Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 25 de Janeiro de 2015
“Não chores, meu filho; não chores, que a vida é luta renhida: Viver é lutar! A vida é combate, que os fracos abate, que os fortes, os bravos só pode exaltar”. Assim ‘canta’ o primeiro verso da Canção do Tamoio, de Antonio Gonçalves Dias (1823-1864). Assim é, de fato, a vida, tal como a travessia de um oceano: Há dias em que a travessia flui suavemente, com ondas baixas… Há outros em que não são poucas as vagas e as tempestades. Em cada episódio, singrar as correntes marítimas (não raro, contrárias) implica em descobrir que as circunstâncias se mostram inusitadas, ante o esperado: tudo diferente!
É a viagem que se planeja, e que resulta diferente do planejado; é o casamento que se sonha, e que resulta diferente do sonhado; é a carreira profissional que se almeja, e que resulta diferente do almejado; é a expectação da chegada de um filho, ou de uma filha, e que resulta diferente do expectado; ou mesmo, a ansiada relação com Deus, o Criador, que resulta diferente do que deveria ter sido. Tudo pode ser diferente do que o previsto, ou do que o anelado. Quem nunca dantes o testificou? Ou mesmo o experimentou? Os ases do jogo de xadrez têm desenvolvida a habilidade de prever as próximas jogadas do adversário, para planejar as suas… Na vida, isto costuma ser meio utópico, meio debalde. O trajeto é sempre caminho novo.
Por que é assim? Por que há tantas surpresas? Por que de modo tão freqüente, tanta coisa acaba sendo diferente do previsto, do almejado, do esperado? Há dois níveis para buscar-se a resposta. No nível mais freqüente, não há uma só resposta, senão uma variedade delas: acaso (afinal, dizem os que isto defendem, tudo ocorre sob o estigma do acaso desde o começo); sina, ou “karma” (afinal, dizem seus defensores, há uma “lei cósmica universal” fatalista, inteiramente alheia à nossa vontade e participação, que já determinou tudo o que tem de acontecer, inexoravelmente); retribuição natural (afinal, tudo quanto ocorre é sempre conseqüência de nossos atos, daquilo que plantamos, sem qualquer gestão externa, é o que se postula). Aí estão alguns exemplos de respostas extraídas do primeiro plano, o humano, filosófico, seja o especulativo ou seja o empirista.
Num segundo plano, a resposta vem de quem realmente sabe as respostas, mas não está, por direito natural (Iuri Divino) sob a obrigação de justificá-las, todas. Por isto, a travessia do oceano de que acima falo,é também um constante exercício de submissão à Sua Soberania, que é aliada da Sua Sabedoria. De fato, muito do que enfrentamos na vida é conseqüência do que plantamos: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; o que o homem semeia, isso mesmo colherá” (Gálatas 6.7, BCF). Mas, é totalmente incorreto atribuir tudo (incluindo o que de diferente ocorre, quanto ao almejado) a mera conseqüência dos atos. A Bíblia ilustra este fato com a história de Esaú e Jacó (Romanos 9). E mais: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos” (Isaias 55. 8,9, ARC). Então, às vezes pode parecer que nos encontramos diante de um conflito: quando resulta diferente do que se pretendeu, do que se pediu a Deus, é ‘colheita’ do que se semeou, é fruto da soberania sábia de Deus, as duas coisas, ou nenhuma das duas? Pelo ensino da Escritura Divina, podemos admitir até uma das três primeiras hipóteses; nunca, porém, a última. E mais: “…o coração do sábio conhece o tempo e o modo” (Eclesiastes 8.5, ARA), porque, quem guarda a Sua Palavra não teme quando tudo resulta diferente; não se exaspera com Deus, não se exaspera com o semelhante, não se exaspera consigo próprio e, ainda por cima, “não experimenta nenhum mal” (ainda Ec 8.5); isto não significa que nada lhe ocorra diferente do previsto, do supostamente prometido, nem que não lhe ocorram desditas. Antes, significa que tudo quanto se lhe suceder ‘diferente do planejado’ tem um propósito divino para bem, e não para mal. Por outro lado, quem não guarda a Sua Palavra, e não é submisso ao Senhor, faz mito bem em ponderar nas suas veredas, para buscar o caminho mais excelente.
A travessia do oceano resultou diferente do esperado? Há diferentes maneiras de reagir. A mais sábia e proveitosa é sempre aquela que leva na vívida lembrança “aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus!” (Salmo 46.10, ARA)
Ao fim, te convido a ouvir um hino, em apresentação feita pelo quarteto The Cathedrals em um grande auditório de Nashville. Ignore as palmas e apupos, ao final; vale a mensagem do hino, cantado a cappela, por George Younce, Glenn Payne, Wesley Pritchard e Eernie Haase. Se preciso, aproveite a tosca tradução…
LIFE IS A RAILWAY TO HEAVEN (1890)
A VIDA É [COMO] UMA FERROVIA PARA O CÉU
Letra: Eliza R. Snow (1804-1887) & M. E. Abbey
Música : Charles David Tillman (1861-1943)
Life is like a mountain railroad
A vida é como uma ferrovia de montanha
With an engineer that’s brave;
Com um maquinista que é valente;
We must make the run successful,
Somos compelidos a buscar uma jornada de sucesso
From the cradle to the grave;
Desde o berço até à tumba;
Watch the curves, the hills and tunnels
Observe as curvas, as montanhas e os túneis
Never falter, never fail;
Nunca hesitando, nem falhando;
Keep your hand upon the throttle,
Mantenha sua mão sobre a manete,
And your eye upon the rail.
E seu olho sobre a estrada.
Blessed Savior, Thou will guide us
Bendito Senhor, Tu nos guiarás
Till we reach that blissful shore
Até que alcancemos aquela praia bem-aventurada
Where the angels wait to join us
Onde os anjos aguardam para juntar-se a nós
In Thy praise, forevermore !
Em louvor a Ti, para todo o sempre!
As you roll across the trestle,
À medida que você avança sobre os trilhos,
Spanning Jordan’s swelling tide,
Atravessando o Jordão que transborda suas margens
You behold the Union Depot
Você se depara com a Estação da União [uma associação de idéias com as estações da ferrovia]
Into which your train will glide;
Para dentro do qual seu trem deslizará;
There you’ll meet the Sup’rintendent,
Lá você vai se encontrar com o Superintendente [da metafórica ferrovia]
God, the Father, God, the Son,
Deus, o Pai, Deus, o Filho
Will extend the hands will greet you
Há de estender-te as mãos com as quais vai saudar tua chegada
“Weary Pilgrim, welcome home.”
"Peregrino fatigado, seja 'bem-vindo' em casa!"
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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses
Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional