Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 18 de Junho de 2017
Eu ouvi a seguinte declaração, e parei para pensar: “Quando eu vejo famílias procurando escolas que falam a mesma linguagem que eles, eu ficou um pouco assustada porque é colocar a criança sob a ditadura de um pensamento único”. Quem defendeu isto foi a psicóloga e consultora educacional Rosely Sayão (1955-…). Rosely tem uma coluna na Band News, e escreve semanalmente para a Folha de São Paulo. Grande revista nacional a considera a maior autoridade paulistana na educação de filhos, e uma das maiores do país.
Foi Rosely a quem ouvi defender que os pais, em casa, podem exercer seu direito de monitorar e censurar o que os filhos lêem ou vêem; mas, para ela, esse direito inexiste no ambiente da escola. Ao ouvir, tocou a campainha e acendeu a luz amarela na minha consciência. Quando a percebo defendendo que a cosmovisão que se aprende na escola, que é livre, é maior do que a cosmovisão que se aprende com os pais, que é privada, preocupa-me. Quando a percebo defendendo que a “escola deveria oferecer, ao seu alunado, uma visão de mundo na perspectiva do conhecimento”, que é mais ampla, e que permite olhar criticamente para o que os pais ensinam, preocupa-me ainda da mais. A campainha tocou mais forte, e a luz dela ficou vermelha.
Pelo que ouvi na sua coluna no rádio, tive a percepção de que ela sustenta que o ensino paterno (mais limitado e censurado) está sujeito ao ensino da escola (mais amplo e livre), onde a criança, o adolescente, o jovem tem uma visão da realidade como ela é. Pareceu-me ouvir que, sem a escola, que amplia os horizontes de percepção de mundo e de vida, essa criança, ou adolescente, ou jovem, ficará bitolado. E o pior: pareceu-me que, colocando as duas matrizes de aprendizado na balança – a familiar e a escolar – esta última é muito mais rica e libertadora, para ela.
Pensar nisto, para alguns, já cria alguma resistência. Se for para mexer com as liberdades dos filhos, melhor não pensar. Ou, pior: se for para mexer com as comodidades dos pais, melhor não pensar. Muitos pais não estão se interessando, como deveriam, pelo que seus filhos estão aprendendo ou enfrentando na escola. Não raro, quando ‘acordam’, a catástrofe já se instalou. Mais cômodo lhes é, ao chegar em casa, espairecer à frente de uma tevê; ou, debruçar-se sobre a internet, facebook, etc.
Muitos só descobrem o mal que causa, a seus filhos, a submissão aos princípios construtivistas da escola moderna (leia-se “filosofia’ de Jean Piaget, 1896-1980), quando quase não há mais jeito. Quando os sentidos são lentos para perceber o dano, na mente da moçada, que o grau de politização da formação de opiniões vai produzindo, são lentos para perceber, também, os nefastos efeitos que essa estratégia acarreta. Quando os sentidos são lentos para descortinar a tática vil de minar os valores morais dos fundamentos cristãos, com suas ideologias de gênero, quando são lentos para notar a sedução ardilosa e diabólica das ‘indiscutíveis explicações’ evolucionistas, haverá choro (quem sabe, ranger de dentes) quando os efeitos já estiverem consolidados.
Pais, acordem! Há uma tirania mundana, ou melhor, infernal, infiltrada na gestão do saber, a que se tornam sujeitos nossos filhos. Profiro um ‘anátema’ para essa ideia infame, de que a escola deve ser livre para administrar o conhecimento, cujos efeitos até servem de instrumento crítico para o que se aprende em casa (ou, na própria Escola Bíblica Dominical). Pais, despertem!
Os parâmetros seguros ainda estão lá, naquele livro milenar do Criador. Ali, na Bíblia, aprendemos que, com todo o amor que se nos demanda a educação (Colossenses 3.21), não se pode subestimar a necessidade da legítima correção: “…criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor (Efésios 6.4, ARA). Com todo o interesse em que também nossos filhos alcancem a maturidade (Efésios 4.14,150, não se pode subestimar de que o alvo maior é levar cativo todo pensamento à obediência de Cristo (II Coríntios 10.5, ARA). Com todo o incentivo a prezar pela investigação de toda a ciência, e de todos os mistérios, próprio do mister escolar, não se pode olvidar que o fim maior é reconhecer a glória de Deus, o Criador: “Deus fez isso [todas as coisas] para que os homens o buscassem e talvez, tateando, pudessem encontrá-lo, embora não esteja longe de cada um de nós. ‘Pois nele vivemos, nos movemos e existimos’, como disseram alguns dos poetas de vocês: ‘Também somos descendência dele" (Atos 17:27,28, NVI).
Sim! Profiro um anátema a essas filosofites e psicologites modernas, doentias, humanistas, falsas, enganadoras, nocivas, tiranas, letais. Profiro um anátema a esses conceitos atraentes, que continuam pavimentando o pedestal do homem, quando, na realidade, estão armando seu cadafalso. Afirmo como o apóstolo João: “Não tenho maior gozo do que este: o de ouvir que os meus filhos andam na verdade” (III João 4, ARC).
Há um autor desconhecido, que o meio musical evangélico contemporâneo só pôde conhecer por suas iniciais. Mas, a sua poesia captura isto com maestria. Sua base foi esse relato do evangelista Lucas. Ela segue abaixo, certamente composta no terceiro quadrante do século XIX. A música foi composta por seu contemporâneo, Asa Hull, nascido em New York em 1828, e falecido por volta da virada do século. Ouça através do nosso áudio player online a interpretação do grupo Bill Gaither and Homecoming Friends. Abaixo, sua letra, e uma pequena ajuda para os que não puderem discernir a língua original. Após as letras, nosso Player online…
SITTING AT THE FEET OF JESUS- 1970
PERMANECENDO AOS PÉS DE JESUS
J. H. T. & Asa Hull (alguma data no terceiro quadrante do séc XIX)
Sitting at the feet of Jesus,
Permanecendo sentado aos pés de Jesus
Oh, what words I hear Him say!
Oh, que palavras ouço-lhe dizer
Happy place! So near, so precious…
Que feliz lugar! Tão íntimo, tão precioso…
May it find me there each day;
Que possa eu ser lá achado, a cada dia;
Sitting at the feet of Jesus,
Permanecendo sentado aos pés de Jesus,
I would look upon the past,
Olharia eu para o passado,
For His love has been so gracious;
[Reconhecendo que] seu amor tem sido tão gracioso;
It has won my heart at last.
Afinal, conquistou meu coração.
Sitting at the feet of Jesus,
Permanecendo sentado aos pés de Jesus
Where can mortal be more blest?
Onde pode, um mortal, ser mais abençoado?
There I lay my sins and sorrows,
Ali deponho meus pecados e minhas tristezas
And, when weary, find sweet rest;
E, quando fragilizado, [ali] encontro doce descanso;
Sitting at the feet of Jesus,
Permanecendo sentado aos pés de Jesus,
There I love to weep and pray
É onde eu amo colocar-me em contrição e oração
While I from His fullness gather
Enquanto eu obtenho, de Sua plenitude,
Grace and comfort every day.
Graça e conforto a cada dia.
Bless me, O my Savior, bless me,
Abençoa-me, oh meu Salvador, abençoa-me
As I sit low at Thy feet
Ao assentar-me quedado aos teus pés
Oh, look down in love upon me,
Oh, deriva [dos céus] o teu olhar de amor sobre mim
Let me see Thy face so sweet;
Permita-me contemplar tua tão doce face
Give me, Lord, the mind of Jesus,
Dá-me, Senhor, a mente de Cristo
Keep me holy as He is;
Guardando-me santo como Ele é;
May I prove I’ve been with Jesus,
Que eu possa estar convicto de estar com Jesus
Who is all my righteousness!
O qual é toda a Justiça para mim!
(Repete-se)
Sitting at the feet of Jesus … !!!
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Bom Domingo, boa semana,
Ulisses
Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional