Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 25 de Agosto de 2014
“Em um único mês, dois milagres de Deus!” Estas palavras caracterizam a forma como reagiu Jamaliah Jannah Rangkuti, junto com seu esposo, Septi Rangkuti, em Meulaboh, Indonésia, depois do que lhes aconteceu neste mês de Agosto. Foram praticamente 10 anos de tristezas pela perda de seus dois filhos; a evidência apontava que tivessem morrido no tsunami que causou o grave desastre de 2004, no oceano Índico.
Raudhatul, então com 4 anos, e Ariel, então com 7 anos, eram filhos do casal. Quando veio a primeira onda, pais e filhos foram separados, mas as duas crianças se agarraram à mesma tábua. Depois da onda seguinte, Raudhatul acabou sendo socorrida por algumas pessoas, enquanto Ariel se distanciava dela, ainda sobre a tábua. Depois disto, pais não mais viram seus filhos, e os dois irmãos não mais se viram também. No último dia 08 de Agosto a menina foi reunida aos seus pais; dez dias depois, o rapaz foi também reunido à família. Além do tempo, também o espaço os separou: 800 quilômetros era a distância entre eles, na enorme confusão que sucedeu ao tsunami de dez anos atrás. Mais de 275 mil vidas foram ceifadas, segundo o serviço federal de pesquisa geológica dos Estados Unidos. Raudhatul volta ao seio da família aos 14 anos de idade, e seu irmão, aos 17 anos de idade. A alegria, em família, beirou a euforia…
Dá prá imaginar o sentimento daqueles pais? Recuperar com vida, num único mês, em pleno 2014, os dois filhos dados por perdidos? Dá prá imaginar a alegria desses dois meninos? Dá prá imaginar o turbilhão de lembranças na cabeça? As lembranças dos pais, quando ainda eram tão pequenos… A lembrança um do outro, já se apagando na memória… As esperanças de retomar a vida que o tsunami interrompeu, naquela manhã de Dezembro de 2004… Segundo as autoridades geológicas, o último tsunami daquela envergadura aconteceu no planeta há mais de 5 séculos. A forma do planeta se alterou, o eixo dos pólos se deslocou, o leito do oceano mudou, o planeta inteiro estremeceu, naquele dia. E agora, dez anos depois, pais e filhos se reencontram, irmãos se dão os braços outra vez. É de arrepiar… É história para juntar os relatos dos dois, desses dez anos, que poderá ser contada
Fico imaginando quão mais arrepiante será aquele dia, talvez breve (mais breve do que muitos imaginam), em que não apenas quatro pessoas se reencontrarão depois de um longo tempo, com mostras de irreversibilidade… Não, não, não! Uma verdadeira multidão se reencontrando, depois de anos, de séculos… Eu, por exemplo, verei de novo queridos que já foram levados; verei, também, ancestrais com quem tive muito pouco tempo de relacionar… Verei mais: verei outros ancestrais de quem só ouvi falar, e verei personagens de quem só consegui ler, nos livros… Verei personagens admiráveis, que tenho conhecido pela Bíblia. Fico imaginando que, se num evento desse, lá pelas bandas da Indonésia, a alegria do reencontro beira a euforia, que dizer então daquele reencontro, futuro e universal? Não só verei: conviverei, eternamente, com todos aqueles que também foram investidos no lugar celestial, em que a glória do Cordeiro de Deus brilha e refulge radiante.
Não é o que me garante o Livro-Que-Não-Falha? “Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se entristeçam como os outros que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e juntamente com ele, aqueles que nele dormiram. Dizemos a vocês, pela palavra do Senhor, que nós, os que estivermos vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, certamente não precederemos os que dormem. Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá do céu, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois disso, os que estivermos vivos seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre. Consolem-se uns aos outros com estas palavras.” (I Tessalonicenses 4.13-18, NVI). Abraão, Isaque e Jacó viveram neste mundo há quase 4 mil anos passados. No entanto, através da linguagem profética do próprio Jesus Cristo, me é assegurado que nos assentaremos com eles, no reino celestial vindouro: “Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no Reino dos céus ” (Mateus 8.11, ARC).
A separação do tempo presente é temporária. A promessa escrita da parte daquEle que tem todo o poder em suas mãos é que há muitas moradas que nos aguardam; seremos todos ‘vizinhos’ prá sempre: “Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais ” (João 14:1-3, BCF). E tem um detalhe; um não – dois: ninguém, por lá, vai se cansar dos vizinhos que terá; e ninguém vai, mais, de lá querer (nem poder) sair… Sim, haverá, glória sem par; junto a Jesus, glória sem fim… Oh! Quando a Cristo eu puder contemplar, glória, sim, glória haverá para mim! – é como se pronuncia um poeta sacro. E, na verdade, será milagre muito maior, na extensão, no alcance e na profundidade, do que o “milagre” da família Rangkuti. Espere prá ver… Quando menos se esperar, menos até do que a surpresa da manhã de 26 de Dezembro de 2004, o fato universal e derradeiro há de se manifestar. Mas o encontro mais almejado de todos é o que nos colocará frente a frente com o Filho de Deus. Oh! Que dia glorioso, esse dia há de ser, quando o som da trombeta ecoar; quando Cristo, das nuvens, tiver de descer, e então, triunfante, reinar… É como o retrata outro poeta sacro. Estaremos ‘ de volta’ ao lar…
Finalizo, deixando-te bela execução ao piano da composição
WHAT A DAY THAT WILL BE (1955)
Que Dia Será Aquele
James Vaughn Hill (1930-…)
There is coming a Day when no heartache shall come
Aproxima-se um dia quando nenhum pesar sobrevirá
No more clouds in the sky, no more tears to dim the eye
Nenhuma nuvem [encobrirá] o céu, nenhuma lágrima a toldar a vista
All is peace forever more on that happy golden shore
Tudo será paz para sempre naquela feliz praia dourada
What a day, glorious day that will be.
Que dia, que glorioso dia será aquele.
AudioPlayer online (controle de volume à direita)
Abraços, até à próxima
Ulisses
Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, w w w . bibliacatolica . com . br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'