Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia Domingo, 28 de Fevereiro de 2016
Por causa de frases de efeito, interpretadas como atentados emocionais à boa fé do povo norte-americano, o candidato republicano Donald [John] Trump (1946-…) vem sofrendo críticas de vários lados. Ex-presidentes mexicanos o criticaram por afirmações dele que consideram xenófobas; chegaram a compará-lo a Hitler, devido ao que consideram exploração massiva de apelos psicológicos reprováveis. Seu discurso, interpretado como populista, racista e de nacionalismo radical anti-imigratório, é visto como uma ameaça ao perfil do país. O bispo pontificial de Roma, Francisco, chegou a por em dúvida sua auto-declaração, de ser um cristão.
É sabido por lá, em todo o país, que Trump se declara um protestante presbiteriano. De fato, encontra-se filiado a uma congregação local presbiteriana, da Presbyterian Church (USA). O liberalismo licencioso dessa igreja já vem se tornando conhecido por algumas décadas. A herança que o presbiterianismo dos séculos XVIII e XIX procurou deixar na nação, praticamente não se vê mais na agremiação religiosa de Trump (com algumas exceções). Um dos seus destacados protagonistas, até certa altura do século XX, John Gresham Machen (1881-1937), chegou a duvidar, também, de quanto do cristianismo puro ainda havia na sua própria igreja de então.
Uma pergunta incômoda, porém pertinente, pensando nos dias em que estamos vivendo, é: Qual cristianismo é o seu (ou o meu)? Será aquele dos simples e humildes de espírito, como postulou Jesus nas ‘Beatitudes’ do evangelho (Mateus 5)? Ou será o dos arrogantes e soberbos, em pensamentos, palavras e ações? Será o dos “misericordiosos”, ou será o dos implacáveis? Será o dos “puros de coração”, como, ainda na mesma prédica, o Filho de Deus conclamou, ou será o dos que o mantêm contaminados com as práticas e aspirações impiedosas da carnalidade?
Será que o cristianismo que professamos é aquele que, na conclamação paulina, se alegra com os que se alegram, e choram com os que choram(Romanos 12.14-15)? Ou será que, ao contrário, é daqueles que se aborrecem e se contorcem de raiva e inveja quando a hora, o reconhecimento, o dote, a conquista, chegam ao meu semelhante, mas não a mim? Ou, ainda, que em vez de chorar com os que choram, e condoer com eles, é dos que passam ao largo, na indiferença, como o sacerdote e o levita hipócritas, da parábola do ‘bom samaritano’ (Lucas 10)?
Será que o cristianismo que professamos é o dos que honram e adoram o Senhor em “espírito e em verdade” como ele mesmo requer (João 4), ou será o dos que cumprem, lamentavelmente, a profecia de Isaias, por Jesus relembrada – “este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim; em vão me honram, ensinando doutrinas e mandamentos que vêm dos homens” (Mateus 15.8,9, BCF).
Para por um termo nestas indagações, que poderiam ir muito mais longe: será que o cristianismo que professamos é daquele tipo que até exulta em provações, através das quais fica provado que a nossa fé é muito mais valiosa do que ouro, e resulta em glória, louvor e honra a Jesus Cristo, como reivindica o outro apóstolo (I Pedro 1.6,7), ou é daquele tipo mascarado e falsificado, que se pulveriza e mancha a honra do evangelho, e do Nome que está sobre todo nome que ele visa ostentar, por poucas situações adversas?
Será que é preciso que chegue um desconhecido, e diga: seu cristianismo não é o verdadeiro cristianismo? Ou será que vamos deixar para ouvir isto naquele dia, em que estivermos diante do Juiz do Mundo? Será possível que, diante Dele, ainda reveremos cenas e episódios, dos quais nos envergonharemos, ao constatar que a atitude, a palavra, o pensamento, não correspondeu ao verdadeiro cristianismo? Ou será, enfim, que poderemos ouvir como disseram dos apóstolos: “e reconheceram que eles haviam estado com Jesus”(Atos 4.13, ARA)?
Finalizo, “encomendando” sua audição da mensagem cantada de uma oração, oportuna oração… É cantada por coro masculino da minha cidade, com solo de um amigo e irmão.
PERDOA-ME, SENHOR (1987) Hiram Rollo Júnior (ministro da Palavra e ministro de música)
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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) ! Ulisses
NOTAS (versões bíblicas):
ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil BCF – Versão Católica do Pe. Antonio de Figueiredo NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional
Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia Domingo, 14 de Fevereiro de 2016
A única oração que Karen Bell conseguiu fazer, naquele momento de dor extrema, foi – “Oh! Meu Deus, meu bebê, oh! Meu Deus! Mas, onde estava Deus? Estava Ele escondido? Sua filha, Rebecca Bell, estava morrendo, aos dezessete anos de idade, apenas. Por qual motivo? Um aborto, oculto dos pais, cumulado com septicemia, devido à infecção pulmonar. O caso alcançou repercussão mundial; o dia era 16 de setembro de 1988, na cidade de Indianápolis, nos Estados Unidos.
Karen conta que Becky era uma menina doce, alegre, honesta, cheia de vida, muito ligada à família. Entretanto, o namoro que começou aos 16 anos lhe mudou os hábitos. Um namoro fora de limites – quão desastroso é! Frequentemente, os desastres são irreparáveis. Àquela altura, Becky já caminhava sua vida a uma distância dos pais maior do que a do namorado. Sua melhor amiga atestou que o namoro envolvia sexo. O rapaz assegurou que era estéril, devido a uma enfermidade na infância. Mas, a gravidez veio. Becky, cheia de temor, não contou aos pais. Procurou uma clínica de aborto. Sendo menor, precisava de autorização dos pais; ou então, judicial. Becky não buscou, nem uma nem outra. Antes, procurou alternativas para o fazer, sem conhecimento dos pais. Essa criança não pode viver! Ela é filha do demônio! Foi o que disse à amiga. Poucos dias foram necessários para o avanço avassalador de uma infecção, presumida por uso de algum instrumental não adequadamente esterilizado, que lhe tirou a vida ainda tão jovem.
Há ocasiões em que Deus parece distante; talvez oculto; quem sabe, escondido! Pelo menos, é assim nossa tendência de pensar, quando nos vem a desdita. O poeta exclamou: “Deus, ó Deus, onde estás, que não respondes? Em que mundo, em que estrela Tu te escondes, embuçado nos céus?” (Castro Alves, em Vozes D’África). Até o salmista questionou: “Por que, Senhor, te conservas longe? E te escondes na hora da tribulação?” (Salmo 10.1 – ARA). E, não somente Davi… Também no salmo dos filhos de Coré se percebe o clamor: “Levanta-te! Por que dormes, Senhor? Levanta-te, e não nos desampares para sempre! Por que apartas teu rosto, te esqueces da nossa miséria e tribulação?” (Salmo 44.23,24 – BCF).
Mas, qual o que! Isto não passa de um lamurio natural, próprio de quem está em desespero, ou de quem não conhece a Deus de verdade; ou, de quem O conhece, mas se vê sufocado pela angústia! Não existe Deus escondido! Ao contrário, Ele está lá em cima, e aqui, e em toda parte, onipresente que é. Vale a pena ler todo o Salmo 139 (138, na versão de Figueiredo), de onde se extrai: “Para onde poderia fugir da tua presença? Se eu subir aos céus, lá estás; se eu fizer a minha cama na sepultura, também lá estás. Se eu subir com as asas da alvorada e morar na extremidade do mar, mesmo ali a tua mão direita me guiará e me susterá” (Salmo 139:7-10 – NVI).
Esta é a verdade traduzida pelo Espírito de Deus: “Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade”(Salmo 145.18 – ARC). Não há Deus oculto! Pode não se manifestar, Ele, no tempo que o homem aspira – Ele é soberano sobre o tempo! Pode não se manifestar, Ele, no modo que o homem deseja – Ele é soberano sobre o modo. “E o coração do sábio conhece o tempo e o modo” (Eclesiastes 8.5 – ARA). Mas, que se reconheça de uma vez por todas: Não há Deus escondido! Nunca houve! Jamais haverá!
Verner Geier, cá no Brasil, disse: “Era 01.30h, madrugada, Setembro de 1980. Era a minha vez: Mary (minha esposa) e eu nos revezávamos para cuidar do Billy (2 anos) e do Davi (apenas um mês de vida). Levantei-me, cuidei deles, e tentei voltar a dormir, mas os problemas dos dias correntes vieram-me à mente; fugiu-me o sono. Abri a Bíblia e parei no Salmo 142. Que conforto! Logo, me veio uma melodia… Levantei-me, plena madrugada, fui ao piano, e comecei a escrever a partitura. Além disto, harmonizei as quatro vozes, metrifiquei as estrofes. Olhei pro relógio: 7 da manhã… Com a minha voz, clamo ao Senhor… A Deus, toda a glória! ”
Ouça, aqui, o hino, sob a interpretação do Coral Vozes do Calvário (Campinas, SP), em companhia da Orquestra Filarmônica Messiah. Segue a letra, para o caso de ser útil… Mais abaixo, nosso Audio Player, para a execução…
SALMO 142 (COM A MINHA VOZ CLAMO AO SENHOR, 1980) Verner Geier
Com a minha voz clamo ao Senhor,
Com a minha voz ao Senhor suplico
Diante d'Ele a queixar-me eu estou,
Diante d'Ele exponho a minha aflição
Quando aqui dentro de mim esmorece o meu espírito,
Tu então conheces minha vereda
Olho à mão direita e vejo: Não há quem me conheça,
Não há ninguém onde me refugiar!…
Com a minha voz clamo ao Senhor,
Com a minha voz ao Senhor suplico
Diante d'Ele a queixar-me eu estou,
Diante d'Ele exponho a minha aflição
Ó Senhor a Ti clamei, pois Tu És o meu refúgio
E o meu tesouro entre os viventes
Vem, atende ao meu clamor, estou muito abatido
Livrar-me vem do forte tentador!…
Com a minha voz clamo ao Senhor,
Com a minha voz ao Senhor suplico
Diante d'Ele a queixar-me eu estou,
Diante d'Ele exponho a minha aflição
Tira-me desta prisão e assim louvarei Teu nome
E então os justos me cercarão
Meu Senhor, eu clamo a Ti: Oh, vem livrar minh'alma
E cantarei que me fizeste bem!
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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses
NOTAS (versões bíblicas): ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil BCF – Versão Católica do Pe. Antonio de Figueiredo NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional
Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia Domingo, 07 de Fevereiro de 2016
Qual a semelhança entre a dona Maria Josefa, de São Roque (SP), e o filho de Amitai, da Galiléia? Eu conto já…
Maria Josefa da Silva, 73 anos, moradora sozinha de um apartamento na Vila Aguiar do município paulista, recebeu telefonema de uma das filhas. Elas sempre ligam, ou visitam, ou levam… Naquela semana, de Janeiro deste ano, a filha estava com impedimentos para ir ver a mãe. Mais ou menos assim, foi a conversa:
– Tudo bem com a senhora? – Tudo bem! – Não vou poder ir nem hoje nem amanhã, tudo bem? – Tudo bem…
Na Quinta, dia 07 de Janeiro deste ano, dona Josefa entrou no banheiro. Ao tentar sair, a maçaneta da porta se soltou em sua mão. Ela sempre carrega o celular, mas, naquele dia, sabe-se lá por que cargas d’água, não levou. Tentou de tudo para abrir a porta, presa por dentro que estava. Qual o que!… Gritou, gritou, ninguém ouvia. Esmurrou a porta, tentando que alguém lhe ouvisse a agonia, ou que a porta se destravasse; qual o que!… Veio a noite de Quinta. O jeito foi improvisar uns panos, como a toalha, no chão do banheiro, para tentar dormir. Afinal, na Sexta de manhã, certamente chegaria alguém, e salvá-la-ia… Mas, a Sexta repetiu a Quinta. Fome apertando, sede… O jeito foi encher o estômago com água da torneira, antes que o delírio compelisse algo pior. E a hipertensão? Sem remédio! Literalmente. Mais uma noite no chão frio e duro do banheiro. Só no Sábado pela manhã uma vizinha ouviu os gritos, já enfraquecidos, da idosa. Chamou o Corpo de Bombeiros, que efetuou o resgate. No celular, que ficara do lado de fora, nenhuma chamada perdida…
O filho de Amitai com quem a comparo foi Jonas, o profeta. Deus o convocou, desde uma pacata cidade de Zebulom, para ir pregar na grande metrópole mundial de Nínive. Nínive, naquele tempo, tinha dias parecidos com nosso Brasil, especialmente quando do período de Carnaval (ver Jonas 1.2). Mas, Jonas resolveu fazer algo que, muito equivocadamente, julgou possível (ver o verso 3 : Jonas 1.3). Resultado: Jonas permaneceu preso, por três dias e três noites, no ventre de um grande peixe. Quando se diz de uma “baleia”, não passa de mera conjectura; até porque, no rigor da classificação de Lineu (1707-1778), baleia não é peixe – é mamífero! Mas, não importa.
Escuta: se você está entre aqueles que acham que o evento é mera lenda, mito ou ficção, melhor se cuidar. Jesus credenciou historicamente a narrativa, ao usa-la como comparação quanto a si. Observe com maior atenção os versos 39 a 41 em Mateus 12.39-41. Sabe por que Jesus permaneceu “três dias e três noites” no seio da terra, quando expirou, após o suplício do Golgota? Para livrar a minha e a sua alma de uma eternidade no inferno, de onde não há retorno. Atente bem ao que Ele afirmou, nos versos finais (43 a 50) de Marcos 9.
Dona Josefa teve um imenso alívio quando os bombeiros romperam a porta do seu banheiro, livrando-a daquela clausura angustiante.
– Achei que eu ia morrer ali dentro! – foi o que exclamou, na hora! [Jonas, quase…]
Mas, pelo que Jesus ensinou, tomando o episódio de Jonas como advertência profética da Sua própria clausura na sepultura, em favor de livrar-nos, do inferno não há retorno, não há saída, não há recurso, não há livramento. A não ser com Jesus… Mas tem que ser hoje! Agora!
De minhas antigas gravações da WKES Keswick Radio, uma conversão para nossa mensagem musical. Não sei quem canta, nem quem compôs. Mas sei quão oportuno apelo é…
Richard Dawkins (1941…), o famoso biólogo evolucionista britânico, disse perante as câmeras da tevê: “Se eu encontrar com Deus, no dia em que eu morrer, vou interrogá-lo sobre duas coisas: que deus és tu? Zeus? Thor? Baal? Mithra? Yahweh? E por que permitiste tanto sofrimento, para te esconderes de nós?
Ouça, com nosso Audio Player online, logo após a letra (original e tradução)…
BEFORE YOU DIE, MEET THE LORD ANTES DE MORRER, ENCONTRE-SE COM DEUS
Before you die, meet the Lord Antes de morrer, encontra-te com Deus
Reach out and take His hand, heed His Word Sê alcançado por Sua mão, dá ouvidos à Sua Palavra
Confess to Him you’re wrong, eternity is long! Confessa a Ele que estás errado, a eternidade é longa!
Before you die, meet the Lord! Antes de morrer, encontra-te com Deus!
If you could see and know just what a future holds Se puderas ver e saber o que reserva o futuro
You’d never take a chance and loose your soul Jamais terias chance, e perderias tua alma
But God above can see from here to eternity Mas Deus do alto pode ver, daqui para a eternidade
So give it a thought my friend: meet the Lord! Portanto, pense nisto, meu amigo: encontra-te com Deus!
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Bom Domingo, boa semana, Ulisses
Notas das citações bíblicas: ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional
Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia Domingo, 31 de Janeiro de 2016
Nos últimos dias, o mundo se estarreceu com uma notícia vinda da Síria. Em frente ao prédio onde antes funcionava o Correio da cidade de Raqqa, um jovem jihadista de 20 anos, chamado Ali Saqr Al-Qasem, executou com um tiro de fuzil na cabeça a própria mãe. Leena Al-Qasem foi até Raqqa, onde residia até o levante do Estado Islâmico, e onde e funcionária do Correio. Procurou pelo filho para demove-lo de continuar junto ao ISIS (Islamic State of Iraq and Syria), com o argumento de que o califado está prestes a sofrer um massacre.
Ali, seu filho, que, segundo informações que a imprensa obteve, era tido como delinquente e consumidor de drogas, denunciou sua mãe junto aos seus superiores. Como resultado, eles exigiram do rapaz uma prova de fidelidade ao afã jihadista: deveria executar a própria mãe em ato público. E assim se deu: Leena recebeu, em troca da investida de tentar arrancar o filho daquela vida, um tiro na cabeça, vindo do gatilho do filho. Centenas, ou perto de dois milhares de pessoas presenciaram o ato. Qual foi o veredicto de condenação de Leena? Apostasia! Ela foi condenada pelo “crime” de abandono da fé islâmica, e pelo “crime” de tentar carregar um militante na sua apostasia. Depois da execução, Ali Saqr Al-Qasem posa em foto publicada em redes sociais: barba estilo salafista, bigode rapado, braço esquerdo aferrado ao seu fuzil, indicador direito apontando para o céu, em atitude de invocação de sua fé.
“Apostasia” é uma palavra de etimologia grega: apo + stasis, que significa estar (permanecer, abandonar) longe de um compromisso prévio. Em matéria de fé, representa seu abandono. Ontem mesmo conversei com duas pessoas, em momentos e lugares distintos, que reconheceram estar, lamentavelmente, em condição de apostasia, quanto à fé cristã. E a Escritura Sagrada tanto prevê quanto adverte contra a apostasia. No Antigo Testamento, sucessivos períodos de apostasia do povo de Deus. É triste a constatação: “Porque o meu povo é inclinado a desviar-se de mim; ainda que chamam ao Altíssimo, nenhum deles o exalta”(Oséas 11.7 – ARC). Quando chega o fim do período vétero-testamentário, depois de tantas advertências dos profetas, não se percebe mudança no cenário: “Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus estatutos, e não os guardastes”(Malaquias 3.7 – ACF).
No Novo Testamento, Jesus dá indicação clara de duas causas freqüentes da apostasia; a primeira, a da superficialidade quanto ao conhecimento e à prática da Palavra de Deus: “O que recebe a semente no pedregulho, este é o que ouve a Palavra, e logo a recebe com gosto; porém, ele não te raiz, antes é de pouca duração, e quando lhe sobrevêm tribulação e perseguição por amor da palavra, logo se escandaliza”(Mateus 13. 20,21 – BCF); outra, a da fascinação dos atrativos deste mundo: “E o que recebe a semente entre espinhos, este é o que ouve a Palavra, porém, os cuidados deste mundo e o engano das riquezas sufocam a Palavra, e fica infrutífera”(Mateus 13. 22 – BCF).E o apóstolo adverte severamente, no tocante ao tempo em que estamos vivendo: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios”(I Timóteo 4.1 – ARA).
Como Deus trata a apostasia? Bem, sabemos que Deus é amor, e que a mensagem do evangelho que enaltece o caráter amoroso de Deus é doce, suave e agradável. Mas, não se pode duvidar da justa severidade de Deus. Se você anda encantado com as facilidades e os apelos, bem como as realizações e os ganhos, que parecem fazer deste mundo um lugar tão bom, tão atraente, vaidosamente aprisionado aos seus encantos, muito cuidado! Se você é daqueles que, de tão superficiais no conhecimento (teórico e prático) da Palavra de Deus, raso no decifrar os Seus propósitos para a existência, muito cuidado. Esses sintomas são os primeiros sinais da apostasia. Sabe o que Deus tem a dizer? Três coisas sérias:
1) “Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, Ele corta!”(João 15.2 – ARA). 2) “Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem. Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo” (I Cor 11.30-32 – ARA). 3) “Assim, porque você é morno, nem frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca” (Apocalipse 3:16 – NVI).
Cair nas graças do amor de Deus é excelente coisa; entretanto, “horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo”(Hebreus 10.31 – ARA). É pior do que cair na condenação do ISIS, por apostasia. Portanto, se você é cristão, ou quer ser cristão, não brinque com Deus! “Não queirais errar; de Deus não se zomba” (Gálatas 6.7 – BCF).
Nosso hino de hoje é cantado na voz dos Arautos do Rei, em antiga gravação (1963) convertida, disponível em nosso Áudio Player online.
COMO ESTÁS COM TEU DEUS HOW ARE YOU (1929) Virgil Oliver Stamps (1892-1940)
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Bom Domingo, boa semana, Ulisses
Notas das citações bíblicas: ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional
Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia Domingo, 24 de Janeiro de 2016
No último dia 20, o Brasil tomou conhecimento de uma declaração corajosa (bem, eu gostaria de ter usado outro adjetivo, mas vai este, por enquanto): “Se tem uma coisa de que me orgulho, e que não baixo a cabeça para ninguém, é que não tem, nesse país, uma viva alma mais honesta do que eu; nem dentro da Polícia Federal, do Ministério Público, da Igreja Católica, da igreja evangélica, nem dentro do sindicato. Pode ter igual, mas eu duvido…” A declaração é da autoria do ex-presidente Lula, ocorrida no denominado Instituto Lula (São Paulo), foi gravada e publicada, causando enorme repercussão.
Todos que, por mais tempo, têm lido estas crônicas, sabem que não as uso para qualquer espécie de militância política. Nem desta vez usarei. No entanto, tenho que registrar quão raro é ouvir (ou ler) uma reivindicação tão corajosa, independentemente de quem a tenha feito. Preciso refletir sobre isto. E convido você, que me lê, a refletir também. Numa primeira ótica, preciso de um juiz neutro e isento para avaliar a reivindicação. Numa segunda ótica, preciso de um exemplar humano neutro e isento para fazer comparação. Então, vamos lá?
Quanto ao juiz neutro e isento, talvez você pense que tenho em mente o juiz federal Sérgio Moro para a tarefa… Se pensou, errou! Preciso de um muito mais neutro e isento. E já sei quem vou escolher. Francamente, não sei qual o juízo dele sobre o Lula, especificamente falando. Mas, o que sei do juízo dele sobre o ser humano, em geral, me é suficiente. Por intermédio do profeta Jeremias, eis um veredicto dEle: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”(Jeremias 17.9 – ARA). O juiz mais isento – o próprio Criador – declara que o coração humano é enganoso e desesperadamente corrupto. Ao ouvir um juiz como Deus efetuar tal veredicto, qual sentimento, qual atitude seria aconselhável abater-se sobre o espírito humano? Jamais a do ufanismo.
Por intermédio do profeta Isaías, esse mesmo juiz inatacável compele a um reconhecimento sincero: “Somos como o impuro — todos nós! Todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo. Murchamos como folhas, e como o vento as nossas iniquidades nos levam para longe”(Isaias 64.6 -NVI). Quão saudável é, para o homem honesto, reconhecer sua miserabilidade, sua pecaminosidade, sua fragilidade, diante do Todo-Poderoso!
Quanto à comparação, a quem vou buscar? Busco o apóstolo Paulo. Não obstante ter encorajado seus leitores a serem imitadores de Cristo, à semelhança do que ele próprio buscava ser (I Coríntios 11.1), mostrou um tipo singular de ousadia, ao afirmar: “Fiel é esta palavra, e digna de toda aceitação: que Jesus Cristo veio a este mundo para salvar os pecadores, dos quais o principal sou eu” (I Timóteo 1.15, BCF). Quão significante, não? Se levarmos em conta que, excetuando os críticos tendenciosos, um número considerável de pensadores tem considerado Paulo o homem que mais influência positiva trouxe ao mundo ocidental, na era cristã, ‘ouvir’ um homem de tal envergadura tributar gratidão a Deus por tê-lo alcançado em redenção, “o maior dos pecadores”, desencoraja a buscar modelos de honestidade, de probidade e de simplicidade, senão em heróis assim: homens que procuraram imitar a Cristo; homens que desafiaram o mundo a espelhar o maior dos mestres, homens dos quais o mundo não era digno, os quais andaram errantes em montes, em desertos, em cavernas e grutas, sob torturas e perseguições por amor a Cristo, testificando de sua fé, demonstrando sua fidelidade ao Senhor dos senhores… Alguns, como diz a Escritura (Hebreus 11. 35-40), enfrentaram zombarias e açoites, outros foram acorrentados e aprisionados, outros apedrejados, outros serrados ao meio, outros mortos ao fio da espada, afligidos, maltratados… Estes, sim – que morreram sem alcançar a plenitude da promessa, aguardada para depois do Dia do Juízo vindouro – são verdadeiros modelos em quem se pode espelhar. E isto, na medida em que, a despeito de falhas que também tiveram, mostrassem o caráter daquEle de quem até Pilatos testificou: “não vejo neste homem motivo algum para acusação”(João 19.4 – NVI).
Ninguém é mais honesto do que Ele! Jamais foi! Jamais será! Entre outras razões, por isto é o meu referencial!
No início dos anos setenta, o grupo Vencedores por Cristo tornou conhecido em nosso idioma precioso antema de um pródigo compositor australiano. Nela, ele retrata seu grande amor por aquEle que se tornou seu grande referencial de vida, desde que por Ele fora alcançado. Ouça (relembre, quem sabe), com nosso Audio Player online…
QUANTO AMO, SIM, A CRISTO MY LOVE FOR HIM (1921) Robert Harkness (1880-1961)
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Bom Domingo, boa semana,
Ulisses
Notas das citações bíblicas: ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional
Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia Domingo, 17 de Janeiro de 2016
Que árvore você quer ser, quando morrer? Isto mesmo: que árvore você quer ser? Um flamboyant ou um ficus? Quem sabe, um frondoso Ipê, ou um singelo Cinamomo? Talvez uma exuberante Bandarra, ou um frondoso Jequitibá? Uma Paineira, um Oiti, uma Sibipiruna… Iche! Opções não faltam. Estou falando do exótico projeto italiano, denominado Capsula Mundi. Projeto que tem uma ideia revolucionária: em vez de se derrubar árvores para construir caixões, produzir árvores, reflorestar o planeta… A partir de cadáveres!
A ideia provém de dois designers italianos: Anna Citelli e Raoul Bretzel. Como seria? A pessoa escolhe, em vida, em que árvore quer, biologicamente, se transformar, quando morrer. Pode até colocar no testamento, se quiser. Familiares seriam os primeiros incumbidos de cumprir sua vontade. Morrendo, em vez de ser colocado num caixão de madeira, seria colocado, em posição fetal vertical, numa cápsula ecológica, biologicamente degradável, em forma de ovo. Essa cápsula, ou seja, esse “ovo”, seria depositado na terra, sobre o que seria plantada a mudinha da árvore desejada. As raízes da muda deveriam ser situadas bem no topo do ovo, de modo a nutrir-se da matéria orgânica corporal em decomposição. Com o tempo, em vez de familiares virem reverenciar memórias à frente de um túmulo, o fariam sob a copa de uma árvore. O apelo pode até ser ecológico, mas dá a impressão de conter uma idéia meio mística, meio panteísta.
Que tal estas três espécies: carvalho, cedro e palmeira? Não exatamente da forma como os dois designers italianos propõem. Da forma como o designer da vida propõe. Veja só:“Os justos florescerão como a palmeira, crescerão como o cedro do Líbano; plantados na casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus. Mesmo na velhice darão fruto, permanecerão viçosos e verdejantes, para proclamar que o Senhor é justo. Ele é a minha Rocha; nele não há injustiça”(Salmo 92.13-15, NVI). Quanto à terceira opção:“Eles serão chamados carvalhos de justiça, plantio do Senhor, para manifestação da sua glória”(Isaías 61.3, NVI).
Segundo a Bíblia, há a expectativa escatológica de que venhamos a nos ‘transformar’ em palmeiras, cedros e carvalhos. Como em quase toda palavra escatológica da Escritura, pode-se identificar um elemento presente e outro futuro nessa expectativa. Explicando: Os “justos” são aqueles que tomaram para si o único e fiel advogado junto a Deus – Jesus Cristo, o justo (I João 2.1); com isto, mesmo ainda pecadores são justificados no Cordeiro de Deus. E na glória eterna, serão transformados à semelhança da humanidade perfeita do Filho de Deus. “Florescer” significa mostrar uma forma de vida diferente, com cores que se desenham pelo caráter do evangelho; com perfumes e aromas que se fazem notórios nos ambientes em que se encontram, fazendo diferença saudável nesses mesmos ambientes. E, na glória eterna, hão de florescer como um jardim imenso e opulento, na presença do Todo-Poderoso.
A palmeira e o cedro são símbolos de resistência e capacidade de sobrevivência (mesmo em condições adversas), de longevidade, de força, de beleza. “Plantados na casa do Senhor” significa o cultivo de vida sob o temor do Senhor e de Sua Palavra, sem a leviandade do ‘faz-de-conta’. Dar frutos ainda na velhice significa cumprir, com viço, toda a missão de vida outorgada por Deus, quer dure ela poucas dezenas de anos, quer chegue ao entorno de um século. E, na eternidade, esse viço será inigualável e inesgotável.
No texto do profeta Isaías ainda se fala do “carvalho”, plantado pelo Senhor. Faça uma pesquisa comparativa sobre as qualidades da palmeira (uma “imperial”, por exemplo), de um cedro, ou de um carvalho. É comum as tempestades arrancarem árvores inteiras do solo; dificilmente isto acontece com um carvalho. Suas raízes se instalam de uma tal maneira, que a tempestade da superfície não o abala no subsolo. De acordo com a Bíblia, essa ideia de nos transformarmos em árvores (aqui, no sentido simbólico) já foi pensada por Deus. E, para que? O profeta responde: para a manifestação da Sua glória!
Retomo a pergunta inicial deste texto, com um acréscimo: que árvore você quer ser, aos olhos de Deus, não apenas quando morrer, mas enquanto viver? Seja uma palmeira, seja um cedro, seja um carvalho – aí está a verdadeira capsula mundi, a cápsula de vida, de referencial de justiça, de manifestação de glória ao Criador e Redentor! Ele é a nossa rocha! E nEle não há injustiça! Para isto, não é preciso esperar o dia do sepultamento: melhor é sê-lo desde já!
Em 1929, a esposa de um pastor e evangelista compôs um poema a partir da experiência de vida, com base na reflexão sobre as promessas de que falamos. Ela não conheceu os pais: perdeu-os quando ainda na primeira infância, e foi criada num lar batista de órfãos, no estado do Texas. Casou-se com um descendente de judeus vindos da Alemanha, que fugiram dos horrores da 1ª Guerra Mundial. Seu esposo se converteu numa campanha evangelística. Os rigores do inverno no hemisfério norte, em determinadas regiões, destruíam (e ainda destróem) toda vida "verde". As rosas do jardim de Janie Metzgar se acabaram completamente, com a chegada do inverno. Seu poema falava do contraste entre esse cenário do inverno e a revitalização da primavera. Ela ansiou pela primavera outra vez. E ela pôs-se a pensar no céu. E assim, nasceu o poema. Anos mais tarde, seu próprio filho inseriu no poema uma formatação musical. Ei-los, ambos, em nosso anexo de hoje. Não fala de palmeiras, de cedros ou de carvalhos; mas, não escapa do assunto… Após a transcrição da letra (traduzida), nosso AudioPlayer online…
WHERE THE ROSES NEVER FADE (1929) Onde as Rosas Nunca Murcham) Janie West Metzgar & Robert Metzgar
Choir: Where the roses never fade
Coral : Onde as rosas nunca murcham I am going to a city Estou a caminho de uma cidade Where, where the streets gold're laid Onde as ruas são pavimentadas de ouro And they say the tree of life right there is blooming (besides that crystal water) E, diz-se que lá a árvore da vida constantemente floresce (ao lado do rio de cristal) And, and the roses never fade E, as rosas nunca murcham.
Chorus:
Here they bloom, but for a season Por aqui, elas florescem, mas apenas por uma estação And, oh Lord, all of their beauty is decayed E, ó Senhor, toda a sua beleza logo fenece But I wanna tell you about it now Mas, quero falar-lhe disto agora I am going to a city Estou a caminho de uma cidade Where, where the roses never, never fade Onde as rosas nunca murcham!
Loved ones gone to be with Jesus, Os queridos que foram se encontrar com Jesus
In their robes of white arrayed (oh, yes they are!); Em suas vestimentas brancas enfileirados (oh, sim, eles estão)
Now are waiting for my coming, No presente aguardam pela minha chegada Where the roses never fade. Onde as rosas nunca murcham.
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Bom Domingo, boa semana, Ulisses
Notas das citações bíblicas: ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional
Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia Domingo, 1 de Novembro de 2015
André Spínola é consultor de negócios do SEBRAE, o serviço brasileiro de apoio à micro e pequena empresa do país. Recentemente ele deu um depoimento a certa revista que explora exatamente o incentivo a pequenas empresas como ‘grandes negócios’. No depoimento, Spínola afirmou que há alguns negócios que avultam suas boas oportunidades em cenários de crises. Um deles é o de reformas, do setor de construção civil: “Com a crise, as pessoas querem consertar mais”. Foi esta a sua justificativa, ao afirmar que “empresas especializadas em serviços de manutenção, reparos e reformas estão em alta”, num cenário em que a construção de imóveis novos é negócio em decadência.
Isto me faz lembrar que foi num cenário de crise que surgiu um certo monge agostiniano, no século XVI, a pregar reforma na igreja. Seu nome era Martinho Lutero (1483-1546). Herege para alguns, reformador para outros, o certo é que o mundo mudou muito, ao ensejo dos acontecimentos que se postaram em torno do seu movimento. E, o nome que se deu ao movimento – Reforma – se relaciona ao fato de que nenhum dos seus melhores expoentes desejava, rigorosamente, ruptura com a igreja do seu tempo. Desejavam, outrossim, isto mesmo – reforma. E agora, a dois anos de se completarem cinco séculos daquele evento, volto o olhar de lá, para cá…
O mundo está em crise, profunda crise. O Estado Islâmico avança em suas atrocidades (acabo de saber que reivindica ter abatido um avião comercial com 224 vidas); as tensões entre os Estados Unidos e países da Ásia (Rússia, China e Coréia do Norte, especialmente) se aprofundam, metendo medo nos demais países. O Brasil está em crise – e que crise! Parece um beco sem saída, um buraco sem fundo (e tem gente querendo por cortina no beco, tampa de papel de seda no buraco). As famílias estão em crise; seus fundamentos, seus pilares, estremecem assustadoramente. Cristãos estão em crise; cinco séculos atrás havia boas razões para Lutero, Calvino, Zuínglio, Bucer lutarem pelos valores de uma reforma. Hoje, dentro do próprio segmento que se diz herdeiro da Reforma há profundas necessidades de reformas. É a crise de identidade, de caráter, de integridade, de coerência, de consistência, de testemunho, que se alastra por entre os que, provavelmente, vão passar este final de semana celebrando a Reforma. Não é preciso ir muito longe, chegando fora das fronteiras dos que se identificam pelo cristianismo evangélico (ou, “reformado”, usando adjetivo de lastro histórico), para se constatar a crise, e a demanda de uma restauração de reforma: dentro dessas fronteiras já se vê suficiente.
O ‘cristianismo’ que deixa de ser nitidamente identificado com Cristo, com seus valores éticos, com a doutrina dos apóstolos por ele incumbidos, com a mais genuína interpretação e aplicação da Palavra de Deus, e passa a se assemelhar aos valores do mundo secular, precisa, de novo, de reforma. É tempo de crise! O cristianismo que copia métodos, estratégias, comportamentos, do paganismo, do materialismo, do secularismo, precisa urgentemente de reforma. É tempo de crise! Não estou falando do cristianismo que está do outro lado do quarteirão, ou no outro bairro, ou do outro lado da cidade, do país ou do mundo. Estou falando da necessidade de auto-avaliação: minha e sua, que me lê (eventualmente).“Mas, quando vier o Filho do homem, julgais vós que achará ele alguma fé na terra?”(Lucas 18.8, BCF).
A ética que Jesus ensinou no Sermão do Monte parece poesia a muitos cristãos (evangélicos inclusos) dos dias de hoje… Oh! Que bonito isto! – poderão dizer (“longe de mim”, não raro hão de pensar). A doutrina de compromisso, de seriedade, de dedicação, de integridade, de testemunho verdadeiro, ensinada por Paulo, Pedro, João e companhia, é lida, é ouvida, é pregada… Que doutrina perfeita! – dirão muitos (“não para mim, para os outros”, que levou muitos a se tornarem modelos de cristianismo (entre os apóstolos e até depois deles), é mera lembrança utópica, num campo majoritário – o cristianismo de ‘araque’ de hoje.“…Se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus”(Mateus 5.20, ARA). Precisamos de reforma; os tempos são de crise! E, apropriando-me (por empréstimo) da afirmação do André Spínola (ainda que fora do seu contexto), tempos de crise são muito propícias para manutenção, reparos e reformas!
No início da década de setenta, surgiu no Brasil o grupo Vencedores Por Cristo. Ente suas primeiras interpretações, uma significativa composição, que fala quão só ficou Jesus, no caminho da cruz, e no Gólgota. Trata-se de uma pertinente mensagem, digna de reflexão, em tempos de crise, que resgatamos ao final desta mensagem. Ouça, com nosso áudio player online.
NOBODY WANTED HIM (1969) Ninguém o Quis Jack William Hayford (1934 – …)
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Boa semana,
Ulisses (Tg 4.13-15)
Notas das citações bíblicas: ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional
Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia Domingo, 25 de Outubro de 2015
Parafraseando o político mineiro Magalhães Pinto (1909-1996), eu diria: a vida é como nuvem: você olha num momento, está de um jeito; olha noutro momento, já mudou… (Magalhães Pinto se referiu à política, com tal analogia). Ir e voltar de São Paulo, neste final de semana, foi uma dupla experiência: pelo ar e pela terra. Na ida, saindo de Confins para descer em Guarulhos, nada prometia experiências marcantes… Dia ensolarado, poucas nuvens até certa altura da viagem, tudo tranquilo. Aparentemente tranquilo, não fosse por aquelas desagradáveis experiências de turbulência aérea. Sem que nem prá que, de repente o avião dá aquela balançada, e uma queda de alguns metros põe um punhado de gente a invocar todos os tipos de protetores espirituais, até tocar o solo. Me fez lembrar uma viagem sobre a Amazônia, à noite, com uma queda súbita tão forte e tão grande, que as pessoas se agarravam com força às poltronas, como se as tais pudessem lhes proporcionar alguma âncora segura (a milhares de metros do solo).
Na volta de São Paulo, neste final de semana, o trajeto já seria pela terra. Fernão Dias, pista dupla, maravilha! Para alegrar a viagem, um grupo numeroso de aventureiros das duas rodas, todos encapados de preto, certamente vindos da capital paulista, davam um ‘espetáculo’: seus zigue-zagues pela pista, costurando em alta velocidade entre os veículos. Algumas Yamahas’s, algumas Honda’s, e não poucas Harley Davidson’s (a paixão de todo motociclista ‘conservador’) constituíam o grupo. Pensei cá comigo, dirigindo: esse pessoal bem que poderia ser mais prudente. Prá que pensei?… Pouco antes de Atibaia, olha o resultado: uma moto das grandes, caída e arrebentada, e dois corpos no asfalto recebendo socorros. Certamente ali estava o piloto, e mais alguém, talvez colhido pela moto. A manhã estava tão bonita, tão convidativa… Um belo passeio coletivo, estragado ainda no começo. Uma família, talvez lá na capital paulista, que viria a receber notícia ruim, e outra, talvez em Atibaia, também…
Quando a Escritura adverte sobre as expectativas humanas quanto ao futuro, está cheia de sabedoria (sabedoria frequentemente desprezada):“Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como uma neblina que aparece por um instante, e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo” (Tiago 4.13-15, ARA). Ou, você está entre aqueles que pensam que este é o tipo de sabedoria inútil, desprezível? Quem sabe, daquele tipo que só merece receber atenção sabe-se lá quando?
Mas, não! Para muitos de nós, inclusive os que lêem estas linhas pobres (ou mesmo quem as escreve), a frequência maior está no retrato da primeira parte acima transcrita. Refiro-me à que, presunçosamente, julga estar em mãos próprias o próprio destino. Quão frequentemente nos esquecemos de sujeitar o curso dos nossos dias ao que diz a seqüência do texto? Quão raramente refletimos na didática interrogação – Que é a vossa vida? Quão pouco nos damos conta de que somos como a neblina, que aparece por um instante, e logo se dissipa? Quer saber? Por que não assumir, constantemente, a atitude recomendada? Não há alguém melhor a quem se possa confiar o curso da existência, senão o exímio “piloto” chamado Jesus Cristo! Afinal, ele é o único capaz de conduzir com segurança, seja na estrada, seja no mar, seja no ar, seja em bonança, seja em tempestades; quer dias ensolarados, quer dias sombrios! Porque a vida, é como neblina passageira!…
As lutas existenciais que a autora do hino de hoje enfrentou, junto com o esposo, eram motivo constante de buscar a face do Todo-Poderoso, em oração. Afinal, tentavam praticar o que o texto acima recomenda. Numa dessas épocas, sentindo como se estivessem num pequeno barquinho no meio de um mar revolto, a Escritura veio em conforto dela e de seu esposo. Da letra da Palavra de Deus à letra da poesia, eis o que hoje arremata nossa reflexão. Ouça, com nosso Audio Player online, depois da letra transcrita…
OH, NÃO TEMAS, SOU CONTIGO (1895) (I WILL PILOT THEE) Emily Divine Wilson (1865-1942)
1. Se a fé por vezes falta, Quando o sol não posso ver, A Jesus eu digo humilde: Oh, vem meu piloto ser…
CORO: "Oh, não temas, sou contigo, Teu Piloto até o fim! Não te importes com o perigo – Eis a mão, confia em Mim."
2. Quando a tentação me envolve E não posso a Cristo ver, Eis que em meio à tempestade, Ouço o Salvador dizer:
3. Quando a alma está ferida Pelas ondas da aflição, Volvo o olhar ao meu Piloto, E este canto escuto então:
4. Se do mar à praia chego,
Mesmo havendo turbilhão, Vejo meu Piloto ao lado, Creio em Sua direção.
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Boa semana,
Ulisses (Tg 4.13-15)
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Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia Domingo, 18 de Outubro de 2015
“Não faço política do toma-lá-dá-cá”, declarou a presidente da república brasileira, Dilma Roussef, em resposta a críticas do momento de seu governo. No entanto, toda a imprensa noticiou que o governo se sentiu traído quanto, mesmo após haver feito tantas concessões na reforma de cargos e nomeações do Planalto, sofreu uma derrota no Congresso. Essa mesma imprensa se referiu ao “toma-lá” no tocante à chamada reforma ministerial, e às novas designações, buscando contemplar alas descontentes do contingente de suposto apoio. E, se referiu ao “dá-cá”, no tocante à expectativa de votação, no Congresso Nacional, das primeiras medidas de interesse do governo: o lote de vetos presidenciais a propostas que abrem novas e profundas brechas no orçamento público. Não houve a contrapartida: a câmara dos deputados se esvaziou, e a votação não ocorreu, contra as expectativas do governo.
Há muito tempo que o mote de Francisco de Assis (1182-1226) – “É dando que se recebe” – é usado na política para representar a barganha de interesses. Na época da constituinte (1988), certo deputado paulista se tornou famoso por liderar uma enorme coalizão, chamada “centrão”. Foi ele quem trouxe à tona a célebre declaração franciscana. Segundo a imprensa, o significado do mote, naquele contexto, representava benesses (como concessões de rádio e televisão) para políticos que votassem segundo interesse governamental. O assunto virou uma brincadeira nacional, e o mote de Francisco de Assis passou a representar, para muitos, o retrato de uma cultura – cultura brasileira.
Ontem, ouvi certo candidato a ministério cristão dizer: a ONG eu trabalho não recebe ajuda financeira de igrejas porque muitos de seus líderes só se interessam em ajudar se puderem por um rótulo ou uma bandeira em cima! Isto é o mesmo que dizer – é dando que se recebe. É um verdadeiro absurdo inferir que seres humanos são assim, movidos a fazer o bem se ganhar algo em troca; ou que os brasileiros são desse jeito. Não é possível… O ser humano não é assim… O brasileiro não é assim… O cristão não é assim… Devem estar julgando com excessivo rigor… Quanta gente altruísta ainda há… Será possível?… (Você acredita neste arroubo de diagnóstico virtuoso? Pois, nem eu…).
O maior de todos os mestres ensinou: “Tenham o cuidado de não praticar suas obras de justiça diante dos outros para serem vistos por eles; se assim fizerem, vocês não terão nenhuma recompensa do Pai Celestial”(Mateus 6.1, NVI). E, por que Ele é o maio mestres dos mestres? Porque Ele próprio foi o sublime e singular exemplo de fazer o bem a outrem sem nenhuma expectativa de receber louvores em troca. Pelo contrário, quando subiu à rude cruz, na qual por nós pagou o preço da salvação e da vida eterna, ele estava só, e só ficou! E ensinou mais: “Quando, pois, dás a esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas…”(Mateus 6.2, BCF). Jesus foi o sublime ensinador do princípio virtuoso de fazer o bem a outrem sem alardear; Ele ensinou a praticar o bem e guardar em secreto, para que só Deus contemplasse o feito (pois, a única recompensa que vale a pena é a que dEle provém).
Que ‘contramão’! Que contracultura! Estamos precisando muito de uma geração mais ousada de exemplares humanos que tenham a coragem de seguir este ensino supremo. Enquanto isso, deixem os néscios e os tolos brigarem pelas recompensas, pelas contrapartidas humanas, pelos apupos das gentes que contemplam um feito e dizem – Oh! Como ele é virtuoso! Afinal, sem essas, eles não conseguem mesmo viver sem essas recompensas… Só digo uma coisa: têm prazo de validade muito limitado, enquanto que as recompensas do Pai Celeste não têm prazo de validade: a validade é eterna!!!
Repriso uma canção muito significativa, através do nosso Player online; o autor fala do avanço dos dias que a vida proporciona, a serviço do Senhor Jesus. Que anelo! Heritage Singers cantam para nós…
THE LONGER I SERVE HIM (1965) QUANTO MAIS O SIRVO William James Gaither (1936…)
Since I started for the Kingdom Desde que comecei pelo Reino Since my life He controls Desde que Ele controla minha vida Since I gave my heart to Jesus Desde que dediquei meu coração a Jesus The longer I serve Him Quanto mais o sirvo The sweeter He grows Mais terno Ele se torna
The longer serve Him, the sweeter He grows Quanto mais o sirvo, mais terno Ele se torna The more that I love Him, more love He bestows Quanto mais o amo, mais amor Ele proporciona Each day is like heaven, my heart overflows Cada dia é como o céu, meu coração transborda The longer I serve Him, the sweeter He grows. Quanto mais o sirvo, mais terno Ele se torna
Ev'ry need He is supplying Cada necessidade Ele vai suprindo Plenteous grace He bestows Plena graça Ele confere Ev'ry day my way gets brighter Cada dia meu caminho mais brilha The longer I serve Him Quanto mais o sirvo The sweeter He grows Mais terno Ele se torna
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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) ! Ulisses
Notas das citações bíblicas: ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional