Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 25 de Dezembro de 2016
É a mesma coisa, ano após ano. Vai se aproximando o final do ano, e começam as retrospectivas do ano que vai se acabando. Por que será que, em geral, mais de dois terços das retrospectivas se concentram em fatos de desespero?
Algumas das retrospectivas que já se vão construindo: os atentados terroristas, na França e em outros lugares; a devastação do Estado Islâmico na Síria; os desastres aéreos alarmantes (EgyptAir, no Mediterrâneo; LaMia, na Colômbia; Tupolev russo no Mar Negro, e assim por diante); as crises políticas severas em diversos países (inclusive Brasil); as revelações de que o fundo do poço nos casos de corrupção ainda não chegou; a recessão que parece não dar trégua; massacres étnicos; terremotos nos cinco continentes. É quase uma raridade aparecerem ‘boas’ notícias…
Olho para minha neta, olho para o meu neto, e me pergunto: em que mundo eles estarão vivendo, quando se aproximarem da idade adulta? O cenário parece lembrar o sexto século antes de Cristo, para um povo e um profeta, em particular. O povo era o judeu; o profeta era Jeremias. Qual era o cenário, qual o contexto do segundo livro bíblico (especialmente o capítulo 3) daquele profeta?
Seu país se transformara numa espécie de joguete entre duas nações em conflito; muitos dos seus concidadãos já estavam cativos em terra estranha; na capital do seu país, havia fome, devido ao cerco militar; ele próprio – o profeta – teve que passar por várias provações e privações: além da forme, prisão numa masmorra, prisão numa cisterna, exílio em terra estranha, apedrejamento pelos seus compatriotas em pleno exílio. O choro do profeta é ouvido diante de Deus, à vista dos acontecimentos.
Depois de dois e meio anos de cerco a Jerusalém, as tropas de Nabucodonosor entram na cidade e promovem a destruição; era o ano de 586 a.C. O que as tropas deixaram de pé, o fogo, que se seguiu, consumiu. É nesse contexto que o profeta prega e escreve: “Eu sou o homem que viu a aflição pela vara do Seu furor [de Deus]” (Lamentações 3.1, ARC). Daí em diante, até o verso 17 desse mesmo capítulo, o choroso profeta relata, em seu poema, a sequência de suas aflições. Os dois versos seguintes retomam o tom de prece: “Por isso digo: "Meu esplendor já se foi, bem como tudo o que eu esperava do Senhor". Lembro-me da minha aflição e do meu delírio, da minha amargura e do meu pesar” (Lamentações 3.18,19, NVI).
Entretanto, há uma luz no fim do túnel! Nem tudo está perdido! Nem tudo é só má notícia! Nem tudo é só desastre, recessão, consternação, miséria, intempérie, corrupção ou massacre: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto, esperarei nele. Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca” (Lamentações 3.20-25, ARA).
Que motivos tinha o profeta para ver além, por trás do véu denso e sombrio do noticiário, e sentir-se aliviado, fortalecido, revigorado? Alguns elementos despontam, refletindo:
1. Ainda que, em volta, nenhuma informação do noticiário traga alento, há alento em lembranças que podem trazer a esperança de volta; e ele diz – quero [ou, eu vou] trazer à memória o que me pode dar esperança!
2. Se, a despeito de tudo em volta, ainda estamos vivos, de pé, e com força, tudo isto é mérito das misericórdias do Senhor, que são a causa de não sermos consumidos; tais misericórdias não têm fim – elas se renovam a cada manhã!
3. A garantia de que as misericórdias do Senhor são inesgotáveis está no fato de que a Sua fidelidade também é inesgotável – Ele promete, Ele cumpre, e não falha! Nunca falhou!
4. Então, o que mais me pode dar esperança, senão este alento que vem do Senhor? O Senhor é a minha porção… Nele esperarei… Não são as meras boas lembranças do passado que me podem alentar neste final de ano, véspera do Novo… O Senhor, o Soberano, o Todo-Poderoso, que tem o mundo, os governantes, a natureza em Suas mãos, é quem me pode dar esperança; portanto, esperarei nEle!
O autor da mensagem cantada de hoje era muito próximo de Dwight Lyman Moody (1837-1899). Sua mensagem é de esperança, a verdadeira esperança, e de confiança em Deus!
LEAD ME GENTLY HOME, FATHER (1879)
GUIA-ME TERNAMENTE PRÁ CASA, PAI
Will Lamartine Thompson (1847-1909)
Lead me gently home, Father, lead me gently home, Father !
Leva-me ternamente prá casa, Pai, leva-me ternamente prá casa, Pai!
Lest I fall upon Your wayside, lead me gently home!
Para que eu não caia andando ao teu lado, Pai, leva-me ternamente prá casa!
1. Lead me gently home, Father, lead me gently home!
Leva-me ternamente prá casa, Pai, leva-me ternamente prá casa!
When life's toils are ended, and parting days have come,
Quando as labutas da vida terminarem, e os dias da partida chegarem,
Sin no more shall tempt me, ne'er from You I'll roam,
Pecado já não mais tentar-me-á, nunca me apartarei de Ti
If You'll only lead me, Father, lead me gently home.
Se apenas me conduzires, Pai, leva-me ternamente prá casa.
2.Lead me gently home, Father, lead me gently home !
Leva-me ternamente prá casa, Pai, leva-me ternamente prá casa!
In temptations hour, Father, when sore trials come…
Na hora das tentações, Pai, quando duras provações chegarem…
Oh! Be near to keep me, take me as Your own
Oh! Sê perto para gaurdar-me, toma-me como um dos teus
For I cannot live without You, leave me gently home!
Pois eu não posso viver sem Ti, leva-me ternamente prá casa!
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Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses
Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'