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N° 221: “TAMBÉM LAMENTO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 20 de Setembro de 2015

“Prezado Senhor

Lamento ter que informá-lo que eu não acredito na Bíblia como divina revelação & que, portanto, tampouco em Jesus Cristo como o filho de Deus.
Sinceramente…"

Estas poucas linhas são tudo o que está no conteúdo de uma carta, manuscrita a tinteiro, remetida a um advogado interessado na verdade. Vale muito dinheiro: nos próximos dias, segundo o jornal britânico The Guardian, vai a leilão, em Nova Iorque, e espera-se alcançar entre R$ 280 mil e R$ 350 mil, em valores aproximados. Não foi escrita por um ‘Zé Ninguém’: simplesmente falando, foi escrita pelo renomado naturalista Charles Robert Darwin (1809-1882), de quem se diz que revolucionou o mundo contemporâneo. Foi ele quem publicou o livro A Origem das Espécies, entre outros, o qual impulsionou expressivamente a teoria da evolução. Por conta desse impulso, quem ousa defender, hoje, em qualquer escola fundamental, média ou universitária, que as espécies foram criadas, cada qual segundo a sua gene própria, é tratado pela [ainda] maioria como um herege científico;  se acrescentar que o responsável por esse ato de criação foi Deus, torna-se um obscurantista medieval.

Como surgiu a breve carta? Charles Darwin vinha, desde 1859, se esquivando de encarar assuntos da Bíblia e da fé publicamente. Um jovem advogado, chamado FA McDermott, lhe endereçou:“Se me encontro sob o prazer de ler seus livros, devo considerar que, ao final, eu não perca a minha fé no Novo Testamento. Minha razão, portanto, ao escrever ao senhor, é para solicitar resposta ‘Sim’ ou ‘Não’ à pergunta – o senhor acredita no Novo Testamento? The Guardian não foi capaz de revelar se o advogado focalizou, na pergunta, o Novo Testamento, porque já percebia que, quanto ao Antigo Testamento, Darwin já deixara evidente sua divergência, ou se por outro motivo. No entanto, note que, na resposta, agora uma relíquia valiosa, Darwin nem distinguiu entre Antigo e Novo testamentos – manifestou descrédito de ambos, a Bíblia inteira; pelo menos, quanto a ser Palavra de Deus. Preste atenção: Darwin não escreveu isto no começo de seus avanços ‘científicos’: na carta, consta 24 de Novembro de 1880, vinte e um anos depois de A Origem das Espécies, e apenas um ano e meio antes de morrer…  

E eu, aqui, vou avançando nestas pobres linhas usando as mesmas palavras de Charles Darwin… Por que não? Também sou um interessado na verdade; mais que isso: sou interessado, não apenas em conhecê-la, como também em reparti-la… Portanto, usando suas palavras, precisamente as primeiras, vou logo dizendo: Lamento ter que informá-lo… Aliás, para que a expressão não fique sem sentido, devo continuar: Lamento ter que informá-lo que tal incredulidade levou parte ampla da ciência ao suposto patamar de glória que hoje parece ostentar, mas tem levado todos os que acreditam, até o fim, nestas teses de Darwin, a um único lugar que os congrega – o inferno! Quem é o destinatário imaginário da minha cartinha? Se eu pudesse, mandaria, talvez, um email “Com Cópia Para Todos”. Começaria com o próprio Charles Darwin; prosseguiria com McDermott; depois, com todos os que, seguindo a premissa do missivista primário, continuam desacreditando (ou, em caso de rigorosamente não desacreditarem, simplesmente menosprezarem) da Bíblia, como Palavra de Deus, e de Jesus Cristo, como Filho de Deus, o redentor.

Muito cuidado, ó turma de simpatizantes de Darwin: “Ele [Deus] apanha os sábios na astúcia deles’; e também, ‘o Senhor conhece os pensamentos dos sábios, e sabe que são fúteis” (I Corínntios 3.19,20, NVI).  Pensando especialmente nas ovelhas do Papa Francisco (neste momento, em Cuba), lembro palavras traduzidas pelo Padre Antonio Pereira de Figueiredo: “Porque a ira de Deus se manifesta do céu contra toda impiedade e injustiça daqueles homens que retêm na injustiça a verdade de Deus; porque as coisas dEle, invisíveis, se vêem depois da criação do mundo, consideradas pelas obras que foram feitas… Porquanto, depois de terem conhecido Deus, não O glorificaram como Deus, ou deram graças; antes, se desvanesceram nos seus pensamentos, e se obscureceu o seu coração insensato” (Romanos 1.18, 20, 21, BCF).  

Quanto à Bíblia, é uma questão de se opor a opinião de Darwin ao registro da própria Bíblia, que, em vários textos, vindica a si a qualidade de Palavra de Deus (como em II Tm 3.16,17); quanto a Jesus Cristo, é uma questão de se opor a opinião de Darwin às declarações do próprio Jesus, que não deixa dúvidas quanto a ser filho de Deus (como em João 10.36). O que posso mais dizer? Ora, poderia dizer muito mais, não fosse a convenção prévia de limitar aqui este escrito. Na Palavra de Deus há muito mais a ‘garimpar’ saudavelmente. Então, direi apenas? Você, como Darwin, tampouco acredita? Sinceramente, também lamento!

Na mensagem musical de hoje, o pastor Josafá Vasconcelos interpreta, com arranjo e execução instrumental de Danilo Santana, um hino de grande significação na vida de quem lhe compôs a música. George Beverly Shea, aos 21 anos, teve uma excelente oportunidade de ganhar fama e dinheiro em Nova Iorque, cantando. Mas, seu pai esperava que ele pusesse sua voz a serviço do seu Senhor. Uma tarde, Shea se deparou com belíssimo poema de Rhea Miller; logo  se colocou ao piano, criou arranjo musical para o poema, e o cantou na igreja de seu pai. Foi um marco que acompanhou toda a sua abençoada vida, de 104 anos. O hino faz parte de CD publicado pela EFRATA, com interpretações de Josafá Vasconcelos, Sebastião Guimarães Costa Filho, arranjos e instrumentos por Danilo Santana: vide "Hinos de Luz".

JESUS É MELHOR 
I'D RATHER HAVE JESUS 
Letra: Rhea F. Ross Miller (1894-1966)

Música: George Beverly Shea (1909-2013)

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Abraços, boa semana !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br  
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional