Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 08 de Julho de 2018
Neste final de semana, enquanto esperava o desembarque de minha filha e de sua família no aeroporto de Confins, era inevitável ficar observando o reencontro de outras pessoas que aguardavam com as que chegavam, antes. Algumas se abraçavam e se beijavam sem chamar muita atenção. Outras, porém, davam-se em abraços e beijos tão efusivos, com troca de palavras tão felizes, que não tinham como não chamar atenção; de todo mundo no saguão, por sinal. Fiquei pensando: deve ser um reencontro muito aguardado, muito ansiado, muito desejado; por isto, muito festejado.
Fez-me lembrar as primeiras quatro das doze crianças presas na caverna da Tailândia, depois daqueles 15 dias presos. Só lembrando: a posição deles na caverna está a cerca de 4 quilômetros da entrada, a mais de 800 metros de profundidade da superfície, inundada de água lamacenta em volta.
As cartas por eles enviadas aos familiares deram o tom do reencontro. Uma, acalmava os pais, o avô, os tios e demais, dizendo que não se preocupassem, porque estava bem; outra, pedia que não se esquecessem da festa de seu aniversário; outra, pedia à professora que não os sobrecarregasse de dever de casa, quando as aulas recomeçassem.
Os quatro primeiros resgatados causaram, especialmente aos familiares, uma emoção profunda, da dimensão de um reencontro que, metaforicamente, trouxe alguém da morte para a vida. Ainda não tinha sido um encontro de contato, porque foram direto para o hospital. Mas, pais vendo os filhos salvos, ainda que pelo vidro da câmara no hospital, formavam uma imagem que palavras não descrevem.
Quantos reencontros têm sido assim, tão festejados! Familiares que se reencontram depois de décadas separados, jorram de dentro do coração uma torrente de emoções incontidas. Algo parecido, porém, de muito maior envergadura, ocorrerá no dia final – o dia do reencontro.
Você, que me lê, anela pelo reencontro com alguém? Já perdeu alguém para a morte, que muito lhe faz falta, que muito lhe traz saudades? Quantas vezes, a cada mês ou ano, tem pensado nisto – naquele dia de reencontro? Aqueles que, de nós, partirmos para aquele lado da eternidade que está ao lado de Deus, tornaremos a ver os queridos que já partiram para o lado de Deus…
Estou convicto de que, dentre os muitos reencontros, o mais efusivo, o mais festejado, o mais incontido, será aquele com o nosso amado Mestre e Redentor – o anelado Filho de Deus! Fico imaginando que, para mim, reencontra-lo ao fim da jornada de aqui, começando os intermináveis tempos de ali, será um reencontro sem igual… Muito mais festejado do que os pais com os “javalis selvagens”, na Tailândia; muito mais do que o de familiares que se reencontram de pois de décadas apartados; muito mais até dos que hoje me impõem saudades ao coração.
Mas, alguém pensará: Ulisses, você é nascido no século vinte, e Jesus viveu no primeiro século; como você fala de reencontro? Eu direi que, à luz da Escritura Sagrada, a própria Palavra dele, posso, sim, falar…
Jó, que viveu séculos antes de Jesus vir ao mundo, assim falava: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que, por fim, se levantará sobre a terra; depois, revestido esse meu corpo, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração, dentro de mim” (Jó 19,25-27, ARA).
Jó falava do ‘reencontro’ do dia da Ressurreição, séculos antes de Jesus vir ao mundo, milênios antes de o próprio Jó ressuscitar, com expressão de anseio, de profunda expectativa que mexe com as entranhas, de “saudade”.
Isto, porque, num certo sentido, o primeiro encontro já se deu. A Bíblia chama esse primeiro ‘encontro’ de “recebe-lo” (João 1.12). Jesus disse: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6.44, BCF); por isto, acrescentou: “Se alguém tem sede, venha a mim, e beba” (João 7.37, NVI). Valeu para os ouvintes daquele tempo, vale para os ouvintes e leitores de qualquer tempo. É o “primeiro encontro”. O próximo, num desses dias vindouros, será REENCONTRO. E, que reencontro será…
Fique com nossa mensagem musical final…
GLAD REUNION DAY (1940)
FELIZ DIA DE REENCONTRO
Adger McDavid Pace (1882-1859)
There will be a happy meeting in Heaven, I know
Haverá um encontro feliz no céu, eu sei
When we see the many loved ones we've known here below
Quando veremos os muitos que aqui amamamos
Gathered on that blessed hilltop with hearts all aglow
Reunidos no topo daquela montanha com corações candentes
That will be a glad reunion day!
Será um feliz dia de reencontro!
Glad day, a wonderful day,
Dia feliz, dia maravilhoso
Glad day, a glorious day
Dia feliz, dia glorioso
There with all the holy angels and loved ones to stay
Ali, para ficar com todos os santos anjos e os amados
That will be a glad reunion day.
Será um feliz dia de reencontro!
When we live a million years in that wonderful place
Depois de estarmos um milhão de anos naquele maravilhoso lugar
Basking in the love of Jesus, beholding His face
Gozando o amor de Jesus, contemplando Sua face
It will seem but just a moment of praising His grace
Parecerá não mais que um momento de exaltação da Sua graça
That will be a glad reunion day!
Será um feliz dia de reencontro!
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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses
Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional