Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 16 de Julho de 2017
No último dia 18 de Abril, meu neto, Matheus, estaria completando um ano de idade, em São Paulo. Conforme previamente combinado, lá estaríamos – Maiza, Ulissinho e eu. Entretanto, como desde o meu acidente de Novembro de 2015, dirigir longos trechos foi algo que ficou mais penoso para mim, decidimos ir de avião. Meu filho, em sua peculiaridade pessoal, adora…
Já no espaço aéreo paulista, a viagem foi ficando cada vez mais desagradável e perigosa: tempo fechado por tempestade, raios, muita turbulência. A aproximação de Congonhas foi horrível. Na primeira tentativa, a poucos metros da cabeceira “Bandeirantes”, o piloto arremeteu, tal o risco. Não houve como não vir à minha lembrança o fatídico voo JJ3054, de 17 de julho de 2007.
Aquele vôo, originário de Porto Alegre, pegou a cabeceira oposta de Congonhas. Sem conseguir parar nos menos de dois mil metros de pista, a tentativa de “cavalo de pau”, antes que caísse na confluência da Bandeirantes com a Washington Luís, não resultou como esperado: a aeronave cruzou por cima desta última avenida, chocou-se contra o prédio da própria companhia aérea (além do posto de gasolina contíguo), e explodiu em chamas… 187 vidas ceifadas dentro do aparelho, e mais 12 em solo!
Excessos de desmazelos, descuidos e ganâncias acarretaram o acidente. Pista liberada por autoridades sem estar em condições em dia de chuva torrencial, aeronave com defeito no reverso, com extra peso (por causa de um abastecimento excessivo em Porto alegre, só para ‘aproveitar’ combustível mais barato), fase de “apagão aéreo” brasileiro, tecnologia ultrapassada, teimosia em não se deslocar o pouso para Guarulhos, e possível falha humana no momento crítico, foram as causas apontadas para o acidente.
Dario Scott, pai de uma garota que tinha 14 anos quando morreu no acidente, preside a associação das vítimas. Ele se diz pessimista quanto à possibilidade de, passados dez anos, alguém ainda ser responsabilizado pelo acidente. Até agora, os três apontados têm sido absolvidos. “Acho que o culpado fui eu, que escolhi mal a companhia aérea e o aeroporto para onde mandei minha filha. Agora me resta a pena perpétua de nunca mais poder abraça-la”.
“Nunca mais” é uma expressão por demais radical. Diferente foi a expressão de minha cunhada, e suas irmãs, poucos dias atrás, quando sua mãe foi ‘vencida’ por uma leucemia recentemente descoberta. O sentimento da separação era doloroso, sem dúvida. Mas, a expectativa de reencontro era firme e convicta. De onde vinha?
A palavra de Deus é a fonte de tal expectativa. Primeiro, porque afiança que não pertencemos a este mundo; “estrangeiros e peregrinos no mundo” (I Pedro 2.11), é a maneira como a Escritura se refere aos que, redimidos no sangue de Cristo, aguardam a morada celeste. Pela morte, apenas passamos da morada de tenda provisória desta vida para a morada permanente da eternidade.
Segundo, porque afiança que a morte não é o último evento: “Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual.” (I Coríntios 15.42-44, ARA). Ao comparar a morte à semeadura, a Palavra de Deus é sábia, porque compara o corpo sepultado à semente lançada na terra, que um dia brota à vida de novo.
Terceiro, porque aponta que a sequência da morte promete reencontro: “Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles [‘os que dormem’, ‘os que morreram em Cristo’, cf versos 15 e 16] nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (I Tessalonicenses 4.17, ACF). Davi, quando perdeu seu filho, disse, consolado: “Eu irei até ela, mas ela não voltará para mim” (II Samuel 12.23, NVI). No Antigo Testamento é repetida a expressão “e foi reunido ao seu povo”, referindo-se à morte dos fiéis de Deus: Abraão, Isaque, Jacó, Arão, Moisés, etc…
O fato é que, se somos abrigados sob a graça divina, se somos agasalhados sob Sua misericórdia redentora, não podemos dizer ‘nunca mais o veremos’, ‘nunca mais a abraçaremos’… Haverá um reencontro, e essa expectativa é confortante, é consoladora. “Mas, vós chegastes ao monte Sião, à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, ao congresso de muitos milhares de anjos, e á igreja dos primogênitos que estão arrolados nos céus, e a Deus, que é o juiz de todos, e aos espíritos dos justos consumados” (Hebreus 12.22,23, BCF).
O autor da peça musical que encerra a mensagem de hoje nasceu em uma propriedade rural de Oklahoma. Depois de anos de trabalho duro, plantando e colhendo algodão, sua aptidão para a música levou-o ao serviço de seu Redentor. Havendo composto mais de 800 hinos, estão alguns deles entre os mais lembrados do século XX. No seu primeiro verso, o autor toma emprestado um termo dos antigos poetas gregos – Elísio. Para Homero, era a terra paradisíaca das extremidades do mundo, terra dos virtuosos; para Hesíodo, eram as ilhas paradisíacas dos bem-aventurados. Cantam Donnie Sumner e seu tio, J. D. Sumner (1924-1998). Após a transcrição traduzida da letra, acione nosso Audio Player online, para ouvir…
I’LL MEET BY THE RIVER (1959)
Te Encontrarei Junto ao Rio
Albert Edward Brumley (1905-1977)
Over on the bright Elysian shore,
Lá na brilhante praia Elisiana
Where the howling tempest comes no more,
Onde a uivante tempestade não mais ocorre
I'll meet you by the river, some sweet day!
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia!
Far beyond the partings and the tomb,
Muito além das despedidas e do túmulo
Where the charming roses ever bloom,
Onde as charmosas rosas sempre florescem
I'll meet you by the river some sweet day.
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia!
I'll meet you by the river some sweet day,
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia!
By the bright and shining river far away
Junto ao brilhante e reluzente rio, lá, distante
After we’ve flown these prison bars,
Depois que nos tenhamos livrado destes grilhões
To a city far beyond the stars,
Rumo a uma cidade bem além das estrelas
I'll meet you by the river some sweet day.
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia!
After all the disappointments here,
Depois de todos os desapontamentos de aqui
After all the shadows disappear,
Depois que desaparecerem todas as sombras
I'll meet you by the river some sweet day
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia!
When the evening sun at last goes down,
Quando o sol decadente finalmente se for
When we go to wear a robe and crown,
Quando estivermos para vestir o manto e a coroa
I'll meet you by the river some sweet say.
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia!
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Abraços, até à próxima
Ulisses
Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'