já faz que não andas com Deus,
Deixando-O guiar tua vida?
Teu Amigo quer ser,
Quer dar-te poder
Tu precisas sentir Seu amor.
2. Que tempo já faz que ajoelhas-te a sós
E oraste ao Teu Deus lá do Céu?
Que tempo já faz que o Teu coração
Se apega aos pecados teus?
Que tempo já faz que não falas de Deus,
Pregando a mensagem do Mestre?
Teu Amigo que ser,
Quer dar-te poder,
Implantar Seu amor em Teu ser.
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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses
Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional