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Author Archives: efrata

N° 182 : “CELEBRANDO A DOR”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 14 de Dezembro de 2014

“A dor ganhou outro significado para mim; agora, ela é celebrada”.  Foi assim que a ginasta Laís Souza se referiu, em Abril deste ano, quando teve alguns sinais deste tipo de sensibilidade. Ela se acidentou na neve, esquiando, quando se preparava para as Olimpíadas de Inverno de 2014. Como resultado, ficou tetraplégica, mesmo depois de avançados tratamentos nos Estados Unidos. Neste final de semana, porém, passou por constrangimento público; e foi em pleno dia de seu aniversário de 26 anos. Depois de, pela primeira vez, chegar ao Brasil após o acidente, compareceu ao programa de televisão de afamado apresentador. Ao falar de uma tatuagem que fez na perna, o apresentador lhe teria perguntado se doeu. “Não dói mais”, foi a sua resposta. Ainda assim, diz-se que o tratamento com células-tronco lhe tem proporcionado algum avanço, ainda que tímido. Então, de acordo com o que antes disse, sentir dor seria algo celebrado, e não deplorado.

Faz sentido! Afinal, somos criaturas com o típico senso de valorização do que perdemos, acima do que temos. Conheço gente que, depois de passar anos na vida tendo muitos recursos financeiros, além de bens, e vindo a perde-los, passou a ter um senso muito mais aguçado do valor de tudo que veio a ser perdido. É assim com a liberdade: se, em nosso país, a liberdade viesse a ser restringida, seria muito mais valorizada. É assim com um recurso natural, como a água: neste momento em quem escrevo, estou na maior capital do país; vários prédios públicos e condomínios particulares ostentam um cartaz, pedindo evitar-se o desperdício do precioso líquido, porque está em falta. Celebrar a dor, para a Laís, é reação festiva ao sinal tênue de retomada de algo muito precioso que perdeu – movimento! De fato, mesmo sem proximidade pessoal, nos alegraria vê-la celebrando também uma surpreendente recuperação de movimentos.

Há um outro plano em que esta verdade tem significado ainda mais alto (embora frequentemente menos percebido). Assim, direi: é assim também com a vida: só pode ser devidamente valorizada quando se perde. Epa! Que história é essa? Depois do meu último suspiro, acabou… Não sentirei ganho nem perda… Já era!  É assim que alguns pensam.  Mas, não é esta a verdade. A verdade é diferente.  O doador da vida, que é também o único resgatador dela, disse certa vez: Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a vida por minha causa, este a salvará. Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder-se ou destruir a si mesmo? Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier em Sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos (Lucas 9:23-26, NVI).   

Qual o significado destas palavras? Poderia suscitar algumas explicações pertinentes; entretanto, vou sintetizar numa simples: No dia do acerto de contas, quando todos comparecermos perante Ele, quando a vida do além suplantar a vida do aquém, aí, sim, todos vão perceber claramente o valor da vida eterna que o “Filho do homem” (que é o Filho de Deus) pode proporcionar. Viver a vida de aqui desprezando (ou menosprezando) a eternidade é risco semelhante ao daquele que usufrui dotes, propriedades ou benefícios muito precisos, que está prestes a perder. E só depois da perda saberá quanto perdeu. Despreza-a quem, vendo diante de si a oportunidade de agarrá-la, deixa-a passar… Menospreza-a quem, já conhecendo os valores sublimes da vida porvir, vive o presente como se só o presente importasse. Nas palavras de Jesus, é de suma importância reconhecer o valor da vida, da única que vale a pena (com Ele, na eternidade) enquanto não é perdida essa chance, aqui.

A propósito: você que me lê aí, e está ‘vivinho da silva’, talvez saudável, não passa por privações ou padecimentos, já tem pensado mais e melhor na outra vida? Ou você é daqueles que, só depois de perder a vida presente perceberá quanto mais poderia ter valorizado.  

A propósito, vale a pena ouvir sob reflexão o belo hino, cantado pelo Quarteto Templo…

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 181 : “CADA DIA COMO SE FOSSE O ÚLTIMO!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 07 de Dezembro de 2014

A ‘fibrose cística’ é uma doença tida como genética. Ataca órgãos do aparelho digestivo (especialmente pâncreas), assim como do aparelho respiratório (especialmente pulmões), além das glândulas sudoríparas. Provoca efeitos que costumam, com pouco tempo, bloquear funções vitais, levando à morte. É considerada tipicamente uma doença de fundo genético; no entanto, as variações entre exemplares humanos sugerem que surgem por mutações circunstanciais, e não por mera estatística aleatória. Por exemplo, as ocorrências em brancos são assustadoramente maiores que nos demais; em determinados países, muito mais que outros; em determinados estados de um país, mais que em outros. Em média, atinge um a cada três mil (em regiões de maior densidade) ou a cada dez mil (ou acima disto, em regiões de menor densidade).

Seu diagnóstico costuma aterrorizar: em geral, aponta encurtamento drástico da expectativa de vida. Foi o que se deu com o britânico Tim Wotton, conforme noticiaram os periódicos The Guardian e BBC. Ainda novo, o diagnóstico médico para Wotton foi de que sua vida se limitaria a 17 anos de idade. No entanto, com os tratamentos recebidos, e com a surpreendente reação do seu organismo, Tim se encontra hoje com 43 anos de idade, casado, e pai de um menino de sete. “De fato, eu vivo cada dia de vida como se fosse meu último dia na terra”, disse Tim Wotton, quando estava para completar 40. Não obstante, a expectativa de 17 anos já dobrou, e caminha para triplicar…

Escute aqui (figuradamente falando, já que ninguém aqui está escutando – apenas lendo): e se, por alguma outra razão (ou mesmo por razão idêntica), fossem os seus ouvidos a ouvir o diagnóstico, apontando que sua expectativa de vida não é para juntar-se ao time no qual jogou Oscar Niemeyer? O famoso arquiteto brasileiro só não emplacou 105 anos de idade por ‘erro de cálculo’ correspondente a 10 dias… Sim, diga-me imaginariamente: e se fosse com você o diagnóstico – você tem “x” dias para viver… Será que também viveria tais dias como se fossem os últimos? Digamos, por exemplo, que não fosse um médico, ou uma junta médica a trazer tal veredicto. Sim, porque mesmo uma junta médica pode errar em seus prognósticos. Ao Tim deram vida apenas até 17, e ele está, hoje, com 43, trabalhando, criando o filho, praticando esporte, etc… Digamos que o diagnóstico viesse daquEle cuja boca nunca falha: Deus mesmo! Houve um rei em Israel que passou por isto; seu nome era Ezequias, e você pode conhecer sua história na Bíblia, no segundo livro de Reis, capítulo vinte. Sumariamente: Naqueles dias, Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; veio ter com ele o profeta Isaías, filho de Amós, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás. (II Rs 20.1, ARA) E Deus lhe dizendo algo parecido: Então: você estaria também disposto a viver cada novo dia como se fosse o último na terra?

Eu reconheço que a pergunta incomoda, e é nada simpática (nadinha, mesmo). Ela apenas põe a pensar: se a prática divina fosse assim, de avisar a cada um de nós, como fez com Ezequias, ou como os médicos britânicos fizeram com o Tim Wotton, talvez muita coisa fosse diferente. Talvez não tivéssemos “petrolão”, nem a sua CPMI; talvez não tivéssemos “estado islâmico”, nem guerras inter-raciais; talvez não tivéssemos tanta mentira, tanta hipocrisia, tanta desavença, tanta corrupção, tanta discórdia familiar, e discórdia até entre irmãos.

Mas não! Deus não está aí, a cada dia mandando um profeta, ou um email (com certificação digital celeste), ou um bilhetinho (em pergaminho recondicionado), para cada ser humano, revelando: Sabe qual a sua conta? Mais 80 anos… A outro – Sabe a sua? Mais 8 anos… A mais outro: E a sua conta, já sabe? Mais 8 dias (ou mais 8 horas…). Assim sendo, ele vai tolerando, por enquanto, a corrupção humana, a mentira, a trapaça, a sordidez, a hipocrisia, a falta de sinceridade, a discórdia, o homicídio, a difamação, e assim por diante. “Por enquanto”, disse eu. E a humanidade vai seguindo, como se a vida lhe fosse quase eterna. Sim, porque, se tivéssemos um aviso celeste, daquele tipo do Tim Wotton, certamente pensaríamos mais que duas vezes, antes de desprezar a chance de “viver a cada novo dia como se fosse o último na terra”.  

No entanto, sem a mesma precisão, Deus já tem mandado recado parecido, que vale para cada um. A vida aqui é passageira; a vida porvir é eterna. Preste atenção: Então lhes contou esta parábola: ‘A terra de certo homem rico produziu muito bem. Ele pensou consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho onde armazenar minha colheita’. Então disse: ‘Já sei o que vou fazer. Vou derrubar os meus celeiros e construir outros maiores, e ali guardarei toda a minha safra e todos os meus bens. E direi a mim mesmo: Você tem grande quantidade de bens, armazenados para muitos anos. Descanse, coma, beba e alegre-se’. Contudo, Deus lhe disse: ‘Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou? (Lucas 12:16-20, NVI).

Perceba, por favor: à luz do que ensinou Jesus Cristo, quanto a esse homem hipotético da parábola, a qualquer um pode suceder isto, na primeira noite que lhe vier à frente. Se ocorrer a nós o que ocorreu ao Tim Wotton, teremos, talvez, duas escolhas para viver cada dia como se fosse o último: aproveitar tudo que for possível da vida, já que vai acabar; ou, assumir o preparo pessoal para o encontro individual com Deus. Eu te sugiro: se você puder ir em busca de uma Bíblia, qualquer que seja, leia o capítulo 4 do profeta Amós, e use-o como uma instrutiva analogia. Note o tom insistente, reincidente: "Contudo, não vos convertestes a mim"A certa altura, assim declara o Altíssimo: "Por isso, ainda os castigarei, ó Israel, e, porque eu farei isto com você, prepare-se para encontrar-se com o seu Deus, ó Israel." (Amós 4:12, BCF).

Viver, cada dia, como se fosse o último, sob a certeira e inolvidável expectativa de que, o momento seguinte ao último dia é o do encontro diante de Deus, é um imperativo extremamente pertinente. Desprezá-lo é pura falta de juízo e bom-senso!

Prá encerrar, lembrança: Céu, Lindo Céu, de Dick Torranz, líder do Grupo Elo na década de Setenta. 

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
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NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

Nº 011 – “BOA, AGRADÁVEL E PERFEITA”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Dezembro de 2014

“Israel! A minha vontade é boa, perfeita e agradável; não só numa casa de praia, com dinheiro no bolso… A minha vontade também é boa, perfeita e agradável num velório, ou mesmo numa sala de cirurgia”. Assim Israel Bruno se manifestou, depois do ‘vendaval’ (humanamente falando) que passou em sua vida. Foi quando Camila não resistiu à última cirurgia… Comecemos do começo, porém..

Israel Bruno saiu de Fortaleza aos 14 anos de idade, para jogar futebol em Santa Catarina. Entretanto, mais do que jogar futebol, foi lá naquele estado sulino que Israel se ‘encontrou’ pessoalmente (em sua conversão espiritual) com Jesus Cristo. Ele tinha uma namorada lá em Fortaleza – a única, de sua vida. Chamava-se Camila. Quando voltou a Fortaleza, teve a grata surpresa de ver também a sua amada rendendo-se ao Senhor Jesus. Aos 22 anos de Israel, e 21 de Camila, uniram-se no matrimônio, aos pés daquele ante quem todo joelho se dobrará, e toda língua confessará: Jesus Cristo é Senhor (para a glória de Deus Pai)!" (Filipenses 2.10,11). Depois de cinco anos de casamento, Israel já não estava mais no mundo do futebol: tornara-se bancário. Em Outubro de 2013, o casal teve a boa notícia: a gravidez de Camila. Um filho viria completar aquela alegria, onde já residiam Israel, Camila… e o seu Salvador.

Contudo, antes da estabilidade das águas declinantes de um dilúvio, este se manifesta em águas tempestuosas e tormentosas. Pois, foi também o que se lhes sucedeu. Com três meses de gravidez, as dores de cabeça de Camila aumentavam em intensidade e freqüência. Os exames provaram o ‘pior’: Camila tinha um tumor “do tamanho de uma laranja” no lado esquerdo do cérebro. A isto sucederam-se sintomas os mais desagradáveis: dores, vômitos, amnésia, paralisia corporal… Mas, Yuri estava lá dentro… Poderia ele resistir, se sua mãe resistisse até se completar a gestação? Uma cirurgia, para instalação de um dreno, foi ainda mais traumático para ambos. Isto, sem contar a aplicação de seis contrastes…

No dia 16 de Junho de 2014, com Camila sob condição altamente frágil, o ‘milagre’ divino aconteceu: Yuri nasceu. Possível? Bem! Alguém vai dizer: como a medicina é avançada! Melhor dizer: Para Deus, nunca há impossíveis (ainda que os ‘impossíveis’ não sejam Sua provisão corriqueira). Assim como não seria impossível, para Deus, restabelecer a Camila, para que pudesse conhecer seu filhinho. No entanto, Deus tinha um plano melhor para ela: Ele a queria junto de si. No dia 17 de Agosto, quatro dias depois de sua última cirurgia, Camila subiu ao encontro do Pai Celeste! Muito bem, serva boa e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu Senhor (Mateus 25:21, BCF, contextualizada).

Israel conta que em 17 de Agosto, quando recebeu a notícia de que Camila não havia sobrevivido, lembrou-se da palavra bíblica; era como se Deus estivesse a lhe dizer – ‘Israel, a minha vontade é boa, perfeita e agradável; não apenas numa casa de praia, com dinheiro bolso; ela também é boa, perfeita e agradável num velório, ou numa sala cirurgia’. Ainda hoje, Israel levanta seu pequeno Yuri nos braços, e continua a repetir : a vontade de Deus é sempre boa, agradável e perfeita… Diz ele: “Eu e a Camila (enquanto ela podia falar e entender) nunca perguntamos ‘por que’…”. Sua mãe disse: “Quando tudo começou, eu pedia a Deus forças para poder ajuntar os pedaços dele; e, no fim, foi ele quem ajuntou os meus pedaços!”. Por fim, arremata Israel: “O soldado tá ferido, mas continua firme batalha, com a cabeça erguida, esperando o que vem do Alto! Você nunca saberá que Deus é tudo o que você precisa, até que Ele seja tudo o que você tiver!”  (esta é uma citação de Tim Keller – 1950…)

O que poderia haver de diferente para com o Israel, ou com a Camila? Um só fato: Israel é um ‘arauto de vida’! O texto que o consolou, e que o levou à superação, foi: Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Rm 12.1,2, NVI). É um daqueles arautos que anunciam que há vida depois da tormenta, que há um arco-íris de aliança restauradora e redentora, depois do dilúvio! Se você quiser ver o próprio Israel, o nosso "Arauto de Vida" de hoje dando o seu testemunho, busque em https://www.youtube.com/watch?v=5iMjPkRZTPU… 

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida  
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:

As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:

E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
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N° 180 : “NINGUÉM TEM PACIÊNCIA COMIGO!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 30 de Novembro de 2014

Acho que não há uma criança neste país, na faixa etária que vai dos 3 anos até 83, que tenha se incomodado de assistir na TV episódios repetidos do Chaves. Chaves é o personagem criado pelo artista mexicano Roberto Gómez Bolaños (1929-2014). Suas frases de efeito se transformaram em bordões para várias utilidades: para uma conversa descontraída, ou mesmo para recursos de uma aula. Nesta semana, Bolaños deu o último suspiro na terra. Publicaram-se diversos depoimentos de personalidades, como, por exemplo: “O Chaves foi para o céu… Bolaños, vai com Deus!”; “Garanto que Deus vai se divertir muito! Descanse em paz…”; “Que os céus te recebam com a mesma alegria que sempre nos deste (sic)”; “Uma pena que a morte não é como uma viagem para Acapulco, com passagem de ida e volta…”.

Dentre as frases de efeito de seus personagens, várias muitos sabem de cor: “Isso, isso, isso” (de que faz parte a mímica com os dedos da mão); “Não contavam com minha astúcia”; “Se aproveitam de minha nobreza”; “Que burrico; dá zero prá ele!”; “Todos os meus movimentos são friamente calculados!”… E, mais uma: “Ninguém tem paciência comigo!”. Pelo que parece, é a típica frase do personagem que, usualmente, faz coisas que não devia ter feito e é repreendido; ou, que provoca alguns desastres pitorescos.

Há pouca dúvida de que certos bordões do mundo artístico são reflexos do mundo real. Quem nunca se sentiu incompreendido? Quem nunca se sentiu valorizado bem abaixo do que esperava? Quem nunca se sentiu pouco popular, ou pouco apreciado, ou pouco aceito? Quem jamais se sentiu ressentido com pais, com familiares, com pessoas chegadas, pronto para dizer o mesmo que o personagem – ninguém tem paciência comigo…? A convivência sujeita a tal possibilidade. E há diferentes reações possíveis: uns superam mais facilmente reagindo… Outros superam de forma bem mais difícil, retraindo-se… E há, ainda, os que não superam… Isto é peculiar ao ser humano. Faz parte do que é natural no plano horizontal.

Só existe um ser que tem, em si mesmo, quantidade inesgotável de paciência com plena potencialidade de manifestar. Se existir alguma verdade no desabafo – “Ninguém tem paciência comigo!”, esta verdade tem a obrigação de deixar de fora da queixa somente um ser. Sim, somente um ser, e não é criatura – é Criador! É Deus mesmo! Dele, Ele próprio afirma: “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.” (II Pedro 3:9, NVI). É bem verdade que o fato de a paciência de Deus, isto é, a Sua longanimidade, estar sendo manifesta a todos, universalmente (quero dizer, a mim, a qualquer um que aqui lê, e também a qualquer outro que aqui não lê), não significa que todos serão por Ele perdoados. Para perdão, é preciso algo mais que depende também de nós.

Não obstante, para ser justo, justo de fato, com esse tipo de afirmação que se tornou bordão artístico do personagem Chaves, trazendo para a realidade, melhor seria dizer: “Ninguém tem paciência comigo, exceto Deus!”. Veja só que afirmação incontestável: “Não precisa olhar duas vezes para um homem para citá-lo em justiça consigo.” (Jó 34:23, BCF). Quem afirmou isso, como na Bíblia se encontra, o fez plenamente amparado pela autoridade divina. Por que Deus não nos lança, a todos, sob o fogo devorador de sua ira e justiça? Exatamente porque Ele é rico em paciência longânima. Afinal, a declaração adveio precisamente por conta do diagnóstico inquebrável: Não há trevas nem sombra assaz profunda, onde se escondam os que praticam a iniqüidade.” (Jó 34.22, ARA).

O fato é que Deus, sim, é paciente (e é capaz de ter paciência infinita, se a Sua justiça própria o permitisse); é longânimo (e o poderia ser indefinidamente, com condescendência interminável, se a Sua retidão e Sua santidade próprias permitissem). Sem embargo, Ele é paciente muito mais do que, dizendo a grosso modo, deveria ser; muito mais do que poderíamos jamais merecer. Deus é paciente, é benigno, é misericordioso, é longânimo – muito mais do que qualquer um poderia esperar. Mas, não é bom contar com isso para sempre, porque basta-lhe um único olhar sobre nós, e já poderíamos ser levados à presença do Seu tribunal. Se ainda não o fomos, é por causa da Sua longanimidade, da Sua paciência. Quando formos, a continuidade eterna de Sua bondade sobre nós dependerá apenas de estar Cristo Jesus, o Seu Filho, ao nosso lado. Se estiver Ele do outro lado, significará que estaremos nós do lado errado. Então, como dizia minha mãe quando eu era pequeno: “Adeus, viola!”. Porque Deus é paciente e longânimo hoje, no tempo em que Ele mesmo considera tempo de longanimidade. Portanto, ainda que pudéssemos dizer, com toda verdade – “Ninguém tem paciência comigo!”, lembre-se de Deus. Porque Ele tem tido. Mais do que poderíamos almejar… Muito, muito mais do que poderíamos pensar em merecer.

O autor do hino que hoje encerra nossa reflexão o compôs numa fase difícil. Passava ele por dupla provação. A dupla provação atingiu, a um só tempo, sua saúde e seu trabalho, o ministério. As tentações que vieram junto com as provações (sempre é assim) lhe atingiram em cheio a alma, com profundos questionamentos. Podemos quase adivinhar que tipos de questionamentos – normalmente os "por que's" interrogativos, reflexivos… Seu conforto e seu escape veio com o bálsamo oferecido pela Palavra de Deus, precisamente na epístola de Pedro. Quem canta em solo é Doug Oldham (tio de Joni Eareckson Tada), com companhia de Ben Speer e coro de Gaither Homecoming.Depois da transcrição da letra, o nosso AudioPlayer Online… 

DOES JESUS CARE? (1900)
JESUS SE IMPORTA?
Frank E. Graeff (1860-1919) & Joseph Lincoln Hall (1866-1930)

(Doug Oldham) Does, does he [Jesus] care when my heart is pained
Será que Jesus se importa, quando meu coração está dolorido
Too deeply for mirth or even a song? …
Profundamente sequioso por um pouco de alegria, ou mesmo uma canção
When the burdens press, when the cares press down and distress,
[Se importa ele] Quando as aflições oprimem, e as preocupações sobrecarregam e atormentam 
And my way grows weary and long?
Quando o caminho se torna enfadonho e longo? 

CORO (RESPOSTA PARA TODAS AS PERGUNTAS)
Oh yes, He cares, I know He cares,
Oh, sim, Ele se importa, eu sei que ele se importa
His heart is touched with my grief;
Seu coração é tangido por meus pesares
When the days are weary, the long night's dreary,
Quando os dias são fatigantes e a longa noite é sombria
I know my Savior cares.
Eu sei que o meu Salvador se importa! 

(Ben Speer) Does Jesus care when my way is dark
Será que Jesus se importa, quando meu caminho se escurece, 
With a nameless dread and fear?
Com um inominável temor e tremor?
As the daylight fades into deep night shades,
Quando a luz do dia se tolda, adentrando as negras sombras noturnas
Does He care enough to be near? 
Será que se importa o bastante para estar por perto? 

CORO
(Doug Oldham) Well, about it: Does he care when I've tried and I failed
Bem, [ainda] sobre isto: Importa-se ele quando eu sou tentado, e falho
To resist some temptations so strong?
Em resistir a algumas tentações que são tão potentes?
And when, for my deep grief, I find no relief,
E, quando, para minha profunda tristeza, parece não haver alento, 
Though my tears flow all the night long?
Ainda que minhas lágrimas fluam noite a dentro?
Here’s the good news:…
Eis a melhor notícia:… 

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 179 : “RESGATE ARRISCADO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 23 de Novembro de 2014

No último mês de Outubro, um adolescente holandês postou um self-video na internet, com a seguinte declaração: “Olá, eu sou um jihadista do estado islâmico, e quero cortar cabeças de judeus”. A idade do adolescente? Quatorze anos. Isso tem acontecido com centenas, senão mais adolescentes de países europeus. Por volta de 16 a 20 anos de idade, vários saem de seus países e se dirigem à Síria, para ‘alistar-se’ no exército do ISIS. Foi o que aconteceu com Aicha, aos dezoito. Deslumbrada com um ex-militar do exército holandês, de origem turca, a quem seguiu, contrariou os pais e rumou para o Oriente. Omar Yilmaz debandou para o ISIS, adotando este novo nome. Passados poucos meses do suposto ‘casamento’, os dois se separaram – “cada qual seguiu o seu caminho”. Aicha (cujo nome real tem sido preservado, por questões de segurança), havia mandado uma mensagem para a mãe, apreciando o zelo materno, mas declarando sua nova opção de vida, por volta de Abril deste ano. Um detalhe: Aicha era o nome da terceira (e preferida) esposa de Maomé.

Em outubro, quando Aicha estava para completar 19 anos, Monique viajou da Holanda à Turquia, tentando resgatar a filha; não conseguiu. Um mês depois, recebeu uma mensagem dramática da filha, pedindo ajuda. Monique não pensou duas vezes. Embora as autoridades lhe dissessem – “Não vá a Raqqa! É muito perigoso; você pode ser executada lá, ou ser processada aqui, por ajuda ao terrorismo, quando voltar”. Mas, quem disse que uma mãe, determinada a salvar a filha, se detém com tais riscos? Monique saiu do território turco, e entrou na sede síria do “Estado Islâmico”, Raqqa, coberta por uma burca. Procurou, procurou, até que achou a filha, fragilizada psicologicamente. O reencontro foi deveras emocionante. E conseguiu trazê-la para o lado turco da fronteira, onde ambas aguardam autorização para voltar a Maastricht, sua cidade.

Não tenho a menor dúvida de que a marcante história, dentro de pouco tempo, vai resultar um filme. Se, apenas por ler-se a história, já surge uma notável empatia emocional, imagine quando dramatizada, com som e imagens. O advogado holandês Françoise Landerloo disse: “É altamente notável que a mulher tenha sido tão determinada a ir em busca e salvar sua filha!”. Pois é! Também acho.  Acho mais, até… Penso, por exemplo, no sentimento imensamente mais profundo, imensamente mais amoroso, imensamente mais significante que moveu, do céu à terra, o Filho de Deus. Deus viu algo semelhante ao que Monique viu. Ela disse algo mais ou menos assim: Minha filha está lá, para ser resgatada, e não o será se não tiver ajuda; além de mim, quem mais poderá ajudá-la?  Pois então: não foi assim que aconteceu em Cristo? “Porque o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido” (Lucas 19.10, BCF). “Tudo isso vem de Deus, que nos reconciliou consigo, por Cristo, e nos confiou o ministério desta reconciliação. Porque é Deus que, em Cristo, reconciliava consigo o mundo, não levando mais em conta os pecados dos homens, e pôs em nossos lábios a mensagem da reconciliação.” (II Coríntios 5:18-19, BCF).

A mãe de Aicha, contra todas as recomendações das autoridades holandesas, arriscou a própria vida, indo ao encontro de sua filha, para resgatá-la. Jesus Cristo, não apenas arriscou, mas deu a sua própria vida, vindo ao encontro dos homens, pecadores por natureza, para resgatá-los : "Eu sou o bom pastor… e dou a minha vida pelas ovelhas… porque eu dou a minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade. Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la. Esta ordem recebi de meu Pai" (João 10:14-18, NVI). Emociona, sim, um amor de mãe que faz o que fez a holandesa Monique. E ela não fechou a porta do retorno; não disse – não temos mais, aqui em casa, lugar para uma filha rebelde. Ao contrário, seu gesto proclamou – ainda há lugar aqui, para você, minha filha. Porém, ninguém tem maior amor do que este, o Filho Deus, que deixou no céu a sua glória, humilhou-se como e entre seres humanos, assumiu, em lugar dos que a Ele pertencem, uma cruz romana em solo judeu, o que se faz suficiente para resgatar do inferno milhões e milhões. Basta-lhes confessar o Nome do Filho de Deus, rendidos a Ele. Ele também não fechou (ainda) a porta da salvação. Pelo contrário, é como se estivesse a dizer, enquanto ainda há tempo – ainda há lugar.

Foi pensando nisto que o prolífico compositor sacro escreveu sua poesia, e musicou-a. Por cerca de 60 anos ele proclamou a mensagem resgatadora do céu, com hinos quase eternos, tais como Mansion Over the HilltopHe Washed My Eyes With Tears, SuppertimeWe'll Take It Over, entre muitos outros. Na mensagem musical de hoje, repete (usando a forma já traduzida e gravada em nosso idioma)  – Junto à Cruz há Lugar Para Ti. A interpretação é de Marvin Ponder, Merrilou Luthas e Steve Bolt, com grupo coral.

There´s Room At The Cross For You (1946)
Junto à Cruz Há Lugar Para Ti 

Ira Forest Stamphill (1914-1993)

The cross upon which Jesus died
A cruz onde Jesus morreu
Is a shelter in which we can hide
É um abrigo onde podemos nos refugiar
And its grace so free is sufficient for me
E a sua graça, tão graciosa, é suficiente para mim
And deep is its fountain as wide as the sea…
E farta é a fonte, tão vasta quanto o mar…

CORO – There's room at the cross for you
Junto à cruz há lugar para ti
There's room at the cross for you
Junto à cruz há lugar para ti
Though millions have come, there's still room for one
Ainda que milhões já tenham vindo, ainda há lugar prá mais um
Yes there's room at the cross for you!
Junto à cruz há lugar para ti!

Though millions have found him a friend
Não obstante milhões já terem achado nele amigo
And have turned from the sins they have sinned
E se convertido dos pecados cometidos
The Savior still waits to open the gates
O Salvador ainda aguarda para abrir as portas
And welcome a sinner before it's too late.
E receber um pecador antes que seja muito tarde.

Well, the hand of my Savior is strong
Bem, a mão do meu Salvador é poderosa
And the love of my Savior is long
E o amor do meu Salvador é longânimo
Through sunshine or rain, through loss or in gain,
Em meio a dias ensolarados ou chuvosos, em meio a perdas ou conquistas
The blood flows from Calvary to cleanse every stain.
O sangue jorra do Calvário para lavar cada mancha.

So I'll cherish the old rugged cross
Então, me alegro na velha cruz escarlate
Till my throphies at last I lay down
Até que meus troféus enfim deponha
I will cling to the old rugged cross
Levarei eu também a velha cruz escarlate
And exchange it someday for a crown 
Té trocá-la, algum dia, por uma coroa 
Though millions have come, there's still room for one
Ainda que milhões já tenham vindo, ainda há lugar prá mais um
Yes there's room at the cross for you!
Junto à cruz há lugar para ti!

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 178 : “AUTO-AJUDA’ x ‘ALTO-AJUDA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 16 de Novembro de 2014

O Brasil já teve escritores famosos. Machado de Assis, José de Alencar, Guimarães Rosa, Aluísio Azevedo, Euclides da Cunha, Graciliano Ramos, sem contar poetas como Olavo Bilac, Castro Alves, Tomás Antonio Gonzaga, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Manuel Bandeira, Casimiro de Abreu. Aliás, são tantos que já se torna injustiça relacionar uns e olvidar outros. Entretanto, nos últimos tempos, faz fama interna e externa outro tipo de literatura; e esse estilo também deu fama a seus escritores: o estilo “auto-ajuda”. Lair Ribeiro, Roberto Shinyashiki e Paulo Coelho têm seus nomes mundialmente projetados com tal literatura. Os dois primeiros são médicos – cardiologista e psiquiatra, em sua ordem; o último, veio do mundo artístico, e foi parceiro de composição de Raul Seixas; é o autor, em língua portuguesa, mais vendido e mais disseminado no mundo. 

Auto-ajuda se tornou um estilo literário muito procurado, porque se remete ao que pessoas consideram que precisam (e querem) ler. Um eminente professor universitário, expoente da crítica literária, se referiu assim: Auto-ajuda – o leitor gosta porque escuta o eco da sua própria voz, a voz do senso comum e da moral vigente. Leitores com baixa estima buscam auto-ajuda; leitores angustiados buscam auto-ajuda; leitores inseguros sobre o futuro buscam auto-ajuda. A frase de uma leitora dos autores de auto-ajuda ajuda a sintetizar o efeito que os aficionados tanto apreciam: com eles, sinto-me renovada a cada dia! 

Bem! Já vou parando de fazer o que a alguns possa parecer propaganda da “auto-ajuda”, e passar a fazer propaganda de um outro estilo, aparentemente concorrente – “Alto-ajuda”! Parecido, mas só no neologismo que estou usando para designá-lo. É muito mais útil, porque é da autoria de quem, mais do que um hábil cardiologista, conhece perfeitamente o coração humano – Ele o fez! E Ele o perscruta com um conhecimento maior do que o nosso, o dos ‘donos’ do coração (ou do que qualquer instrumento de última geração). É muito mais útil, também, porque parte de quem, mais do que um renomado e distinto psiquiatra, conhece, como ninguém, a alma, a mente, a psyque humana – foi também Ele quem moldou, em cada um, esta seção da individualidade. E Ele a perscruta com uma precisão incomparavelmente maior que a de qualquer psiquiatra, ou a de nós próprios, ‘auto-conhecedores’. 

Tem um detalhe distintivo… É mais efetivo, porque não fica tentando conciliar o inconciliável – o que as pessoas querem ler com o que precisam ler… Invariavelmente, não queremos ler o que mais precisamos, principalmente se for a respeito de nós mesmos. Entre outras características mais que poderíamos citar, para demonstrar a potência dessa literatura, ainda diríamos que é, além de melhor, a única que pode proporcionar segurança indiscutível quanto às inseguranças naturais do futuro. Estou falando de ‘Alto-ajuda’, ou ‘ajuda do Alto’. 

Estou apontando para cima, para Deus, autor da vida, doador da vida, mantenedor da vida, magistrado da vida, resgatador da vida. Estou falando do Seu livro – a Palavra de Deus, a Bíblia. Incomparavelmente melhor que qualquer obra de “auto-ajuda”, porque é ‘ajuda do Alto’! E ainda quero acrescentar três dados: no preço, é possível obter um exemplar de ‘Alto-ajuda’ de modo mais econômico do que o que se paga, em média, pelos títulos mais famosos dos afamados escritores de auto-ajuda. No conteúdo, a riqueza da Bíblia supera, numa distância que se perde de vista, o teor de todos os livros de auto-ajuda, somados. Nos efeitos, aí é que a comparação vira – com licença da força de expressão – covardia. Junte todos os livros de mera auto-ajuda já disponíveis, e junte-os em todos os idiomas já disponíveis; eles não conseguirão impulsionar, um centímetro sequer, uma única alma, a livrar-se do rumo fatídico do inferno e alcançar a bem-aventurança eterna do céu. Mas a Bíblia, como ‘Alto-ajuda’, com seu testemunho – a velha história referente a Jesus Cristo, o Salvador – já livrou incontáveis almas do inferno, remetendo-as ao Alto. E é capaz de realizar essa ‘proeza’ ainda hoje. 

Até os judeus que andaram perseguindo o Filho de Deus sabiam: Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim (João 5.39, ARA)Contudo, esses mesmos judeus resistiam em identificar as palavras de vida eterna com o doador da vida eterna: E vós não quereis vir a mim, para que tenhais vida… (João 5.40, BCF). Mas, mesmo um anjo divino, quando socorreu apóstolos, disse: Dirijam-se ao templo, e relatem ao povo toda a mensagem desta Vida (Atos 5.20, NVI). E quanto ao que está cansado, ou que está oprimido, ou angustiado, ou com baixa estima, ou inseguro quanto ao presente, ou inseguro quanto ao futuro? O Autor, mantenedor e redentor da vida ainda afirma: Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá… As palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida (João 6.57,63, ARA).   

Auto-ajuda? Só se você preferir placebo ou paliativo. ‘Alto-ajuda’, a ajuda do Alto, de Deus, de Jesus Cristo, da Sua Palavra Santa –  esta sim, resolve problemas, garante vida, encaminha para o Alto, prá todos os benéficos efeitos eternos!   

A mensagem musical de hoje é acalentadora. Lembra palavras do Mestre, quando estava para se despedir, temporariamente. A interpretação suave é de Heritage Singers. Ouça, com nosso AudioPlayer Online,  logo abaixo da letra… 

 

MAY GOD BE WITH YOU (1928)

Esteja Deus Contigo
Rex Arthur Maupin (1896-1966) & Myron Mike Oury (1893-1966)
 
May God be with you, until we meet again
Esteja Deus contigo, até que de novo nos encontremos
May God be with you and keep you safe till then
Esteja Deus contigo e te guarde até lá
And may His blessings be in your heart
E que Suas bênçãos estejam no teu coração
May God be with you, while we’re apart
Esteja Deus contigo, enquanto estivermos separados.

May God be with you and watch you from above
Esteja Deus contigo, assistindo-te de lá de cima 
May God protect you with everlasting Love
Que Deus te proteja com Amor duradouro
And with the dawning of each new day
E, que ao crepúsculo de cada dia 
May God be with you to guide your way!
Esteja Deus contigo para guiar teu caminho!
May God be with you, may God be with you every day!
Esteja Deus contigo, esteja Deus contigo cada dia!

 

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !

Ulisses

NOTAS (versões bíblicas):
ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana
ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil
BCF – Versão Católica do Pe. Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional

N° 177 : “DEUS, EVOLUCIONISTA?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 09 de Novembro de 2014

O franciscano papa Francisco I, lá no Vaticano, acaba de declarar, oficialmente, que Giovanni Battista Enrico Antonio Maria Montini (1897-1978), designado em 1963 Papa Paulo VI (1963-1978), é agora “mediador intercessor post-mortem” (popularmente, um beato, parte do processo de canonização como um “santo”). O Vaticano diz que reconheceu que Paulo VI teve um “milagre seu comprovado” em favor de uma criança californiana, antes que aquela nascesse (milagre reivindicado para os anos Noventa, quando Paulo VI já era falecido). De acordo com o Vaticano, foram as intercessões celestiais do falecido Giovanni Montini que proporcionaram a suposta cura ao feto. Uma semana depois, o Papa Francisco I surpreendeu o mundo novamente. Falando à Rádio do Vaticano, que transmitia a cerimônia de descerramento do busto de Bento XVI na Pontifícia Academia de Ciências, o papa deu um impressionante respaldo 'pontifício' às teorias da evolução e do "Big-Bang". Transcrevo, traduzindo literalmente a declaração papal do registro pela Rádio do Vaticano: “A evolução, na natureza, não é inconsistente com a noção de criação… Não obstante, o cientista deve ser impulsionado pela confiança de que a natureza oculta, dentro de seus mecanismos evolutivos, potencialidades que precisam ser descobertas pelo intelecto e pela liberdade, de modo a perscrutar o [tipo] de desenvolvimento que pertencem ao desígnio do Criador”.

Francisco I parece repercutir o conceito do padre jesuíta e também cientista francês Teilhard de Chardin (1881-1955). Chardin, em busca de convergir conceitos teológicos com conceitos científicos que abraçava, defendeu que Deus e natureza são dois pólos que continuamente interagem, de modo dinâmico, promovendo a progressiva evolução cósmica. Essa idéia também foi alcunhada de panenteísmopan (tudo) + en (em) + teísmo (de theos = deus); sumarizando, Deus operando por meio de todas as coisas. Chardin enfrentou dificuldades de ambos os lados: evolucionistas ‘puros’, naturalistas que são, sempre repudiaram a idéia de um ser sobrenatural, divino e necessário; criacionistas ‘puros’, isto é, que reconhecem que o ser divino e sobrenatural é, não apenas necessário, mas também poderoso o suficiente para operar sem a colaboração da natureza. Sobrou quem? Sobrou um contingente de religiosos que, sacrificando as mais legítimas ferramentas e métodos da interpretação da Bíblia, pensam que a única maneira de validar a sua revelação textual é curvar-se a pressupostos supostamente bem amparados pela ciência. O notável e inteligente argentino Jorge Mário Bergoglio parece ter dado respaldo a essa concepção.

Interessante! Se alguém se defronta com o livro de Gênesis, que diz que Deus ordenou por Sua Palavra, e em seis dias surgiram os céus, a terra e tudo que neles há, o defensor do evolucionismo teísta aparece e diz: mas Gênesis não é um livro de ciência, e a Ciência diz que tudo surgiu num processo que durou milhões de anos Temos que ler a Bíblia dessa ótica!  Se alguém toma, do Gênesis, a percepção de que Deus formou o homem do pó da terra, e soprou fôlego de vida em suas narinas, fazendo-o distintamente de todos os demais seres vivos, o defensor dessa linha aparece e diz: mas Gênesis não é um livro de ciência, e a Ciência diz que o homem evoluiu duma forma simiesca (ancestral também do macaco), esta evoluiu de uma forma viva primitiva e unicelular, e esta evoluiu de moléculas sem vida… Temos que ler a Bíblia dessa ótica! Se naturalmente percebo, em Gênesis, que houve atos criativos ordenados de Deus, o qual, no princípio, criou (Gn 1.1)o defensor dessa linha aparece e diz: mas Gênesis não é um livro de ciência, e a Ciência diz que tudo surgiu do Big Bang, demandando conjugar tempo e acaso, sem intenções prévias específicas de ordem ou de projeto determinante… Temos que ler a Bíblia dessa ótica! Neste caso, ao defensor desta linha fica a incumbência de reler o Gênesis pelos óculos da Ciência, ‘chamando’ Deus para algumas intervenções ocasionais, quando lhe parecer que tempo e acaso não seriam suficientes para a evolução.

Problemas sérios à vista!… Primeiro: se, por não ser a Bíblia um livro de ciência, seu primeiro livro sofre o descrédito que sofre, que dizer do restante, que dali tanto depende? Segundo: se o Big-Bang é, de fato, a origem de todas as coisas, que espécie de Deus é esse, que em vez de nos contar a história certa na Sua revelação, escondeu-a? Terceiro: se a evolução é o seu método, por que nos enganou tanto, dizendo que seu método é criação? Quarto: Se nós, humanos, somos resultado evolutivo de formas irracionais, que são formas evolutivas de entes inertes, por que tantas vezes nos diz a Bíblia haver Deus criado o homem de forma tão singular, o único com a propriedade da “imagem e semelhança de Deus” (Gn 1.26,27)? Quinto: se milhões e milhões de anos são necessários por causa das chances de evolução dar errado inúmeras vezes em suas tentativas, até finalmente dar certo em uma, onde estão as provas das tentativas erradas? Onde estão as provas de defeitos nas espécies primitivas e intermediárias? Onde estão as espécies defeituosas da transição da evolução para chegar-se ao homem complexo e harmônico que somos?  Bem! Muitos outros problemas poderiam ser levantados. O maior de todos eles é, de fato, a desconfiança contra o texto bíblico, supondo que a Ciência é mais digna de crédito. A grande pergunta será: que tipo de Deus é esse, de que fala a Bíblia?

Para ajuda dos leitores, a palavra de uma autoridade: “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais; de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós; pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como alguns dos vossos poetas têm dito – porque dele somos também geração…”  (Paulo de Tarso, em Atos dos Apóstolos 17.24-28, ARA).  Pessoalmente, peço ao leitor: não se deixe ser enganado, como os gregos daqueles dias foram pelas teorias pré-socráticas. E, se precisar de uma única razão para atender ao meu apelo, dou a que ofereceu a mesma autoridade referida: “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (Atos 17.30,31, ARA). A Ciência, se for boa, não há de contrariar a Escritura, nem a si subjugar sua revelação. A Ciência passará; a Palavra de Deus permanecerá eternamente! Não duvide da Palavra de Deus; duvide da “ciência” que duvida da Palavra de Deus!  

Quando Deus questionou Jó por todas as Suas maravilhas criadas, cada qual na ordem e sob o propósito que Deus estabeleceu, a única atitude que restou a Jó foi a de reconhecer quão maravilhoso, sábio e onipotente Deus é. O compositor sacro tratou do mesmo dilema e, enquanto partilhava anos de trabalho junto com Billy Graham, compôs a mensagem musical que hoje disponibilizamos. Com participação tocante de coro e Douh Oldham (1930-2010), o próprio compositor ali cantava, aos 103 anos de idade. 

THE WONDER OF IT ALL (1955)
A [MAIOR] MARAVILHA DE TODAS 
George Beverly Shea (1909-2013) 

There's a wonder of sunset at evening,
Há uma maravilha no pôr-do-sol ao entardecer,
The wonder as sunrise I see;
A maravilha que é o alvorecer, eu [também] vejo;
But the wonder of wonders that thrills my soul
Mas a maior de todas as maravilhas que faz vibrar minh'alma
Is the wonder that God loves me.
É a maravilha de que Deus ama a mim.

Oh, the wonder of it all! The wonder of it all!
Oh, a [maior] maravilha de todas! A [maior] maravilha de todas!
Just to think that God loves me…
Tão somente pensar que Deus ama a mim…
Oh, the wonder of it all! The wonder of it all!
Oh, a [maior] maravilha de todas! A [maior] maravilha de todas!
Just to think that God loves me!
Tão somente pensar que Deus ama a mim…

There's the wonder of springtime and harvest,
Há a maravilha da estação da primavera e a da colheita
The sky, the stars, and the sun;
O céu, as estrelas, e o sol (por que não também a lua?)
But the wonder of wonders that thrills my soul
Mas a maior de todas as maravilhas que faz vibrar minh'alma
Is a wonder that has just begun…
É a maravilha que apenas começou… 

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
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Nº 010 – “RENASCIDO, RENASCI”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Novembro de 2014

Eu e minha família sabemos que o acidente que sofri foi parte de um plano de Deus, e que Ele conduz todas as coisas no sentido fazê-las cooperar, conjuntamente, para o bem daqueles que O amam, e que são chamados segundo o Seu propósito”. É extremamente pertinente ter consciência disso, e confiar que é assim que ele age. Certamente o que passei não teria sido a minha escolha, com tanta dor e sofrimento; mas, com eles, também vieram o regozijo e o restabelecimento. Reconhecemos a bênção de Deus no meio de tudo”.  Foi assim que Dan Dillard terminou o relato do testemunho que ele produziu, em face do grave acidente que sofreu. Voltemos ao começo, porém…

Numa tarde de Agosto de 2013, Dan Dillard guiava sua moto para um domicílio, onde iria dirigir um estudo bíblico. O lugar era a pequena cidade de Bend, no estado de Oregon, Estados Unidos. Subitamente um veículo o atingiu de modo violento, inadvertido, pela esquerda. A força do impacto foi tão grande que Dan foi atirado longe, inconsciente. Bacia e outros ossos quebrados, lesões por todo o corpo, e a artéria aorta rompida. Ainda inconsciente foi levado para o hospital. Os médicos que o atenderam já sabiam que jamais alguém tinha sobrevivido, no estado em que ele se encontrava. Foram dias, semanas mesmo, de luta entre a vida e a morte. Quando as lesões não pareciam recrudescer, veio uma infecção generalizada. Os médicos chegaram a dizer à sua esposa, Sharon, e ao filho de oito anos, que Dan estava morrendo. E eis que receberam a companhia de um batalhão de gente em oração.

No meio dessa hora tormentosa, a última pessoa que eles poderiam esperar para dele receber visita teria sido o condutor do veículo que o atingiu. No entanto, em meio ao aparente desalento das notícias médicas, eis que Sharon encontrou forças para perdoar o homem, para falar-lhe da pessoa singular de Jesus Cristo, testemunhando-lhe a segurança que seu marido, ela e filho tinham no Redentor. E aquele homem, entre surpresa, constrangimento e nova descoberta, encontra-se com a verdade e vê-se aos pés de Cristo. Certamente que Sharon pode ter pensado: Se Deus levar meu esposo, mas conquistar para o céu também essa alma, terá valido a pena.

Depois de dois meses de lutas, sem que cessassem as intercessões elevadas ao céu, alguma melhora começa a surpreender e dissipar o quadro de morte. Em semanas, quando Dan recuperou a consciência, e a capacidade de falar, foram os médicos, os enfermeiros e as enfermeiras e demais funcionários do hospital que começaram a ouvir-lhe sobre a fé, sobre a Bíblia, sobre Deus e sobre o céu. Então, aconteceu o que justificou sua alcunha – “o homem do milagre”… A invisível mão do Divino Pastor interferiu em conjunto com os médicos e os recursos; as orações interagiram em conjunto com os medicamentos e, quase quatro meses depois, o fixador ortopédico metálico externo foi retirado. Reaprender a andar, era o novo desafio, em meio às terapias diversas.  Em janeiro deste ano, Dan voltou para casa.

Acidentes com motos têm uma altíssima incidência no Brasil. Em muitos casos não há sobrevivência. Deus foi gracioso com Dan. Sua primeira pregação, após a saga, ainda numa cadeira de rodas, porém, foi em Romanos 8. 28-30: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou” (ARA). Sua certeza jamais foi abalada: tivesse o grave acidente ceifado sua vida, estaria nos braços do querido Redentor no céu; já que Deus o manteve aqui, e o restaurou, resolveu intensificar seus esforços, no sentido de levar mais pessoas a conhecer o Salvador. “Fisicamente, eu renasci; espiritualmente, já havia renascido. Que muitos, através da minha vida, venham a crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, alcançando, pela fé e em Seu Nome, a vida eterna”(conforme João 20.31).

Dan Dillard é um “arauto de vida”.  

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida  
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:

As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:

E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

Nº 009 – “APESAR DE MIM, GANHO”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Outubro de 2014

“Não sei por qual razão a mim Ele escolheu, porque, apesar de quem eu sou, e de minhas precipitações na vida, Ele prossegue, cuidando de mim. Só sei que é pelas razões do Seu sacrifício… Toda a minha vida tem sido uma iniciativa dele, de ganhar-me para Ele…”.  Quem disse estas palavras foi Gustavo Lozano, depois de superar duas fases da vida: a primeira, até dezesseis anos de idade, na família; a segunda, como morador de rua, escravizado pelas drogas; agora, vive a terceira fase… Mas, para retratar essa terceira fase, é preciso ‘voltar o filme’…

Gustavo não foi educado fora de um contexto religioso, depois que nasceu; ao contrário, até estudou catecismo. É o mais velho de cinco irmãos. Aos 14 anos de idade, seus pais se divorciaram. Aos 16, começou a usar drogas. Depois disto, em pouco tempo foi descendo ao ‘fundo do poço’. Segundo ele mesmo disse, chegou o dia em que ele resolveu “jogar pro alto” toda a herança de consciência, que nada lhe valia (assim acreditava); a partir dali, ele queria ser dos maus, e não dos bons. E tudo avançou muito rapidamente… prá pior. Sem parar em emprego, a próxima circunstância foi não ter nenhum… Precisando de dinheiro para as “compras”, roubava dentro de sua própria casa… Em pouco tempo mais, tornara-se morador de rua… De morador de rua, o passo adiante (ou atrás) seria esperado: a mendicância de porta em porta. E assim, a vida de Gustavo experimentou o que o salmista disse de si mesmo: "Laços de morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; caí em tribulação e tristeza" (Salmo 116.3, ARA).

Entretanto, na mendicância houve quem se interessasse em estender-lhe a mão.  Como ele via isso, na época? Certamente com o aproveitamento imediato do momento, mas com desdém quando esse interesse trouxesse junto o evangelho. “Hoje, sei que Deus me buscava!”, é o que afirma. A oferta para recolher-me a um centro cristão de recuperação apareceu várias vezes…“Pode-se fumar por lá?”, era sua interrogação; Nãopois o que lá se pretende é a libertação, foi o que descobriu.  Então, por muito tempo isso não lhe interessou. Passagens pela polícia, detenções, tudo entrou no ‘pacote’. Até que, um dia, viu uma van parada em frente um ponto de venda de drogas… Era de um centro de reabilitação. A oportunidade estava à frente dos olhos, mas a relutância quase lhe tira a oportunidade. Foi com eles. Foi quando uma nova história passou a ser escrita.

“Comecei a ler a Bíblia, a escutar os louvores e as pregações; Deus começou a incutir, em mim, a sabedoria que emana da Escritura. Uma coisa se mostrou verdadeira maravilha para mim: apesar de mim, Ele permaneceu fiel; o Seu amor por mim passou a me ensinar o quanto o meu, por Ele, é limitado. Nas circunstâncias da minha vida, cheguei a um vazio de amor tão grande, que poderia ser tanto pela falta dele em mim, quanto pelo coração de pedra que eu tinha”. E uma nova vida passou a ser vivida.

Gustavo Lozano saiu do centro de reabilitação, depois de muitos meses, pronto a assumir a vida cristã que recebeu. Reatou com seus irmãos, constituiu família, teve filhos, integrou-se à igreja. Não deixou de passar por provas por ter passado a andar com Cristo: Sem saber a causa real, uma de suas filhas (Noemi) faleceu pouco depois de nascer. A tentação de pedir a Deus uma ‘prestação de contas’ pelo fato não faltou; mas, o coração foi aquietado, e consolado com três outros filhos. Hoje, profissional de marketing na província de Granada, na Espanha (Andaluzia), desenvolve um ministério de ajuda cristã. “Dou graças a Deus pelos anos de vida que Ele me acrescentou porque, seguramente, se Ele não tivesse interferido em minha vida, já não a teria”.  

Gustavo Lozano é mais um “arauto de vida”. Uma prova vida de que há vida depois de um dilúvio existencial. Sim, porque o adversário de toda alma, representado no ensino de Jesus pelo “ladrão, não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu [diz Jesus] vim para que tenham vida, e vida com abundância” (João 10.10, ARC). Sua declaração – “apesar de mim, ganho”, quer dizer, ganho por Cristo, e para Cristo, dá a dimensão do seu reconhecimento. 

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida  
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:

As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:

E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional